SEM QUE O POVO SOUBESSE.

Base na Bíblia: Lucas 22: 01-07 “... Faltava pouco tempo para a Festa dos Pães sem Fermento, chamada Páscoa. Os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei procuravam um jeito de matar Jesus em segredo porque tinham medo do povo. Então Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes. Judas foi falar com os chefes dos sacerdotes e com os oficiais da guarda do Templo para combinar a maneira como ele ia lhes entregar Jesus. Eles ficaram muito contentes e prometeram dar dinheiro a ele. Judas aceitou e começou a procurar uma oportunidade para entregar Jesus a eles, sem que o povo ficasse sabendo. Chegou o dia da Festa dos Pães sem Fermento, dia em que os judeus matavam carneirinhos para comemorar a Páscoa...”

Uma frase que devemos ter ouvido diversas vezes e como eco deve se repetir ainda outras muitas vezes durante nossa caminhada sobre a face da terra, cita que o povo unido não sabe a força que tem.

Quando no Livro dos Princípios menciona a criação do homem e posterior a mulher criada da costela do homem, destes dois fatos acontecem os nascimentos para povoar a terra, situação essa em que foram abençoados pelo Eterno.

Os acontecimentos posteriores somente ratificaram esse crescimento populacional e inicialmente viviam aparentemente juntos e não espalhados até o evento conhecido como Torre de Babel.

No texto que lemos notamos a preocupação dos líderes judaicos (sacerdotes e mestres) com o comportamento do povo, mesmo eles tendo uma influência direta sobre eles, sabiam sem hesitar que eram inconstantes e que quando confrontados com o Messias, Rabi Jesus, tinham por certo que deixariam de serem bem sucedidos em seus intentos.

O povo é por muitos considerados como soma de números somente e por outros como uma massa de manobra; na sua essência são formados por homens e mulheres com sentimentos e necessidades individuais por serem únicos, por isso homens ou mulheres sobre homens e mulheres se revezam para colocarem-se sob sua liderança ao longo da história.

As palavras de Jesus em essência sempre tratavam do interior ao exterior de cada um de seus ouvintes e desta forma Ele as usava com autoridade, porém focando ao Criador, o Pai como o ponto certo para a adoração e ponto focal seguro para se viver todo seus dias sob a face da terra, a humanidade.

Os líderes por sua vez, tinham que agradar a Roma, manter seus negócios em atividade e administrar os meios pelo qual mantinham o povo sobre temerário controle, e Jesus, o Rabi, o Messias muito os incomodava por cuidar dos aflitos e necessitados; com este clima e para resolver esse impasse, se ocuparam em tramar um meio para eliminar a oposição sem chamar para si, a atenção do povo.

Judas Iscariotes, era um dos doze escolhidos por Jesus, o Messias, pelos textos sabemos que havia outro Judas também no grupo chamado de Zelote, para os diferenciar, no grupo, este resolve voluntariamente ir negociar uma maneira de ser útil aos líderes de sua época.

A trama é armada só aguardando o sinal em que o povo estivesse longe o suficiente para não ver o que se propunham a fazer com o Messias, mas passou os dias e chegou a Festa dos Pães Asmo (sem Fermento), hoje no Ocidente, conhecemos como Páscoa.

O povo estava em casa, preparando o cordeirinho, Jesus ficou provavelmente somente com os 12 (doze) discípulos e Judas viu uma oportunidade.

O tempo desse evento mostrou a importância do povo ser informado e estar ciente de seus direitos e não só de suas obrigações, foi em Cristo somente que o povo soube que havia um Deus que os amava e se preocupava com cada um, que Ele sabe o nome de cada um, e que Ele entende as necessidades de cada um, pois para isso enviou seu Filho, Amado para ser o cordeiro Pascal e morrer pelos nossos pecados.

Porém os acontecimentos após esse fato mostram o quanto o povo foi continuamente cegado dessa verdade e colocado sobre jugos humanos e condições e regras para poder se chegar ao Pai, quando o próprio Jesus declara: ‘Vinde a mim todos os que estai cansados e sobrecarregados e eu os aliviarei. Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.’

Vem o Dia do Senhor quando o Messias virá nos céus com poder e grande glória e aqueles que não se deixaram influenciar pelas palavras de homens, e aceitaram a verdade de que o pecado somente pode ser banido em Jesus o Cristo, se arrependendo, estarão juntos com aquele que os ama, como eles são.

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula

O RELÓGIO DO TEMPO.

Base na Bíblia: Lucas 21: 34-38 “... E Jesus terminou, dizendo: Fiquem alertas! Não deixem que as festas, ou as bebedeiras, ou os problemas desta vida façam vocês ficarem tão ocupados, que aquele dia pegue vocês de surpresa, como se fosse uma armadilha. Pois ele cairá sobre todos no mundo inteiro. Portanto fiquem vigiando e orem sempre, a fim de poderem escapar de tudo o que vai acontecer e poderem estar de pé na presença do Filho do Homem, quando ele vier. Jesus ensinava no pátio do Templo todos os dias. Mas à noite ia para o monte das Oliveiras e ficava ali até de manhã. E todo o povo ia de madrugada para o Templo a fim de ouvi-lo...”

Todos buscam naturalmente viverem regrados em suas condutas e usam parâmetros como o próprio relógio para pautar suas vidas.

Imagine por um momento que cada um de nós pudesse saber sobre acontecimentos futuros, com total exatidão, no tempo presente em que vive. Certamente tomaríamos inúmeras ações para corrigir os acontecimentos futuros a nosso favor e anteciparíamos atividades para desfrutar mais do melhor da terra.

Jesus apresentou os fatos narrando uma a um e os relacionou para que todos seus discípulos de ontem e de hoje pudessem manter:

1) A direção em só Deus, deixando de seguir a deuses estranhos;

2) Deixar o medo para que ficasse esse em segundo plano, mesmo estando vivendo a vida na tormenta da fúria do mar de origem interna ou externa de cada um;

3) Considerar e aceitar o fato de que servir ao nome do Senhor Jesus, pode ser o meio para ser excluído do meio em que vive;

4) Deixar os acontecimentos cotidianos como fatos naturais e as respostas sempre buscar e somente nas que virem dos céus, pelo próprio Senhor Jesus tomar decisões; e

E por fim e muitíssimo importante permanecer a orar para que seja bem sucedido em todos os acontecimentos futuros, sempre antecipadamente e seguindo estes cuidados poder estar sendo considerado apto a estar na Vida com o seu Criador.

O relógio do Tempo está sincronizado e sua construção foi elaborada para jamais parar, seus acontecimentos estão em tudo, confirmando a Autoridade do Senhor do Tempo, que humildemente trouxe luz para os que viviam em trevas e no vale da sombra da morte e contavam seus dias sem esperança alguma no vale da sombra e da morte, longe da luz,  pois todos os nascidos sobre a face da terra carregam uma sentença.

Muitos, não, e sobre isso eu me atrevo a pensar que poucos na verdade pensam que todas as Palavras das Escrituras irão se cumprir, assim estabeleço uma conexão ao me referir ao comportamento pessoal de cada um, afinal mesmo Jesus dizendo para que nunca se embarace com os problemas desse mundo e nunca deixe para segundo plano o retorno nos ares do seu Criador, muito pouco valor ou importância demonstram.

Milênio já se passou desde que essas palavras foram proferidas e o tempo dos gentios terá sua data limite, pois o castigo do Senhor aconteceu desde o ano 70 (setenta) do calendário baseado em Cristo e muitos dormem desde então, mas assim como Abraão, Isaque e Jacó estarão vivos, pois O Eterno não é Deus de mortos.

Ainda assim outros não querem despertar para que o Messias os possa esclarecer sobre o relógio do Tempo.

Leva-se esses acontecimentos no presente com o mesmo jeito dos antepassados, nos primeiros registros das Escrituras Sagradas desde os exemplos de Noé em sua construção da arca e o comportamento do povo local, Ló e a cidade onde estava quando houve a chegada de dois visitantes (anjos), e também de Jonas dentro do grande peixe, onde observamos o resultado posterior ao obedecer e a conduta do povo onde foi enviado, entre outros exemplos no Pentateuco, na Tora, Velho Testamento, e no presente no Novo Testamento onde estão contidos os legados como o relógio do Tempo, a todo o homem, mulher e criança para que nunca cada um desses possam alegar que desconheciam dessas verdades, mas endurecem seus corações a fim de não se arrependerem de seus maus caminhos e para que o Senhor possa vir e purificar a terra de cada coração.

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula

APRENDENDO A PERGUNTAR CORRETAMENTE.

Base na Bíblia: Lucas 21: 10-33 “... E continuou: Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá grandes tremores de terra, falta de alimentos e epidemias. Acontecerão coisas terríveis, e grandes sinais serão vistos no céu. Mas, antes de acontecer tudo isso, vocês serão presos e perseguidos. Vocês serão entregues para serem julgados nas sinagogas e depois serão jogados  na cadeia. Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos reis e aos governadores para serem julgados. E isso dará oportunidade a vocês para anunciarem o evangelho. Resolvam desde já que não vão ficar preocupados, antes da hora, com o que dirão para se defender. Porque eu lhes darei palavras e sabedoria que seus inimigos não poderão resistir, nem negar. Vocês serão entregues às autoridades pelos seus próprios pais, irmãos, parentes e amigos, e alguns de vocês serão mortos. Todos odiarão vocês por serem meus seguidores. Mas nem um fio de cabelo de vocês será perdido. Fiquem firmes, pois assim vocês serão salvos. Jesus disse ainda: Quando vocês virem a cidade de Jerusalém cercada por exércitos, fiquem sabendo que logo ela será destruída. Então, os que estiverem na região da Judéia, que fujam para os montes. Quem estiver na cidade, que saia logo. E quem estiver no campo, que não entre na cidade. Porque aqueles dias serão os ‘Dias do Castigo’, e neles acontecerá tudo o que as Escrituras Sagradas dizem. Ai das mulheres grávidas e das mães que ainda estiverem amamentando naqueles dias! Porque virá sobre a terra uma grande aflição, e cairá sobre esta gente um terrível castigo de Deus. Muitos serão mortos à espada, e outros serão levados como prisioneiros para todos os países do mundo. E os não judeus conquistarão Jerusalém, até que termine o tempo de eles fazerem isso. E Jesus continuou: Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. E, na terra, todas as nações ficarão desesperadas, com medo do terrível barulho do mar e das ondas. Em todo o mundo muitas pessoas desmaiarão de terror ao pensarem no que vai acontecer, pois os poderes do espaço serão abalados. Então o Filho do Homem aparecerá descendo numa nuvem, com poder e grande glória. Quando essas coisas começarem a acontecer, fiquem firmes e de cabeça erguida, pois logo vocês serão salvos. Em seguida Jesus fez esta comparação: Veja o exemplo da figueira ou de qualquer outra árvore. Quando vocês veem que as suas folhas começaram a brotar, vocês já sabem que está chegando o verão. Assim também, quando virem acontecer aquelas coisas, fiquem sabendo que o Reino de Deus está para chegar. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: essas coisas vão acontecer antes de morrerem todos os que agora estão vivos. O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre...”

O tempo dos não judeus está determinado no tempo do Eterno, assim como foi a cada período que remonta a história humana e muito mais na história do povo judeu escolhido em Abrão, para abençoar as famílias da Terra, o qual nele teve seu ciclo iniciado e caminha dentro do cronograma devidamente celebrado e apresentado nas Escrituras Sagradas para que todos saibam que há o único Deus, cujo nome é sem igual e nada pode abalar sua Verdade e Existência.

A ciência, o conhecimento e o sistema humano necessários para se juntar pessoas e formar uma comunidade baseada em princípios e valores justos e dignos para todos, sempre foi delegado ao homem; e esse fez uso em sua melhor maneira, e temos a história a apresentar os sucessos, os momentos de perda de sucesso e os descontentamentos entre indivíduos de grupos iguais.

Por outro lado, também permanece no homem o interesse em expandir seus territórios e impor sua influência sobre outros povos, bem como ficou o registro na história sobre estes fatos e também todos nós sabemos que o que há escrito (documentado) e que podemos encontrar não se mede em porcentagem elevada do todo que o homem tem feito em sua trajetória sobre a face da Terra ao seu semelhante.

Uma pergunta bem feita, pode abrir uma soma de conhecimentos que nem esperávamos, principalmente quando direcionada ao Filho do Homem, o Filho Unigênito do próprio Deus, o próprio Deus, afinal o Tempo existe por Ele e jamais o inverso, a medida e os acontecimentos sobre nossas peregrinações conforme está mencionado no Livro de Salmos já estão descritas antes e as direções que adotamos sempre foram permitidas por um Pai que usa do seu atributo e permite que seu filho possa se espelhar no comportamento de seu único tutor que sempre mostra a melhor direção seguindo os passos que há de referência no Messias, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula

ACONTECIMENTOS TERRÍVEIS.

Base na Bíblia: Lucas 21: 05-09 “... Algumas pessoas estavam falando de como o Templo era enfeitado com bonitas pedras e com as coisas que tinham sido dadas como ofertas. Então Jesus disse: Chegará o dia em que tudo isso que vocês estão vendo será destruído. E não ficará uma pedra em cima da outra. Aí eles perguntaram: Mestre, quando será isso? Que sinal haverá para mostrar quando é que isso vai acontecer? Jesus respondeu: Tomem cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu, dizendo: ‘Eu sou o Messias’ ou ‘Já chegou o tempo’. Porém não sigam essa gente. Não tenham medo quando ouvirem falar de guerras e de revoluções. Pois é preciso que essas coisas aconteçam primeiro. Mas isso não quer dizer que o fim esteja perto...”

Lindo deveria ser observar o Templo no tempo do Messias, lá havia pedras de 20 (vinte) metros usadas na construção e cachos de uva como ornamento do tamanho de um homem, ofertadas por Herodes na terceira reforma (a qual iniciou em 18 ‘dezoito’ aC e terminou em 68 ‘sessenta e oito’ dC) e ao final ampliou ainda mais a área original.

Jesus, por sua vez, estando em Jerusalém, todos os dias ali ensinava, e a noite acampava ou pernoitava nas imediações do monte das Oliveiras, e todos os dias logo de madrugada o povo vinha para o poder ouvir.

Seus discípulos e agora apóstolos, pois já haviam saído em 2 (duas) viagens missionárias, o acompanhavam e em certa feita chamaram a atenção do Mestre para a imponência dessa construção, e dele ouviram palavras terríveis sobre uma nova e pior destruição desse local e isso claramente os incomodaram muito.

Jesus estava exatamente no momento de seu ministério em que literalmente iria se entregar e se despir de tudo, em Amor ao Plano Redentor do Pai, para as suas criaturas, agindo desta maneira estaria tirando ou cancelando, ou melhor ainda, desobrigando o homem de seu pagamento, lembremos da atenção ao exemplo de Jesus sobre o fato de observar a atitude da viúva pobre e sua oferta que nada mais era também que um forte aviso.

Os discípulos lhe pedem datas, fatos, acontecimentos e sinais sobre esse acontecimento e o Mestre Jesus claramente esclarece intercalando acontecimentos a curto, a médio e a longo prazo para lhes dar a resposta do que ele havia acabado de dizer.

De todos os esclarecimento o que primeiro foi identificado foi o de estar atento aos que viriam dizendo ser o messias, lembrando que só Jesus é o Messias e que não estaria com eles fisicamente; e ele, mesmo assim, aponta para os falsos Mestres, que mostrariam soluções, mas que eles não deveriam segui-los.

Fato recorrente século após século, porém pouco e mau observado por seus seguidores, inclusive no presente quando a informação está em livre acesso a todos, mas não há como uma mente humana processar todas elas.

Guerras e revoluções foram mencionados em seguida procurando transmitir que ao ouvirem delas não deveriam se apavorar e eles estavam na época claríssima do interesse comum do povo judeu em se libertar do julgo imposto a eles pelo Império Romano, por isso tantos falsos mestres surgiam.

Fato que também se repete séculos após séculos em que os seguidores do Messias se aliançam com falsos mestres/messias e participam igualmente de guerras e revoluções e vivem em si mesmos apavorados por elas ou levando a outros o medo e o terror em nome desses falsos mestres e profetas.

Jesus declara: ‘mas isto não será o fim’, e eles perguntaram somente da queda do Templo e o Senhor de ontem, de hoje e de eternamente, mostra a queda de Jerusalém, a queda do Templo, as guerras pelo mundo, os sinais de desestabilização nos céus e a sua segunda vinda.

Neste mesmo capítulo nos versículos posteriores Jesus menciona a necessidade de permanecer firme, fiel, com foco somente no Messias, pois eles seriam antes da queda do Templo, interrogados, presos, maltratados e mortos; e seus próprios familiares os trairiam somente pelo fato de aceitarem o Messias como seu Senhor e Salvador, fato também que continua ocorrendo após a queda do Templo, em todo o povo, língua, nação e continuará até a volta do Messias.

Manter-se inabalado, combater o bom combate, saber com convicção a razão de sua fé, esperar contra a esperança que há no mundo, assim os discípulos de ontem que o ouviram, deixaram registrados aos discípulos que vieram após, exatamente as Palavras sobre os acontecimentos e os sinais terríveis que vieram e que continuariam a vir e são os que antecedem a Volta do Senhor.

No ano 70 (setenta) dc (depois de Cristo) no período Romano chamado de o Ano dos quatro imperadores, o Tenente General Titys Flavivis Vespasianys Sabinys, nomeado por Nero, dois anos antes, traz a desolação e a destruição. Interessante notar que todos sabem que um povo sábio se junta para se proteger na segurança em uma cidade murada, porém, Jesus antecipadamente incentivou a que ninguém voltasse para a cidade, quando sitiada, antes saísse dela e assim com esse cenário caíram Jerusalém e o Templo; e suas palavras se cumpriram e permanecem inalteradas para os últimos dias; desta forma que cada um dos seus discípulos mantenham vivo a chama do desejo de servir e ser usado a testemunhar para que todos ouçam dessa Boa Nova, a fim de escaparem desse castigo, antes do fim.

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula

ENCONTRAR AS VIÚVAS.

Base na Bíblia: Lucas 21: 01-05 “... Jesus estava no pátio do Templo, olhando o que estava acontecendo, e viu os ricos pondo dinheiro na caixa das ofertas. Viu também uma viúva pobre, que pôs ali duas moedinhas de pouco valor. Então ele disse: Eu afirmo a vocês que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque os outros deram do que estava sobrando. Porém ela, que é tão pobre, deu tudo o que tinha para viver. Algumas pessoas estavam falando de como o Templo era enfeitado com bonitas pedras e com as coisas que tinham sido dadas como ofertas. Então Jesus disse: ...”

Parece simples o entendimento que obtemos ao lermos esse texto e claramente os personagens identificamos, inclusive são inúmeras vezes utilizados por líderes religiosos em suas crenças.

O contexto desse texto que lemos apresenta uma luz sobre a razão do motivo pelo qual uma viúva foi identificada por Jesus.

Os escribas eram celebres pessoas da comunidade judaica, não necessariamente eram judeus levitas, como a princípio a Tora mantinha, porém, séculos antes da vinda do Messias essa classe nasceu na comunidade judaica, formados em quase a sua totalidade por homens das demais tribos de Israel interessados pelo conhecimento e ensino da Lei. 

Não eram remunerados, assim tinham uma segunda profissão e como escribas viviam de ofertas; verificamos que para serem doutores precisavam ter 40 (quarenta) anos, logo antes disso eram aspirantes a doutores, já com direito a uma capa que os diferenciava. 

Tinham assento no Sinédrio lugar ocupado inicialmente só por Levitas, e pelos historiados antigos sabemos que o grupo dos fariseus eram formado em sua maioria por escribas.

O Sinédrio composto de 20 (vinte) ou 23 (vinte e três) juízes em cada Cidade ou O Grande Sinédrio que era uma assembleia de juízes judeus que constituía a corte e legislativo supremos da antiga Israel, incluía um chefe ou príncipe (Nasi), um sumo-sacerdote (Cohen Gadol), um Av Beit Din (o segundo membro em importância) e outros 68 (sessenta e oito) integrantes (anciões chefes das tribos, ricos comerciantes e latifundiários, escribas e fariseus e saduceus) que se sentavam em forma de um semicírculo e ficavam no Templo durante o dia.

Lepto nome nas traduções mais antigas gregas que se refere ao nome das duas moedas feitas (cunhadas) que eram de cobre de origem judaica e que segundo Marcos se equiparavam a um quadrante romano, o qual equivalia a 1/64 (um / sessenta e quatro avos) de 1 (um) denário (medida do salário de 1 (um) dia de trabalho de um homem).

A mulher por sua vez na sociedade judaica da época, baseada na Lei, tinha um papel diferenciado e era possível para um pai a vender como escrava, assim como definir seu casamento e o direito à terra não lhe estava assegurada, assim podemos entender quem era a viúva daqueles tempos.

Lucas e Marcos a descrevem como uma viúva pobre, logo retrocedendo a sociedade da época era uma mulher sem seu esposo, sem filhos, sem o auxílio dos irmãos do ex-marido que a tivessem amparado e sem pretendente para tentar um novo casamento.

Jesus observa os 13 (treze) ou 3 (três) caixas de ofertas, que tinham cada uma um bocal semelhante a uma tuba, essas eram colocadas no limiar entre o átrio das mulheres e o início do átrio dos homens e vê as ofertas sendo lançadas de cobre, prata ou ouro, lembrando que não existia papel moeda.

Os sacerdotes haviam estabelecido valores mínimos para ser considerado uma oferta e nesse tempo ainda não haviam estabelecido o sistema de medida árabe em 10 (décimos ou decimais) ou 100 (centésimos ou centavos), logo o valor depositado nem era reconhecido como oferta aceitável, assim estava a ofertada dada por essa viúva em desacordo.

Jesus claramente observa os acontecimentos e declarava aos seus ouvintes de ontem e os de hoje, o valor da atitude dessa viúva, mencionando seu feito e ainda que estando em desacordo com as tradições da época, tinha para si o favorecimento do Eterno e sua ação foi claramente aceita como oferta ao Senhor, como afirmou o Filho de Deus. 

Independentemente de pensamentos naturais humanos que temos, como o fato de como ela pode sobreviver, ou teve que ir esmolar, lembremos que em nada qualquer pergunta ou resposta humana, tira o brilho da sinceridade dessa mulher que vivia totalmente marginalizada pela sociedade de sua época.

Exatamente esse feito continua a se repetir mesmo nos dias atuais com os que aceitam o fato de serem pecadores e destituídos de toda a graça e honra que se perdeu desde a queda de Adão; esses caem em si e reconhecem seu pecado diante do Filho de Deus, aceitando seu sacrifício vertido na Cruz, ratificados por sua morte e ressurreição ao terceiro dia, O aceitando e abandonando sua história passada, assim se entregam como estão diante de seu Criador, independentemente dos olhares do povo a volta, como foi com essa viúva.

Jesus certa feita declarou: ‘Os pobres e necessitados sempre estarão vagando pelo mundo, entre vós, mas olhai para mim que estou convosco’, essas palavras foram registradas pelo discípulo amado e apóstolo no Evangelho de João 12:8.

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula