sexta-feira, 30 de abril de 2021

INTERESSES NEBULOSOS.

 

Base na Bíblia: João 06:22-33 “... No dia seguinte a multidão que estava no lado leste do lago viu que ali só havia um barco pequeno. Sabiam que Jesus não tinha embarcado com os discípulos, pois estes haviam saído sozinhos. Enquanto isso, outros barcos chegaram da cidade de Tiberíades e encostaram perto do lugar onde a multidão tinha comido pão depois de o Senhor Jesus ter dado graças. Quando viram que Jesus e os seus discípulos não estavam ali, subiram nos barcos e saíram para Cafarnaum a fim de procurá-lo. A multidão encontrou Jesus no lado oeste do lago, e perguntaram a ele: Mestre, quando foi que o senhor chegou aqui? Jesus respondeu: Eu afirmo a vocês, que isto é verdade: vocês estão me procurando porque comeram os pães e ficaram satisfeitos e nem entenderam os meus milagres. Não trabalhem a fim de conseguir a comida que se estraga, mas a fim de conseguir a comida que dura a vida eterna. O Filho do Homem dará essa comida a vocês porque Deus, o Pai, deu provas que ele tem autoridade. O que é que Deus quer que a gente faça? Perguntaram eles. Ele quer que vocês creiam naquele que ele enviou, respondeu Jesus. Eles disseram: Que milagre o senhor vai fazer para a gente ver e crer no senhor? O que é que o senhor pode fazer? Os nossos antepassados comeram o maná no deserto, como dizem as Escrituras Sagradas: ‘Do céu ele deu pão para eles comerem.’ Jesus disse: Eu afirmo a vocês que isto é verdade: não foi Moisés quem deu a vocês o pão do céu, pois quem dá o verdadeiro pão do céu é meu Pai. Porque o pão que Deus dá é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. ...”

“... No dia seguinte a multidão que estivera do outro lado do lago percebeu que apenas um barco tinha estado ali e que Yeshua não entrara nele com os talmidim; eles estavam sozinhos ao partir. Outros barcos, de Tiberíades, pararam perto do lugar onde o povo tinha comido pão depois de o Senhor ter pronunciado a b’rakhah. Quando a multidão percebeu que nem Yeshua nem os talmidim estavam ali, entraram nos barcos e partiram em direção a K’far-Nachum à procura de Yeshua. Assim que o encontraram, do outro lado do lago, perguntaram-lhe: ‘Rabbi, quando chegou aqui?’ Yeshua respondeu: ‘Sim, eu lhes digo que vocês não me estão procurando porque viram os sinais miraculosos, mas apenas porque comeram pães até ficarem satisfeitos! Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem lhes dará. Porque este é aquele em que Deus, o Pai, colocou o selo de aprovação’. Então lhe disseram: ‘O que precisamos fazer a fim de realizar as obras de Deus? Yeshua respondeu: ‘Isto é a obra de Deus: confiar em quem ele enviou!’. Eles disseram: ‘Que milagre você fará a fim de que possamos vê-lo e confiar em você? Nossos pais comeram maná no deserto – como diz o Tanakh: ‘Ele lhes deu pão do céu para comer’’. Yeshua lhes disse: ‘Falo a verdade: não foi Mosheh quem lhes deu pão do céu. Todavia, meu Pai lhes dá o pão genuíno do céu; porque o pão de Deus é quem desceu do céu e dá vida ao mundo’. ...”

 

Os cuidados do Mestre com o povo em anunciar as Boas Novas da chegada do Reino permanece firme, continuamente vive clamando pelo arrependimento do povo e agora encontramos dois grupos distintos, sendo que um deles acabou de chegar em Cafarnaum de modo espantoso, pois o barco parece que criou propulsão própria e venceu os obstáculos do tempo e rapidamente chegou as margens desta Cidade, e o outro grupo está se encontrando de volta no mesmo lugar onde estiveram e eles notam que ficou somente um barco pequeno ali, e a multidão sabia que o Mestre Jesus, não fora embora, porque viram que Ele não havia embarcado com seus discípulos no barco deles quando esses partiram.

Fazem uma varredura no local, chegam também nesse interim, mais barcos de Tiberíades e eles juntos concluem que lá não estava, e assim voltam todos aos seus barcos e vão de leste a oeste, ou seja, para a outra margem, na Cidade de Cafarnaum com o intuito de ali o procurarem.

Não havia qualquer desentendimento entre eles, mas havia agora o interesse de cada um deles acontecendo literalmente sobre Jesus na mente daqueles que o procuravam, pois sabemos que outrora assim fizeram em outros momentos antes da multiplicação dos pães, porém, agora há algo oculto que os leva a ir a Jesus, muito além do ato comum de cada um deles ouvir Suas palavras e presenciar os sinais e maravilhas que diante deles se operavam.

Ao encontrarem o Raboni, educadamente o saúdam perguntando quando Ele ali chegou, a resposta de Jesus, segue para um outro caminho, que a princípio pode parecer ao leitor, uma maneira rude de se expressar, porém era direta e objetiva quanto a razão honesta pela qual todos aqueles que estavam ali o buscavam naquele momento e ele pede para que eles creiam naquele que recebeu o selo de aprovação dado pelo Eterno.

Lembram da mulher que era natural de Samaria, que representa um povo misto, gentio, apartados da linhagem de Israel, ao pedir: Dá-me dessa água, para que eu não precise tornar a beber? Agora estamos diante de um povo da linhagem de Israel, não gentios, que segue o mesmo sentimento e intenção, de pedir, mas agora é somente do pão, para se fartarem e não precisar mais ter que trabalhar para o consumir.

Dois cenários em um mesmo momento, de um lado o povo trabalhando para encontrar o Mestre e se alimentar fisicamente por algum período e na outra extremidade Jesus, o Mestre, apontado para a Grandeza do Criador em enviar e celar com Sua aprovação o Pão da Vida e para esse sim cada um deles deveria crer e trabalhar, pois esse sim daria o pão eterno.

A maioria se não todos os seres humanos, repetem está frase, durante sua vida terrena sobre a face da terra, séculos depois: ‘O que precisamos fazer para realizar as obras do Eterno?’ Ou uma frase mais simples: ‘O que é que o Eterno quer que a gente faça?’ ‘Jesus responde: A obra do Eterno é para que creiam em quem Ele enviou’; ou mais simples: ‘Ele quer que vocês creiam naquele que Ele enviou.’

Os interesses do povo, começa a sair da nevoa, ao perguntarem que Sinal tinha Jesus a apresentar para que eles crescem nele, e citaram o episódio ocorrido na jornada de 40 anos com seus antepassados, quanto ao serem alimentados, pois Ele lhes deu pão do céu a comer.

Jesus responde, primeiro que não foi Moisés quem deu esse pão do céu, mas o Pai, e assim esclarece a todos: meu Pai lhes dá o pão genuíno do céu; porque o pão de Deus é quem desceu do céu e dá vida ao mundo.

O Plano Redentor do Eterno nasce do Amor Pleno do Senhor, aos seus e está estendido a todos quantos o querem aceitar, vem pela graça, que pode ser traduzida, por algo que cada ser humano por si só não a merece, mesmo somando todos seus méritos pessoais, feitos sobre a face da terra; a Proposta direta é que cada um reconheça seus próprios pecados e arrependa-se, ao ouvir a voz do Pastor e assim O aceitar e crer no Filho do Homem enviado pelo Pai, para somente por esta maneira cada um por si possa se reconciliar e passar a viver a vida com seu Criador.

O apóstolo enviado por Jesus, Paulo, de Tarso, escreve inspirado pelo Espírito Santo, um certo texto que pode simplificar o entendimento daqueles homens naquele tempo e que permanecem o mesmo entendimento pelos séculos posteriores e vão até a volta do Messias Salvador: ‘Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.’

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 23 de abril de 2021

ACREDITAR NO IMPOSSÍVEL.

 

Base na Bíblia: João 06:15-21 “... Jesus ficou sabendo que queriam levá-lo à força para o fazerem rei; então voltou sozinho para o monte. De tardinha, os discípulos de Jesus desceram até o lago. Subiram num barco e começaram a atravessar o lago na direção da cidade de Cafarnaum. Quando já estava escuro, Jesus ainda não tinha vindo se encontrar com eles. De repente, um vento forte começou a soprar e a levantar as ondas. Os discípulos já tinham remado uns cinco ou seis quilômetros, quando viram Jesus andando em cima da água e chegando perto do barco. E ficaram com muito medo. Mas Jesus disse: Não tenham medo, sou eu! Então eles o receberam com prazer no barco e logo chegaram ao lugar para onde estavam indo. ...”

“... Yeshua sabia que estavam a ponto de agarrá-lo e fazer dele o rei; por isso, voltou para os montes. Desta vez, foi sozinho. Ao anoitecer, os talmidim desceram ao lago, entraram em um barco e começaram a travessia em direção a K’far-Nachum. Estava escuro; Yeshua ainda não havia se unido a eles, e as águas estavam ficando agitadas, porque soprava um vento forte. Eles remaram uns cinco ou seis quilômetros e meio quando viram Yeshua se aproximando do barco, andando sobre o lago! Ficaram aterrorizados, porém ele lhes disse: ‘Parem de temer, sou eu!’. Queriam que ele entrasse no barco, mas o barco chegou imediato ao lugar desejado. ...”

 

Início lembrando que também nos Evangelhos de Mateus 14:22-33 e Marcos 6:45-53, são citados com outros detalhes este acontecimento.

Debruçamos nossos dias debaixo da certeza de que podemos chegar ao dia seguinte, a própria natureza humana é a que sempre nos encoraja a assim agir, muitas vezes agimos automaticamente, em outras vezes agimos como quem se coloca em um plano de voo, e o segue, somente fazendo os ajustes necessários para chegar ao destino.

Tomamos todos os cuidados para sempre nos ocupar-nos em se preparar para como reagir conforme as circunstâncias contrárias ocorrem, o mais rápido possível desde o momento inicial em caso de acontecimentos inesperados.

Os discípulos estão felizes com total certeza foram os agentes que alimentaram a muitos e ainda sobraram doze cestos, e o povo muito feliz eles também estão prontos para eleger Seu Mestre como o novo rei, mas o imprevisto acontece a eles, e os discípulos são convidados a irem do outro lado do lago exatamente na direção agora de Cafarnaum.

Segundo estudos de alguns estudiosos supõem-se que Jesus andou sobre as águas por volta do ano 27 (vinte e sete) dC, na trigésima primeira semana do Seu ministério, pois consideram estes que o ministério de Jesus durou 70 (setenta) semanas.

Na prática, antes de andar, sabemos que foram enviados seus discípulos a Sua frente, enquanto ele subia a um monte provavelmente para orar.

Somente a titulo de informação e especulação existe um monte chamado de Berenice, naquela região, que de seu topo é possível ver toda a cidade de Tiberíades, a planície de Genesaré, um pouco mais ao norte, e também Jesus poderia ter avistado o barco com os seus discípulos, em sua trajetória dificultosa.

O mar da Galiléia tem aproximadamente 11,27 km de largura, provavelmente os discípulos estavam no lado ocidental do lago da Galiléia, e navegavam na direção nordeste, outros estudos apontam que pode ser também este o mesmo local onde Jesus acalmou a tempestade.

Ao lermos o texto sabemos que somente avançaram 25 ou 30 estádios, que equivalem a 6 quilômetros, pois um vento forte aconteceu e as águas ficaram agitadas, logo deveriam estar aproximadamente no meio do trajeto esperado.

Pelo texto contido nos outros evangelhos sabemos que já era noite, chegando às 3 (três) horas da manhã (a quarta e última vigília antes do amanhecer).

Esses homens preparados a vida no lago ou mar agora vivem o improvável, pois quem mandou que eles passassem para o outro lado era o Messias e eles estavam enfrentando momentos de cansaço e desanimo possivelmente, pois nada podiam fazer contra os elementos da natureza a sua volta (seus problemas), mas em meio a esse caos e sentença contrária inclusive colocando suas vidas em risco, eles passam a ver algo que os surpreende.

Com Jesus algo de uma proporção impensável aconteceu, pois nem com Moisés, Josué, Elias ou Eliseu eles somente abriram o mar ou o rio, porém Ele o Messias anda sobre as águas, o que é muito mais poder manifestado, de uma grandeza infinitamente superior, onde as Escrituras Sagradas citam que somente o Espírito Santo pairava sobre as águas, ou se movia sobre a face das águas, juntando cada parte encontramos que: O pai, O Filho e O Espírito Santo são um, ou seja, é o próprio Eterno.

Em hebraico Gritar tem algumas traduções para essa palavra, que João não menciona, só usa MEDO, mas Marcos e Mateus sim, pois eles Gritam, essa palavra no sentido original pode ser muito além, pois também é CLAMAR, lembrem que foi isso que Bartimeu fez no caminho de Jericó; a mulher Cananéia também assim fez ao pedir para libertar sua filha; e foi o mesmo que os marinheiros no tempo de Jonas fizeram enquanto ele estava no fundo do barco escondido.

Clamaram ao Senhor e quem ouviu e respondeu foi o Messias que sempre são um, lembrando as Palavras de Jesus: ‘Eu e o Pai somos Um’, mas notem que os discípulos pensaram que estavam sofrendo um ataque do maligno (medo, gritam, pois pensam que estavam sendo atacados por fantasma, maligno), e imediatamente começaram a clamar, a pedir o socorro do Eterno.

Jesus, porém, respondeu aos seus clamores, ‘e lhes disse: Não tenham medo, sou eu!’, ou como declara Mateus14:27:’Tende bom ânimo, sou eu, não temais’.

Agora o barco chegou de imediato ao lugar desejado, sim o improvável aconteceu, pois eles creram e tiveram bom animo e acalmaram-se e o impossível nas mãos do Eterno Senhor do Impossível se tornou real a cada um deles.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 16 de abril de 2021

FACILITADOR NA NOVA ORDEM.


Base na Bíblia: João 06:08-15 “... Então um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse: - Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos. Mas o que é isso para tanta gente? Jesus disse: - Digam a todos que se sentem no chão. Então todos se sentaram. (Havia muita grama naquele lugar.) Estavam ali quase cinco mil homens. Em seguida Jesus pegou os pães, deu graças a Deus e os repartiu com todos; e fez o mesmo com os peixes. E todos comeram a vontade. Quando já estavam satisfeitos, ele disse aos discípulos: Recolham os pedaços e encheram doze cestos com o que sobrou dos cinco pães. Os que viram esse milagre de Jesus disseram: - De fato, este é o Profeta que devia vir ao mundo! Jesus ficou sabendo que queriam levá-lo à força para o fazerem rei; então voltou sozinho para o monte. ...”

“... Um dos talmidim, André, irmão de Kefa, disse: ‘Há um jovem aqui com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que isso representa para tanta gente’. Yeshua disse: ‘Façam as pessoas se sentarem’. Havia muita grama ali, por isso eles se sentaram. O número de homens era de cinco mil. Então Yeshua pegou os pães, e, depois de dizer a b’rakhah, os deu a quem estava sentado ali, e fez o mesmo com os peixes, tanto quanto era necessário. Depois de terem comido até se saciarem, ele disse aos talmidim: ‘Juntem as sobras para que nada seja desperdiçado’. Eles juntaram as sobras e encheram doze cestos com pedaços dos cinco pães de cevada deixados por aqueles que comeram. Quando as pessoas viram o milagre que realizara, disseram: ‘Ele deve ser ‘o Profeta que deveria vir ao mundo’. Yeshua sabia que estavam a ponto de agarrá-lo e fazer dele o rei; por isso, voltou para os montes. Desta vez, foi sozinho. ...”

João apresenta o relato da primeira multiplicação de pães e peixes, realizada pelo Senhor Jesus, todos os demais Evangelhos fazem menção deste fato também, e sabemos que a multidão que se dispôs a seguir o Mestre não ficou desapontada.

Sabemos também que Jesus pegou cinco pães e dois peixinhos, e deu graças (b’rakhah) abençoou, rezou ou orou e entregou aos discípulos e este ao povo, mas antes, os fez sentar e os colocou em grupos.

Iniciou uma fonte inesgotável que começou a fluir, assim enquanto todos ainda não estavam fartos ou satisfeitos, a fonte continuava a jorrar.

É possível perceber nesse texto que quanto mais nos aproximamos sinceramente do Messias Jesus, para conhecê-Lo e amá-Lo, o agir do cuidado integral do Senhor é derramado em nossas vidas.

Notemos que Jesus usou e usa facilitadores; por um dos outros evangelhos sabemos que eles estavam perto da Cidade de Betsaida, e que de lá eram Filipe que optou por olhar para a grandeza do problema, como também de André que optou por olhar para a pequenez da provisão.

Sim, na pratica para o nosso dia a dia precisamos de facilitadores que é a característica daquele que torna as coisas mais fáceis; aquele que facilita (simplifica); o que elucida certas coisas; notem que nos dias atuais existem aparelhos eletrônicos por exemplo que funcionam como facilitadores em tarefas domésticas.

Logo, o que facilita, como por exemplo o controle remoto é simplesmente um facilitador que sempre auxilia em diversas funções, que outrora seriam impossíveis ou cheias de etapas ou extremamente morosas.

O facilitador no dia a dia também é uma pessoa que desempenha funções de orientador ou de instrutor em uma determinada atividade, também é valido saber que em alguns países, o termo é usado como sinônimo de professor ou de mestre.

O conceito também permite referir-se aos oradores em seminários ou em eventos similares, pois trata-se de especialistas e profissionais altamente preparados quanto ao tema abordado, o qual procuram desenvolver o potencial dos assistentes ou da audiência.

Jesus partiu o pão e entregou aos seus discípulos, se você for olhar no texto original você vai perceber que esse verbo entregar era um ato de entrega constante, ou seja, Jesus não entregou o alimento todo de uma vez, assim seus discípulos pegavam uma certa quantidade de pães e peixes e os entregava para as pessoas, depois eles tinham que voltar até Jesus e pegar mais, e o mais interessante de tudo é que sempre que eles voltavam o cesto estava cheio novamente. Esse é o segredo da provisão de Deus.

Em certo momento Jesus pede o contrário a seus discípulos, para que eles voltem e tragam o que sobrou e cada um deles trouxe um cesto cheio.

Todos ali estavam presentes e vendo o acontecimento, Palavras de admoestação, Palavras de graça, Palavras de encorajamento de reflexão, o alimento da alma e do espirito e é seguido de cura aos doentes e sacia o corpo também, mas eles ainda assim só achavam que o Messias a frente deles, poderia ser o Profeta esperado.

Jesus, o Facilitador, sabendo da intenção de todos eles, agora sai e sozinho sobe ao monte, e deixa a todos, cada um com um alvo a seguir, o povo era o de retornar para seus lares sem seguir seus intentos pessoais e aos discípulos, seus facilitadores, para passarem com o barco para a outra banda do Lago.

A nova ordem ali estava e todos a aceitaram, pois o Plano de Redenção, o Facilitador seguia o curso onde o Calvário era o alvo, para redimir o pecador de seu pecado, cumprindo a Vontade do Pai, ou seja, o momento em que cada um, iria passar a dar graças ao Eterno Criador dos céus e da terra pelo Seu imenso amor para com a sua criação.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 9 de abril de 2021

A ATENÇÃO DO MESSIAS.

 

Base na Bíblia: João 06:01-07 “... Depois disso, Jesus atravessou o lago da Galiléia, que também é chamado de Tiberíades. Uma grande multidão o seguia porque eles tinham visto os milagres que Jesus tinha feito, curando os doentes. Ele subiu um monte e sentou-se ali com os seus discípulos. A Páscoa, a festa principal dos judeus, estava perto. Jesus olhou em volta de si e viu que uma grande multidão estava chegando perto dele. Então disse a Filipe: - Onde vamos comprar comida para toda esta gente? Ele sabia muito bem o que ia fazer, mas disse para ver qual seria a resposta de Filipe. Filipe respondeu assim: - Para cada pessoa poder receber um pouco de pão, nós precisaríamos gastar mais de duzentas moedas de prata. ...;

“... Algum tempo depois, Yeshua foi para a margem mais distante do lago Kinneret (isto é, Tiberíades), e uma grande multidão o seguiu, porque viram os milagres que realizara a favor dos doentes. Yeshua subiu em um monte e se sentou ali com os talmidim. Aproximava-se a festa de Pesach, realizada pelos habitantes de Y’hudah; então, quando Yeshua olhou e viu uma grande multidão se aproximando, disse a Filipe: ‘Onde poderemos comprar pão para todas essas pessoas se alimentarem?’ (Yeshua disse isso para testar Filipe, porque Yeshua sabia o que estava para fazer.) Filipe respondeu: ‘Nem metade do salário de um ano seria suficiente para comprar-lhes pão – cada pessoa daria apenas uma mordida!’. ...”

 

De acordo com os historiadores, cada moeda era estabelecida em siclo que era uma medida de peso, e ele pesava 11 gramas, logo duzentas moedas de prata no tempo de Jesus era o equivalente a 2,200 gramas de prata, a R$ 3,00 reais por cada grama (subestimado), totalizariam R$ 6.600,00 reais. Por pura comparação, lembremos então que as 30 moedas que Judas recebeu valeriam 330 gramas de prata que seria um valor de R$ 990,00 reais, que é um valor pequeno pela vida de alguém, porém é importante lembrar, contudo, que os valores mudaram muito desde então. Naquela região, a quase 2.000 anos atrás, tanto o dinheiro, quanto a prata valiam muito mais do que valem hoje.

De fato, qual foi o valor dado por Jesus? Na Antiga Aliança na lei de Moisés declara em Êxodo 21:32 assim: “Se o boi chifrar um escravo, o dono do animal terá de pagar 30 siclos de prata (330 trezentos e trinta) gramas de prata ao proprietário do escravo, e o boi será apedrejado.”.

Então, 1500 anos antes de Jesus nascer, um escravo valia em torno de 30 moedas, ou seja, era o valor de uma pessoa, notem que após o arrependimento, Judas devolveu as moedas aos sacerdotes, que “compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros” (Mateus 27:07); assim, era esse montante o valor de um pequeno sítio. Podemos seguindo este raciocínio chegarmos a proporção na época de 6, 67 pequenos sítios, para mal alimentar a multidão que Filipe estava vendo, raciocinando pelos fatos ora apresentados naquela época era realmente diferente dos valores dos dias atuais.

A Prata na avaliação pontual de US$ 17,06/oz (com preço verificado em 2017), trinta "moedas de prata" valeriam entre US$ 185 e US$ 216 no valor atual americano (USD).

A Cotação da Prata no dia de 06 e abril de 2021 = Grama de prata (XAG) = R$ 4,69 Cotação spot nacional da grama da Prata (XAG).

Jesus junto com seus discípulos seguem para um ponto isolado, passando para uma outra margem do Mar de Tiberíades, ou Lago da Galiléia e sobem a um monte e ficam ali sentados, possivelmente conversando.

Em paralelo uma grande multidão que os viu sair da outra margem, os seguem e agora estão chegando próximos deles, é possível perceber na narrativa que Jesus os observava e também seus discípulos.

João, o discípulo e escritor, menciona a razão do povo estar tomando esta decisão de o seguir, ao declarar que eles o faziam porque tinham visto os milagres de cura aos doentes que Jesus operara entre eles.

Filipe é questionado por Jesus, porque Filipe?, poderíamos perguntar, difícil responder, pois qualquer resposta seria suposição, porém por conhecer o Mestre Jesus, sabemos que ele viu algo em Filipe e definiu que era ele quem iria dar a resposta pelos demais talmidim ou discípulos.

O que sabemos do discípulo chamado Filipe era ele juntamente com Pedro e André, de Betsaida na Galiléia (João 1:44 e 12:21). Jesus convocou Filipe, que havia sido discípulo de João Batista (João 1:43), e Filipe foi então e encontrou a Natanael para contar-lhe sobre Jesus. Natanael também se tornou discípulo de Jesus. A Bíblia não contém muitos detalhes biográficos sobre Filipe ou qualquer um dos outros discípulos, mas João registra várias vezes quando Filipe falou com Jesus.

O primeiro ato registrado de Filipe como discípulo de Jesus foi partir e contar as boas novas ao seu amigo Natanael. Mais tarde, Filipe foi abordado por alguns gentios (mais especificamente, gregos de Betsaida) que pediram-lhe para apresentá-los a Jesus (João 12:20-22). Filipe foi o discípulo que calculou a quantia de dinheiro necessária para alimentar os 5.000 (João 6:7). Depois da Última Ceia, Filipe solicitou que Jesus lhes mostrasse o Pai, levando à declaração de Jesus: "Quem me vê a mim vê o Pai" (João 14:8–9). A última vez que a Bíblia menciona o discípulo Filipe é como um daqueles reunidos em Jerusalém para orar após a ascensão do Senhor (Atos 1:13). A tradição afirma que Filipe foi para a Frígia (hoje na Turquia moderna) como missionário e foi martirizado lá em Hierápolis.

Notamos que os cuidados de Jesus, sempre podem nos surpreender, pois muito além do que possamos imaginar, temos o Senhor que já está nos observando e vendo cada passo que estamos seguindo e sabe antecipadamente aonde vai chegar cada um.

Jesus trata seus discípulos com cuidado e em alguns momentos eles se reuniam em grupo menor, pois havia um plano do Bom Pastor a apresentar as suas ovelhas, o qual sempre estava ligado a sua atenção por cada um dos seus.

Vivemos tempos de imediatismos, regados de sensacionalismos exagerados, muito distante dos dias de outrora, a evolução da natureza humana tem provado que busca mais se satisfazer e passa a deixar de observar que o interesse do Messias faz toda a diferença na vida da ovelha.

Jesus se isolou porque tinha um propósito, mas pensemos: e se esse propósito de fato, fosse o de sentir como estava o coração de suas ovelhas para com si mesmas, e assim Filipe foi o exemplo entre eles, para poder ensinar algo maior do que eles podiam antes compreender?

Jesus sabia ensinar, Ele era o Verbo Vivo, a Semente que é lançada, porém como pode germinar sem ouvir, e esse ouvir com cuidado e com atenção, para poder ser regado pelo Espírito Santo e encontrar no Caminho Estreito, a única Porta que leva a criatura de volta ao encontro com o seu Criador.

Declarou o Messias em contraste a ação do ladrão: “... eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” porém o que de fato tenho vivido espelha essa realidade para alguns ou em outros casos infelizmente o oposto, pois a nossa volta temos um grande número de testemunhas a nos observar continuamente.

A proposta de Filipe enfim era para solucionar a questão apresentada pelo Mestre, que consistia em que cada um comesse pelo menos uma mordida de pão, mas a proposta para os que vão até Ele, o Senhor e Autor da Vida é sem medida.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 2 de abril de 2021

O CONFRONTO INEVITÁVEL.

 

Base na Bíblia: João 05:36-47 “... Mas eu tenho um testemunho a meu favor ainda mais forte do que o que João deu: são as coisas que eu faço, as quais meu Pai me mandou fazer. Elas dão testemunho a favor de mim e provam que o Pai me enviou. Também o Pai, que me enviou, testemunha a meu favor. Vocês nunca ouviram a voz dele, nem viram o seu rosto. As palavras dele não estão no coração de vocês porque vocês não creem naquele que ele enviou. Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna. E são elas mesmas que dão testemunho a meu favor. Mas vocês não querem vir para mim a fim de ter vida. – Eu não procuro ser elogiado pelas pessoas. Quanto a vocês, eu os conheço e sei que não amam a Deus com sinceridade. Eu vim com a autoridade do meu Pai, e vocês não me recebem. Quando alguém vem com a sua própria autoridade, esse vocês recebem. Como é que vocês podem crer, se aceitam ser elogiados pelos outros e tentam conseguir os elogios que somente o único Deus pode dar? Não pensem que sou eu que vou acusá-los diante do Pai; quem vai acusá-los é Moisés, que é aquele em quem vocês confiam. Se vocês acreditassem em Moisés, acreditariam também em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas, se vocês não acreditam no que ele escreveu, como vão acreditar no que eu digo? ...”

“...Ele era uma candeia que queimava e brilhava, e por um certo período vocês desejaram ser iluminados por essa luz. Mas eu tenho um testemunho maior do que Yochanan. Porque as coisas que o Pai me deu para fazer – o que realizo agora – testemunham a meu favor, afirmando que o Pai me enviou. Além disso, o Pai que me enviou foi testemunha a meu favor. Vocês nunca ouviram sua voz, nem viram sua forma; Ademais, sua palavra não permanece em vocês, porque não confiam em quem ele enviou. Vocês continuam a examinar o Tanakh por pensar que nele terão vida eterna. Essas mesmas Escrituras dão testemunho a meu respeito, mas vocês não querem vir a mim para ter vida! ‘Não aceito louvor humano, mas conheço vocês – sei que não têm nenhum amor por Deus! Vim em nome de meu Pai, e não me aceitaram; se outra pessoa vier em seu nome, a aceitarão. Como vocês podem confiar? Vocês estão ocupados, procurando aceitação mutua, em vez de procurarem unicamente o louvor devido a Deus. ’Não pensem que serei o acusador de vocês perante o Pai. Sabem quem os acusará? Mosheh, aquele com quem vocês contam! Se vocês realmente cressem em Mosheh, creriam em mim, porque ele escreveu a meu respeito. Mas se não creem no que ele escreveu, como poderão crer no que digo?’ ...”

 

Todos os seres racionais são e agem corretos até que se prove em contrário, por mais sem sentido que possa parecer essa introdução é válida e usada pelos seres humanos ao longo dos séculos, pois todos tem seus objetivos ao definir sua vida e para tanto usam de muitos estratagemas, ou meios para simplificar o conceito, a fim de poder viver cada dia sobre a face da terra.

Aos olhos do Eterno para cada período de tempo, definidos segundo a sua Soberania, foram estabelecidas Alianças nas quais o propósito do Criador nunca mudou desde a primeira vez em que criou o homem, e o instruiu, e o colocou em um jardim que Ele preparou.

O Mestre permanece fiel aos princípios de seu Chamado para cumprir a vontade do Eterno, o Pai, assim em cada palavra por Ele falada, uma nova palavra vai apresentando elementos que comprovam sua missão e seu alvo, esclarecendo a todos seus ouvintes que o Tempo era chegado, e nada estava atrasado ou adiantado aos Planos Celeste.

Apesar de parecer um monologo, no qual somente Jesus falava, sabemos que os que ouviam respiravam ares de morte ao homem que curou um paralítico há 38 anos e o fez andar com sua esteira (cama) em um dia de sábado, porém notem que o Messias está procurando levar cada um deles a ponderar sobre toda a sua bagagem de conceitos que os levaram a definir sua posição de rancor.

Pois, eles buscaram em João, o Batista e se alegraram por sua lamparina, mas já o haviam deixado de lado, cessou quando foram buscar nele o Messias, e agora sabem que ele afirmou que não seria.

Jesus, esta agora confirmando diante deles que seu testemunho fala mais alto, pelas obras e acontecimentos diante dos olhos deles, e cada um deles ainda assim o rejeita, pois não o aceitam como Messias, o enviado Filho do Homem, mas reflitam, eles eram pessoas instruídas desde a infância na Torah, no Tanakh e estavam calados, assim escreveu João, e sabemos que no livro de Atos, um homem chamado Estevan, cheio de bons argumentos válidos, foi apedrejado, porém antes eles (os apedrejadores) colocaram as mãos aos ouvidos para não quererem ouvir mais nada.

Agora o clímax podemos pensar, pois é declarado que eles não amam a Deus, ao rejeitar o enviado, que vem em nome do Senhor, mas aceitam os que veem em seus próprios nomes e sim também buscam reconhecimento pessoal entre eles mesmos, para se justificarem de suas ações (pessoais, religiosas, ou em suas atitudes de santidades).

O confronto acontece entre o que eu penso e interpreto e quero acreditar com o que está escrito e deve ser meu Manual de Conduta, pois Jesus encerra esse dialogo declarando que: eles poderiam imaginar que ele os julgaria, pelos seus atos de rejeição, mas ao contrário apontou para Moisés, e a Torah, ou Pentateuco ou os cinco primeiros livros da Velha Aliança, e mais ainda ao Tanakh, pois a Palavra Tanack significa: ‘A origem da palavra é hebraica sendo formada pelas iniciais de três palavras hebraicas Torá + Neviim + Chetuvim (na composição das letras hebraicas תורה, נביאים וכתובים), tendo como significado “a Lei, os Profetas e os Escritos” Assim entendemos Tanach ou Tanakh (em hebraico תנך), em que a Tanach engloba as três partes da Bíblia hebraica.’; nas quais eles buscavam encontrar contidos nela a vida Eterna.

Pois eles estavam rejeitando ter a vida eterna que lhes era oferecida contrariando assim a Torah que mencionava sobre o Messias e o Plano Eterno de redenção aos seres humanos, logo a resposta os surpreenderam, pois quem os julgaria seria as palavras declaradas e escritas por Moisés, Profetas e nos Escritos.

Podemos hoje, dizer que jamais agiríamos da mesma maneira que esses, pois percebam, que João ao escrever, não disse como foi o desfecho, desse dialogo, no quesito de quantos aceitaram e quantos rejeitaram, e como Jesus saiu sem ser maltrado por seus ouvintes.

Assim, o mesmo acontece nos dias que vivemos, onde se casam se dão em casamento, vivem suas vidas, tem suas opiniões sobre tudo e todos, mas vem o dia em que como nos dias de Noé, a arca será fechada por fora, e todos comparecerão diante do Criador onde o confronto inevitável acontecerá.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula