sexta-feira, 31 de julho de 2020

AGENTE OU ESPIA.

Base na Bíblia:  Marcos 14: 53-59 ... Levaram Jesus ao sumo sacerdote; e então se reuniram todos os chefes dos sacerdotes, os líderes religiosos e os mestres da Lei. Pedro o seguiu de longe até o pátio do sumo sacerdote, sentando-se ali com os guardas, esquentava-se junto ao fogo. Os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio estavam procurando depoimentos contra Jesus, para que pudessem condená-lo à morte, mas não encontravam nenhum. Muitos testemunharam falsamente contra ele, mas as declarações deles não eram coerentes. Então se levantaram alguns e declararam falsamente contra ele: ‘Nós o ouvimos dizer: {Destruirei este templo feito por mãos humanas e em três dias construirei outro, não feito por mãos de homens}. Mas, nem mesmo assim, o depoimento era coerente. ...”

Um agente segue o código de conduta do mundo da espionagem:  pergunte, observe e escute enquanto que um espia observa secretamente, com o intuito de obter informações, fato esse que seria algo parecido com espionar.

Simão Barjonas, que recebeu o apelido de Pedro, segue a distância depois de fugir, a seu Mestre sendo levado, junto da multidão, e ao chegarem a casa do Sumo Sacerdote, fica num lugar aberto com dimensões de um quadrado, comum nas casas orientais.

Sabemos que muitas coisas devem ter ocorrido durante esse tempo que acabamos de ler, uma vez que Mateus, Lucas, o próprio Marcos e João citam diversos detalhes que se complementam e apontam para o fato de que aconteceram julgamentos intercalados, formais e não formais, porém uma coisa é certa, a de que nenhum desses conseguiam as provas que esperavam, para terem uma acusação convincente contra Yeshua, somente muito jogo de palavras e astucia para tentar achar a acusação e nada de produtivo.

Muitos agentes vão aparecendo e noticiando fatos passados feitos pelo Messias, mas todos quer para ganhar a simpatia ou por subornos não conseguiam ter unanimidade e coesão em suas descrições de acusações.

Enquanto isso vai ocorrendo provavelmente dentro de uma ou em mais de uma sala no interior da casa, lembrando rapidamente que uma dessas salas tinha acesso ao pátio externo, encontramos do lado de fora nesse pátio, Simão Pedro esperando para ver o desfecho dos acontecimentos e sabemos também pelos demais escritores do Evangelho os momentos que foram acontecendo no agir de espia que ele havia adotado para si.

Um sinédrio pronto e convocado para uma cessão extraordinária, provavelmente ninguém deixou de vir, para essa audiência, quem sabe Nicodemos também ali estava entre os presentes e todos ouviam, ouviam e ouviam mas nada fazia coerência para se firmar como uma prova.

No Livro de Deuteronômio 19:15, esclarece que precisa de pelo menos dois concordando (duas testemunhas) sobre o mesmo assunto, lembro sobre isso também de uma atitude de uma rainha, esposa do rei Acabe, que tramou a morte de uma pessoa (I Reis 21:10-14), elegendo testemunhas falsas, simplesmente porque este não queria vender sua propriedade para alargar a do rei Acabe.

Aparecem então duas pessoas que regressam para o início do ministério de Jesus, quando este derribava e expulsava os vendedores e cambistas do Templo, eles claramente estavam torcendo as palavras de Jesus, mas mesmo assim não tinha uniformidade.

Apesar disso, notamos que abriu um precedente, onde todos os presentes, sabiam o tempo que demorou para se Construir o Templo, bem como de todas as atitudes de Jesus, pós esse acontecimento, diante de todo o povo e diante de seus discípulos mesmo quando só, o qual não ensinava nada em oculto, antes sempre em aberto em praças e nos átrios do Templo, para todos ouvirem e por mais de 3 (três) anos continuou a transmitir as Mensagem de arrependimento e a chegada do Reino a todos os judeus.

Sobre esse detalhe o agente ou espia, por 30 (trinta) moedas de prata, Judas Iscariotes, que entregou Jesus, e quem sabe por quanto mais de valor, delataria tudo se Jesus alguma vez falasse coisas escondidas só para seus discípulos ouvirem, porquanto com plena certeza ele as venderia (informações privilegiadas) a esses homens sedentos de achar a culpa em quem não a tinha.

Sabemos que enquanto isso lá está Simão, o Pedro o agente ou o espia, o qual está se esquivando daqui, se esquivando dali e tentando ouvir, o que era dito lá dentro da Casa na sala ou salão onde estava seu Mestre, mas ainda o galo não cantou.

Agentes e Espias sim cada um com o nome próprio de sua atividade, vivendo para com seus códigos de valores, normalmente códigos esses, que seriam designados pelo líder de sua Nação, ou seja: rei, rainha, presidente, ditador, militar, ..., porém a História de Salvação, era a que estava sendo Escrita para a Eternidade e o principal estava sendo condenado sem provas concretas para cumprir a Vontade do Pai.

Antes que pensemos que o assunto levantado por essas duas testemunhas, de que em 3 (três) dias um novo se levantaria, lembrem, ou observem que logo após Jesus estar confirmado de sua morte, os líderes judeus foram a Pilatos e mencionaram a ele, que Jesus disse antecipadamente ele que iria ressuscitar ao terceiro dia, e pediram meios e escoltas para que não acontecesse um ato de rebelião da parte de seus seguidores (discípulos, apóstolos e simpatizantes) que assim seria contra Roma e contra os líderes judeus e poderia criar o precedente de um mito, quando roubassem o corpo morto.

Pedro, ainda respira ares diferentes e com certeza deve estar incomodado, uma vez que durante o julgamento provavelmente já por 2 (duas) vezes ele já negou que conhece o Senhor Jesus, seu Rabino e como era um espia ou um espião inicial esqueceu que sua roupa, modo de falar, modo de se portar o denunciava a todos.

Nos dias atuais muitos podem respirar o mesmo ar quer seja de espião que é muito bem cotado em películas de filmes ou até mesmo de espia que quer sempre estar atualizado nas informações do momento, porém vem o dia em que tudo o que está em oculto vira a tona, e como será antes do galo cantar para cada um dos viventes que ouviram as Boas Novas?

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 24 de julho de 2020

A OPORTUNIDADE EM AÇÃO.


Base na Bíblia:  Marcos 14: 46-52 ... Então eles pegaram Jesus e o prenderam. Mas um dos que estavam ali tirou a espada, atacou um empregado do Grande Sacerdote e cortou uma orelha dele. Então Jesus disse para aquela gente: Vocês vêm com espadas e porretes para me prenderem como se eu fosse um bandido? Eu estava com vocês todos os dias, ensinando no pátio do Templo, e vocês não me prenderam. Mas isso está acontecendo para se cumprir o que as Escrituras Sagradas dizem. Então todos os discípulos abandonaram Jesus e fugiram. Um jovem, enrolado num lençol, seguia Jesus. Alguns tentaram prendê-lo, mas ele largou o lençol e fugiu nu...”

Diante das oportunidades, cada um de nós sempre busca rapidamente a identificar e a usar sempre aquelas que nos são mais favoráveis e assim agimos naturalmente, adiciono também que muitas vezes nem nos damos conta do que estamos assumindo, ou trazendo para perto de nós, pois também existe em cada um de nós, um movimento mecânico, automático e muitas vezes repetitivo que age no mesmo molde do que aquele que chamamos de reflexo, e esse quando se manifesta em um ser humano, pensamos inclusive que até parece ser involuntário, porém jamais ocorre sem ter uma razão para ele se apresentar.

Um exemplo que trago para meditar, é o de nossos gestos faciais diante de uma oportunidade, lembro que nem sempre a oportunidade é favorável e sim pode ser desfavorável à pessoa que o recebe e um ato natural humano acaba se esboçando na face de todos, poucos são os que conseguem omitir, disfarçar, e assim tratar esse assunto (oportunidade) sem transparecer, permitindo que outros a volta possam rapidamente perceber, mas há exceções!

Jesus acaba de ser beijado no rosto, por seu discípulo, que horas antes, foi convidado a sair de volta da mesa e fazer o que tinha proposto; agora para os 11 (onze) discípulos sonolentos, a eles ainda pairava a dúvida do real modo do agir de Judas Iscariotes, porém o beijo era somente um sinal (a oportunidade de fazer de uma coisa agradável um gesto ruim) e de imediato sobre Jesus recaem diversas pessoas para o segurarem e o prenderem para impedir sua fuga.

Os discípulos de Jesus, se não todos, andavam armados, fosse por qualquer razão, com certeza pelo menos um deles estava naquele instante de posse de uma espada, segundo o Evangelho de Lucas todos tinham espada e antes de um agir, perguntaram a Jesus se deviam agir (Lucas 22:49), porém um deles antecipou e a usou, sem esperar resposta alguma e atingiu um dos que prendiam a Jesus, esse que foi atingido era um funcionário do Grande Sacerdote daquele ano, um golpe desferido e uma orelha foi cortada.

Ao invés de gerar um tumulto, como todos esperam, nesse tipo de acontecimento, foi o contrário, Jesus, Yeshua, o preso, cura o servo (Lucas 22:51), toma a palavra e questiona a todos que estão armados, o porquê de tamanha necessidade, se todos os dias enquanto estando em Jerusalém, permanecia no Templo e lá estava Ele a pregar a todos e todos ali O ouviram.

A oportunidade que o Messias usou simplesmente calou a boca de todos, pois em seguida cita Ele as Escrituras Sagradas ratificando que era um comprimento, assim mais uma das profecias, sobre o Ungido do Senhor estava ocorrendo diante de todos os presentes, em seguida a isso seus 12(doze) ou 11(onze) discípulos saem correndo e fogem, seguindo os dizeres de Isaías 53:7.

Sabemos por outro escritor dos Evangelhos, especificamente em João 18:10, que o corte feito pela espada foi na orelha direita e o nome dessa pessoa era Malco; e Lucas declara que imediatamente a curou com um toque, assim fazendo retirou a possibilidade de retaliação contra seus discípulos, deixando que uma atitude automática de auto preservação, reflexo ou outro nome que queiram dar ou que venham à suas mentes pudessem interferir no Plano Redentor.

A autoridade do Filho de Deus, era inquestionável, quando lemos no Livro de João, os fatos ocorridos durante este episódio, pois seguindo o Livro de Salmos 27:02, temos uma referência e é possível entender que caíram por terra (foram derrotados todos poderes terrenos pela autoridade Celestial de Cristo), Ele usou essa possibilidade.

A autoridade do Filho do Homem também era inquestionável, pois em Lucas cita que poderia enviar legiões de anjos para tratar daquele assunto naquela ocasião, mas preferiu manter a Vontade do Pai, agindo assim Ele deixou de usar essa possibilidade.

Nos dias atuais, muitas oportunidades surgem, como outrora sem dúvida, porém no presente carregadas de informação e conhecimento e uma boa parte em tempo quase real, lembremos que no presente assola os habitantes do Mundo inteiro uma doença oriunda de um vírus chamado de SARS-CoV-2, e o foco atual está em achar um agente imunizador, uma vacina, um meio para neutralizar o que se chama de pandemia, assim como no passado houveram outros e no futuro provavelmente outros acontecerão, e mesmo estando informados, ainda assim o homem e a mulher humana sentem a sua real fragilidade.

A oportunidade de Salvação se mantém presente, em ação, desde os primórdios, porém desde a morte e ressurreição do Messias, Yeshua, Jesus, o Cristo, essa possibilidade tem sido anunciada a todos, e cada um que a ouve toma a sua pessoal decisão de aceitar e neste caso reconhecendo a importância de ser resgatado do pecado ou então, simplesmente adiciona ao seu cérebro, ou a sua mente, ou a sua inteligência mais uma simples informação de conhecimento geral.

Enfim, podemos se for dentre as oportunidades da Salvação, termos tomado esta última possibilidade como a nossa decisão de vida em paralelo se assim agirmos, seremos ou passaremos a viver comparativamente escrevendo, como o jovem (pois há muitas versões mas nenhum fato de quem era esse jovem, uns dizem Lazaro, outros um dos discípulos, outros o próprio João Marcos) que seguiu Jesus envolto em um lençol, pois é um anônimo que deve ter ouvido o barulho e despertado, e esse por sua vez, provavelmente estava de passagem em uma hospedaria ou morava perto dali e foi saciar a sua necessidade de entender o que era tudo aquilo, mas não passou disso, quando tiraram o lençol, correu nu pois era só o que tinha.


Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula







sexta-feira, 17 de julho de 2020

ACASO OU ACONTECIMENTO.

Base na Bíblia:  Marcos 14: 39-45 ... Jesus foi outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras. Em seguida, voltou ao lugar onde os discípulos estavam e os encontrou de novo dormindo. Eles estavam com muito sono e não conseguiam ficar com os olhos abertos. E não sabiam o que responder a Jesus. Quando voltou pela terceira vez, Jesus perguntou: Vocês ainda estão dormindo e descansando? Basta! Chegou a hora, e o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos maus. Levantem-se, e vamos embora. Vejam! Aí vem chegando o homem que está me traindo! Jesus ainda estava falando, quando chegou Judas, um dos doze discípulos. Vinha com ele uma multidão armada com espadas e porretes, que tinha sido mandada pelos chefes dos sacerdotes, pelos mestres da Lei e pelos líderes judeus. O traidor tinha combinado com eles um sinal. Ele tinha dito: ‘Prendam e levem bem seguro o homem que eu beijar, pois é ele.’ Logo que chegou perto de Jesus, Judas disse: Mestre! E o beijou ...”

O sistema de escolha desde os primórdios foi o meio usado para se tomar decisões, dentro da humanidade, independentemente de se encontrar ou não relatos antigos, simplesmente os distinguimos em cada um, porque normalmente pelo padrão humano é possível notar que esse é o critério e o meio pelo qual se tem feito escolhas em seu dia a dia, até nos dias atuais.

Mesmo quando acontecem fatores que são totalmente inesperados, ou fogem do controle, como por exemplo: ‘um evento da natureza’; independente dos efeitos causados, cada ser humano sobrevivente tem uma escolha por si próprio ou no coletivo quando busca seguir a outros, sendo assim nesse caso pode ser chamado também de escolha seguindo seu instinto de sobrevivência.

Sabemos que é comum quando pessoas estão buscando se esconder, ou isolar, por algum motivo, terem um padrão diferente dos demais a sua volta, e assim dificilmente alguém sabe o local em que ela vai estar.

Jesus tinha sua forma de viver e sua maneira de proceder, sempre seguindo os padrões da Sagrada Escritura, assim seus discípulos, que estavam ao seu lado, conheciam bem o local para onde eles estavam indo, que ficava no Monte das Oliveiras, o qual tem uma altura acima de 800 metros.

Logo no sopé do monte das Oliveiras chegaram no lugar chamado de Getsêmane (prensa de azeite), o Mestre entra em oração e o próprio Jesus aproveita e convida seus discípulos para orarem com Ele, naqueles momentos, ainda que houvessem 3 (três) grupos distintos, sendo formados assim: 8 (oito) mais afastados (André, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago filho de Alfeu, Tadeu e Simão Cananeu), 3 (três) mais próximos (Pedro, Tiago e João) e Jesus.

Em comum todos esses 11 (onze) discípulos estavam com muito sono, a ponto de não conseguirem manter suas pálpebras abertas, independente do pedido de Jesus.

Jesus tinha claro que o momento estava próximo de executar o Plano Divino e assim se mantinha focado na escolha que fizera de servir a vontade do Criador, lembremos que todos eles estavam vivendo em um dia em que muitos peregrinos haviam ido para a celebração e provavelmente poderia Ele passar por mais um entre a multidão.

Ora por três vezes e em todas as vezes que procura chegar se perto deles, encontra os seus discípulos a dormir, desta vez declara que o tempo se cumpriu para ser entregue.

Provavelmente todos eles despertaram, pois o texto que lemos cita que o traidor está vindo e esse é um fator de alerta para qualquer pessoa normal, assim certamente notam a chegada de um grupo armado (porretes e espadas) em mãos e a frente deles um rosto conhecido o de Judas Iscariotes.

Judas antecipadamente declara como no escuro da noite, identificariam quem era a pessoa a ser levada como presidiário, que sinal ele faria, logo não era um acaso e sim uma escolha para o acontecimento que ele voluntariamente dispôs se a executar.

Hoje e bem como nos dias depois deste acontecimento é natural entendermos com clareza, esse fato e o motivo da escolha, porém naqueles dias tudo era confuso e sem sentido para os discípulos e para os demais expectadores que viam esse momento acontecer, menos para Judas.

Muitos dos acontecimentos de nossas vidas chamamos de acaso, porém podemos estar distante da verdade, pois ao contrário pode ser um acontecimento que é simplesmente fruto de nossa individual tomada de decisão.

O Filho do Homem, Yeshua, por sua vez, declarava antecipadamente cada um desses acontecimentos e mencionava que eram necessários, pois o Plano da Redenção do Pecador fora ativado, desde a queda que houve do homem no Jardim do Éden, e agora a semente da mulher estava iniciando o processo que traria por suas pisaduras a libertação do preço do pecado.

Esse era um acontecimento e jamais um simples acaso, que levou um homem a ser traído por outro homem e somado ao fato de pura inveja e insegurança dos líderes da época que também procuravam silenciá-lo, para resolver o problema deles.

Sim, um fato aconteceu, que é lembrado dia a dia, por séculos e a decisão de aceitar ou achar que foi somente um triste acaso para um homem bom, tem cegado milhares e milhares neste período, e pode continuar a cegar mais um a cada dia, se deixar de tomar a decisão certa, de estar ao lado do Messias, que venceu a morte, ressuscitando, mostrando o único caminho que leva ao Criador, o Pai.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 


sexta-feira, 10 de julho de 2020

OUVIR SÓ, É DIFÍCIL.


Base na Bíblia:  Marcos 14: 27-31 ... E Jesus disse aos discípulos: Todos vocês vão fugir e me abandonar, pois as Escrituras Sagradas dizem: ‘Matarei o pastor, e as ovelhas serão espalhadas.’ Mas, depois que eu for ressuscitado, irei adiante de vocês para a Galiléia. Então Pedro disse a Jesus: Eu nunca abandonarei o senhor, mesmo que todos o abandonem! Mas Jesus lhe disse: Eu afirmo a você que isto é verdade: nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, você dirá três vezes que não me conhece. Mas Pedro repetia com insistência: Eu nunca vou dizer que não o conheço, mesmo que eu tenha de morrer com o senhor! E todos os outros discípulos disseram a mesma coisa...”

Yeshua conversa com os onze discípulos e abertamente declara o que irá acontecer a todos eles, para que eles tenham a certeza de que nada acontece por acaso, ou que é simplesmente uma exceção, ou ainda que será um fato isolado que pode acontecer a qualquer um, bem como a qualquer momento a qualquer um.

Os seres humanos estão acostumados a racionalizar todos os acontecimentos e as coisas que ocorrem a nossa volta e normalmente a grande maioria aceita somente as que acontecem a seu próprio favor, ou em seu benefício próprio, ai sim são plenamente acatadas.

No Livro de Zacarias no capítulo 13 versículo 07; encontramos: “Ó espada, ergue-te contra o meu pastor, e contra o varão que é o meu companheiro, diz o Senhor dos exércitos; fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão para os pequenos.” Dificilmente seria considerado um versículo contido para os que esperavam o Messias, sua vinda, porem era e é, só devemos ter a atenção no lembrar que no passado as Escrituras Sagradas não eram separadas por capítulos e versículos, bem como a sua maneira de escrever e a língua original era o hebraico, em sua maioria no Velho Testamento a Antiga Aliança.

O Senhor Jesus declara que por causa desse aviso, seus discípulos iriam ter uma atitude de escândalo e por causa disso iriam abrir mão de sua fé, deixando de fato o Mestre, isso aconteceria a um por um, vejamos:

Na versão que lemos está escrito que todos os 11 (onze) discípulos iram fugir e abandonar, mas em outras versões, mais antigas, diz que iriam se Escandalizar, o que significa que iriam criar neles o sentimento de: escândalo, causar indignação ou repúdio, desencadear manifestações de desagrado, ofender; melindrar, logo cada um assim agiria por ter presenciado um comportamento que não se adequá às convenções da moral e dos bons costumes.

E também em outra tradução declara “Todos vocês perderão a fé em mim, porque o Tanakh diz:...”

O Bom Mestre só é reconhecido porque ensina, e de fato poucos mestres são reconhecidos como tal e Jesus, sem sombra de dúvida era o exemplo máximo não só de um educador, e sim daquele que ensina e seus discípulos recebem conhecimento que em muito excede a somente informações.

Os discípulos, por sua maneira pessoal de viver em seus últimos três anos e meio (provavelmente), afinal cada um deles era alguém que estava em tempo integral com seu Mestre, ouviram, mas não aceitavam o que seus ouvidos escutavam, e Pedro, um deles, relata a Cristo que todos os outros poderiam se escandalizar (ou fugir, abandonar, assim fazendo negar a fé no Messias), mas ele jamais o abandonaria.

Bonitas sem dúvida essas palavras emocionadas de Simão, Barjonas, apelidado de Pedro, demonstrando sua crença e valores inabaláveis, porém Jesus declara, em seguida, que na noite desse mesmo dia, ele agiria diferente em 3 três momentos. Agora, Pedro, discípulo e apóstolo, depois de ouvir a seu respeito, as Palavras do Raboni, parte para a insistência da repetição para se fortalecer em sua convicção, de que nunca diria que não conhecia a Jesus e diante de todos afirma que inclusive estava pronto a morrer com seu mestre.

O Messias estava falando, o Mestre é Onipotente, Onisciente e Onipresente e agora lendo podemos entender como é difícil só ouvir, pois todos em todos os tempos da história, sempre tem seu ponto de vista e sua opinião, principalmente repito quando não nos é favorável o que está sendo falado, e assim foi o que aconteceu com os 11 (onze) discípulos. Jesus disse que seria a morte para ele, mas ressuscitaria e que voltaria para eles e que iria com eles a Galiléia, nesse momento ninguém deles, parou para ouvir e entender que seriam unidos pelo Senhor, pois só queriam responder sobre uma coisa que não foi perguntada e sim, simplesmente só lhes era informada.

As Boas Novas são os frutos de um amor sem dimensão de tal magnitude que o ser humano nunca pode alcançar, mas sim aceitar, logo todo o que ouve a voz do Bom Pastor passa a caminhar em seu dia a dia ao seu lado, e senti o peso de seu pecado pessoal e o entrega em troca do perdão, que somente Jesus tem a oferecer a todo o que ouve, aceita, admite e crê que é um pecador, perdido e sem meios próprios de se auto salvar, ou seja, tentar se auto justificar.


Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula












sexta-feira, 3 de julho de 2020

DOIS SÍMBOLOS.


Base na Bíblia:  Marcos 14: 22-26 ... Enquanto estavam comendo, Jesus pegou o pão e deu graças a Deus. Depois partiu o pão e o deu aos discípulos, dizendo: Peguem; isto é o meu corpo. Em seguida, pegou o cálice de vinho e agradeceu a Deus. Depois passou o cálice aos discípulos, e todos beberam do vinho. Então Jesus disse: Isto é o meu sangue, que é derramado em favor de muitos, o sangue que garante a aliança feita por Deus com o seu povo. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei  deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus. Então eles cantaram canções de louvor e foram para o monte das Oliveiras...”

E muito se pergunta entre pessoas enquanto estão nas rodas de discussão o que é um símbolo e para que esse símbolo serve e como deve ser usado, período pós período, porém na medida que o conhecimento humano torna-se mais acessível e forma ideias e vai se solidificando entre os seres humanos, mais e mais tudo se tenta explicar, principalmente os fatos do passado, usando-se de todos os elementos seja da química, da física, da geologia, dos astros e de outros meios para justificar na maioria das vezes que o inexplicável ou o sobrenatural de outrora era na essência oriundo dessa origem.

Com esse tipo de pessoas ou agentes trabalhando para continuamente esclarecer o que se chama então de ignorância do conhecimento, passam um a um a se distanciar dos símbolos e muito pior vão além, pois perdem a sua maneira original a essência, para a qual foi efetuada e assim nos tornamos cada vez mais racional e pouco a pouco dependemos menos do instinto e dos demais sentidos do corpo humano.

Sobre a Páscoa escrita e sua origem, pouca referência encontrei enquanto buscando nas bibliotecas virtuais, porém por similaridade encontrei que o ato de sacrificar um animal ou um ser humano tem raízes antigas e na sua maioria são para aplacar a ira ou pedir favor as divindades em que colocavam, os antigos, sua fé; seguindo este pensamento a Páscoa pré-mosaica é marcada pelo medo do exterminador maxehit (o maxehit era qualquer evento ruim passível de acontecer com a família ou o rebanho), pois o ritual tinha algo de "magia" para afugentar os males.

Exemplos de sacrifícios antigos, tem vários nas Escrituras Sagradas, destaco no Livro de Jó de animais e também um no Livro de Gênesis onde encontramos um texto quando Abrão partiu para atender um pedido do Eterno, levando seu filho Isaque, que a princípio seria um sacrifício humano.

Sobre a Páscoa, baseada nas Escrituras Sagradas encontrei que: ‘Os descendentes de Abrão, Isaque e Jacó, tem calendário próprio, os cristãos ortodoxos utilizam o calendário juliano, e os católicos e protestantes utilizam o calendário gregoriano; só por esse dado sabemos que se celebram em datas diferentes.

Resumindo a Pascoa original contida na Bíblia, era de um povo inicialmente nômade, que vivia da vida da pecuária, e que foram morar no Egito e ficou depois de um tempo escravizado e Moisés com Arão a pedido do Eterno preparam a primeira Pesah (passagem) Páscoa, com regras claras e objetivos simbólicos para separarem os que criam dos que não criam; a Páscoa anuncia o fim do medo e consequentemente, a confirmação da confiança em um único Deus.

Durante a jornada no deserto, então de um povo, que formaram uma Nação, mas continuaram sendo um povo/nação nômade, celebrando a Pascoa no deserto. Por isso, a celebração da Páscoa passa a ser prescrita como: Um Páscoa para Javé.

Na terra que mana leite e mel se tornaram sedentários, acrescentando a nova atividade de agricultores e mudaram o ritual, mas não a sua essência, ora com a atividade da Páscoa realizada no Templo, ora não, principalmente depois da queda, com a chegada de outros povos como Assírios, Babilônicos, Persas, Gregos e no tempo de Jesus, os Romanos.

Notem, por favor, como são dois pensamentos Judeu, atual sobre o símbolo da Páscoa:
"O valor supremo que nós destacamos hoje e que mantém a festividade viva, vibrante e com uma mensagem atual, é o valor da liberdade"; e "Mesmo que tenham se passado mais de 3.300 anos da saída do Egito, estamos falando de um valor do qual muitas sociedades carecem hoje", destaca Guershon Kwasniewski. Extrai este texto grifado de uma Reportagem de Moisés Sbardelotto.

No tempo de Jesus, já era parte do ritual da Pascoa Judaica, os símbolos do pão e do vinho, e é sobre este contexto que iniciamos essa pegação que contém o texto que lemos das Sagradas Escrituras.

Jesus está pronto para entrar na conclusão da vontade do Pai, no papel de cordeiro pascal, ou seja, o que seria morto e preparado para trazer a liberdade ao cativo e ao atormentado na prisão, anunciar o Caminho que leva a Vida e que tem autoridade plena para quebrar as cadeias e tirar da escuridão das trevas e apresentar o único caminho estreito para a única Porta igualmente estreita para o pecador.

Durante a Ceia, com certeza, enquanto todos comiam a volta da mesa, esses símbolos agora estão prontos, todos já participaram da ceia, mas nesse momento Jesus, toma o pão e dá Graças a Deus e reparte entre eles e eles comem, dizendo a eles: Este é o meu corpo; semelhantemente também toma o vinho em um cálice e dá Graças a Deus e repassa o cálice e todos bebem, dizendo a eles: Este é o meu sangue, derramado por muitos, que garante a aliança feita por Deus com o seu povo; bem como nesse momento declara diante deles que ansiava por esse dia e que estava dando seu corpo e seu sangue.

Yeshua declara que somente juntos tomarão novamente quando de sua volta, mas como sempre, ninguém o questionava, ou pensava, no por que queriam aquelas palavras dizer e a  que se referiam, pois o Mestre estava diante deles.

Cantaram hinos, todos eles, pois no Livro de Hagadá de Pesah, se mantem até hoje essas tradições e símbolos que ficaram expostos em suas mentes e repassaram a cada novo período de tempo até nossos dias e ao chegar do Dia de sua volta.

E provavelmente, um dos discípulos, não participou dessa parte da ceia, com estes símbolos, pois cantaram e foram para o Monte das Oliveiras e nesse momento com certeza juntos deles, sabemos por outros Evangelistas que lá não estava Judas Iscariotes.

Podemos fazer parte da mesa, porém achamos que somos um, porém, achar nunca foi ter certeza ou convicção de ser um fato, e em algum momento esses símbolos, o pão e o vinho, poderão ser exatamente os que nos mostrarão que estamos vivendo longe, distante em um caminho de horror, apartado de fato do perdão do Criador.


Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula