Base na Bíblia: Marcos 14: 46-52 “... Então eles pegaram
Jesus e o prenderam. Mas um dos que estavam ali tirou a espada, atacou um
empregado do Grande Sacerdote e cortou uma orelha dele. Então Jesus disse para
aquela gente: Vocês vêm com espadas e porretes para me prenderem como se eu fosse
um bandido? Eu estava com vocês todos os dias, ensinando no pátio do Templo, e
vocês não me prenderam. Mas isso está acontecendo para se cumprir o que as Escrituras
Sagradas dizem. Então todos os discípulos abandonaram Jesus e fugiram. Um jovem,
enrolado num lençol, seguia Jesus. Alguns tentaram prendê-lo, mas ele largou o
lençol e fugiu nu...”
Diante das oportunidades,
cada um de nós sempre busca rapidamente a identificar e a usar sempre aquelas
que nos são mais favoráveis e assim agimos naturalmente, adiciono também que muitas
vezes nem nos damos conta do que estamos assumindo, ou trazendo para perto de
nós, pois também existe em cada um de nós, um movimento mecânico, automático e muitas
vezes repetitivo que age no mesmo molde do que aquele que chamamos de reflexo, e esse quando se manifesta em um ser humano, pensamos inclusive que até parece ser involuntário,
porém jamais ocorre sem ter uma razão para ele se apresentar.
Um exemplo que trago para
meditar, é o de nossos gestos faciais diante de uma oportunidade, lembro que nem
sempre a oportunidade é favorável e sim pode ser desfavorável à pessoa que o
recebe e um ato natural humano acaba se esboçando na face de todos, poucos são
os que conseguem omitir, disfarçar, e assim tratar esse assunto (oportunidade) sem
transparecer, permitindo que outros a volta possam rapidamente perceber, mas há
exceções!
Jesus acaba de ser
beijado no rosto, por seu discípulo, que horas antes, foi convidado a sair de
volta da mesa e fazer o que tinha proposto; agora para os 11 (onze) discípulos
sonolentos, a eles ainda pairava a dúvida do real modo do agir de Judas
Iscariotes, porém o beijo era somente um sinal (a oportunidade de fazer de uma
coisa agradável um gesto ruim) e de imediato sobre Jesus recaem diversas
pessoas para o segurarem e o prenderem para impedir sua fuga.
Os discípulos de Jesus,
se não todos, andavam armados, fosse por qualquer razão, com certeza pelo menos
um deles estava naquele instante de posse de uma espada, segundo o Evangelho de
Lucas todos tinham espada e antes de um agir, perguntaram a Jesus se deviam
agir (Lucas 22:49), porém um deles antecipou e a usou, sem esperar resposta
alguma e atingiu um dos que prendiam a Jesus, esse que foi atingido era um funcionário
do Grande Sacerdote daquele ano, um golpe desferido e uma orelha foi cortada.
Ao invés de gerar um
tumulto, como todos esperam, nesse tipo de acontecimento, foi o contrário,
Jesus, Yeshua, o preso, cura o servo (Lucas 22:51), toma a palavra e questiona a
todos que estão armados, o porquê de tamanha necessidade, se todos os dias enquanto
estando em Jerusalém, permanecia no Templo e lá estava Ele a pregar a todos e
todos ali O ouviram.
A oportunidade que o Messias
usou simplesmente calou a boca de todos, pois em seguida cita Ele as Escrituras
Sagradas ratificando que era um comprimento, assim mais uma das profecias, sobre
o Ungido do Senhor estava ocorrendo diante de todos os presentes, em seguida a
isso seus 12(doze) ou 11(onze) discípulos saem correndo e fogem, seguindo os
dizeres de Isaías 53:7.
Sabemos por outro
escritor dos Evangelhos, especificamente em João 18:10, que o corte feito pela espada
foi na orelha direita e o nome dessa pessoa era Malco; e Lucas declara que imediatamente
a curou com um toque, assim fazendo retirou a possibilidade de retaliação contra
seus discípulos, deixando que uma atitude automática de auto preservação, reflexo
ou outro nome que queiram dar ou que venham à suas mentes pudessem interferir
no Plano Redentor.
A autoridade do Filho de
Deus, era inquestionável, quando lemos no Livro de João, os fatos ocorridos durante
este episódio, pois seguindo o Livro de Salmos 27:02, temos uma referência e é possível
entender que caíram por terra (foram derrotados todos poderes terrenos pela
autoridade Celestial de Cristo), Ele usou essa possibilidade.
A autoridade do Filho do
Homem também era inquestionável, pois em Lucas cita que poderia enviar legiões de
anjos para tratar daquele assunto naquela ocasião, mas preferiu manter a
Vontade do Pai, agindo assim Ele deixou de usar essa possibilidade.
Nos dias atuais, muitas
oportunidades surgem, como outrora sem dúvida, porém no presente carregadas de
informação e conhecimento e uma boa parte em tempo quase real, lembremos que no
presente assola os habitantes do Mundo inteiro uma doença oriunda de um vírus chamado
de SARS-CoV-2, e o foco atual está em achar um agente imunizador, uma vacina,
um meio para neutralizar o que se chama de pandemia, assim como no passado
houveram outros e no futuro provavelmente outros acontecerão, e mesmo estando informados,
ainda assim o homem e a mulher humana sentem a sua real fragilidade.
A oportunidade de
Salvação se mantém presente, em ação, desde os primórdios, porém desde a morte
e ressurreição do Messias, Yeshua, Jesus, o Cristo, essa possibilidade tem sido
anunciada a todos, e cada um que a ouve toma a sua pessoal decisão de aceitar e
neste caso reconhecendo a importância de ser resgatado do pecado ou então, simplesmente
adiciona ao seu cérebro, ou a sua mente, ou a sua inteligência mais uma simples
informação de conhecimento geral.
Enfim, podemos se for dentre
as oportunidades da Salvação, termos tomado esta última possibilidade como a nossa
decisão de vida em paralelo se assim agirmos, seremos ou passaremos a viver comparativamente
escrevendo, como o jovem (pois há muitas versões mas nenhum fato de quem era
esse jovem, uns dizem Lazaro, outros um dos discípulos, outros o próprio João
Marcos) que seguiu Jesus envolto em um lençol, pois é um anônimo que deve ter
ouvido o barulho e despertado, e esse por sua vez, provavelmente estava de
passagem em uma hospedaria ou morava perto dali e foi saciar a sua necessidade de
entender o que era tudo aquilo, mas não passou disso, quando tiraram o lençol,
correu nu pois era só o que tinha.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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