Base na Bíblia: João 13:20-30 “... Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem receber
aquele que eu enviar estará também me recebendo; e quem me recebe recebe aquele
que me enviou. Depois de dizer isso, Jesus ficou muito aflito e declarou
abertamente aos discípulos: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: um de vocês
vai me trair. Então eles olharam uns para os outros, sem saber de quem ele
estava falando. Ao lado de Jesus estava sentado um deles, a quem Jesus amava.
Simão Pedro fez um sinal para ele e disse: - Pergunte de quem o Mestre está
falando. Então aquele discípulo chegou mais perto de Jesus e perguntou: -
Senhor, quem é ele? – Aquele a quem eu dar um pedaço de pão passado no molho! –
respondeu Jesus. Em seguida pegou um pedaço de pão, passou no molho e deu a
Judas, filho de Simão Iscariotes. E assim que Judas recebeu o pão, Satanás entrou
nele. Então Jesus disse a Judas: - O que você vai fazer faça logo! Nenhum dos
que estavam à mesa entendeu por que Jesus disse isso. Como era Judas que tomava
conta da bolsa do dinheiro, alguns pensaram que Jesus tinha mandado que ele
comprasse alguma coisa para a festa ou desse alguma ajuda aos pobres. Judas
recebeu o pão e saiu logo. E era noite. ...”
“... Sim,
eu lhes digo que quem recebe a quem eu envio, recebe a mim; e quem me recebe,
recebe quem me enviou’. Depois de fazer isso, Yeshua, em angústia profunda de
espírito, declarou: ‘Sim, eu lhes digo que um de vocês me trairá’. Os talmidim
se entreolharam completamente aturdidos: a quem ele se referia? Um dos
talmidim, a quem Yeshua amava de modo especial, estava reclinado ao lado dele.
Shim’on Kefa lhe fez um sinal e disse: ‘Pergunte sobre quem ele está falando’.
Esse talmid se apoiou no peito de Yeshua e lhe perguntou: ‘Senhor, quem é esse?’.
Respondeu Yeshua: ‘É aquele a quem eu der este pedaço de matzah molhado no
prato’. Então ele molhou o pedaço de matzah, deu-o a Y’hudah Ben-Shim’on de
K’riot. Assim que Y’hudah pegou o pedaço de matzah, o Adversário entrou nele.
‘O que você está fazendo, faça depressa!’, disse-lhe Yeshua. Mas ninguém à mesa
entendeu por que ele lhe disse isso. Alguns pensaram que, por ser Y´hudah o
encarregado do dinheiro, Yeshua estava lhe dizendo: ‘Vá e compre o necessário
para a festa’, ou que desse algo aos pobres. Assim que pegou o pedaço de
matzah, Y’hudah saiu, e era noite. ...”
Nada é diferente atualmente quando o assunto é
participar, onde pode haver de se encontrarem poucos a milhares ou milhões e
ainda assim desses participantes somente alguns entendam a razão de estarem vivendo
aquele momento, ou o pior, todos são somente denominados de massa de manobra,
onde o alvo é só o de influenciar outros ao verem a capacidade de arregimentar
pessoas para seu uso pessoal em todas as esferas da sociedade.
De Jesus sabemos que orou uma noite e na sequência
do avançar das horas passa a escolher de um grupo de indivíduos, doze pessoas
pelos seus nomes, e a partir deste fato os chama de discípulos e aos demais com
certeza que continuaram próximos dele e deles, esses eram os seguidores.
Possivelmente neste período que lemos, passaram-se
entre 3 (três) e 3 1/2 (três anos e meio) que estão juntos e pela primeira vez,
está registrado a angústia profunda, ou aflição de Jesus ao mencionar os fatos
que estavam por vir.
Só um entendeu dos doze discípulos o que lhe era
falado, aos demais ficou a certeza de que estavam participando, aturdidos pois
apesar de que sabiam a referência de quem seria, porém não entendiam, o que
lhes estava diante de seus olhos.
O texto menciona o olhar dos discípulos entre eles
mesmos, indicando que entendiam o que era falado, mas mesmo entre eles todos
poderiam ser a pessoa citada, nada era relevante no sentido de estarem seguros de
que não seria a própria pessoa que olhava para seu irmão, chamado discípulo e também
chamado de apostolo ao seu lado.
O povo do Oriente deitava-se em vez de sentar-se à
mesa, cada convidado com o braço esquerdo sobre uma almofada, de modo a apoiar
a cabeça, estando o direito livre para comer. Assim, a cabeça de cada um estava
perto do peito de seu companheiro à esquerda. Tal foi o lugar de João em
relação ao Mestre na Última Ceia.
Por não chegarem a uma conclusão, Cefas busca em
João, a ousadia de questionar o Messias sobre quem seria que estaria a cumprir
as Palavras descritas nas Sagradas Escrituras; entendemos que isso ele fez, por
ser uma pessoa a quem tinha do Senhor uma autoestima, citado como um amor de
modo especial, assim o questiona, porém, claramente reconhecendo sua Autoridade
ao lhe chamar de Senhor.
Jesus não somente citou, como declarou como seria
identificado e ao entregar o matzah, sabemos que o Adversário tomou conta da
pessoa, ouviu este para completar rapidamente o que já havia iniciado e ao
pegar o matzah saiu rapidamente.
Um participou e entendeu os demais 11 (onze) ouviram
e racionalmente discerniram (alguns deles) que só poderia ser a ação de comprar
o que era necessário a festa ou para que desse algo aos pobres, uma vez que
Judas, que estava entre eles, era o responsável (encarregado) pelo controle do dinheiro,
mas já era noite.
O Senhor Jesus participava e entendia perfeitamente cada
acontecimento, pois veio para fazer a vontade do Pai e a falar e viver de
acordo com os mandamentos, estatutos e preceitos apresentado nas Escrituras Sagradas,
apresentando aos seus, assim como homem esteve entre nós, conforme cita João
Calvino: ‘Ele estava perturbado em espírito. O evangelista diz que Cristo
estava perturbado em espírito; a fim de nos informar que ele não se limitava,
em semblante e linguagem; assim assumia a aparência de um homem que estava
perturbado, mas que estava profundamente comovido em sua mente; Espírito aqui
denota o entendimento, ou a alma.’ (www.bibliaplus.org/pt/joao/13/21).
Olhamos para Judas, que já tinha tudo planejado e só
aguardava o momento de o entregar, porém o mesmo ato se repete com diversas maneiras
de se expressar a indiferença pessoal de cada ser humano para com o seu
Criador, século após século, seguindo esses o mesmo princípio de participar,
fazer parte e entender, porém, sem aceitar o Plano da Salvação.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula