sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

SURPREENDER SE É POSSÍVEL.

 

Base na Bíblia: João 02:05-11 “... Disse então a mãe aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser. Ora, estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam duas ou três metretas. Ordenou-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima. Então lhes disse: Tirai agora e levai ao mestre-sala. E eles o fizeram. Quando o mestre-sala provou a água tornada em vinho, não sabendo donde era, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água, chamou o mestre-sala ao noivo e lhe disse: Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho, Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. ...”

 

“... Sua mãe disse aos servos: ‘Façam tudo o que ele lhes disser’. Havia seis potes de pedra para as purificações cerimoniais judaicas; cada pote continha 75 a 114 litros. Yeshua lhes disse: ‘Encham os potes com água’; e eles o encheram até a borda. Ele disse: ‘Agora, tirem um pouco e levem ao homem encarregado da festa’; e eles o levaram. O encarregado da festa provou a água; ela havia sido transformada em vinho! Ele não sabia de onde esse viera, embora os servos que haviam tirado a água o soubessem. Então chamou o noivo e lhe disse: ‘Todas as outras pessoas servem o melhor vinho em primeiro lugar, e o vinho de qualidade inferior  só é servido depois de as pessoas terem bebido à vontade; mas você guardou o melhor vinho até agora!’. Este, o primeiro dos sinais miraculosos de Yeshua, foi realizado em Kanah da Galil; ele revelou sua glória, e os talmidim passaram a confiar nele. ...”

 

Para cada acontecimento ocorrido, precisamos de fatos (quanto mais concretos forem sempre serão mais seguro), para avaliarmos e assim classificarmos como sendo surpreendente ou mesmo pelos critérios próprios pessoais de julgamento definirmos colocá-lo em esferas inferiores.

Diante de uma festa, os convidados participam sempre se alegrando com seus anfitriões, e nesta boda de casamento, tudo ia correndo desta mesma forma, uma vez que previamente os detalhes foram cuidados para esse fim.

A bebida da festa, acabará somente havia para os que tinham a bebida em mãos, a mãe de Jesus, comenta aos servos do local que ouvissem e atentassem as Palavras de Jesus.

Eles ouviram e atenderam, ainda que era sem sentido o pedido, uma vez que água é água e encher vasos de purificação fora de época, poderia beirar a ser um desperdício, mas resolveram atender e quando completaram sua tarefa, as Palavras de Jesus, agora pede a ação para chegar ao encarregado da festa um copo contendo o líquido que fora tirado destes vasos.

Algo aconteceu que surpreendeu ao encarregado da festa, bem como aos servos, que haviam enchido de água os seis potes de pedra, isso certamente trouxe um certo desconforto, em particular ao encarregado da festa.

O enviar a água transformada em vinho, poderia ser direta aos noivos, ou aos pais dos noivos, porém o escolhido foi o encarregado da festa, que deveria ter em mente a quantidade de pessoas, o tempo de duração da festa, a quantidade de alimentos e bebidas para suprimento de todos os participantes.

Por mais acostumado que o encarregado da festa, pudesse ser, pois sempre pode haver ocorrências fora do esperado, e para isto existe a programação, porém este foi surpreendido e chamou o noivo.

A Salvação vem pela graça do Eterno Criador, e cada acontecimento descrito desde outrora, passou e vai passar pelo crivo de cada ser humano, uma vez que, apesar de ser um ato isolado (de uma única pessoa) aos padrões e critérios de cada grupo social, neste ato está contido o propósito do Senhor no qual todos os seres humanos sobre a face da terra tenham essa informação e possam definir em sua esfera de valor o grau de importância.

As palavras do encarregado da festa ao noivo, apontavam para uma falta de observação dele, ou de uma procura mais insistente em saber quais produtos havia para ser oferecido durante a festa.

Suas palavras testificavam que o produto por ele provado era muito superior ao que antes viera para os convidados.

O Filho do Homem veio e pela vontade do Pai cumpriu as palavras que sobre ele foram elaboradas para atender e cumprir a Lei e apresentar-se, surpreendendo a todos com um caminho novo que pela sua morte fosse pago o preço necessário, pois era pelo pecado que havia e há sobre cada ser humano, enfim: ’o salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito do Criador é a vida Eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor.’

  

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula

 






 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

APTO E CHAMADO NO PADRÃO CELESTE.

Base na Bíblia: Mateus 09:09-13 “... Partindo Jesus dali, viu sentado na coletoria um homem chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. Ora, estando ele à mesa em casa, eis que chegaram muitos publicanos e pecadores, e se reclinaram à mesa juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus, vendo isso, perguntaram aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo isso, respondeu: Não necessitam de médico os são, mas sim os enfermos. Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar justos, mas pecadores. ...”

 

“... Assim que Yeshua saiu de lá, viu um coletor de impostos, chamado Mattityahu, sentado na coletoria. E lhe disse: ‘Siga-me!’; ele se levantou e o seguiu. Enquanto Yeshua estava comendo em uma casa, muitos coletores de impostos e pecadores vieram e se juntaram a ele, e a seus talmidim durante a refeição. Quando os p’rushim viram isso, disseram aos talmidim: ‘Por que o rabi de vocês come com os coletores de impostos e pecadores?’. Yeshua ouviu a pergunta e respondeu: ‘Quem precisa de médico não são os que têm saúde, mas os doentes. Entretanto vocês deveriam aprender o que isto significa: ‘Prefiro compaixão a sacrifícios de animais’. Pois eu não vim chamar ‘justo’, mas pecadores!’. ...”

 

Sobre a face da Terra, todos os seres humanos têm os seus chamados no momento de seus nascimentos e ao longo de suas existências passam a ser aptos e escolhidos para exercer suas rotinas necessárias para o melhor convívio em seu meio.

A função de um coletor de impostos, não era bem vista pelo povo que está sujeita a ele, e esse era o dia a dia de um coletor, porém no chamado de Mateus (Levi), o publicano (coletor), aconteceu um desdobramento após ser chamado, enquanto, Mateus servia uma lauda refeição, onde as Palavras ditas pelo Messias aos fariseus e presentes foram: ‘Aprendei o que importa (significa) Misericórdia é melhor que sacrifícios’.

Na leitura relatada de Marcos cita que Jesus saiu para a beira do mar e uma multidão ia ter com ele e ele os ensinava, quando ia passando, viu na coletoria sentado Levi e disse-lhe: segue-me.

Em Mateus menciona que Jesus acabará de sair de uma casa onde um paralítico foi colocado para dentro, descido pelo telhado e este foi curado e após esse acontecimento passou pela Coletoria, completando os textos é possível entender o cenário que ocorria naquele dia.

Sobre estas palavras citadas por Jesus (Yeshua) também foram relatas em outro momento aos fariseus e aos presentes: ‘misericórdia quero, e não sacrifícios’, e isto ocorreu quando seus discípulos foram questionados por estarem pecando porque colhiam espigas para comer em um sábado.

Há também estas palavras em Miqueias 6:7-8 e Oséias 6:6 na Antiga Aliança, onde foram citadas essas mesmas palavras ao povo: Misericórdia (benevolência) quero e não sacrifícios.

E no chamado de Saul e de David, também encontramos, o chamado e o apto nos padrões do Eterno:

O Sacerdote, Juiz e Profeta Samuel, disse o mesmo texto ao rei Saul, quando este colocou seu ponto de vista sobre seus motivos de desobedecer ao que lhe fora previamente apresentado como o modelo que deveria executar, mas por livre arbítrio deliberou diferentemente, assim: “Samuel, porém disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à voz do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de adivinhação, e a obstinação é como a iniquidade de idolatria. Porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.” I Samuel 15:22-23.

O mesmo Saul estava longe, mesmo sendo apto e escolhido, e ele profetizava quando em local onde estava cheio da presença do Eterno, sim, mesmo os que foram chamados e não estão aptos podem ter experiências com o Senhor, mas em nada o mantém apto a seguir o chamado, de quem o escolheu; recordando sobre seu chamado, foi o povo que pediu um rei para ser igual aos demais povos da terra, e quem atendeu foi o Eterno.

E assim chegamos a David que mesmo antes de ser chamado já fora escolhido pelo Senhor, para ser o rei e ele foi tratado pelo Eterno, como o próprio Samuel percebeu quando teve a incumbência e foi ungir rei o então sucessor de Saul, pois mesmo Samuel o considerava uma pessoa fora do padrão de aptidão para ser o sucessor ao reino.

Na Velha Aliança encontramos também homens e mulheres que foram moldados para fazerem coisas pela sua autoridade, porém quando necessário até uma mula foi quem tratou sobre o comportamento, por exemplo, de Balaão.

Os padrões de escolha, que o Messias apresenta eram e são opostos aos valores e medidas para se classificar os aptos e os escolhidos, apresentando aos escribas, uma vez mais que cada um por seus critérios pessoais estabelecidos ao longo de suas vidas, estavam deixando de aventar uma vaga e pequena possibilidade sobre suas afirmações estarem opostas aos padrões Celeste.

Saulo(Paulo), de Tarso, cita aos que estavam em Coríntios: ‘o Eterno escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e o Eterno escolheu as coisas fracas do mundo para confundir os fortes; e o Senhor escolheu as coisas ignóbeis do mundo, e as desprezadas, e as que não são para reduzir a nada as que são; para que nenhum mortal se glorie na presença do Criador.’

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula













  

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

VEIO O ANUNCIADO.

 

Base na Bíblia: Marcos 01:01-09 “... Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Conforme está escrito no profeta Isaías: Eis que envio ante a tua face o meu mensageiro, que há de preparar o teu caminho; voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas; assim apareceu João, o Batista, no deserto, pregando o batismo do arrependimento para remissão dos pecados. E saíram a ter com ele toda a terra da Judéia, e todos os moradores de Jerusalém; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados. Ora, João usava uma veste de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre. E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de, inclinando-me, desatar a correia das alparcas. Eu vos batizei com água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo. E aconteceu naqueles dias que veio Jesus de Nazaré da Galiléia, e foi batizado por João no Jordão. ...”

 

“... O princípio das boas novas sobre Yeshua, o Messias, o Filho de Deus. Está escrito no profeta Yesha’yahu: ‘Veja, envio meu mensageiro à sua frente; ele preparará o caminho antes de você’. ‘A voz de alguém que grita: ‘Preparem no deserto o caminho para ADONAI! Façam caminhos retos para ele!’’. Foi por isso que Yochanan, o Imersor, apareceu no deserto, proclamando a imersão que envolvia o retorno para Deus e o abandono do pecado para que fossem perdoados. Pessoas iam ao encontro dele de toda a região de Y’hudad, bem como os habitantes de Yerushalayim. Confessando os pecados, eram imersos por ele no rio Yarden. Yochanan vestia roupas feitas de pelo de camelo e um cinto de couro em volta da cintura, comia gafanhotos e mel silvestre. Ele proclamava: ‘Depois de mim, vem alguém mais poderoso que eu – Não sou digno nem mesmo de me curvar e desamarrar as correias das sandálias dele. Eu os imerjo em água, mas ele os imergirá no Ruach HaKodesh’. Pouco tempo depois, Yeshua veio de Natzeret da Galil e foi imerso no Yarden por Yochanan. ...”

 

Em todos os tempos desde outrora, a notícia sempre levou as pessoas a conhecerem acontecimentos que em alguns casos mudaram o rumo da história como hoje a conhecemos.

Nas Sagradas Escrituras estão relatados acontecimentos que apresentam o mesmo padrão, ou seja, são notícias anunciadas com antecedência para que de alguma forma possam gerar em quem lê, ouve, ou as estuda um sentimento de esperança ou mesmo muitas vezes de falta de conforto, quando confrontado ao seu modo pessoal de vida.

João, o Batista, veio e anunciava o arrependimento, e através do batismo por imersão, uma maneira simbólica de celar uma atitude pessoal de cada ser humano, como um meio exterior, logo uma forma de confirmação de seu arrependimento, primeiro de retornar ao seu Criador e ter o entendimento de deixar o pecado, onde em uma água corrente, todo aquele que  entra nesta água corrente deixa que seja levado tudo o que devia ser levado e então este ao sair desta água, carregava em si a certeza de ter passado por um arrependimento sincero.

Porém para que deveriam então se arrepender? Podemos imaginar, uma vez que todos já seguiam a Lei de Moisés, os Profetas e os Salmos e tinham acesso aos livros históricos, em resposta, dentre prováveis razões uma delas se destaca, a de que seria algo como: o povo adora ao Senhor, porém, o coração de cada um deles está longe.

Mesmo cada um efetuando seus preparativos necessários para os sacrifícios anuais e pelo ritual anual recebendo o perdão quando o sumo sacerdote uma vez por ano entrava no Santo dos Santos dentro do Templo, o coração de cada um deles estava longe.

João, inicia seu chamado no deserto da Judéia, próximo a uma das margens do rio Jordão e anuncia o necessário ao povo, para restabelecer a conduta que já conheciam desde os dias de seus pais (antepassados), pelo arrependimento sincero e assim os Imergia (batizava) um a um.

Contudo ao anunciar a mensagem, era enfático em declarar que sua ação eram para aplainar e preparar a chegada do Messias, o qual todos os descendentes de Abrão, Isaque e Jacó conheciam desde a sua mais tenra idade, e como estavam sobre o Domínio de Roma, ansiavam muito por essa Vinda, e assim ele usava do batismo (imersão) nas águas correntes como sinal de arrependimento.

As vestimentas de João, podem parecer fora do padrão da época, ou mesmo um novo estilo, porém seja qual for o motivo de Marcos registrar a veste com o cinto a cintura, também acresce ele, o hábito alimentar que por sua vez com certeza também se diferenciava dos demais, mas por um outro lado, as palavras do Messias, algum tempo depois, sobre João, apresentam o quanto ele era diferenciado como pessoa, vejamos:

“Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu outro maior do que João, o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.” Mateus 11:11.

Em suas palavras, João, porém acrescenta que o Messias viria e sua autoridade era impressionante, uma vez que João que era considerado como Profeta dentre o povo, ou mesmo para outros era o próprio Messias, declarava ele que não se sentia apto, a curvar-se diante do Enviado do Senhor, e de lhe desatar as correias de suas sandálias.

João, anunciava o Enviado, em suas palavras e tinha por certo em seu viver, quem deveria crescer e quem deveria decrescer para que as Palavras contidas na Antiga Aliança, ou Aliança Mosaica, Talmud ou Velho Testamento se cumprissem conforme anunciado muitos e muitos séculos antes, ao anunciar o Ano Aceitável do Senhor.

Certo dia Yeshua vem de Nazaré, região da Galiléia ao território de Judá, junto ao Rio Jordão para ser batizado por João, o Batista e assim acontece, também para se cumprir a Vontade Soberana do Criador, ao anunciar aos seres humanos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” João 03:16-17.

As palavras de João apresentaram o Messias, assim veio o Anunciado, e em seu ministério o Senhor enviou 12 (doze) e depois 70 (setenta) e após sua ressurreição manteve o mesmo cuidado de solicitar a todo o que crê, que as Boas Novas fossem anunciadas a todos, pois todos de todas as tribos, línguas e Nações, estão destituídos da Glória do Eterno.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula






 






sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

AGIR COM PROPÓSITOS.

Base na Bíblia: Lucas 02:25-32 e 36-38 “... Ora, havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem, justo e temente a Deus, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava sobre ele. E lhe fora revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor. Assim pelo Espírito foi ao templo; e quando os pais trouxeram o menino Jesus, para fazerem por ele segundo o costume da lei, Simeão o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra; pois os meus olhos já viram a tua salvação, a qual tu preparastes ante a face de todos os povos; luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo Israel. ... Havia também uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era já avançada em idade, tendo vivido com o marido sete anos desde a sua virgindade; e era viúva, de quase oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações. Chegando ela na mesma hora, deu graças a Deus, e falou a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. ...”

 

“... Havia em Yerushalayim um homem chamado Shimón. Ele era um tzaddik piedoso, que esperava ansiosamente pela consolação de Yisra’el; e o Ruach HaKodesh estava sobre ele. Fora-lhe revelado pelo Ruach HaKodesch que não morreria antes de ver o Messias ADONAI. Movido pelo Espírito foi ao pátio do templo. Quando os pais trouxeram o menino Yeshua para lhe fazerem o que requeria a Torah, Shimón o tomou nos braços e disse uma b’rakhah a Deus, dizendo: ‘Agora, ADONAI, de acordo com tua palavra, teu servo pode partir em paz; porque vi com meus olhos tua yeshu’ah, que preparaste na presença de todos os povos - uma luz que levará para revelação de goyim e glória a teu povo Yisra’el’. ... Também estava ali uma profetiza chamada Hannah, Bat-P’nu’el, da tribo de Asher. Ela era uma mulher muito idosa – vivera com o marido apenas sete anos e permaneceu viúva; contava agora oitenta e quatro anos. Nunca deixou o templo e adorava a Deus dia e noite jejuando e orando. Tendo chegado ali naquele exato momento, começou a agradecer a Deus e a falar a respeito da criança a todos os que esperavam pela libertação de Yerushalayim. ...”

 

Os seres humanos em sua grande maioria passam desapercebido de acontecimentos relevantes a sua volta, em parte ao longo dos séculos, pela falta de comunicação ágil para manter a todos informados, em outra parte porque uma parte coloca outros alvos em suas vidas passando simplesmente a persegui-los e mesmo rodeado de muitas informações em tempo quase que real, mantém sempre uma dúvida, sobre a veracidade, no presente tempo chamamos de fake News (notícias falsas).

Lucas apresenta a Teófilo acontecimentos ocorridos nos primeiros anos da vida do Messias, em sua pesquisa ele encontra duas pessoas, que passam a fazer parte de sua narrativa, em comum ambas eram de idade avançada e ambas mantinham também um mesmo tipo de atitude de esperança viva que compartilhava com seus próximos.

O Livro de Isaías, cita uma origem sobre o vigor de uma pessoa, notem:

“Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? E inescrutável o seu entendimento. Ele dá força ao cansado, e aumenta as forças ao que não tem nenhum vigor.” Isaías 39:28-29.

Ao ler no Livro de Salmos sobre a vida e seu vigor, há um deles que retrata, o cuidado de perceber a brevidade e a fragilidade da existência humana na Terra, e ao mesmo tempo suplica ao Eterno para ajudar a cada um a utilizar o limitado tempo nesta vida de modo adequado e produtivo:

“A duração de nossa vida é de setenta anos; e se alguns pela sua robustez, chegam a oitenta anos. O que seria orgulho e sucesso, não passa de fadiga (labuta) e enfado (tristeza), um momento, e então nos vamos.” Salmos 90:10.

Simeão era uma pessoa que tinha uma conduta justa e piedosa, bem dentro do que retrata os dizeres contidos no Livros de Isaías e Salmos, ora mencionados, e o agir natural do Espírito Santo permitia que pela fé esperasse no cumprimento das palavras que ouvira.

Ana também de idade avançada em nada também se distanciava da conduta de Simeão, provavelmente ela chegou no mesmo instante, pela vontade do Eterno e permaneceu no local, que já lhe era comum, mas para ela não havia dúvida de quem era a pessoa, o menino Yeshua, que vinha sendo trazido, para cumprir o que requeria a Torah.

Simeão agradeceu ao Eterno ao pegar o menino Yeshua e declarou que estava radiante, por ver em suas mãos a resposta que esperava ansiosamente da consolação de Israel e citou que os gentios seriam alcançados também, percebam que sua esperança não se limitava a si, ou para si somente, e sim para todos.

Igualmente Ana apresentava a todos os ouvintes presentes, primeiro agradecendo ao Senhor, por ter enviado a redenção descritas nas Escrituras; e quem era o menino que veio trazido por seus familiares, para estarem de acordo com a Torah, para que todos que anelavam pela libertação soubessem, que o Eterno estava cumprindo as Suas Palavras, citadas nos Salmos, Profetas e na Lei de Moisés.

Usamos de várias maneiras para respondermos quando o assunto é agir com um propósito, seja em qual idade estivermos vivendo, mas exemplos como de Simeão e Ana, podem nos ajustar e motivar um a um a perceber que para o Eterno o Tempo está em suas mãos, e o cuidado há para com os que o busca, e o texto mostra toda a diferença de um evento casual acontecendo, para um evento pré definido, estabelecido e precioso, regado por Seus cuidados, pelos seus a quem ama.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula













  

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

PERCEBER AS DIFERENÇAS.

Base na Bíblia: Lucas 20:41-47 “... Jesus, porém, lhes perguntou: Como dizem que o Cristo é filho e Davi? Pois o próprio Davi diz no livro de Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. Logo Davi lhe chama Senhor como, pois, é ele seu filho? Enquanto todo o povo o ouvia, disse Jesus aos seus discípulos: Guardai-vos dos escribas, que querem andar com vestes compridas, e gostam das saudações nas praças, dos primeiros assentos nas sinagogas, e dos primeiros lugares nos banquetes; que devoram as casas das viúvas, fazendo, por pretexto, longas orações; estes hão de receber maior condenação. ...”

 

“... Então ele lhes disse: ‘Como as pessoas podem dizer que o Messias é filho de David? Porque o próprio David diz no livro de Salmos: ‘ADONAI disse a meu Senhor: Sente-se à minha direita até que eu ponha os inimigos como estrado para seus pés’. David, portanto, o chama ‘Senhor’. Então como é que ele pode ser filho de David?’. Quando todo o povo ouvia, Yeshua disse aos talmidim: ‘Cuidado com o tipo de mestre da Torah que gosta de andar com roupas especiais e receber cumprimentos diferenciados nas praças de mercado e ter lugares especiais nas sinagogas e de honra nos banquetes, gente do tipo que devora a casa das viúvas enquanto faz longas preces. A punição dessa gente será a mais rigorosa!’. ...”

 

Temos diferenças, penso que todos concordam que sim, mas tratamos as diferenças e assim podemos estar todos juntos em um mesmo ambiente, e quando citamos sobre a fé no Messias, os pilares do Amor estão na vinda, morte, ressurreição, no arrependimento, na sua volta e no julgamento, isto basta para abrir e perceber as diferenças, que há frente ao dia a dia de cada pessoa.

Estevão, por exemplo, era um diácono, que citou estas palavras quando estava sendo interrogado e apedrejado: “Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé a direita de Deus, e disse: Vejo os céus abertos, e o filho do homem em pé à direita de Deus.” Atos 07:55-56.

Quanto ao pensamento a seguir, apresentado pelo Messias deixa transparecer a razão do Pai o ter enviado: “E, se alguém ouvir as minhas palavras, e não as guardar, eu não o julgo, pois eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. Quem me rejeita, e não recebe as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado. Essa o julgará no último dia. Porque eu não falei de mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, esse me deu mandamento quanto ao que dizer e como falar. E sei que o seu mandamento é vida eterna. Aquilo, pois que eu falo, falo-o exatamente como o Pai me ordenou.” João 12:47-50.

Tenho ouvido muitas vezes e de muitas pessoas frases questionando as Escrituras, e a maioria destas questões são legítimas e merecem atenção, uma vez que apontam na maioria das vezes, sobre a possibilidade de que possa haver adulteração, ou mesmo homens somente escrevendo sem qualquer inspiração que não seja humana.

Respeito a opinião de cada ser humano, e sobre esses pensamentos a única resposta que me vem a minha mente é a de que, ainda que, homens tenham escrito, ou mesmo tenha sido adulterado textos, haverá um único tempo de julgamento coletivo e cada um respondera por suas ações, pois a Palavra não está limitada ao Escrito; sim ela está livre para chegar a todos quando é anunciada, atingindo aos que jamais crerão, bem como aos que não creem e também aos que a aceitam, pois todos são humanos e merecem conhecer a História do único genuíno amor para a sua vida.

Sim, racionalmente fica complicado aceitar que a Bíblia é a Palavra de Deus aos seres humanos, e desde o Livro dos Princípios notamos esse comportamento ativado na humanidade, porém cito que a cada palavra lida e a cada meditação e reflexão pessoal, fortalece o coração do abatido e do perdido que sente o chamado para depositar seu fardo e aprender do Filho que é manso e humilde de coração.

Tempos absolutistas vivemos no presente, e podemos pensar que é uma tendência, que como outras a cada tempo, pareciam que seriam permanentes, mas todas tem seu tempo, e por sua vez, as Escrituras sempre passou por cada uma delas e se mantém inalterada, para todos, que a buscam, e a esses agrega a certeza de que jamais estarão sós e que há uma proposta individual e pessoal que busca o perdido e o encontra e apresenta-lhe uma nova criatura, que assim como a prata e o ouro passam pelo fogo para atingir o seu melhor, deixando toda escória que o aprisiona, para a Liberdade que o liberta.

Jesus ao mostrar a diferença de seu ensino, citou: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da minha mão.” João 10:27-28.

Saulo, de Tarso, conhecido como Paulo, declara na epístola aos Romanos sobre o conhecer, qual é a ferramenta principal: “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Assim como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas! Mas, nem todos deram ouvidos ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem deu crédito à nossa mensagem? Logo, a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.” Romanos 10:13-17.

Sim, é prudente perceber as diferenças e só assim saber em qual caminho estão de fato os meus e os seus pés colocados.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula