Base na Bíblia: Lucas 10: 30-36 “... Jesus respondeu assim: Um
homem estava descendo de Jerusalém para Jericó. No caminho alguns ladrões o
assaltaram, tiraram a sua roupa, bateram nele e o deixaram quase morto.
Acontece que um sacerdote estava descendo por aquele mesmo caminho. Quando viu
o homem, tratou de passar pelo outro lado da estrada. Também um levita passou
por ali. Olhou e também foi embora pelo outro lado da estrada. Mas um
samaritano que estava viajando por aquele caminho chegou até ali. Quando viu o
homem, ficou com muita pena dele. Então chegou perto dele, limpou os seus
ferimentos com azeite e vinho e em seguida os enfaixou. Depois disso, o
samaritano colocou-o no seu próprio animal e o levou para uma pensão, onde
cuidou dele. No dia seguinte, entregou duas moedas de prata ao dono da pensão,
dizendo: Tome conta dele. Quando eu passar por aqui de volta, pagarei o que
você gastar a mais com ele. Então perguntou ao mestre da Lei: Na sua opinião,
qual desses três foi o próximo do homem assaltado?...”
Diante das adversidades da vida, a sociedade (grupo de pessoas que
convivem por um mesmo objetivo coletivo) quase em sua totalidade, busca soluções de
todas as maneiras sendo em sua tomada de decisão hostil ou gentil estar
sobrevivendo ao término de cada dia. Esse comportamento leva a agir pela
necessidade da qual cada situação se apresenta, sem se importar com o efeito
aos próximos a si.
Sempre elogiados são as pessoas que trouxeram o progresso como por
exemplo o da luz elétrica, e assim poucos são lembrados como por exemplo os
operários que construíram uma estrada de ferro, isso tudo acontece por que nos
acostumamos com os avanços e o trem, nesse exemplo, é ultrapassado mesmo ao
considerar sua eficiência e com seu baixo custo, enquanto que a energia, por
outro lado é atual, e é essencial mesmo vindo da água, ou fontes outras como a
eólica, são permanentemente cobradas de cada usuário cidadão.
Uma pergunta de um mestre da Lei, levou o Mestre Jesus, a razão das Boas
Novas, a apresentar uma face de nossos dias atuais que invariavelmente deixamos
dentro dos últimos, dentro do grupo dos eventuais, torcendo para que nunca
ocorra conosco.
Somos cada um per si, responsável e capaz segundo as leis de nossos
países que vivemos, e assim formamos sociedades que se unem para o bem do coletivo,
seja da moral, da segurança, da saúde, da estabilidade profissional, do lar, do
estudo, tudo assim proposto para um bem viver mútuo.
Elegemos pessoas para cuidarem do bem coletivo e as respeitamos, assim
hoje e assim era no tempo em que Jesus, contou essa estória, ou deu esta
resposta.
Um cidadão de origem judaica, desse pela estrada que une Jerusalém (no
alto) a Jericó (na parte mais baixa) dos termos do território da Judéia, por
isso o termo descia pela estrada.
No caminho foi abordado por ladrões, pessoas com o único objetivo de
obter vantagens sobre os que subjugam, mas além dos bens materiais eles
desprezam também a vida alheia e esse cidadão foi vítima de seus atos em seu
corpo físico.
Largado no caminho e sem condições estruturais de seguir seu caminho,
fica caído ao chão, em algum momento, ouve os passos de uma pessoa, este era
sacerdote, conhecedor das leis e dos costumes de sua nação, porém ao perceber o
quadro, passa para a outra parte da estrada (outra calçada, por assim dizer) e
segue seu caminho, em paz e seguro de sua sábia escolha, pois se estivesse
morto teria de fazer o cerimonial da purificação.
Em um outro momento, vem vindo outra pessoa, outro cidadão judaico
também, esse era um levita, do grupo de filhos de Jacó, foram esses separados das
demais tribos de Israel, desde o monte Sinai, para servirem e serem cuidados
pelo Eterno; ele ouve, percebe a cena, mas opta por seguir tranquilo seu
caminho, também indo para a outra calçada, deixando passar o fato, lembrando
que pela sobra de vestimenta, ainda que rasgada, ele sabia prontamente de qual
das 12 (doze) tribos era esse homem ao chão.
Para o moribundo resta a certeza de que ninguém o notou, devido ao seu
estado lastimável. Surge uma terceira pessoa essa era a de um estrangeiro, para
a Pátria de Israel, ainda que morasse dentro dos limites tomados e herdados
pelas 12 (doze) tribos de Israel, desde Josué, eram renegados, desde a queda da
10 (dez) tribos, chamada de Reino do Norte, pelo Império assírio, que enviou
por intercâmbio povos de outras localidades para ali residirem, na capital do
Reino, chamada de Samaria.
Esse viajante percebe a situação, para, vai na direção, acolhe, cuida
com seus curativos de sua época, o coloca em sua montaria e o leva a uma
estalagem, cuida por uma noite e paga suas despesas, até seu regresso.
Ao concluir essa resposta, Jesus busca no mestre da Lei, sua
sensibilidade adormecida, pelo seus títulos e honrarias, seus status adquiridos
ao longo de sua trajetória de existência; como ele foi convidado a responder, permita-me
perguntar nos dias de hoje, olhando de dentro para fora de seu coração: qual
seria a sua resposta a essa pergunta e qual será seu comportamento para viver seus
próximos anos de vida?
Conhecer o próximo, de fato, pode ser a oportunidade real e mais próxima
de se encontrar com o seu Criador, pois para isso o Senhor Jesus, abriu a
oportunidade, por nos amar primeiro.
Do seu irmão em
Cristo,
Marcos de Paula