sexta-feira, 30 de outubro de 2020

MUDANÇA E CONVERSÃO.

 

Base na Bíblia: João 01: 47-51 “... Quando Jesus viu Natanael chegando, disse a respeito dele: Aí está um verdadeiro israelita, um homem realmente sincero. Então Natanael perguntou a Jesus: De onde o senhor me conhece? Jesus respondeu: Antes que Filipe chamasse você, eu já tinha visto você sentado debaixo daquela figueira. Então Natanael exclamou: Mestre, o senhor é o Filho de Deus! O Senhor é o Rei de Israel! Jesus respondeu: Você crê em mim só porque eu disse que tinha visto você debaixo da figueira? Pois você verá coisas maiores do que esta. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem. ...

“... Yeshua viu Natan´el vindo em sua direção e fez um comentário a respeito dele: ‘Ai está um verdadeiro filho de Yisra´el – não há falsidade nele’. Natan´el lhe disse: ‘De onde você me conhece?’. Yeshua respondeu: ‘Antes de Filipe chamar você, quando estava debaixo da figueira, eu o vi’. Natan´el disse: ‘Rabbi, você é o Filho de Deus! Você é o Rei de Yisra´el!’. Yeshua lhe respondeu: ‘Você crê em tudo isso só por eu ter dito que o vi debaixo da figueira? Você verá coisas maiores que essa!’. Então ele lhes disse: ‘Sim, é verdade! Eu lhes digo que verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem!’. ...”

 

Mudança muitas vezes se limita a mudar uma coisa de um lugar para o outro, e voltar a estar como era se julgar pertinente, ou quando se trata de um caso intelectual ou imaterial, ter um determinado pensamento ou opinião ou ideia a respeito de alguma coisa e devido a fatores externos, ou por uma soma de novas informações, venham a levar essa pessoa a reformular a sua opinião, que pode ser em manter ou até alterar, por um tempo e depois regressar ou não segundo a sua pessoal vontade, assim seria a mudança na pratica do dia a dia.

Em caso de conversão, devemos notar, porém que o ato de se converter seria exatamente um passo de transformação semelhante as misturas que não se combinam (heterogenias) ou como com as misturas que se combinam (homogenias), uma vez que a conversão leva o individuo a uma mudança radical, de direção de rota de caminho, onde o efeito material em primeiro plano passa a ser secundário e não mais o único e absoluto.

Logo, na conversão por liberalidade assume de pronto sua incapacidade plena e sem direitos e acontece não só a mudança ou só as reformulações, pois seria como o despir da velha criatura para a vestidura da nova criatura, onde as coisas velhas já passaram e eis que tudo se faz novo.

Temos na Escritura Sagrada registrado um fato de um jovem cego que passou a ver, e uns diziam sobre ele: não é ele, outros diziam se parece com ele, e ele dizia de si mesmo: sou eu; mas diante das autoridades da época, tiveram que chamar seus pais para testemunharem que ele era o filho que nascera cego, pois esta era uma conversão sem paralelo na história do mundo e registrada na Bíblia.

Notem que durante nossa leitura até o presente momento no Livro de João, o fato recorrente de que em um a um a motivação, a convicção se tornava a marca de cada um daqueles que ouviam as Palavras de Yeshua, onde o comprometimento se tornava espontâneo e jamais uma obrigação, logo uma genuína conversão iniciando no modo de viver, pois seguiam o exemplo que recebiam de Jesus, onde dar é melhor do que receber.

Essa era, é e continuará sendo a conversão que muda de dentro para fora, pois o ser humano tem o espírito, a alma e o corpo ativados, onde o servir passa a ser uma referência natural, assim passa a ser espontânea e a fluir de um coração que uma vez cheio das Palavras de Jesus, passa a ser uma fonte de vida a jorrar de dentro para fora nos que ouvem o Pastor e estes buscam atingir a todos que estão a sua volta.

Os que ouvem são motivados a mencionar aos de perto, a seguir aos de longe de que há um reino estabelecido no qual todos são convidados a entrar e jamais serem excluídos, ou isolados, por suas ações passadas ou por sua conduta pessoal de viver de outrora, salvo se depois de serem informados a cerca dos acontecimentos assim desejarem continuar em seu modo de agir, ou se blasfemarem do Espírito Santo do Senhor.

Natanael chega e ouve uma referência a sua pessoa do próprio Jesus, citando sobre ele ser um exemplo de israelita, o qual os caracterizavam como sincero ou em quem não a falsidade, isso o faz questionar de onde se conheciam.

Jesus apresenta um acontecimento duplo, primeiro que sabia que Filipe estava indo para o chamar e segundo que antes disso tinha visto a pessoa de Natanael debaixo de uma figueira, com certeza com sua mente em atividade.

A essa resposta, Natanael, percebam que de imediato ocorre a conversão não só mudança de opinião, pois ele reconhece a autoridade que está a sua frente, do Senhor Jesus e o exalta com os atributos de Rabbi, Filho de Deus e Rei de Israel, e passa a crer, lembre que ao ser chamado por Filipe, suas palavras foram: de Nazaré pode vir alguma coisa boa.

Jesus declara a ele que veria muito mais coisas acontecendo andando ao seu lado e declara também aos demais que estavam juntos que assim como foi nos dias de Jacó, filho de Isaque, neto de Abraão, eles veriam o céu aberto e os anjos do Eterno subindo e descendo sobre o filho do Homem.

Séculos se passaram, desde então, altos e baixos ocorreram na história da raça humana, bem como sobre a religião muitos tentaram calar essa verdade de Jesus, a qual em essência levava o perdido ao arrependimento com uma mudança acompanhada de uma conversão sem limite, pois o que roubava não roubava mais e assim por diante e isso acontecia naturalmente de um a um, e essa mensagem chegou aos nossos dias.

Podemos ouvir, prestar atenção e até nos interessar, fazermos a seleção do que gostamos e adotarmos algumas para a nossa pratica do dia a dia as que julgamos como boas e certas (mudança) ou além disso ao ouvir a voz do Pastor se arrepender de nossas ações (pecados) que nos separam do Eterno e aceitarmos a Jesus como o único e suficiente Senhor e Salvador da minha vida e da sua vida, e somente assim viver a conversão da velha para a nova criatura.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

O IDE EM PRÁTICA.

 

Base na Bíblia:  João 01: 40-46 “... André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois homens que tinham ouvido João falar a respeito de Jesus e por isso o haviam seguido. A primeira coisa que André fez foi procurar o seu irmão Simão e dizer a ele: Achamos o Messias (‘Messias” quer dizer Cristo.’) Então André levou o seu irmão a Jesus. Jesus olhou para Simão e disse: Você é Simão, filho de João, mas de agora em diante o seu nome será Cefas. (‘Cefas” é o mesmo que ‘Pedro’ e quer dizer ‘pedra’.) No dia seguinte Jesus resolveu ir para a região da Galiléia. Antes de ir, foi procurar Filipe e disse: Venha comigo! Filipe era de Betsaida, de onde eram também André e Pedro. Filipe foi procurar Natanael e disse: Achamos aquele a respeito de quem Moisés escreveu no Livro da Lei e sobre quem os profetas também escreveram. É Jesus, filho de José, da cidade de Nazaré. Natanael perguntou: E será que pode sair alguma coisa boa de Nazaré? Venha ver! Responde Filipe. ...”

“... A primeira coisa que ele fez foi encontrar seu irmão Shim´on e lhe dizer: ‘Achamos o Mashiach’.) (essa palavra significa ‘o ungido’.) Ele o levou a Yeshua. Olhando para ele, Yeshua disse: ‘Você é Shim´on Bar Yochanan, e será conhecido por Kefa’. (esse nome significa ‘pedra’.) No dia seguinte, Yeshua decidiu partir para a Galil. Encontrou Filipe e lhe disse ‘Siga-me!’. Filipe era de Belt-Tzaidah, a cidade onde André e Kefa moravam. Filipe encontrou Natan´el e lhe disse: ‘Achamos aquele sobre quem Mosheh escreveu na Tora, e também os Profetas: Yeshua Ben-Yosef, de Natzeret!’. Natan´el perguntou: ‘Natzeret? Pode vir alguma coisa boa de lá?’. ‘Venha e veja’, disse-lhe Filipe. ...”

 

E disse “Vão pelo mundo todo, anunciem as boas novas a toda a criação.” Costumo crer que este é o que resumidamente chamam de IDE, não é abreviação ou sigla e sim uma palavra com um significado único, que não tem como deixar passar ou deixar a deriva, para aqueles que ouviram a voz do Bom Pastor, lembrando que Filipe, um dos discípulos declarou “Mostre-nos o Pai, e isso será o suficiente para nós. Filipe? Quem me viu, viu o Pai”...” respondeu Jesus.

Ver é muito importante em uma cultura eminentemente visual, assim, seja nos dias de outrora ou no presente, parece que o ato de olhar é uma maneira de celar um acontecimento, pois o inverso deixa aos humanos a sensação de dúvida.

André passa um tempo de horas junto com outro discípulo de João, o Batista, ouvindo as Palavras de Jesus, e ao saírem, é destacado que André foi impactado (motivado) a buscar seu irmão Cefas e o levar a presença de Jesus.

Podemos notar que suas palavras a Simão são carregadas de convicção do que ouvira de seu Mestre João e ratificadas em Jesus.

Simão, mal chega e sabemos de quem era filho, eis mais um João, aparecendo, e seu nome é alterado, como por um apelido e fica mudado para Cefas que é pedra e não rocha, somente para destacar ressalto.

Jesus no dia seguinte, decide ir a região da Galiléia (equivalente a um Estado em nossos sistema de Governo) e chama Filipe que deveria estar nas imediações, para o seguir e sabemos também que era da mesma Cidade onde André e Cefas moravam.

Notem que Jesus está recebendo pessoas e agora chamando pessoa, porém não chamando discípulos, ou seja, nesse instante um grupo está se formando ao seu redor.

Filipe por sua vez, sai e também como escrito sobre André, foi também impactado e motivado a ir procurar um amigo seu, por nome de NatanaEL, e declara o que ouviu, conhece e o convida.

Natanael o ouve e em seguida naturalmente solta uma pergunta, em nada diferente do que ocorre em nossos dias, e a pergunta dele questiona o vilarejo de Nazaré (ou cidade) da Galiléia, pense assim, como ele, nas Escrituras Sagradas ensinadas nas Sinagogas sábado a sábado, nada se lia de pessoas desse local, pois poucos profetas, mestres, ou conhecedores das Escrituras na Antiga Aliança vinham daquela região, desde a queda do reino do Sul, sede Jerusalém, pois eles eram o antigo povo que fora extinto pela Assíria, chamado de reino do Norte de Israel.

Enfim o importante foi a motivação de Filipe que usou um discurso enorme para provar que ele poderia estar mal informado, ou estar se equivocando, usando duas únicas palavras: Venha Ver.

No Livro de Atos, Jesus, cita novamente o IDE, segundo a narrativa de Lucas a Teófilo, desta maneira: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até aos confins da terra.”, mas a partir desse momento, seria pelo impacto e motivação de ser chamado pelo Bom Pastor.

Tomé seria o melhor exemplo para os racionalistas, e a resposta de Jesus o antidoto, afinal a fé se tornou a ferramenta eficaz, que faz a divisão entre a porção de terra seca da porção molhada, logo os que foram impactados, e motivados, foram exclusivamente pelo exercício da Fé, com uma exceção relatada de Saulo de Tarso, assim “dia a dia o Senhor acrescentava-lhes os que iam sendo salvos.”.

O ide em pratica foi exatamente o que fez com que vidas e mais vidas ao longo dos séculos fossem tratadas como indignas e perversas para a sociedade de sua época, mas que ainda assim persistiam a levar as Boas Novas de um Messias que foi enviado pelo Pai e com sua vontade morreu para pagar o alto preço do pecado, que recaia sobre mim e sobre toda a humanidade, ao terceiro dia ressuscitou e vivo esta, e voltará nos céus com poder e grande glória.

Enquanto esse dia não chega, se anuncia de um a um e de dia a dia vai se acrescentando os que vão sendo salvos pelo Senhor.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 16 de outubro de 2020

PROCURAR ENTENDER.

 

Base na Bíblia:  João 01: 35-39 “... No dia seguinte, João estava ali novamente com dois dos seus discípulos. Quando viu Jesus passando, disse: ‘Vejam! O Cordeiro de Deus!’ Ouvindo dizer isso os dois discípulos seguiram Jesus. Voltando-se e vendo Jesus que os dois o seguiam, perguntou-lhes: ‘O que vocês querem?’ Eles disseram: ’Rabi’ (que significa ‘Mestre’), ‘onde estás hospedado?’ Respondeu ele: ‘Venham e verão’. Então eles foram, por volta das quatro horas da tarde, viram onde ele estava hospedado e passaram com ele aquele dia. ...

“... No dia seguinte, Yochanan estava novamente com dois talmidim. Ao ver Yeshua passando, disse: ‘Vejam! É o Cordeiro de Deus!’. Os dois talmidim ouviram o que ele disse e seguiram a Yeshua. Yeshua virou-se e viu que os dois o seguiam, e lhes perguntou: ‘O que vocês estão procurando?’. Eles disseram: ‘Rabbi’ (que significa ‘mestre’), ‘onde você está hospedado?’. Ele lhes disse ‘Venham e vejam’. Então foram e viram onde ele estava, e permaneceram com ele o resto do dia – isso aconteceu por volta das quatro horas da tarde. ...”

 

João, o evangelista, continua a tratar da pessoa de João, o Batista e mais uma vez o encontramos fazendo menção a Jesus, o qual desta vez passava por perto de João e ele por sua vez, estava com dois de seus discípulos ao seu lado.

Sua declaração novamente testificava o Redentor, pode parecer ser também, um convite para que esses discípulos fossem seguir a pessoa de Jesus.

Quando usarmos os dados da Antiga Aliança, no Êxodo encontramos citado um evento chamado Páscoa, e seu modo de preparar era e continua sendo repassado de geração a geração entre os não gentios.

Encontramos em Êxodo 12:3 que um ‘cordeiro’, entre os judeus, era morto e comido na Páscoa como a celebração da libertação deles do Egito.

Aos pés do Monte Horebe, Moisés, Êxodo 29:38-39, apresentou um modelo a ser seguido em que um cordeiro era oferecido no tabernáculo (depois do tabernáculo esse modelo continuou a acontecer no templo), onde todas manhãs (um cordeiro) e tardes (um cordeiro), era sacrificado como parte da adoração diária.

Ao lermos Isaías 53:07, cremos que ao mencionar sobre o Redentor o Salvador, esta predito que o Messias seria como um cordeiro levado ao matadouro, mostrando paciência em seus sofrimentos, e prontidão para morrer pelo homem (ser humano).

Entre os judeus, um cordeiro era normalmente considerado como um símbolo de paciência, mansidão e docilidade, por serem ligados desde suas origens (Abrão) ao pastoreio desses animais.

A expressão de João, o Batista para seus discípulos soava então como algo compreensível e de muita relevância, provavelmente foi isso que os levou a seguir a pessoa de Yeshua.

Jesus, percebe a presença deles e os questiona, de maneira dócil, a resposta deles também apresenta a conotação de ter interesse de se possível terem um tempo para poderem conversar, a isso exposto por eles, a resposta do Raboni é ainda mais clara e envolvente, e eles o seguem.

Sobre o horário em muitas versões encontramos a décima hora, a qual muitas vezes é comparada as dez da manhã, porém existe uma interpretação de que seria um horário judaico, assim por volta das quatro horas, da tarde, quando este fato ocorrera.

O Livro, Evangelho de João, foi escrito entre 60 a 100 dC (depois de Cristo) não tem como precisar, porém é possível notar a lembrança viva do Autor ao relatar de forma vívida os acontecimentos daquele tempo passado, com tamanha riqueza de detalhes.

Notamos a transição acontecendo segundo as Palavras de João, onde o encontro com Yeshua dos dois discípulos de João, o Batista, toma corpo e esses dois discípulos (André irmão mais velho de Cefas e provavelmente João, o escritor do livro, discípulo e apóstolo de Jesus) passam pelo menos duas horas com o Messias.

O texto é claro, eles procuraram seguir a principio de longe, como quem só segue a distancia e meia distancia, o Redentor os percebeu e quando o Messias os convidou a seguir mais próximo e os recebeu a cada um deles, ali eles o ouviram e puderam entender e crer quem realmente estava diante deles, e assim sabemos que tomaram sua decisão pessoal, a qual sabemos também pelos relatos mudaram as histórias de suas vidas.

Os séculos passam e a Volta do Redentor urge por acontecer, dia a dia, Maranata, porém dia a dia que antecede, persiste o convite: Vem e vê, a cada ser humano que ouve de suas Boas Novas.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula






 






sexta-feira, 9 de outubro de 2020

ESPERAR E CONFIRMAR.

 

Base na Bíblia:  João 01: 30-34 “... No dia seguinte, João viu Jesus aproximando-se e disse: ‘Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! Este é aquele a quem eu me referi, quando disse: Vem depois de mim um homem que é superior a mim, porque já existia antes de mim. Eu mesmo não o conhecia, mas por isso é que vim batizando com água: para que ele viesse a ser revelado a Israel’. Então João deu o seguinte testemunho: ‘Eu vi o Espírito descer dos céus como pomba e permanecer sobre ele. Eu não o teria reconhecido se aquele que me enviou para batizar com água não me tivesse dito: [Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batiza com o Espírito Santo]. Eu vi e testifico que este é o Filho de Deus’. ...

“... No dia seguinte, Yochanan viu a Yeshua vindo em sua direção e disse: ‘Vejam! O Cordeiro de Deus! Aquele que tira o pecado do mundo! Este é o homem a respeito de quem eu falava, ao dizer: ‘Depois de mim, vem alguém que precisa passar à minha frente, porque já existia antes de mim’. Eu mesmo não sabia quem ele era, mas a razão para eu ter realizado as imersões em águas é para que ele pudesse ser conhecido em Yisra´el. Então Yochanan deu este testemunho: ‘Eu vi o Espírito descendo do céu como uma pomba e permanecer sobre ele. Eu mesmo não sabia quem ele era, mas aquele que me enviou para imergir em água me disse: [Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que imerge no Ruach HaKodesh]. Eu vi e testifico que este é o Filho de Deus”. ...”

Muitos esperam por alguma coisa, ainda que não escrevi que todos e realmente não digo que todos, pois sabemos que existem, pois há uma parcela dentro da comunidade humana que por força maior, seja pelo nascimento, ou acontecimentos inesperados ou por suas convicções pessoais, nunca esperam por nada, simplesmente deixam de esperar de qualquer um ou de qualquer coisa, ainda que se formos generalizar todos esperam o ar para respirar dia a dia e não se dão conta.

O Evangelho de João, tem o alvo de apresentar o Messias pelas suas pregações para que todo o que lê possa crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e para que, crendo, tenha vida em seu nome do Messias Yeshua.

João, o Batista, predecessor de Jesus (Yeshua), continua sua afirmação sobre a convicção de que o Messias esta entre nós, e por suas palavras notamos que ele passou por um tempo de espera para poder confirmar sua afirmação.

No dia seguinte a entrevista que houve com os enviados de Jerusalém, o texto que lemos aponta para a narrativa de que Jesus estava vindo em sua direção, porém se notarmos não para ser batizado, uma vez que por suas palavras percebemos que ele já o havia batizado.

Agora ao ver Jesus, vindo, João, o Batista, passa a testemunhar sobre sua autoridade e poder acima de todo o nome que há declarado sobre a face da terra, e o coloca na posição de Cristo, o Filho de Deus.

Inicia declarando que seu ministério era sombra do que era necessário para apresentar a chegada do Messias entre seu povo, porém de onde vinha essa certeza e convicção, podemos questionar?

O próprio texto responde, João, o Batista declara que aquele que o enviou a batizar em águas, também deu um sinal a ele, declarando a vinda e permanência do Espírito Santo sobre aquele que era o Enviado do Senhor, assim ele só precisou esperar o algo sobrenatural acontecer, como o povo judeu sempre muito era lembrado e sabiam todos que era quando o Eterno se manifestava diante dos homens.

E aconteceu durante um dos dias de seus batismos costumeiros, porém em sua chegada como lemos em outros evangelhos, João, o Batista se negava a fazer o que lhe era pedido, porém o fez e neste interim, sim aconteceu o sobrenatural, foi visto algo diferente vindo do céu, em forma de pomba e pousou e ficou em Yeshua, confirmando o cumprimento do que antecipadamente ele ouvirá e nesse instante estava a confirmar.

Somente por esta razão, fica declarado no Evangelho de João, que João, o Batista testificava que Jesus era o Filho de Deus, a todos que o ouvissem.

João, o Batista, algum tempo depois foi preso por Herodes, não por crime, mas por denunciar alguns atos impróprios do rei, vejamos agora em sua prisão como se portou ele encarcerado, notamos em Mateus 11:03 e Lucas 07:19 declarando de maneira semelhante o seguinte: “E João, chamando a dois deles, enviou-os ao Senhor para perguntar-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou havemos de esperar outro?”.

Muitos declaram suas opiniões sobre Jesus e ao longo dos séculos, dificilmente um homem, mulher, adolescente, criança deixou de ter uma opinião de  Jesus, independentemente de qual povo, lingua e nação, e claramente o expressar, seja de repudio, apatia ou o inverso.

João, o Batista veio cumprir o papel que lhe fora solicitado, para que na história, jamais fosse entendido como um acaso, seguindo de outros acasos que chegaram a morte em uma cruz, de Jesus, seguido de uma ressurreição ao terceiro dia.

As ovelhas sempre são dependentes de seu Pastor, o qual as trata para se desenvolver e as protege para que o inimigo não as arrebate e há retorno, João, o Batista por sua vez, ouviu, viu e se preocupou em ratificar que não havia algum equivoco em sua validação, assim podemos seguir esse mesmo caminho, mas lembrem-se que, a resposta de Yeshua selou a convicção em João, o Batista de que o Plano de Deus estava entre os homens.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula






 





sexta-feira, 2 de outubro de 2020

SER INFORMADO.

 

Base na Bíblia:  João 01: 25-29 “... Alguns fariseus que tinham sido enviados interrogaram-no: Então, por que você batiza, se não é o Cristo, nem Elias, nem o Profeta? Respondeu João: ‘Eu batizo com água, mas entre vocês está alguém que vocês não conhecem. Ele é aquele que vem depois de mim, e não sou digno de desamarrar as correias de suas sandálias’. Tudo isso aconteceu em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando. No dia seguinte, João viu Jesus aproximando-se e disse: ‘Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! ...

“... Algumas das pessoas enviadas eram p´rushim. Eles lhe perguntaram: ‘Se você não é o Messias, nem Eliyahu, nem ‘o profeta’, então por que você realiza a imersão de pessoas?. Respondeu-lhes Yochanan: ‘Eu realizo a imersão de pessoas em água, mas entre vocês está alguém a quem não conhecem. Ele é o que vem depois de mim - não sou bom o suficiente nem para desamarrar sua sandália!’. Tudo isso aconteceu em Beit-Anyah, a leste do Yarden, onde Yochanan estava imergindo. No dia seguinte, Yochanan viu a Yeshua vindo em sua direção e disse: ‘Vejam! O Cordeiro de Deus! Aquele que tira o pecado do mundo! ...”

 

A tendência do ser humano, podemos pensar até que uma ação natural, está em buscar ser informado e uma vez tendo acesso, uma parcela dos que a encontram, a usam e fazem com que suas ações tenham um novo referencial e diferencial de vida, em resumo alcançam o que é chamado de sucesso.

Sem deixar de mencionar, que a informação quando encontrada, pode ser lapidada, polida e preparada, segundo o que bem parecer aos olhos de quem a possui e assim ela passa a ser repassada somente na dosagem que é permitida.

As Escrituras Sagradas, seja na Antiga Aliança, quanto na Nova Aliança, mantém uma informação que para muitos pelo conhecimento humano parece improvável de ser real e de ser colocada em prática, por ser tão inspiradora e motivadora na busca de novos valores éticos, morais e pessoais em todas as áreas de um individuo humano.

João, o Batista, veio e tinha uma conduta que não era usual dentre seus irmãos, não gentios, ele tinha um sistema de alimentação e vestimenta que também destoava da moda da época de vestir e de se alimentar e por fim, tinha um recado que era repetitivo mas que ao invés de espantar para longe as pessoas, esse recado trazia as pessoas para perto de si para as ouvir.

Agora vem de quem está ou delegou a Autoridade para levar um judeu, que foi batizado no batismo de Moisés, a ser imergido nas águas do Rio Jordão, para o arrependimento e espera do Messias, os saduceus querem saber.

Responde João, a informação não fica velada nele, ele a repassa e declara que, sua ação se limita a imergir em água, e que já há alguém que eles não o conhecem. mas que é e está muito acima dele em autoridade e poder.

Uma informação preciosa é declarada, por João, aos que foram enviados de Jerusalém, a principio eles foram para saber quem, se dizia ser, esse homem, chamado João, e agora eles sabem que além dele há um outro Filho do homem que é único.

Podemos afirmar que ser informador, era a missão de João, o Batista e o batismo de arrependimento era para apontar a distancia entre o Eterno e sua Lei de seu povo, e todos agora vão no caminho que leva para Betânia além do Jordão (All Maghtas, arabe = baptismo ou imersão, fica na Jordânia) e estão indo e são informados.

O Senhor tem sua maneira de tratar a cada um, e pelas Escrituras sabemos que a informação sempre foi o principio do Criador, para que suas criaturas pudessem saber que houve uma origem e houve uma motivação para que o Messias fosse enviado ao Mundo.

Aqueles que questionavam a João, agora saem com as respostas que buscavam, porém podemos observar que somente obter dados, é como ter o desejo de tomar um suco, porém mesmo ao ter acesso a fruta a sua frente, nada faz além de observar.

No dia seguinte, João, o escritor, que era discípulo de João, descreve umas palavras de seu Mestre, quando ele vê vindo em sua direção Jesus; com certeza essa informação, foi aberta, audível e clara a todos que estavam próximos dele, que era: ‘eis ai quem pode perdoar pecados!’

Na cultura Judaica estava apontando para o sobrenatural do Eterno, o agir único que somente o Criador tem autoridade e soberania para declarar ao homem.

Jesus, veio, cumpriu seu ministério, muitos lugares comprovam esse fato, inclusive quando há tombamentos, porém todo o Globo Terrestre dia a dia está sendo informado de século em século, mas assim registra as Escrituras em Mateus 22:14: “Muitos são chamados, mas poucos escolhidos.”, certamente por deixarem de usar a informação que acessaram.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula