Base na Bíblia: Lucas 20: 09-13 “... Depois Jesus contou esta parábola para o povo: Certo
homem fez uma plantação de uvas, arrendou-a para uns lavradores e depois foi
viajar, ficando fora por muito tempo. Quando chegou o tempo da colheita, ele
mandou um empregado para receber a sua parte. Mas os lavradores bateram nele e
o mandaram de volta sem nada. O dono mandou outro empregado, mas eles também
bateram nele, depois o trataram de modo vergonhoso e o mandaram de volta sem
nada. Então ele enviou um terceiro empregado, mas os lavradores também bateram
nele e o expulsaram. ‘O que eu vou fazer? Já sei: vou mandar o meu filho
querido. Tenho certeza de que vão respeitá-lo.’ ...”
Buscar soluções para os
conflitos que acontecem, demonstra simplesmente que cada um tem consciência dos
acontecimentos e dentro do possível e medidas que estão sob sua capacidade
procuram encontrar o necessário meio de saída.
Já vivemos dias, sob essa
mesma face da terra em que, a humanidade usava o método do olho por olho, dente
por dente, privilegiando nesse período os mais fortes, ou aqueles que possuíam
meios para manipular outras pessoas, segundo seus interesses pessoais.
Hoje vivemos na sociedade
moderna, a qual na maioria dos sistemas eleitos ou elegidos de governos
espalhados sob a face da terra, buscam meios de equilibrar direitos e deveres
entre seus cidadãos, súditos, etc... e desta maneira as dificuldades, ou
conflitos, ou adversidades tem fim ou são diminuídas em tese, devido as suas
regras de conduta.
Jesus apresenta uma parábola,
logo depois de ser questionado sob sua autoridade, ao povo, o Mestre inicia
deixando claro quem era o dono da terra, o que esse dono plantou na sua terra e
a quem elegeu para dar continuidade durante sua ausência.
O fruto posto na Terra eram de
pés de uva, que como todo agricultor tem por certo, há necessidade dos
cuidados, devido a múltiplos fatores como: o clima, o solo, a quantidade de
irrigação necessária, para poder colher no tempo certo, o fruto da videira.
Assim o previdente dono da terra tomou antecipadamente as medidas necessárias e
partiu para uma viagem, sem data de retorno, e deixou claro aos seus
colaboradores (arrendatários) que desta maneira aconteceria após sua partida.
Os colaboradores eram cientes
do direito do uso e as necessárias medidas para verem o resultado produtivo
nessa videira, mas sabiam que não tinham o direito da posse, por melhor que
executassem sua parte neste latifúndio.
Por experiência própria, posso
declarar que uma vez por ano, acontece a maturação dos cachos da parreira, porém
o texto pressupõem que o dono da plantação, ausentou-se por muito tempo, assim
podemos presumir, nada foi de meses e sim de anos.
Os então eleitos cuidadores da
plantação devem então ter celebrado, a colheita, o resultado de diversas outras
colheitas inteiramente para si, neste intervalo de tempo (que estou
pressupondo); podendo até os fazer levar a acharem que tinham além do direito
do uso também o direito da posse.
Chegou um dia, na época de uma
das colheitas, que chegou um representante do dono, reivindicando o seu
direito, a sua parte, legitimamente. A atitude dos que tinham claramente só o
direito de uso, foi cruel, rebelde, fria e maldosa para com os representantes, além
de espancarem, fizeram retornar sem nada.
O dono da plantação, com total
direito da terra, decide, a cada retorno de seu representante, enviar outros
representantes e a cada um que chegava em sua propriedade era ainda mais mal
tratado do que o anterior e um deles despedido (provavelmente rapado parte de
sua barba) e assim fora humilhado, mais ainda que os demais.
A posição do dono intriga,
primeiro por sua persistência em repetir o mesmo método, mas demonstra o total
respeito pelos seus colaboradores na terra dele, e assim decide enviar seu
Filho Amado na certeza de que ao verem, reconheceriam sua autoridade e se
submeteriam ao seu senhorio.
O Amor do Criador surpreende
desde as narrativas do Gênesis, o Livro dos Princípios, pois em todos os
momentos lemos sob um lado criativo, coerente e sem igual, nada ocorrendo por
acaso, tudo baseado no conjunto para que o homem pudesse viver sob a face da
terra.
Na terra foi permitindo que
desfrutasse de todas as coisas e cuidasse do planeta, cada um cuidando do seu
espaço, restringindo somente um único item, o qual em nada lhe incomodaria o seu
viver sobre a face da terra.
Em seu Amor viu a perda da inocência
do homem, para uma troca pela consciência sobre o conviver entre certo e errado
abdicando do direito que tinha e foi colocado em um patamar diferente do que
fora criado para viver e conviver com os demais seres criados.
Por seu Amor estabeleceu com
os homens alianças, concertos, preceitos, mandamentos, estabeleceu um monte para
as bênçãos e outro para as maldições, elegendo e enviando profetas, sacerdotes,
juízes, estabelecendo reis ou retirando, enviando exércitos de outras nações e
todos eram para orientar, ou corrigir a maneira de se viver e para aguardar o
Plano de Redenção da criatura com o seu Criador, mas a receptividade na outra
ponta sempre foi de destruir e deixar de ouvir os apelos para voltarem ao seu
Senhor.
Sua misericórdia relevou todas
as respostas contrárias e unilateralmente apresentou a humanidade, o castigo
que nos traz a paz, em seu Filho, único, Amado e nEle cumpriu sua promessa: O redentor
descrito e anunciado foi cumprida, apresentada e consumada na Cruz do calvário
no Monte Gólgota, na esperança de que os seus o reconhecessem.
A história foi escrita, seu
feito registrado, simplesmente por que o homem nada pode fazer por si mesmo
para reverter a sentença que foi promulgada pelo livre arbítrio, e o Eterno
sempre manteve e tem a esperança de que o ser humana o reconhecerá.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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