sexta-feira, 26 de agosto de 2022

ESTÍMULO AO QUE OUVE.

 

Base na Bíblia: João 19:11-17 “... Jesus respondeu: - O senhor só tem autoridade sobre mim porque ela lhe foi dada por Deus. Por isso aquele que me entregou ao senhor é culpado de um pecado maior. Depois disso Pilatos quis soltar Jesus. Mas a multidão gritou: - Se o senhor soltar esse homem, não é amigo do Imperador! Pois quem diz que é rei é inimigo do Imperador! Quando Pilatos ouviu isso, trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado ‘Calçada de Pedra’. (Em hebraico o nome desse lugar é ‘Gabatá’.) Era quase meio-dia da véspera da Páscoa. Pilatos disse para a multidão: - Aqui está o rei de vocês! Mas eles gritaram: - Mata! Mata! Crucifica! Então Pilatos perguntou: - Querem que eu crucifique o rei de vocês? Mas os chefes dos sacerdotes responderam: - O nosso único rei é o imperador! Então Pilatos entregou Jesus aos soldados para ser crucificado, e eles o levaram. Jesus saiu carregando ele mesmo a cruz para o lugar chamado Calvário. (Em hebraico o nome desse lugar é ‘Golgota’.) ...”

 

“... Yeshua respondeu: ‘Você não teria nenhum poder sobre mim, se este não lhe fosse dado do alto; por isso, quem me entregou a você é culpado de um pecado maior’. Ao ouvir isso, Pilatos procurou encontrar uma forma de libertar Yeshua, mas os habitantes de Y´hudah gritavam: ‘Se você libertar esse homem, significa que não é amigo do imperador’! Quem afirma ser rei se opõe ao imperador’. Ao ouvir o que estavam  falando, Pilatos trouxe Yeshua e se sentou na cadeira de juiz, no lugar chamado o Pavimento (em aramaico, Gabta). Isso aconteceu por volta do meio-dia; era o dia da preparação de Pesach. Pilatos disse aos habitantes de Y´hudad: ‘Eis o rei de vocês!’. Mas eles gritaram: ‘Fora, fora! Executem-no em uma estaca!’. Pilatos lhes disse: ‘Querem que eu execute seu rei em uma estaca?’. Os principais kohanim responderam: ‘Não temos rei além do imperador’. Então Pilatos entregou Yeshua para ser executado na estaca. Os soldados se encarregaram de Yeshua. Levando a própria estaca, ele saiu para o lugar chamado Caveira (em aramaico, Gulgolta). ...”

 

As reações humanas não são padrões exatos, pois cada um reage de uma maneira diversa ao mesmo estímulo recebido, devido a muitos fatores que por sua vez inviabilizam definir o ser humano como uma máquina programável.

No entanto, quando o estímulo é aplicado e este tem o interesse da maioria, existe nessa situação em particular, uma reação idêntica dentro dos seres humanos participantes no mesmo momento, que aos olhos dos leigos parece algo natural do ser humano.

Jesus está sendo julgado pela maior autoridade presente em Jerusalém, por ocasião da Páscoa dos Judeus, e por suas respostas, ocorre algo que sai do padrão natural de qualquer evento dessa natureza.

Pilatos a autoridade maior, ao julgá-lo e confrontar com o que já sabia a respeito dele e o que seus acusadores apontavam, passou a se posicionar contrário a uma sentença condenatória.

Usando de seu prestígio Pilatos buscou alternativa para mostrar aos seus acusadores que Jesus era um homem que deveria ser solto, mas em vão ocorria cada tentativa.

O povo de Judá local ao perceber a manobra do juiz, passou a questionar dele, a sua lealdade para com o Imperador, uma vez que afirmar que Jesus se apresentava como rei, ainda assim nova tentativa foi feita, agora sentando-se no lugar de julgamento e reapresentando-o diante deles, o efeito foi mais uma vez unanime, pois o interesse era um só, assim todos os presentes (com certeza exceto João) ratificavam a morte por estaca.

Pilatos ao ouvir, repetiu o que eles pediam enfatizando, mas o rei é de vocês, a resposta do grupo de sacerdotes, selou o momento, ao claramente diante do juiz e de todos os presentes rejeitaram e declararem abertamente o único reconhecimento deles de sujeição ao imperador.

Jesus é recolhido, quase meio-dia, véspera de Pesach, os soldados romanos tomam conta dele e o incentivam a caminhar levando sua sentença a estaca, ao local definido como o melhor ponto de vista para que todos aqueles que ao entrarem ou ao saírem, tivessem certeza de que o local onde estavam havia punição.

O mesmo estímulo que foi citado a princípio, permanece nas Boas Novas do Evangelho que levou a esse caminho que aos olhos naturais parecia uma simples execução, mas aos olhos da Promessa das Escrituras o único meio para resgatar o ser humano de seu pecado.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula






 






sexta-feira, 19 de agosto de 2022

LIMITE DA AUTORIDADE TERRENA.

 

Base na Bíblia: João 19:03-11 “... Chegavam perto dele e diziam: - Viva o rei dos judeus! E davam bofetadas nele. Aí Pilatos saiu outra vez e disse a multidão: - Escutem! Vou trazer o homem aqui para que vocês saibam que não encontro nenhum motivo para condená-lo! Então Jesus saiu com a coroa de espinhos na cabeça e vestido com a capa vermelha. – Vejam! Aqui está o homem! – disse Pilatos. Quando os chefes dos sacerdotes e os guardas do Templo viram Jesus, começaram a gritar: - Crucifica! Crucifica! – Vocês que o levem e o crucifiquem! Eu não encontro nenhum motivo para condenar esse homem! Repetiu Pilatos. A multidão respondeu: - Nós temos uma Lei, e ela diz que este homem deve morrer porque afirma que é o Filho de Deus. Quando Pilatos ouviu isso, ficou com mais medo ainda. Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus: - De onde você é? Mas Jesus não respondeu nada. Então Pilatos disse: - Você não quer falar comigo? Lembre que eu tenho autoridade tanto para soltá-lo como para mandar crucificá-lo.  Jesus respondeu: - O senhor só tem autoridade sobre mim porque ela lhe foi dada por Deus. Por isso aquele que me entregou ao senhor é culpado de um pecado maior. ...”

 

“... e, chegando-se a ele, diziam repentinamente: ‘Viva, ‘rei dos judeus’!’, e lhe batiam no rosto. Pilatos saiu mais uma vez e disse à multidão: ‘Vejam, eu o estou trazendo a vocês, para que entendam que não acho nenhuma acusação contra ele’. Então Yeshua veio para fora, usando a coroa de espinhos e a capa de púrpura. Pilatos lhes disse: ‘Olhem para o homem!’. Quando os principais kohanim e os guardas do templo o viram, gritaram: ‘Execute-o em uma estaca! Execute-o em uma estaca!”, mas Pilatos respondeu: ‘Levem-no e o condenem à morte na estaca, porque não encontro nenhuma acusação contra ele’. Os habitantes de Y´hudah insistiram: ‘Temos uma lei e, de acordo com essa lei, ele deve morrer, porque se declarou Filho de Deus’. Ao ouvir isso, Pilatos ficou mais amedrontado. Voltou ao quartel-general e perguntou a Yeshua: ‘De onde você é?’. Yeshua não lhe respondeu. Então disse Pilatos: ‘Você se nega a falar comigo? Não entende que tenho poder para libertá-lo e para executá-lo em uma estaca?’. Yeshua respondeu: ‘Você não teria nenhum poder sobre mim, se este não lhe fosse dado do alto; por isso, quem me entregou a você é culpado de um pecado maior’. ...”

 

Autoridade terrena é uma competência que é outorgada a quem é escolhido, ou elegível, seja por qual tipo de critério for, e esse sempre será separado entre um dos reconhecidos que estavam dentro de um grupo de pessoas, o qual lhe caberão direitos e deveres, uma vez assumida a responsabilidade dessa competência que lhe é atribuída, cabendo, por fim, a essa pessoa estar dentro (compatibilizado) dos critérios previamente pré estabelecidos.

O Ungido do Senhor fez o que entenderíamos como o caminho inverso, quanto a autoridade, pois de despiu de sua autoridade e veio a ser encontrado na forma de homem, para cumprir inteiramente toda a vontade do Pai, a qual já estava definida desde antes da fundação do Mundo.

O representante do Pai, anunciado por João, o Batista, levando entre o povo, dia a dia, o milagre, a cura, a libertação, o perdão, ensinando, apresentando o Ano aceitável do Senhor e falando sempre com autoridade; e está sendo julgado por anunciar a verdade em lugares onde todos eram convidados a ouvir e receber suas palavras (templo, sinagoga, praças, locais a beira mar, montanhas, desertos, ...), ou seja, nada havia de impedimento, que se tornasse uma prática ilegal.

Zelava pelo Templo, denunciando e impedindo ações que violavam as Escrituras Sagradas em seus estatutos e práticas de condutas definidas desde os tempos em que Moisés apresentou ao povo que acabará de sair do Egito os Mandamentos e as Leis, e seus estatutos e suas ordenanças.

Porém, havia contido dentro do povo, um determinado grupo de insatisfeitos, os quais por serem conhecidos como os zeladores da lei e dos costumes, o acompanhava (as vezes de perto as vezes a distância) sempre buscando ocasião para denunciar qualquer ato de violação; sem sucesso.

Usando da ilegalidade em sua autoridade, esses prenderam, interrogaram e levaram ao governador romano que pediu a razão legitima e não tendo, também o interrogou em sua autoridade e assim definiu um açoite prévio, sem uma sentença, pois como sendo a autoridade máxima do lugar, deveria saber pelos seus funcionários quem era o acusado e quanto de perigo poderia esse representar ao Estado Romano.

Expos Jesus diante do povo, após o açoite e antecipou que nada havia que justificasse algum delito; os chefes dos sacerdotes presentes e os guarda do templo presentes ao serem convidado a ver o homem em situação humilhante e escarnecido pelos guardas, passam a gritar para que o Governador o executasse em uma estaca, esse por sua vez optou por devolvê-lo a eles, para que eles assim o fizessem por conta própria.

Agora pelo texto todo o povo de Jerusalém local, declara enfim uma razão, citando palavras que o Messias dissera (afirmou ou declarou) que eram contrárias na interpretação deles a lei.

Pilatos se incomodou com essa afirmação deles, e agora leva para dentro Jesus e o interroga novamente, quanto a sua origem, o silêncio de Jesus, traz a Pilatos o direito de apresentar seu auto cargo e prestígio para mandar e desmandar.

Jesus afirma a ele que sua autoridade veio de cima (do alto) só por isso ele a teria, mas o pecado de quem o entregou para ele ser julgado pelo governador era maior.

A autoridade do Criador estava se cumprindo e o Filho estava declarando somente o que o Pai lhe enviara a fazer e agora Poncio Pilatos sabe que a verdade está diante dele e sua autoridade de fato sempre foi limitada; assim se mantém a humanidade a qual é confrontada com a Verdade do Evangelho dia a dia e cada uma das ovelhas que ouvem a sua voz, buscam seguir o único que tem poder legitimo como declarou Jesus: ‘Digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo, e depois disso nada mais podem fazer. Mas eu vos mostrarei a quem é que deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.’

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula






 






sexta-feira, 12 de agosto de 2022

A VERDADE NOS EVANGELHOS.

 

Base na Bíblia: João 18:37-40 a João 19:01-03 “... – Então você é rei? – perguntou Pilatos. – É o senhor que está dizendo que eu sou rei! – respondeu Jesus. – Foi para falar a verdade que eu nasci e vim ao mundo. Quem está do lado da verdade ouve a minha voz. – O que é a verdade? – perguntou Pilatos. Depois de dizer isso, Pilatos saiu outra vez para falar com a multidão e disse: - Não vejo nenhum motivo para condenar este homem. Mas, de acordo com o costume de vocês, eu sempre solto um prisioneiro na ocasião da Páscoa. Vocês querem que eu solte para vocês o rei dos judeus? Todos começaram a gritar: - Não, ele não! Nós queremos que solte Barrabás! Acontece que esse Barrabás era um criminoso. Aí Pilatos mandou chicotear Jesus. Depois os soldados fizeram uma coroa de ramos cheios de espinhos, e a puseram na cabeça dele, e o vestiram com uma capa vermelha. Chegavam perto dele e diziam: - Viva o rei dos judeus! E davam bofetadas nele. ...”

 

“... ‘Então você é rei!’, disse Pilatos. Yeshua respondeu: ‘Você diz que sou rei. De fato, a razão do meu nascimento e da minha vinda ao mundo é testemunhar a verdade, Quem pertence à verdade me ouve’. Pilatos lhe respondeu: ‘Que é a verdade?’. Tendo dito isso, saiu novamente para onde estavam os moradores de Y’hudah e disse: ‘Não encontro nada contra ele. Entretanto, vocês têm o costume de libertar um prisioneiro por ocasião de Pesach. Querem que eu solte ‘o rei dos judeus’?’. Eles gritavam em resposta: ‘Não esse homem! Queremos Bar-Abba!’. (Ora, Bar-Abba era um bandido.) Então Pilatos mandou açoitar Yeshua. Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a puseram na cabeça dele, vestiram-no com uma capa de púrpura, e, chegando-se a ele, diziam repentinamente: ‘Viva, ‘rei dos judeus’!’, e lhe batiam no rosto. ...”

 

Mesmo quando vivemos acontecimentos que nos deixam sem ação de continuidade, ou ainda sem resposta devido a ferocidade dos acontecimentos ou ainda por aqueles atos gerados por outras pessoas sobre nós, para muitos pode parecer o fim, porém, em um primeiro momento pode ser até que a mente admita que a saída acabou, porém se manter vivo e reconhecer o momento em que se está vivendo, leva a uma possibilidade que deixamos de aceitar como real e necessária para o momento do ocorrido, porém necessária.

Uma proposta de vida foi elaborada no reino dos céus, desde antes da criação, e iniciada com a queda do primeiro homem, Adão, pois as palavras do Eterno foram: ‘Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.’

Neste Jardim dentre os frutos liberados, havia também o da árvore da vida, mas a partir da primeira decisão contrária do homem, o Eterno o lançou para fora do jardim do Éden, pelas razões que iniciei citando.

Dias, semanas, meses, anos, séculos, foram acontecendo e em cada um deles o homem sempre buscou o melhor para manter-se vivo sobre a face da terra, buscando opções e mais melhorias que foram surgindo e o ser humano sempre se postou apto a perseguir avanços durante a sua permanência sobre a face da terra.

Pelas Escrituras Sagradas temos contido de uma maneira objetiva a maioria desses passos e em seus escritos sabemos que passa o tempo presente e chega a um outro nível, no qual o homem e mulher nem conseguem imaginar, mas pelo ser humano a busca pelo Criador passou a cada novo período de tempo a ser uma ação secundária, dentre muitas outras que o dia a dia (cotidiano) cobra ou exige de cada cidadão.

Jesus está perante um governante do Império Romano, o qual para chegar ao seu auto posto, como de costume, todos que almejavam tinham que se submeter a regra imposta para o cargo e assim a Palavra Verdade tinha em sua mente, lógica e raciocínio uma definição mais filosófica do que literal para o seu dia a dia.

Pilatos tenta trazer a afirmação nas palavras de Jesus de que ele é realmente rei dos judeus, ou rei, mas Jesus admoesta, precisando que quem afirma é o governador e que ele veio trazer a verdade e todos que ouvem e aceitam a verdade o ouvem, esses são seus súditos de fato.

A dúvida de Pilatos que está no seu interior, vem à tona, e olhando para Jesus, o interroga: O que é a Verdade; porém ele como todos os cidadãos de todos os tempos de todas as nações de todos os povos, desde o primeiro homem, aloja dentro de si, a convicção do status primário para alicerçar cada pessoa, em seus atos, em suas ações e em sua contribuição para o bem estar pessoal e de seu próximo.

Jesus, o réu nem precisou responder, e o Governador foi para fora e declarou aos presentes que nada havia que o condenasse, mas o jogo político da simpatia comprada, para obter seus intentos, foi usada no sentido de propor uma solução para agradar os lados da oposição ao réu.

A resposta foi clara dos presentes judeus, inclusive citando o nome de quem queriam, e o pedido foi direto na escolha entre o que fala a verdade e entre um bandido confesso, o voto de escolha recaiu para a libertação do criminoso ou bandido.

Agora a lei do fazer o que lhe é comum ocorre, Pilatos no uso de sua autoridade libera o preso (ainda não sentenciado) a um açoite pelos guardas romanos, acrescente neste momento a criatividade e sai do nada também uma coroa, feita com espinhos, a qual lhe é devidamente colocada e uma túnica purpura lhe é concedida e uma honraria falsa ocorre seguida de uma agressão em seu rosto.

A verdade nos Evangelhos traz a certeza de que a verdade esquecida pela humanidade, desde os dias de Adão, foi revelada no Ungido, o Messias enviado para falar o que o Pai definiu como o único meio para resgatar o homem de sua vã maneira de viver, porém a “cegueira dos ouvidos” e a “surdez dos olhos” deixaram e deixam e vão continuar a acontecer até o dia da volta do Senhor, da mesma maneira como ocorrido no primeiro homem: ‘Mas chamou o Senhor Deus ao homem, e perguntou-lhe: Onde estás? Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tiver medo, porque estava nu; e escondi-me.”.

Lembram da árvore da vida? No tempo certo, a Verdade veio e se apresentou, declarando: “Eu sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim.”.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 5 de agosto de 2022

UMA SIMPLES APRESENTAÇÃO.

 

Base na Bíblia: João 18:27-37 “... E outra vez Pedro disse que não, E no mesmo instante o galo cantou. Depois levaram Jesus da casa de Caifás para o palácio do Governador romano. Já era de manhã cedo. Os líderes judeus não entraram no palácio porque queriam continuar puros, conforme a religião deles; pois só assim poderiam comer o jantar da Páscoa. Então o governador Pilatos saiu, foi encontrar-se com eles e perguntou: - Que acusação vocês têm contra este homem? Eles responderam: - O senhor acha que nós lhe entregaríamos este homem se ele não tivesse cometido algum crime? Pilatos disse: - Levem este homem e o julguem vocês mesmos, de acordo com a lei de vocês. Então eles responderam: Nós não temos o direito de matar ninguém. Isso aconteceu assim para que se cumprisse o que Jesus tinha dito quando falou a respeito de como ia morrer. Pilatos tornou a entrar no palácio, chamou Jesus e perguntou: - Você é o rei dos judeus? Jesus respondeu: - Esta pergunta é do senhor mesmo ou foram outras pessoas que lhe disseram isso a meu respeito? – Por acaso eu sou judeu? – disse Pilatos. – A sua própria gente e os chefes dos sacerdotes é que o entregaram a mim. O que foi que você fez? Jesus respondeu: - O meu Reino não é deste mundo! Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus seguidores lutariam para não deixar que eu fosse entregue aos líderes judeus. Mas o fato é que o meu Reino não é deste mundo! – Então você é rei? – perguntou Pilatos. – É o senhor que está dizendo que eu sou rei! – respondeu Jesus. – Foi para falar a verdade que eu nasci e vim ao mundo. Quem está do lado da verdade ouve a minha voz. ...”

 

“... Então Kefa negou mais uma vez, e no mesmo instante um galo cantou. Eles levaram Yeshua da casa de Kayafa para o quartel-general do governador. Já era manhã. Eles não entraram no prédio porque não desejavam se tornar ritualmente impuros, pois queriam comer a refeição de Pesach. Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse: ‘Que acusação vocês têm contra este homem?’. Eles responderam: ‘Se ele não tivesse feito nada errado, não o teríamos trazido’. Pilatos lhes disse: ‘Levem-no e o julguem conforme a lei de vocês’. Os moradores de Y’hudah replicaram: ’Mas nós não temos o direito legal de executar ninguém’. Isso aconteceu para cumprir as palavras ditas por Yeshua, indicando a espécie de morte que estava para sofrer. Pilatos então voltou para o quartel-general, chamou Yeshua e lhe disse: ‘Você é o rei dos judeus?’. Yeshua respondeu: ‘Você pergunta isso por si mesmo, ou outras pessoas lhe falaram a meu respeito?’. Pilatos respondeu: ‘Eu sou judeu? Sua nação e os principais kohanim o entregaram a mim. Que você fez?’. Yeshua respondeu: ‘Meu reino não deriva sua autoridade da ordem de coisas deste mundo. Se fosse, meus homens lutariam para impedir que fosse preso pelos habitantes de Y’hudah. Mas meu reino não é daqui’. ‘Então você é rei!’, disse Pilatos. Yeshua respondeu: ‘Você diz que sou rei. De fato, a razão do meu nascimento e da minha vinda ao mundo é testemunhar a verdade, Quem pertence à verdade me ouve’. ...”

 

Todo diálogo segue um princípio para todos os seres humanos, onde sempre a o agente receptor e o agente locutor e entre esses a comunicação que busca interagir os dois pontos.

Parece simples e natural esse comportamento, porém ao longo dos séculos, sabemos pelos registros deixados históricos os efeitos que levaram os seres humanos a se submeter.

Pode parecer desnecessário mencionar, mas muitos foram extremamente benéficos para auxiliar o ser humano em sua qualidade de vida, porém é importante ressaltar que nem todos.

O Filho do homem é levado amarrado ao pretório, diante de um gentio, o povo que já foi insuflado junto com as autoridades judaicas e religiosos o levam, porém para cada um por si dos judeus, manter o conceito de pureza, optam por não entrar em um local gentio, e assim poderem se sentirem aptos a participar do Pesach.

Um diálogo acontece entre o governador romano Pilatos, ao ir para fora e conversar com os judeus, em sua fala fica a certeza de que, ele aceita ser o juiz do caso e pede a acusação.

A acusação simplesmente se limita a questionar a lealdade pessoal deles para com Roma, uma vez que se trouxeram um homem para julgar é porque havia razões claras, que o colocavam como réu.

As falas devem ter se estendido e João, o escritor, as resumiu, com a fala do governante para que peguem o homem e o julguem com base em suas leis judaicas, pois se gabavam  de ter as leis recebidas do próprio Criador, mas a resposta é imediata, ainda que o fizessem Roma estava acima.

Para um romano nada havia que interferissem com os negócios e assuntos de Roma naquele local, nesse homem, porém para se cumprir as Palavras do Messias e o atender das vontade do Pai, a pergunta elaborada por Pilatos, merece e recebe uma primeira avaliação de Jesus.

Ele responde: Suas palavras vindas de um gentio, nasceram de sua pesquisa pessoal ou foram formadas por seus conselheiros e pelo diálogo que teve com o povo judeu?

Pilatos, que tinha tudo para o inocentar, agora o trata como causador de atos que levaram seu povo judeu com as suas autoridades a buscarem sua acusação e sentença, ele foi envolvido, retirado de sua zona de conforto e nada tinha a ver com essa gestão, e complementa a Jesus: O que você fez?

Jesus conclui a resposta, pois havia uma pergunta direta a sua pessoa, porém só respondeu o que ratificava suas ações lastreadas no agir da vontade de quem o Enviou, onde se o reino fosse local, haveria seguidores que o defenderiam para o poupar de cair nas mãos dos judeus (a quem foi chamado por Pilatos de rei), uma vez que em todas as tomadas de poder sempre existem os insatisfeitos com o governo presente.

Seu reino ficou claro não era terreno, porém espiritual, ao que Pilatos ratifica: Então és rei!

Diálogo segue diálogo para uma simples apresentação, onde o Eterno estava cumprindo a vontade do Criador para enfim reconciliar a criatura com o seu Criador, mas nada interferia com a gestão governamental de Roma, mas os cuidados da política da boa vizinhança, ou protocolos, estavam sendo desenroladas nos bastidores (em paralelo) simultaneamente para o equilíbrio protocolar entre império e seus subjugados.

O Messias ratifica que veio enviado segundo as Escrituras Sagradas nos Salmos, Profetas e Livros históricos que assim narravam e o seu cumprimento a todos o testemunhar a verdade, e mais uma vez ratifica sobre seu reino ao declarar que os que o seguem são os que pertencem a verdade.

A cada dia uma simples apresentação bate a porta de cada ser humano, testemunhando a verdade para que todos possam ser informados ou atualizados ou reciclados na existência do reino dos Céus, e uma vez informados por essa apresentação, tenham a legitimidade de reconhecer que o pecado é o inimigo que só é vencido pelo sacrifício do Cordeiro Pascal, para poder assim entrar no arrependimento e reconhecimento do Salvador, como uma nova criatura, para se reconciliar com o Pai.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula