sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

SURPREENDER SE É POSSÍVEL.

 

Base na Bíblia: João 02:05-11 “... Disse então a mãe aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser. Ora, estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam duas ou três metretas. Ordenou-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima. Então lhes disse: Tirai agora e levai ao mestre-sala. E eles o fizeram. Quando o mestre-sala provou a água tornada em vinho, não sabendo donde era, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água, chamou o mestre-sala ao noivo e lhe disse: Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho, Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. ...”

 

“... Sua mãe disse aos servos: ‘Façam tudo o que ele lhes disser’. Havia seis potes de pedra para as purificações cerimoniais judaicas; cada pote continha 75 a 114 litros. Yeshua lhes disse: ‘Encham os potes com água’; e eles o encheram até a borda. Ele disse: ‘Agora, tirem um pouco e levem ao homem encarregado da festa’; e eles o levaram. O encarregado da festa provou a água; ela havia sido transformada em vinho! Ele não sabia de onde esse viera, embora os servos que haviam tirado a água o soubessem. Então chamou o noivo e lhe disse: ‘Todas as outras pessoas servem o melhor vinho em primeiro lugar, e o vinho de qualidade inferior  só é servido depois de as pessoas terem bebido à vontade; mas você guardou o melhor vinho até agora!’. Este, o primeiro dos sinais miraculosos de Yeshua, foi realizado em Kanah da Galil; ele revelou sua glória, e os talmidim passaram a confiar nele. ...”

 

Para cada acontecimento ocorrido, precisamos de fatos (quanto mais concretos forem sempre serão mais seguro), para avaliarmos e assim classificarmos como sendo surpreendente ou mesmo pelos critérios próprios pessoais de julgamento definirmos colocá-lo em esferas inferiores.

Diante de uma festa, os convidados participam sempre se alegrando com seus anfitriões, e nesta boda de casamento, tudo ia correndo desta mesma forma, uma vez que previamente os detalhes foram cuidados para esse fim.

A bebida da festa, acabará somente havia para os que tinham a bebida em mãos, a mãe de Jesus, comenta aos servos do local que ouvissem e atentassem as Palavras de Jesus.

Eles ouviram e atenderam, ainda que era sem sentido o pedido, uma vez que água é água e encher vasos de purificação fora de época, poderia beirar a ser um desperdício, mas resolveram atender e quando completaram sua tarefa, as Palavras de Jesus, agora pede a ação para chegar ao encarregado da festa um copo contendo o líquido que fora tirado destes vasos.

Algo aconteceu que surpreendeu ao encarregado da festa, bem como aos servos, que haviam enchido de água os seis potes de pedra, isso certamente trouxe um certo desconforto, em particular ao encarregado da festa.

O enviar a água transformada em vinho, poderia ser direta aos noivos, ou aos pais dos noivos, porém o escolhido foi o encarregado da festa, que deveria ter em mente a quantidade de pessoas, o tempo de duração da festa, a quantidade de alimentos e bebidas para suprimento de todos os participantes.

Por mais acostumado que o encarregado da festa, pudesse ser, pois sempre pode haver ocorrências fora do esperado, e para isto existe a programação, porém este foi surpreendido e chamou o noivo.

A Salvação vem pela graça do Eterno Criador, e cada acontecimento descrito desde outrora, passou e vai passar pelo crivo de cada ser humano, uma vez que, apesar de ser um ato isolado (de uma única pessoa) aos padrões e critérios de cada grupo social, neste ato está contido o propósito do Senhor no qual todos os seres humanos sobre a face da terra tenham essa informação e possam definir em sua esfera de valor o grau de importância.

As palavras do encarregado da festa ao noivo, apontavam para uma falta de observação dele, ou de uma procura mais insistente em saber quais produtos havia para ser oferecido durante a festa.

Suas palavras testificavam que o produto por ele provado era muito superior ao que antes viera para os convidados.

O Filho do Homem veio e pela vontade do Pai cumpriu as palavras que sobre ele foram elaboradas para atender e cumprir a Lei e apresentar-se, surpreendendo a todos com um caminho novo que pela sua morte fosse pago o preço necessário, pois era pelo pecado que havia e há sobre cada ser humano, enfim: ’o salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito do Criador é a vida Eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor.’

  

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula

 






 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

APTO E CHAMADO NO PADRÃO CELESTE.

Base na Bíblia: Mateus 09:09-13 “... Partindo Jesus dali, viu sentado na coletoria um homem chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. Ora, estando ele à mesa em casa, eis que chegaram muitos publicanos e pecadores, e se reclinaram à mesa juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus, vendo isso, perguntaram aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo isso, respondeu: Não necessitam de médico os são, mas sim os enfermos. Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar justos, mas pecadores. ...”

 

“... Assim que Yeshua saiu de lá, viu um coletor de impostos, chamado Mattityahu, sentado na coletoria. E lhe disse: ‘Siga-me!’; ele se levantou e o seguiu. Enquanto Yeshua estava comendo em uma casa, muitos coletores de impostos e pecadores vieram e se juntaram a ele, e a seus talmidim durante a refeição. Quando os p’rushim viram isso, disseram aos talmidim: ‘Por que o rabi de vocês come com os coletores de impostos e pecadores?’. Yeshua ouviu a pergunta e respondeu: ‘Quem precisa de médico não são os que têm saúde, mas os doentes. Entretanto vocês deveriam aprender o que isto significa: ‘Prefiro compaixão a sacrifícios de animais’. Pois eu não vim chamar ‘justo’, mas pecadores!’. ...”

 

Sobre a face da Terra, todos os seres humanos têm os seus chamados no momento de seus nascimentos e ao longo de suas existências passam a ser aptos e escolhidos para exercer suas rotinas necessárias para o melhor convívio em seu meio.

A função de um coletor de impostos, não era bem vista pelo povo que está sujeita a ele, e esse era o dia a dia de um coletor, porém no chamado de Mateus (Levi), o publicano (coletor), aconteceu um desdobramento após ser chamado, enquanto, Mateus servia uma lauda refeição, onde as Palavras ditas pelo Messias aos fariseus e presentes foram: ‘Aprendei o que importa (significa) Misericórdia é melhor que sacrifícios’.

Na leitura relatada de Marcos cita que Jesus saiu para a beira do mar e uma multidão ia ter com ele e ele os ensinava, quando ia passando, viu na coletoria sentado Levi e disse-lhe: segue-me.

Em Mateus menciona que Jesus acabará de sair de uma casa onde um paralítico foi colocado para dentro, descido pelo telhado e este foi curado e após esse acontecimento passou pela Coletoria, completando os textos é possível entender o cenário que ocorria naquele dia.

Sobre estas palavras citadas por Jesus (Yeshua) também foram relatas em outro momento aos fariseus e aos presentes: ‘misericórdia quero, e não sacrifícios’, e isto ocorreu quando seus discípulos foram questionados por estarem pecando porque colhiam espigas para comer em um sábado.

Há também estas palavras em Miqueias 6:7-8 e Oséias 6:6 na Antiga Aliança, onde foram citadas essas mesmas palavras ao povo: Misericórdia (benevolência) quero e não sacrifícios.

E no chamado de Saul e de David, também encontramos, o chamado e o apto nos padrões do Eterno:

O Sacerdote, Juiz e Profeta Samuel, disse o mesmo texto ao rei Saul, quando este colocou seu ponto de vista sobre seus motivos de desobedecer ao que lhe fora previamente apresentado como o modelo que deveria executar, mas por livre arbítrio deliberou diferentemente, assim: “Samuel, porém disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à voz do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de adivinhação, e a obstinação é como a iniquidade de idolatria. Porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.” I Samuel 15:22-23.

O mesmo Saul estava longe, mesmo sendo apto e escolhido, e ele profetizava quando em local onde estava cheio da presença do Eterno, sim, mesmo os que foram chamados e não estão aptos podem ter experiências com o Senhor, mas em nada o mantém apto a seguir o chamado, de quem o escolheu; recordando sobre seu chamado, foi o povo que pediu um rei para ser igual aos demais povos da terra, e quem atendeu foi o Eterno.

E assim chegamos a David que mesmo antes de ser chamado já fora escolhido pelo Senhor, para ser o rei e ele foi tratado pelo Eterno, como o próprio Samuel percebeu quando teve a incumbência e foi ungir rei o então sucessor de Saul, pois mesmo Samuel o considerava uma pessoa fora do padrão de aptidão para ser o sucessor ao reino.

Na Velha Aliança encontramos também homens e mulheres que foram moldados para fazerem coisas pela sua autoridade, porém quando necessário até uma mula foi quem tratou sobre o comportamento, por exemplo, de Balaão.

Os padrões de escolha, que o Messias apresenta eram e são opostos aos valores e medidas para se classificar os aptos e os escolhidos, apresentando aos escribas, uma vez mais que cada um por seus critérios pessoais estabelecidos ao longo de suas vidas, estavam deixando de aventar uma vaga e pequena possibilidade sobre suas afirmações estarem opostas aos padrões Celeste.

Saulo(Paulo), de Tarso, cita aos que estavam em Coríntios: ‘o Eterno escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e o Eterno escolheu as coisas fracas do mundo para confundir os fortes; e o Senhor escolheu as coisas ignóbeis do mundo, e as desprezadas, e as que não são para reduzir a nada as que são; para que nenhum mortal se glorie na presença do Criador.’

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula













  

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

VEIO O ANUNCIADO.

 

Base na Bíblia: Marcos 01:01-09 “... Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Conforme está escrito no profeta Isaías: Eis que envio ante a tua face o meu mensageiro, que há de preparar o teu caminho; voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas; assim apareceu João, o Batista, no deserto, pregando o batismo do arrependimento para remissão dos pecados. E saíram a ter com ele toda a terra da Judéia, e todos os moradores de Jerusalém; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados. Ora, João usava uma veste de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre. E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de, inclinando-me, desatar a correia das alparcas. Eu vos batizei com água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo. E aconteceu naqueles dias que veio Jesus de Nazaré da Galiléia, e foi batizado por João no Jordão. ...”

 

“... O princípio das boas novas sobre Yeshua, o Messias, o Filho de Deus. Está escrito no profeta Yesha’yahu: ‘Veja, envio meu mensageiro à sua frente; ele preparará o caminho antes de você’. ‘A voz de alguém que grita: ‘Preparem no deserto o caminho para ADONAI! Façam caminhos retos para ele!’’. Foi por isso que Yochanan, o Imersor, apareceu no deserto, proclamando a imersão que envolvia o retorno para Deus e o abandono do pecado para que fossem perdoados. Pessoas iam ao encontro dele de toda a região de Y’hudad, bem como os habitantes de Yerushalayim. Confessando os pecados, eram imersos por ele no rio Yarden. Yochanan vestia roupas feitas de pelo de camelo e um cinto de couro em volta da cintura, comia gafanhotos e mel silvestre. Ele proclamava: ‘Depois de mim, vem alguém mais poderoso que eu – Não sou digno nem mesmo de me curvar e desamarrar as correias das sandálias dele. Eu os imerjo em água, mas ele os imergirá no Ruach HaKodesh’. Pouco tempo depois, Yeshua veio de Natzeret da Galil e foi imerso no Yarden por Yochanan. ...”

 

Em todos os tempos desde outrora, a notícia sempre levou as pessoas a conhecerem acontecimentos que em alguns casos mudaram o rumo da história como hoje a conhecemos.

Nas Sagradas Escrituras estão relatados acontecimentos que apresentam o mesmo padrão, ou seja, são notícias anunciadas com antecedência para que de alguma forma possam gerar em quem lê, ouve, ou as estuda um sentimento de esperança ou mesmo muitas vezes de falta de conforto, quando confrontado ao seu modo pessoal de vida.

João, o Batista, veio e anunciava o arrependimento, e através do batismo por imersão, uma maneira simbólica de celar uma atitude pessoal de cada ser humano, como um meio exterior, logo uma forma de confirmação de seu arrependimento, primeiro de retornar ao seu Criador e ter o entendimento de deixar o pecado, onde em uma água corrente, todo aquele que  entra nesta água corrente deixa que seja levado tudo o que devia ser levado e então este ao sair desta água, carregava em si a certeza de ter passado por um arrependimento sincero.

Porém para que deveriam então se arrepender? Podemos imaginar, uma vez que todos já seguiam a Lei de Moisés, os Profetas e os Salmos e tinham acesso aos livros históricos, em resposta, dentre prováveis razões uma delas se destaca, a de que seria algo como: o povo adora ao Senhor, porém, o coração de cada um deles está longe.

Mesmo cada um efetuando seus preparativos necessários para os sacrifícios anuais e pelo ritual anual recebendo o perdão quando o sumo sacerdote uma vez por ano entrava no Santo dos Santos dentro do Templo, o coração de cada um deles estava longe.

João, inicia seu chamado no deserto da Judéia, próximo a uma das margens do rio Jordão e anuncia o necessário ao povo, para restabelecer a conduta que já conheciam desde os dias de seus pais (antepassados), pelo arrependimento sincero e assim os Imergia (batizava) um a um.

Contudo ao anunciar a mensagem, era enfático em declarar que sua ação eram para aplainar e preparar a chegada do Messias, o qual todos os descendentes de Abrão, Isaque e Jacó conheciam desde a sua mais tenra idade, e como estavam sobre o Domínio de Roma, ansiavam muito por essa Vinda, e assim ele usava do batismo (imersão) nas águas correntes como sinal de arrependimento.

As vestimentas de João, podem parecer fora do padrão da época, ou mesmo um novo estilo, porém seja qual for o motivo de Marcos registrar a veste com o cinto a cintura, também acresce ele, o hábito alimentar que por sua vez com certeza também se diferenciava dos demais, mas por um outro lado, as palavras do Messias, algum tempo depois, sobre João, apresentam o quanto ele era diferenciado como pessoa, vejamos:

“Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu outro maior do que João, o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.” Mateus 11:11.

Em suas palavras, João, porém acrescenta que o Messias viria e sua autoridade era impressionante, uma vez que João que era considerado como Profeta dentre o povo, ou mesmo para outros era o próprio Messias, declarava ele que não se sentia apto, a curvar-se diante do Enviado do Senhor, e de lhe desatar as correias de suas sandálias.

João, anunciava o Enviado, em suas palavras e tinha por certo em seu viver, quem deveria crescer e quem deveria decrescer para que as Palavras contidas na Antiga Aliança, ou Aliança Mosaica, Talmud ou Velho Testamento se cumprissem conforme anunciado muitos e muitos séculos antes, ao anunciar o Ano Aceitável do Senhor.

Certo dia Yeshua vem de Nazaré, região da Galiléia ao território de Judá, junto ao Rio Jordão para ser batizado por João, o Batista e assim acontece, também para se cumprir a Vontade Soberana do Criador, ao anunciar aos seres humanos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” João 03:16-17.

As palavras de João apresentaram o Messias, assim veio o Anunciado, e em seu ministério o Senhor enviou 12 (doze) e depois 70 (setenta) e após sua ressurreição manteve o mesmo cuidado de solicitar a todo o que crê, que as Boas Novas fossem anunciadas a todos, pois todos de todas as tribos, línguas e Nações, estão destituídos da Glória do Eterno.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula






 






sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

AGIR COM PROPÓSITOS.

Base na Bíblia: Lucas 02:25-32 e 36-38 “... Ora, havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem, justo e temente a Deus, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava sobre ele. E lhe fora revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor. Assim pelo Espírito foi ao templo; e quando os pais trouxeram o menino Jesus, para fazerem por ele segundo o costume da lei, Simeão o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra; pois os meus olhos já viram a tua salvação, a qual tu preparastes ante a face de todos os povos; luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo Israel. ... Havia também uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era já avançada em idade, tendo vivido com o marido sete anos desde a sua virgindade; e era viúva, de quase oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações. Chegando ela na mesma hora, deu graças a Deus, e falou a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. ...”

 

“... Havia em Yerushalayim um homem chamado Shimón. Ele era um tzaddik piedoso, que esperava ansiosamente pela consolação de Yisra’el; e o Ruach HaKodesh estava sobre ele. Fora-lhe revelado pelo Ruach HaKodesch que não morreria antes de ver o Messias ADONAI. Movido pelo Espírito foi ao pátio do templo. Quando os pais trouxeram o menino Yeshua para lhe fazerem o que requeria a Torah, Shimón o tomou nos braços e disse uma b’rakhah a Deus, dizendo: ‘Agora, ADONAI, de acordo com tua palavra, teu servo pode partir em paz; porque vi com meus olhos tua yeshu’ah, que preparaste na presença de todos os povos - uma luz que levará para revelação de goyim e glória a teu povo Yisra’el’. ... Também estava ali uma profetiza chamada Hannah, Bat-P’nu’el, da tribo de Asher. Ela era uma mulher muito idosa – vivera com o marido apenas sete anos e permaneceu viúva; contava agora oitenta e quatro anos. Nunca deixou o templo e adorava a Deus dia e noite jejuando e orando. Tendo chegado ali naquele exato momento, começou a agradecer a Deus e a falar a respeito da criança a todos os que esperavam pela libertação de Yerushalayim. ...”

 

Os seres humanos em sua grande maioria passam desapercebido de acontecimentos relevantes a sua volta, em parte ao longo dos séculos, pela falta de comunicação ágil para manter a todos informados, em outra parte porque uma parte coloca outros alvos em suas vidas passando simplesmente a persegui-los e mesmo rodeado de muitas informações em tempo quase que real, mantém sempre uma dúvida, sobre a veracidade, no presente tempo chamamos de fake News (notícias falsas).

Lucas apresenta a Teófilo acontecimentos ocorridos nos primeiros anos da vida do Messias, em sua pesquisa ele encontra duas pessoas, que passam a fazer parte de sua narrativa, em comum ambas eram de idade avançada e ambas mantinham também um mesmo tipo de atitude de esperança viva que compartilhava com seus próximos.

O Livro de Isaías, cita uma origem sobre o vigor de uma pessoa, notem:

“Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? E inescrutável o seu entendimento. Ele dá força ao cansado, e aumenta as forças ao que não tem nenhum vigor.” Isaías 39:28-29.

Ao ler no Livro de Salmos sobre a vida e seu vigor, há um deles que retrata, o cuidado de perceber a brevidade e a fragilidade da existência humana na Terra, e ao mesmo tempo suplica ao Eterno para ajudar a cada um a utilizar o limitado tempo nesta vida de modo adequado e produtivo:

“A duração de nossa vida é de setenta anos; e se alguns pela sua robustez, chegam a oitenta anos. O que seria orgulho e sucesso, não passa de fadiga (labuta) e enfado (tristeza), um momento, e então nos vamos.” Salmos 90:10.

Simeão era uma pessoa que tinha uma conduta justa e piedosa, bem dentro do que retrata os dizeres contidos no Livros de Isaías e Salmos, ora mencionados, e o agir natural do Espírito Santo permitia que pela fé esperasse no cumprimento das palavras que ouvira.

Ana também de idade avançada em nada também se distanciava da conduta de Simeão, provavelmente ela chegou no mesmo instante, pela vontade do Eterno e permaneceu no local, que já lhe era comum, mas para ela não havia dúvida de quem era a pessoa, o menino Yeshua, que vinha sendo trazido, para cumprir o que requeria a Torah.

Simeão agradeceu ao Eterno ao pegar o menino Yeshua e declarou que estava radiante, por ver em suas mãos a resposta que esperava ansiosamente da consolação de Israel e citou que os gentios seriam alcançados também, percebam que sua esperança não se limitava a si, ou para si somente, e sim para todos.

Igualmente Ana apresentava a todos os ouvintes presentes, primeiro agradecendo ao Senhor, por ter enviado a redenção descritas nas Escrituras; e quem era o menino que veio trazido por seus familiares, para estarem de acordo com a Torah, para que todos que anelavam pela libertação soubessem, que o Eterno estava cumprindo as Suas Palavras, citadas nos Salmos, Profetas e na Lei de Moisés.

Usamos de várias maneiras para respondermos quando o assunto é agir com um propósito, seja em qual idade estivermos vivendo, mas exemplos como de Simeão e Ana, podem nos ajustar e motivar um a um a perceber que para o Eterno o Tempo está em suas mãos, e o cuidado há para com os que o busca, e o texto mostra toda a diferença de um evento casual acontecendo, para um evento pré definido, estabelecido e precioso, regado por Seus cuidados, pelos seus a quem ama.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula













  

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

PERCEBER AS DIFERENÇAS.

Base na Bíblia: Lucas 20:41-47 “... Jesus, porém, lhes perguntou: Como dizem que o Cristo é filho e Davi? Pois o próprio Davi diz no livro de Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. Logo Davi lhe chama Senhor como, pois, é ele seu filho? Enquanto todo o povo o ouvia, disse Jesus aos seus discípulos: Guardai-vos dos escribas, que querem andar com vestes compridas, e gostam das saudações nas praças, dos primeiros assentos nas sinagogas, e dos primeiros lugares nos banquetes; que devoram as casas das viúvas, fazendo, por pretexto, longas orações; estes hão de receber maior condenação. ...”

 

“... Então ele lhes disse: ‘Como as pessoas podem dizer que o Messias é filho de David? Porque o próprio David diz no livro de Salmos: ‘ADONAI disse a meu Senhor: Sente-se à minha direita até que eu ponha os inimigos como estrado para seus pés’. David, portanto, o chama ‘Senhor’. Então como é que ele pode ser filho de David?’. Quando todo o povo ouvia, Yeshua disse aos talmidim: ‘Cuidado com o tipo de mestre da Torah que gosta de andar com roupas especiais e receber cumprimentos diferenciados nas praças de mercado e ter lugares especiais nas sinagogas e de honra nos banquetes, gente do tipo que devora a casa das viúvas enquanto faz longas preces. A punição dessa gente será a mais rigorosa!’. ...”

 

Temos diferenças, penso que todos concordam que sim, mas tratamos as diferenças e assim podemos estar todos juntos em um mesmo ambiente, e quando citamos sobre a fé no Messias, os pilares do Amor estão na vinda, morte, ressurreição, no arrependimento, na sua volta e no julgamento, isto basta para abrir e perceber as diferenças, que há frente ao dia a dia de cada pessoa.

Estevão, por exemplo, era um diácono, que citou estas palavras quando estava sendo interrogado e apedrejado: “Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé a direita de Deus, e disse: Vejo os céus abertos, e o filho do homem em pé à direita de Deus.” Atos 07:55-56.

Quanto ao pensamento a seguir, apresentado pelo Messias deixa transparecer a razão do Pai o ter enviado: “E, se alguém ouvir as minhas palavras, e não as guardar, eu não o julgo, pois eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. Quem me rejeita, e não recebe as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado. Essa o julgará no último dia. Porque eu não falei de mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, esse me deu mandamento quanto ao que dizer e como falar. E sei que o seu mandamento é vida eterna. Aquilo, pois que eu falo, falo-o exatamente como o Pai me ordenou.” João 12:47-50.

Tenho ouvido muitas vezes e de muitas pessoas frases questionando as Escrituras, e a maioria destas questões são legítimas e merecem atenção, uma vez que apontam na maioria das vezes, sobre a possibilidade de que possa haver adulteração, ou mesmo homens somente escrevendo sem qualquer inspiração que não seja humana.

Respeito a opinião de cada ser humano, e sobre esses pensamentos a única resposta que me vem a minha mente é a de que, ainda que, homens tenham escrito, ou mesmo tenha sido adulterado textos, haverá um único tempo de julgamento coletivo e cada um respondera por suas ações, pois a Palavra não está limitada ao Escrito; sim ela está livre para chegar a todos quando é anunciada, atingindo aos que jamais crerão, bem como aos que não creem e também aos que a aceitam, pois todos são humanos e merecem conhecer a História do único genuíno amor para a sua vida.

Sim, racionalmente fica complicado aceitar que a Bíblia é a Palavra de Deus aos seres humanos, e desde o Livro dos Princípios notamos esse comportamento ativado na humanidade, porém cito que a cada palavra lida e a cada meditação e reflexão pessoal, fortalece o coração do abatido e do perdido que sente o chamado para depositar seu fardo e aprender do Filho que é manso e humilde de coração.

Tempos absolutistas vivemos no presente, e podemos pensar que é uma tendência, que como outras a cada tempo, pareciam que seriam permanentes, mas todas tem seu tempo, e por sua vez, as Escrituras sempre passou por cada uma delas e se mantém inalterada, para todos, que a buscam, e a esses agrega a certeza de que jamais estarão sós e que há uma proposta individual e pessoal que busca o perdido e o encontra e apresenta-lhe uma nova criatura, que assim como a prata e o ouro passam pelo fogo para atingir o seu melhor, deixando toda escória que o aprisiona, para a Liberdade que o liberta.

Jesus ao mostrar a diferença de seu ensino, citou: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da minha mão.” João 10:27-28.

Saulo, de Tarso, conhecido como Paulo, declara na epístola aos Romanos sobre o conhecer, qual é a ferramenta principal: “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Assim como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas! Mas, nem todos deram ouvidos ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem deu crédito à nossa mensagem? Logo, a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.” Romanos 10:13-17.

Sim, é prudente perceber as diferenças e só assim saber em qual caminho estão de fato os meus e os seus pés colocados.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula













  

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

POUCOS DIAS DEPOIS.

Base na Bíblia: Lucas 24:36-45 “... Enquanto ainda falavam nisso, o próprio Jesus se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco. Mas eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. Ele, porém, lhes disse: Por que estais perturbados? E por que surgem dúvidas em vossos corações? Olhai as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede; porque um espírito não tem carne nem ossos, como percebeis que eu tenho. E, dizendo isso, mostrou-lhe as mãos e os pés. Não acreditando eles ainda por causa da alegria, e estando admirados, perguntou-lhes Jesus: Tendes aqui alguma coisa para comer? Então lhe deram um pedaço de peixe assado, o qual ele tomou e comeu diante deles. Depois lhes disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; ...”

 

“... Enquanto falavam sobre isso, o próprio Yeshua apareceu entre eles! Assustados e com medo, pensavam ver um fantasma. Mas ele lhes disse: ´Por que vocês estão perturbados? Por que essas dúvidas estão no interior de vocês? Vejam minhas mãos e meus pés, sou eu mesmo! Toquem-me e vejam: um fantasma não tem carne nem ossos, como vocês percebem que eu tenho’. Tendo disto isso, mostrou-lhes as mãos e os pés. E por não crerem ainda, tão cheios estavam de alegria e de espanto, ele lhes disse: ‘Vocês têm aqui algo para comer?’. Eles lhe deram um pedaço de peixe assado, e ele o comeu na presença deles. Yeshua lhes disse: ‘Por isso eu lhes falei enquanto ainda estava com vocês: Tudo o que estava escrito a meu respeito na Torah de Mosheh, nos Profetas e nos Salmos tinha de ser cumprido’. Então lhes abriu o entendimento, para que pudessem entender o Tanakh. ...”

 

Basta um pequeno número de dias passados e para muitos já parecem uma eternidade, enquanto para outros nem se lembram mais do ocorrido, assim podemos perceber que cada acontecimento tem um efeito diferente a aquele que está conhecendo ou mesmo para aquele que está vivendo a situação.

Na estrada de Emaús, caminhavam dois discípulos de Jesus, junto deles se aproximou uma pessoa e passaram a explicar os acontecimentos em Jerusalém nos últimos dias e para essa pessoa que os acompanhava lhe foi declarado: “Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de remir a Israel; e além de tudo isso, é já o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram.” Lucas 24:21.

Expectativas se formaram quanto a chegada do Messias, ainda que cada acontecimento estivesse preanunciado nos Livros das Escrituras, e naquele momento com o Tempo determinado acontecendo diante deles e na prática, iniciada a sua chegada mencionada por João, o Batista, ainda assim causou esse sentimento entre seus ouvintes.

Os onze discípulos por sua vez, estavam conversando sobre fatos que estavam sendo relatados sobre o Senhor Jesus aparecer e inclusive os desses dois discípulos que voltaram até eles, para mencionar que também tinham tido uma experiência semelhante.

No meio deles, segundo a narrativa de Lucas para Teófilo, O Messias apareceu e causou espanto, sendo definido como fantasma ou espírito, e conversando com eles para tratar com cada um, afinal eles ficaram perturbados; em outro momento dentro de um barco os 12 (doze) também gritaram ao verem andando pela água o Senhor e acharam que era um fantasma.

Mesmo havendo já passado por uma experiência semelhante, agora envolvia um novo acontecimento, pois Jesus Yeshua, havia sido sepultado, mas as palavras do Mestre mantem a tratar o interior de cada um deles: ‘porque estas dúvidas estão no interior de vocês?’.

Os cuidados para restabelecer a compreensão de cada um deles é mais uma vez ativada, pois lhes é proposto que o toquem, pois para um fantasma ou espírito isso seria improvável, e mostra-lhes o efeito causado em suas mãos e pés pela crucificação.

Agora ainda sem ter certeza, mantendo o medo, porém com alegria e o espanto, o Filho do Homem pergunta se havia algo que pudesse comer, e é atendido e come diante deles, pois mesmo a alegria de ver algo tão surpreendente pode ser inibida pelo espanto que ainda se mantinha em cada um de seus interiores, gerado a poucos dias atrás.

A proposta do Ungido mais uma vez trata com cada um de seus ouvintes, ratificando a eles o necessário cumprimento contido na Torah de Mosheh, nos Profetas e nos Salmos, sobre Ele, uma vez que a visão de cada um deles estava contida em uma única atribuição ao Messias.

Assim como ocorreu na estrada de Emaús, aos discípulos que convidarem o Messias para entrar em sua casa e darem a ele a liderança, para dar graças pelo alimento, abriram-se os olhos e puderam perceber que era o Messias ressurreto com eles, semelhantemente os discípulos ao receberem o Mestre ao ouvirem suas palavras sobre os motivos que levaram a cada acontecimento tem aberto o entendimento para compreenderem o Tanack (Escrituras Sagradas, Velha Aliança, Antigo Testamento), pois a Nova Aliança firmada entre o Criador e sua criatura estava diante deles.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula















sexta-feira, 18 de novembro de 2022

RENÚNCIA DIA A DIA.

 

Base na Bíblia: Lucas 09:57-62 e 10:01 “... Quando iam pelo caminho, disse-lhe um homem: Seguir-te-ei para onde quer que fores. Respondeu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. E a outro disse: Segue-me. Ao que este respondeu: Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Replicou-lhe Jesus: Deixa os mortos sepultar os seus próprios mortos; tu, porém, vai e anuncia o reino de Deus. Disse ainda outro: Senhor, eu te seguirei; mas deixa-me primeiro despedir-me dos que estão em minha casa. Jesus, porém, lhe respondeu: Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus. Depois disso designou o Senhor outros setenta, e os enviou adiante de si, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir. ...”

 

“... Enquanto estavam viajando pelo caminho, um homem lhe disse: ‘Eu o seguirei aonde você for’. Yeshua respondeu: ‘As raposas têm tocas e as aves que voam pelos céus têm ninhos, mas o Filho do Homem não possui lugar próprio’. A outro disse: ‘Siga-me!’, mas o homem respondeu: ‘Senhor, deixe-me enterrar meu pai’. Yeshua disse: ‘Que mortos enterrem seus mortos; você deve ir e anunciar o Reino de Deus!’. Ainda outro disse: ‘Eu o seguirei, senhor, mas deixe que eu me despeça da minha família’. Ao que Yeshua respondeu: ‘Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás está capacitado para servir ao Reino de Deus!’. Depois disso, o Senhor designou outros setenta talmidim e os enviou em duplas, adiante dele, a todas as cidades e lugares aonde deveriam ir. ...”

 

Aptidão pode parecer um talento ou um diferencial do ser humano, o qual parece que ocorre naturalmente, para certas pessoas, e em muitas situações realmente temos essa impressão, mas isso em nada impede duas situações de ocorrer, a primeira é a de quem não a possui, este deve passar a buscar com o interesse necessário para reverter sua situação e o segundo caso é no sentido de que mesmo parecendo ser natural para alguns, nunca deve se deixar de aprimorar mais e mais e de exercitar dia a dia na pratica seus talentos.

Quando ouvimos alguém falando ou lemos textos sobre a palavra renúncia de imediato nossos pensamentos fluem para alguém que por algum motivo revelado ou oculto toma essa decisão e a partir dessa atitude deixa de ter e usar na mesma medida tudo aquilo que veio a público e optou por abrir mão.

O Messias estava caminhando com seus discípulos e nessa jornada são mencionados três tipos de pessoas que apareceram e destes dois se manifestaram por iniciativa própria e o terceiro somente foi abordado, e assim esse também se manifestou, como lemos no texto.

João fazia parte dos que caminhavam com Jesus, cito este pensamento dessa maneira e assim e com grande certeza, penso que ele ouviu as Palavras do Messias para estas três pessoas e notem o que anos depois ele escreveu:” Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” I João 02:15-17.

O primeiro homem se apresentou voluntariamente e declarou sua vontade de estar com ele em todo o tempo e em todo o lugar, mas as Palavras do Senhor, apresentou-lhe que o ministério do Messias não havia nem um lugar próprio, o que exigiria desse homem um esforço maior para cumprir suas palavras; apesar de não ter sido mencionado se continuou a seguir ou deixou não temos mencionado, mas sabemos que muitos o deixaram: “Por causa disso muitos dos seus discípulos voltaram para trás e não andavam mais com ele.” João 06:66.

O segundo, foi convidado pelo Raboni, e este ao ser chamado, respondeu que sim, mas sob uma condição, a qual pode ser entendida que ocorreria somente após o enterro de seu pai, aí ele estaria apto a seguir Yeshua (Jesus), da mesma forma o escritor deixa de completar sobre qual foi a posição final deste que fora convidado, mas mantenho as palavras das Escrituras, que declara: “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.’ Mateus 22:14.

O terceiro, por sua vez tomou a iniciativa de antecipadamente declarar que o seguiria, mas também colocou uma condição, para cumprir sua palavra, e aos olhos naturais parece algo perfeitamente coerente, cada uma de suas palavras, e coerente inclusive aos nossos naturais modo de pensar, porém penso nas Escrituras Sagradas que citam: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como o céu é mais alto do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos,” Isaías 55:08-09.

Jesus citou a ele, o trabalho de um profissional na arte do uso do arado e acrescentou que para ser bem executado, deve-se ir a frente com os olhos fixos no traçado necessário para cumprir sua jornada para a qual foi chamado, sem jamais se desviar dele, a fim de não ser desclassificado.

Trazendo aos dias atuais a renúncia de cada um parece que em grande parte se molda aos interesses particulares de cada ser humano, devido as suas relações que vão sendo construídas durante a jornada de sua peregrinação sob a face da terra, em nada se diferenciando dos moldes citados pelas três pessoas citadas em cada uma de suas ações.

O Messias, por sua vez, continua em sua caminhada, como lemos e sem se desviar nem para a direita e nem para a esquerda, elege 70 (setenta) discípulos e os envia de dois em dois para as Cidades e Lugares por onde deveriam passar para Anunciar a Chegada do Reino de Deus, a cada homem, mulher, idoso e criança, pois, está é a Vontade do Pai, que amou o mundo de tal maneira...

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula

 






sexta-feira, 11 de novembro de 2022

DUPLA RESPONSABILIDADE.

 

Base na Bíblia: Mateus 25:11-19 “... Depois vieram também as outras virgens, e disseram: Senhor, Senhor, abre-nos a porta. Ele, porém, respondeu: Em verdade vos digo, não vos conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora. Porque é assim como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens: a um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade; e seguiu viagem. O que recebera cinco talentos foi imediatamente negociar com eles, e ganhou outros cinco; da mesma sorte, o que recebera dois ganhou outros dois; mas o que recebera um foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Ora, depois de muito tempo veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles. ...”

 

“... Mais tarde, as outras damas de honra chegaram. ‘Senhor, Senhor’, elas gritaram, ‘deixe-nos entrar’. Mas ele respondeu: ‘A verdade é que não as conheço!’. Portanto, fiquem alertas, porque vocês não sabem o dia nem a hora. ‘Porque ele também será como um homem que deixa sua casa por um pouco de tempo e confia suas posses aos servos. A um, deu cinco talentos {o equivalente ao salário de cem anos}; a outro, dois; e a outro, um – a cada um de acordo com sua capacidade. E, então partiu. O que havia recebido cinco talentos imediatamente saiu, investiu-os, e obteve outros cinco. Também o que recebera dois talentos ganhou mais dois. Mas o que tinha recebido um talento saiu, cavou um buraco no chão e escondeu o dinheiro do senhor. ‘Depois de um longo tempo, o senhor dos escravos voltou e acertou contas com eles. ...”

 

Um talento em algumas versões se compara a 6.000 (seis mil) dracmas ou denários (um denário = pagamento por um dia de trabalho).

Quando o ser humano se torna mais maduro acontecem situações que para a grande maioria os remetem a refletir sobre sua infância e os seus momentos que lá tiveram, para buscar respostas aos acontecimentos que passam a viver.

Pedro ouviu do Messias as seguintes palavras sobre o futuro dele: ‘Sim, eu lhe digo: quando você era mais jovem, vestia-se e ia aonde queria. Mas, quando envelhecer, estenderá as mãos, e outra pessoa o vestirá e o levará aonde não deseja ir’. João 21:18.

Em outro momento, o mesmo Simão Barjonas, ouviu quando estava em Jope, do Espírito Santo: “Enquanto a mente de Pedro ainda estava ocupada com a visão, o Espírito lhe disse: ‘Três homens estão procurando por você. Levante-se e desça, e não receie em ir com eles, porque eu mesmo os enviei’.” Atos 10:19-20.

Delegar tudo é sempre um princípio administrativo sábio e sadio, pois, divide tarefa, mas no corpo cada parte tem a sua função e saber fazer sua parte plenamente é bom sempre, para o todo, uma vez que simplesmente se faça o que se deve, lembrando que delegar é bom também desde que não seja na verdade uma fuga para não deixar que outros percebam que a responsabilidade é simplesmente sua, porém, por puro conforto pessoal repassa a terceiros e ou quartos, sobre esse pensamento em minha menta passa a lembrar na posição adotada de Poncio Pilatos, ao lavar as mãos sobre o tema Jesus e seus acusadores: “Ao ver Pilatos que nada conseguia, mas pelo contrário que o tumulto aumentava, mandando trazer água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Sou inocente do sangue deste homem; seja isso lá convosco.” Mateus 27:24.

No texto primeiro que lemos, sabemos que o Messias estava respondendo à pergunta dos discípulos sobre os últimos tempos, e assim o Raboni citava fatos e exemplos de comportamentos e destacamos dentre eles dois e passamos a notar os das virgens ou damas de honra que se atrasaram para as bodas e o preparativo e o início de uma pessoa a viajar, deixando seus bens para serem zelados por seus servos (escravos).

Cada palavra que lemos, nos remete ao simples e terno cuidado do Criador por sua criatura, loucura sim para muitos eruditos e estudiosos, mas para o simples uma fonte de vida a jorrar de seu interior, porém a humanidade, interage definindo que as virgens só chegaram atrasadas, algo comum nos grandes centros urbanos, perfeitamente tolerável poderiam entrar e assim passam a afirmar; inclusive, revertendo a bondade do Criador, como um sinal de castigo severo.

Os cuidados daquele que iria se ausentar é evidente e cauteloso, pois segundo a capacidade que, estimava de cada um, por ser o senhor, de cada servo, entregou sua posse, nem a mais nem a menos, e prontamente empreendeu sua viagem.

Notamos que também cada um dos servos que receberam os talentos, também saíram e foram dar conta da incumbência recebida, pois a ordem foi única e não múltiplas, logo para cada um tinha uma única direção ou alvo.

Um longo tempo, se passou, entre a saída do senhor e seu retorno, e com certeza o tempo foi o mesmo a cada um de seus servos, uma vez que a responsabilidade de servir era natural para os servos e a responsabilidade de usar os talentos depositados para cada um deles, era a certeza da confiança que havia em cada servo, logo se tornava dupla sua responsabilidade, para com seu senhor.

O corpo é um só, não existe diferença dos pés ao pescoço, todos são um e formam um, no Corpo de Cristo, assim cada uma das partes, ou melhor cada célula, tem seu papel a desempenhar, e uma vez bem executado todo o corpo agradece, mas a Cabeça é Cristo, somente o Messias, o Ungido, e nenhuma outra parte (da menor célula, ou do menor ao maior órgão, ou talvez osso) toma essa posição.

Assim, como na Assembleia, Congregação, Igreja (chamados para fora), só há a Noiva, uma vez que há somente o Noivo, o qual é um só, O Messias Jesus Cristo, o Ungido, que morreu por cada pecador, pagando o preço, antecipadamente previsto pelo Pai ao ser crucificado e ressuscitado ao terceiro dia.

As citações do Messias tratam da dupla responsabilidade de cada parte, ou órgão, ou célula do corpo de Cristo, de estar em permanecer ativo, com os olhos fitos no Autor e Consumador de nossas almas, que em breve voltará!

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula






 






sexta-feira, 4 de novembro de 2022

NÃO VALHO MAIS?

 

Base na Bíblia: Marcos 09:42-50 “... Mas qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e que fosse lançado ao mar. E se a tua mão te fizer tropeçar, corta-a; melhor é entrares na vida aleijado, do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. {onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga.} Ou, se o teu pé te fizer tropeçar, corta-o; melhor é entrares coxo na vida, do que, tendo dois pés, seres lançado no inferno. {onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga.} Ou, se o teu olho te fizer tropeçar lança-o fora; melhor lhe é entrares no reino de Deus com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no inferno, onde o verme não morre, e o fogo não se apaga. Porque cada um será salgado com fogo. Bom é o sal; mas, se tornar insipido, com que o haveis de temperar? Tendes sal em vós mesmos, e guardai a paz uns com os outros. ...”

 

“... ‘Seria melhor para quem armar uma cilada contra um destes pequeninos que confiam em mim, ter uma pedra de moinho presa ao pescoço, e se lançar no mar. Se a mão fizer você pecar, corte-a! é melhor ser mutilado, e alcançar a vida eterna, que manter as duas mãos e ir para o Gei-Hinnom, para o fogo inextinguível! E, se o pé fizer você pecar, corte-o! é melhor ficar aleijado, mas alcançar a vida eterna, que manter os dois pés e ser lançado do Gei-Hinnom! E se o olho fizer você pecar, arranque-o! É melhor ter apenas um olho, e entrar no Reino de Deus, que manter os dois olhos e ser lançado no Gei-Hinnom. Onde o verme não morre, e o fogo não é apagado. Na verdade, todos serão salgados com fogo. O sal é excelente, mas se perder sua característica, como poderá ser utilizado? Por isso, tenham sal em si mesmos – isto é, fiquem em paz uns com os outros’. ...”

 

Uma das grandes máximas que o ser humano vive sobre a face da terra consiste em localizar sua origem e em harmonia repassar aos que a volta de si possam estar, isto, pode parecer a princípio algo improvável de acontecer, pois cada um busca seus interesses e assim deixam de viver o propósito da vida, como foi mencionado pelo Messias ao povo, em uma Parábola ou Ilustração sobre o homem que era agricultor e produziu muito a ponto de ter de aumentar seus celeiros para conter o estoque, e assim viver para si seus dias futuros em descanso: comendo, bebendo e divertindo-se, porém vem uma voz, que dizia: “Mas Deus lhe dirá: ‘Tolo, nesta mesma noite você morrerá? E as coisas que você preparou – de quem elas serão?’’

Os cuidados desta vida e das coisas que cercam a cada um, sim infinitas enquanto duram, porém o ato de buscar essas como prioridade de vida, podem levar a esquecer-se de que o ideal é “Buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça quanto as demais coisas, estas vos serão acrescentadas.”

Induzir ou levar os que buscam os valores eternos em primeiro ao Eterno, como citam os 10 (dez) mandamentos, é algo que pode ser catastrófico ao que assim age, se não se arrepender, assim mencionou o Messias no texto que lemos.

O valor do Reino vale mais que todo o ouro contido no Planeta, mas os valores terrenos induzem a pensar que tudo que há se limita ao que cada um por si pode ver e tocar, incentivando a cada dia a viver como se fosse o último.

Elcana, era um homem responsável citado pelas Escrituras Sagradas e tinha duas esposas, uma delas com filhos e a outra sem filho, certa feita, ao perceber ele o quadro físico e emocional daquela, sem filhos, que se chamava Ana, disse-lhe: ‘Então Elcana, seu marido, lhe perguntou: Ana, por que choras? e por que não comes? e por que está triste o teu coração? Não te sou eu melhor do que dez filhos?” I Samuel 01:08.

Existem palavras faladas que doem ao serem ouvidas, mas que trazem o combustível (dinamite) necessária para gerar uma reação naqueles que a ouvem, pois a princípio parecem somente meios para cutucar ou alargar a ferida já existente ao que ouve. Sabemos lendo o texto seguinte que para Ana, as palavras de Elcana, foi exatamente o meio dela atingir o alvo que ela mesma tinha guardado em seu coração.

O Messias enviado, O Filho do homem, onisciente, onipresente , onipotente, declara o que ocorre antes e depois do agir de cada um de nós seres humanos, e apresenta qual valor vale mais e deve ser buscado, em tempo e fora de tempo, pois é Eterno.

Ações e reações, certo e errado, ensinar o que há nas Escrituras Sagradas na sua totalidade, ou isolar partes ou juntar palavras, sendo extraídas do original ou das tantas versões existentes, é o agir do ser humano em sua trajetória de ser o melhor, e neste agir pode-se deixar de buscar o que realmente tem maior Valia.

Assim o Messias conclui o pensamento exposto aos ouvintes daquele tempo, chegando até hoje e avançando ao Dia da Sua Volta; comparando assim ao sal e ao fogo que serve para depurar e reconhecer o que está de fato dentro de cada um, ao saírem todas as escórias que há, e no sal para apurar se tem suas qualidades ou se perdeu e se tornou insípido.

A recomendação se mantém, tenham sal em si mesmos, isto é, tenham o de Melhor Valia e sejam vistos com a Paz, uns com os outros, para mim penso em: “Deixo-vos a paz a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”  João 14:27.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula






 






sexta-feira, 28 de outubro de 2022

HÁ PERIGO NA AUTO JUSTIFICAÇÃO.

 

Base na Bíblia: Lucas 03:01-09 “... No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe tetrarca da região da Ituréia e de Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene, sendo Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto. E ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando o batismo de arrependimento para remissão de pecados; como está escrito no livro das palavras do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas. Todo vale se encherá, e se abaixará todo monte e outeiro; o que é tortuoso se endireitará, e os caminhos escabrosos se aplanarão; e toda a carne verá a salvação de Deus. João dizia, pois, às multidões que saíam para ser batizadas por ele: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que até destas pedras Deus pode suscitar filhos de Abraão. Também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo. ...”

 

“... No décimo quinto ano do imperador Tibério, quando Pôncio Pilatos era governador de Y´hudad; Herodes, governante da Galil; seu irmão Filipe, da Ituréia e Traconitres; Lisânias governava Abilene; Anan e Kayafa era os kohanim g´dolim, a palavra de Deus veio a Yochanan Ben-Z´kharyah, no deserto. Ele percorreu toda a região do Yaden, anunciando a imersão que envolvia o abandono do pecado e a volta a Deus a fim de receber perdão. Isso aconteceu exatamente como está escrito no livro dos dizeres do profeta Yesha´yahu: ‘A voz de alguém que clama: ‘No deserto preparem o caminho para ADONAI! Endireitem as veredas para ele! Todo vale será aterrado, e toda montanha e colina niveladas; as estradas sinuosas serão endireitadas, e os caminhos acidentados aplanados. Então toda a humanidade verá a libertação provida por Deus’ ’. Portanto, Yochanan dizia às multidões que vinham para ser imersas por ele. ‘Cobras! Quem lhes deu a idéia de fugir do castigo vindouro? Se vocês se arrependeram verdadeiramente de seus pecados, produzam frutos que comprovem isso! E não comecem a dizer a si mesmos: ‘Avraham é nosso pai’, pois eu lhes digo que Deus pode, destas pedras, fazer filhos para Avraham! O machado já está posto à raiz das árvores, pronto para cortar; toda árvore que não produz bom fruto será derrubada e lançada no fogo!’. ...”

 

Uma das ações que o ser humano usa naturalmente em seu dia, sem muitas vezes, nem se dar conta é a de se auto justificar, muitas vezes essa ação é devida e são necessárias para esclarecer e passar da pessoa que o faz, o ato de ter o direito de se expressar por qual motivo ele ou ela adotou tal comportamento, o que em nada inviabiliza por parte de seus ouvintes, um julgamento natural verbalizado ou por meio de gestos, da parte de cada um dos ouvintes, assim raciocinando, por sua vez, podemos entender que essa ação nada mais é do que a maneira de esclarecer os pontos que estamos seguros, mas que nem todos a volta os compreendem e os aceitam.

Lucas continua a detalhar a Teófilo, o início do que veio a ser chamado de Cristianismo, e buscando dentro dos parâmetros da Antiga Aliança demostrar a ele que mesmo já tendo passado séculos, haviam ocorrido diante do povo de Israel o cumprimento das palavras do profeta Isaías, nos dias citados por Lucas.

Em suas palavras passa a detalhar todos os nomes de pessoas influentes de sua época todos esses ligados à área civil ou religiosa, enquanto neste meio tempo as palavras do profeta estavam tornando forma, diante de uma Nação, inicialmente bem a princípio, pois o precursor João (Yochanan) e o Filho Jesus (Yeshua), O Messias, já estavam entre o povo.

É citado que João no deserto, ouve a voz do Senhor e passa a andar pelo trajeto do Rio Jordão a anunciar as Novas do Senhor, trazendo as palavras do profeta e colocando em prática o propósito do Eterno, pois eles receberiam o Senhor (ADONAI), e com este alvo inicia o processo de administrar através do batismo, em sinal de arrependimento, a cada um, para remissão dos pecados, ou como imagino em minha mente, João estava anunciando a imersão que envolvia o abandono do pecado e a volta a Deus a fim de receber perdão.

O povo vai em multidões até João, para ser imerso, e as palavras do Enviado para antecipar a Vinda do SENHOR, são bem diretas para aqueles que o ouvem, uma vez que, ao saberem do efeito que se dava ao ato do batismo por imersão, muitos buscavam estar dentro dessa regra, buscando sua auto justificativa, muito semelhante aos que necessitam tomar certas vacinas durante a vida para ter imunidades a certos tipos de doenças.

As palavras do mensageiro, tratam do zelo em servir ao Senhor, muito além da ênfase da aparência, onde cada um segue o ritual definido e por esta simples conduta já está inscrito ou fazendo parte daquele grupo a que buscou se identificar.

Para o Eterno os frutos são relevantes, e João enfatiza a necessária atenção para passar da teoria para a prática no campo, que remete ao princípio de passar a viver tendo o ‘eu’ pessoal abaixo do seu Criador, pois no texto escrito originalmente em pedras, iniciava: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, ...”

E por outro lado, buscar apoio no que acha que é uma fonte segura, apartada das Escrituras Sagradas, em seu texto e em seu contexto, pode até expor à sua vontade e determinação pessoal, logo somente de quem fala (mas inicia e cessa em quem mesmo fala), por exemplo ao citar: ‘nunca fui escravo, sou filho de Abraão com Sarai’; pois a Soberania do Criador, está sempre acima de qualquer modismo que seja criado pelo homem.

Sim toda árvore, tem um machado posto na parte mais importante para a sua continuidade, porém toda aquela que está fora da sua identidade, tem que se preocupar, pois nas palavras de João, será cortada desde a raiz e colocada no fogo.

Aos olhos humanos sempre pode haver o sentimento de que pode haver exagero e até equívocos, porém no Livro de Salmos, encontram-se palavras para descrever que a Soberania é plena e atinge todos os sentimentos e atos de cada ser humano, em seu julgamento:

‘Senhor, tu me sondas e me conheces. Tu conheces o meu sentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Esquadrinhas o meu andar, e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos. Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces.’ Salmos 139:01-04.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula