sexta-feira, 3 de agosto de 2018

TEMOS O DIREITO DE USO.


Base na Bíblia: Lucas 20: 09-13 ... Depois Jesus contou esta parábola para o povo: Certo homem fez uma plantação de uvas, arrendou-a para uns lavradores e depois foi viajar, ficando fora por muito tempo. Quando chegou o tempo da colheita, ele mandou um empregado para receber a sua parte. Mas os lavradores bateram nele e o mandaram de volta sem nada. O dono mandou outro empregado, mas eles também bateram nele, depois o trataram de modo vergonhoso e o mandaram de volta sem nada. Então ele enviou um terceiro empregado, mas os lavradores também bateram nele e o expulsaram. ‘O que eu vou fazer? Já sei: vou mandar o meu filho querido. Tenho certeza de que vão respeitá-lo.’ ...”


Buscar soluções para os conflitos que acontecem, demonstra simplesmente que cada um tem consciência dos acontecimentos e dentro do possível e medidas que estão sob sua capacidade procuram encontrar o necessário meio de saída.

Já vivemos dias, sob essa mesma face da terra em que, a humanidade usava o método do olho por olho, dente por dente, privilegiando nesse período os mais fortes, ou aqueles que possuíam meios para manipular outras pessoas, segundo seus interesses pessoais.

Hoje vivemos na sociedade moderna, a qual na maioria dos sistemas eleitos ou elegidos de governos espalhados sob a face da terra, buscam meios de equilibrar direitos e deveres entre seus cidadãos, súditos, etc... e desta maneira as dificuldades, ou conflitos, ou adversidades tem fim ou são diminuídas em tese, devido as suas regras de conduta.

Jesus apresenta uma parábola, logo depois de ser questionado sob sua autoridade, ao povo, o Mestre inicia deixando claro quem era o dono da terra, o que esse dono plantou na sua terra e a quem elegeu para dar continuidade durante sua ausência.

O fruto posto na Terra eram de pés de uva, que como todo agricultor tem por certo, há necessidade dos cuidados, devido a múltiplos fatores como: o clima, o solo, a quantidade de irrigação necessária, para poder colher no tempo certo, o fruto da videira. Assim o previdente dono da terra tomou antecipadamente as medidas necessárias e partiu para uma viagem, sem data de retorno, e deixou claro aos seus colaboradores (arrendatários) que desta maneira aconteceria após sua partida.

Os colaboradores eram cientes do direito do uso e as necessárias medidas para verem o resultado produtivo nessa videira, mas sabiam que não tinham o direito da posse, por melhor que executassem sua parte neste latifúndio.

Por experiência própria, posso declarar que uma vez por ano, acontece a maturação dos cachos da parreira, porém o texto pressupõem que o dono da plantação, ausentou-se por muito tempo, assim podemos presumir, nada foi de meses e sim de anos.

Os então eleitos cuidadores da plantação devem então ter celebrado, a colheita, o resultado de diversas outras colheitas inteiramente para si, neste intervalo de tempo (que estou pressupondo); podendo até os fazer levar a acharem que tinham além do direito do uso também o direito da posse.

Chegou um dia, na época de uma das colheitas, que chegou um representante do dono, reivindicando o seu direito, a sua parte, legitimamente. A atitude dos que tinham claramente só o direito de uso, foi cruel, rebelde, fria e maldosa para com os representantes, além de espancarem, fizeram retornar sem nada.

O dono da plantação, com total direito da terra, decide, a cada retorno de seu representante, enviar outros representantes e a cada um que chegava em sua propriedade era ainda mais mal tratado do que o anterior e um deles despedido (provavelmente rapado parte de sua barba) e assim fora humilhado, mais ainda que os demais.

A posição do dono intriga, primeiro por sua persistência em repetir o mesmo método, mas demonstra o total respeito pelos seus colaboradores na terra dele, e assim decide enviar seu Filho Amado na certeza de que ao verem, reconheceriam sua autoridade e se submeteriam ao seu senhorio.

O Amor do Criador surpreende desde as narrativas do Gênesis, o Livro dos Princípios, pois em todos os momentos lemos sob um lado criativo, coerente e sem igual, nada ocorrendo por acaso, tudo baseado no conjunto para que o homem pudesse viver sob a face da terra.

Na terra foi permitindo que desfrutasse de todas as coisas e cuidasse do planeta, cada um cuidando do seu espaço, restringindo somente um único item, o qual em nada lhe incomodaria o seu viver sobre a face da terra.

Em seu Amor viu a perda da inocência do homem, para uma troca pela consciência sobre o conviver entre certo e errado abdicando do direito que tinha e foi colocado em um patamar diferente do que fora criado para viver e conviver com os demais seres criados.

Por seu Amor estabeleceu com os homens alianças, concertos, preceitos, mandamentos, estabeleceu um monte para as bênçãos e outro para as maldições, elegendo e enviando profetas, sacerdotes, juízes, estabelecendo reis ou retirando, enviando exércitos de outras nações e todos eram para orientar, ou corrigir a maneira de se viver e para aguardar o Plano de Redenção da criatura com o seu Criador, mas a receptividade na outra ponta sempre foi de destruir e deixar de ouvir os apelos para voltarem ao seu Senhor.

Sua misericórdia relevou todas as respostas contrárias e unilateralmente apresentou a humanidade, o castigo que nos traz a paz, em seu Filho, único, Amado e nEle cumpriu sua promessa: O redentor descrito e anunciado foi cumprida, apresentada e consumada na Cruz do calvário no Monte Gólgota, na esperança de que os seus o reconhecessem.

A história foi escrita, seu feito registrado, simplesmente por que o homem nada pode fazer por si mesmo para reverter a sentença que foi promulgada pelo livre arbítrio, e o Eterno sempre manteve e tem a esperança de que o ser humana o reconhecerá.


Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula






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