Base na Bíblia: João 11:16-27 “... Então Tomé, chamado ‘o Gêmeo’, disse aos outros
discípulos: - Vamos nós também a fim de morrer com o Mestre! Quando Jesus chegou, já fazia quatro dias que
Lázaro havia sido sepultado. Betânia ficava a menos de três quilômetros de Jerusalém,
e muitas pessoas tinham vindo visitar Marta e Maria para as consolarem por causa
da morte do irmão. Quando Marta soube que Jesus estava chegando foi encontrar-se
com ele. Porém, Maria ficou sentada em casa. Então Marta disse a Jesus: - Se o
senhor estivesse aqui, o meu irmão não teria morrido! Mas eu sei que vai
ressuscitar no último dia! Então Jesus afirmou: - Eu sou a ressurreição e a
vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca
morrerá. Você acredita nisso? – Sim, senhor! – ela disse. – Eu creio que o
senhor é o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo. ...”
“... Então
T’oma (seu nome significa ‘gêmeo’) disse aos companheiros: ‘Sim, vamos também
para morrer com ele!’. Ao chegar, Yeshua descobriu que El’azar estava no
sepulcro havia quatro dias. Beit-Anyah distava pouco mais de três quilômetros
de Yerushalayim, e muitos dos habitantes de Y´hudad tinham ido visitar Marta e
Miryam para confortá-las pela perda do irmão. Por isso, quando Marta ouviu que Yeshua
estava chegando, foi ao encontro dele, mas Miryam ficou em casa cumprindo o
período de shiv’ah. Marta disse a Yeshua: ‘Senhor, se você estivesse aqui meu
irmão não teria morrido. Mesmo agora, sei que tudo o que pedir a Deus ele lhe dará.’
Yeshua lhe disse: ‘Seu irmão vai ressuscitar’. Marta disse: ‘Eu sei que ele vai
se levantar outra vez na ressurreição, no último dia’. Disse-lhe Jesus: ‘Eu sou
a ressurreição e a vida! Quem deposita a confiança em mim viverá, ainda que
morra; e quem vive e confia em mim, jamais morrerá. Você crê nisso? Ela lhe
disse: ‘Sim, Senhor, creio que você é o Messias, o Filho de Deus, o que deveria
vir ao mundo’. ...”
Quando procuramos
informar pessoas a nossa volta sobre algum acontecimento que vivenciamos, temos
o objeto de facilitar ao nosso semelhante as informações para que ele(s) possa(m)
tomar uma decisão de cuidados, prudência ou atenção para evitar que sejam
surpreendidos.
Do momento em que Jesus
foi informado sobre a enfermidade de seu amigo Lázaro, ao momento em que chegou
próximo do povoado de Betânia, decorreram quatro dias, alguém foi informar as
irmãs de Lázaro que o Mestre estava chegando.
Com essa informação
recebida, ocorreu dois tipos de comportamento distintos, pois foram elas a
princípio quem haviam pedido para comunicarem o estado de saúde de seu irmão, uma
delas foi imediatamente encontrar-se com o Messias enquanto a outra permaneceu sentada
em sua residência, sendo confortada pelos amigos próximos, também de Jerusalém
e da Judeia que para lá afluíram.
Marta ao ver o Ungido,
declarou que estava certa de que Lázaro estaria vivo se o relógio do tempo
pudesse ser alterado e suas circunstâncias contando com a presença física do
Raboni, porém ratifica que ao Eterno permanece todo o seu querer segundo a sua
vontade que acontece, aparentando claramente sua dor pela perda de seu irmão
entre os viventes sobre a face da terra.
Seus discípulos devem
ter ouvido cada uma dessas palavras e também devem ter se lembrado das palavras
que Jesus os havia orientado, porém nenhum deles, tomou a frente do assunto e
informou quais foram as palavras ditas a eles, talvez porque eles mesmos também
estavam sentidos pela notícia agora oficial da ausência, para cada um deles, de
seu amigo Lázaro.
Jesus ouve a Marta e a
trata com uma afirmação que deve ter mexido com os ouvidos de todos que ali
estavam, pois suas Palavras agora apresentam, ou descortinam quem estava diante
dela (e deles) o único que é a Ressurreição e a vida, e ratifica a todos que quem
crê mesmo que morra viverá!
E mesmo diante de uma
situação de condolência, faz uma pergunta singular a Marta: Crês nisto? As palavras
dessa irmã de Lázaro, permanecem pelos séculos e nos trazem a memória aquilo
que nos traz esperança, até os dias atuais e perdurará até o último dia, declarando
ela ou confessando ela sua fé e confiança no Ungido o qual tem total autoridade.
Podemos imaginar que o
processo de consolo estava bem encaminhado, uma vez que uma das irmãs já estava
confortada e Lázaro já permanecia a quatro dias no sepulcro, porém as Palavras
de Jesus foram lançadas aos ouvintes muito antes.
Maria, por sua vez, se
manteve dentro da tradição judaica mais característica do luto judaico que é o retiro
do enlutado por sete dias, no recesso de seu lar após a morte de um parente
próximo. Ele ou ela não se mistura socialmente, não participa de eventos
alegres ou faz viagens recreativas durante essa época.
Rememorando Jesus em sua
proposta mencionada aos discípulos declarou a eles que iriam para despertar o
que havia ido dormir, mas poderia ser somente uma poesia, uma frase de efeito,
ou simplesmente uma motivação para animar a levar uma resposta positiva aos que
trouxeram a notícia de Marta e Maria ao Senhor Jesus, bem como para incentivar ou
motivarem seus doze discípulos a irem com ele a terra da Judeia, exatamente do
lado de Jerusalém e estarem em situação de risco de morte como afirmou Tomé.
As Escrituras Sagradas
tratam de um episódio originado em Adão para o qual foi definido uma solução,
tornando no Messias Ungido, Cristo o único meio possível e aceitável de reconciliar
o ser humano com seu Criador, séculos e séculos tem se passado, mas essa
verdadeira história de amor permanece atual a cada novo amanhecer.
Chegando a uma solução, podemos
imaginar que é quando todas as alternativas se esgotam e sem sucesso há as Boas
Novas que são anunciadas a todos; e as ovelhas perdidas que ouvem a voz do
Pastor e passam a confiar nEle, tem a mesma segurança que Marta mencionou ao confiar
no Enviado de Deus, pois uma certeza há e é imutável a todos a qual define que a
jornada sobre a face da terra aponta somente para uma morte e depois disso o juízo.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula