Base na Bíblia: João 18:37-40 a João 19:01-03
“... – Então você é rei? – perguntou Pilatos. –
É o senhor que está dizendo que eu sou rei! – respondeu Jesus. – Foi para falar
a verdade que eu nasci e vim ao mundo. Quem está do lado da verdade ouve a
minha voz. – O que é a verdade? – perguntou Pilatos. Depois de dizer isso,
Pilatos saiu outra vez para falar com a multidão e disse: - Não vejo nenhum
motivo para condenar este homem. Mas, de acordo com o costume de vocês, eu
sempre solto um prisioneiro na ocasião da Páscoa. Vocês querem que eu solte
para vocês o rei dos judeus? Todos começaram a gritar: - Não, ele não! Nós
queremos que solte Barrabás! Acontece que esse Barrabás era um criminoso. Aí
Pilatos mandou chicotear Jesus. Depois os soldados fizeram uma coroa de ramos
cheios de espinhos, e a puseram na cabeça dele, e o vestiram com uma capa vermelha.
Chegavam perto dele e diziam: - Viva o rei dos judeus! E davam bofetadas nele. ...”
“... ‘Então
você é rei!’, disse Pilatos. Yeshua respondeu: ‘Você diz que sou rei. De fato,
a razão do meu nascimento e da minha vinda ao mundo é testemunhar a verdade,
Quem pertence à verdade me ouve’. Pilatos lhe respondeu: ‘Que é a verdade?’.
Tendo dito isso, saiu novamente para onde estavam os moradores de Y’hudah e
disse: ‘Não encontro nada contra ele. Entretanto, vocês têm o costume de
libertar um prisioneiro por ocasião de Pesach. Querem que eu solte ‘o rei dos
judeus’?’. Eles gritavam em resposta: ‘Não esse homem! Queremos Bar-Abba!’.
(Ora, Bar-Abba era um bandido.) Então Pilatos mandou açoitar Yeshua. Os
soldados teceram uma coroa de espinhos e a puseram na cabeça dele, vestiram-no
com uma capa de púrpura, e, chegando-se a ele, diziam repentinamente: ‘Viva,
‘rei dos judeus’!’, e lhe batiam no rosto. ...”
Mesmo quando vivemos acontecimentos que nos deixam
sem ação de continuidade, ou ainda sem resposta devido a ferocidade dos
acontecimentos ou ainda por aqueles atos gerados por outras pessoas sobre nós, para
muitos pode parecer o fim, porém, em um primeiro momento pode ser até que a
mente admita que a saída acabou, porém se manter vivo e reconhecer o momento em
que se está vivendo, leva a uma possibilidade que deixamos de aceitar como real
e necessária para o momento do ocorrido, porém necessária.
Uma proposta de vida foi elaborada no reino dos
céus, desde antes da criação, e iniciada com a queda do primeiro homem, Adão, pois
as palavras do Eterno foram: ‘Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda
árvore do jardim podes comer livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e
do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente
morrerás.’
Neste Jardim dentre os frutos liberados, havia também
o da árvore da vida, mas a partir da primeira decisão contrária do homem, o Eterno
o lançou para fora do jardim do Éden, pelas razões que iniciei citando.
Dias, semanas, meses, anos, séculos, foram
acontecendo e em cada um deles o homem sempre buscou o melhor para manter-se
vivo sobre a face da terra, buscando opções e mais melhorias que foram surgindo
e o ser humano sempre se postou apto a perseguir avanços durante a sua permanência
sobre a face da terra.
Pelas Escrituras Sagradas temos contido de uma
maneira objetiva a maioria desses passos e em seus escritos sabemos que passa o
tempo presente e chega a um outro nível, no qual o homem e mulher nem conseguem
imaginar, mas pelo ser humano a busca pelo Criador passou a cada novo período de
tempo a ser uma ação secundária, dentre muitas outras que o dia a dia (cotidiano)
cobra ou exige de cada cidadão.
Jesus está perante um governante do Império Romano, o
qual para chegar ao seu auto posto, como de costume, todos que almejavam tinham
que se submeter a regra imposta para o cargo e assim a Palavra Verdade tinha em
sua mente, lógica e raciocínio uma definição mais filosófica do que literal
para o seu dia a dia.
Pilatos tenta trazer a afirmação nas palavras de
Jesus de que ele é realmente rei dos judeus, ou rei, mas Jesus admoesta, precisando
que quem afirma é o governador e que ele veio trazer a verdade e todos que ouvem
e aceitam a verdade o ouvem, esses são seus súditos de fato.
A dúvida de Pilatos que está no seu interior, vem à
tona, e olhando para Jesus, o interroga: O que é a Verdade; porém ele como
todos os cidadãos de todos os tempos de todas as nações de todos os povos,
desde o primeiro homem, aloja dentro de si, a convicção do status primário para
alicerçar cada pessoa, em seus atos, em suas ações e em sua contribuição para o
bem estar pessoal e de seu próximo.
Jesus, o réu nem precisou responder, e o Governador
foi para fora e declarou aos presentes que nada havia que o condenasse, mas o jogo
político da simpatia comprada, para obter seus intentos, foi usada no sentido
de propor uma solução para agradar os lados da oposição ao réu.
A resposta foi clara dos presentes judeus, inclusive
citando o nome de quem queriam, e o pedido foi direto na escolha entre o que
fala a verdade e entre um bandido confesso, o voto de escolha recaiu para a
libertação do criminoso ou bandido.
Agora a lei do fazer o que lhe é comum ocorre,
Pilatos no uso de sua autoridade libera o preso (ainda não sentenciado) a um
açoite pelos guardas romanos, acrescente neste momento a criatividade e sai do
nada também uma coroa, feita com espinhos, a qual lhe é devidamente colocada e
uma túnica purpura lhe é concedida e uma honraria falsa ocorre seguida de uma
agressão em seu rosto.
A verdade nos Evangelhos traz a certeza de que a
verdade esquecida pela humanidade, desde os dias de Adão, foi revelada no Ungido,
o Messias enviado para falar o que o Pai definiu como o único meio para resgatar
o homem de sua vã maneira de viver, porém a “cegueira dos ouvidos” e a “surdez
dos olhos” deixaram e deixam e vão continuar a acontecer até o dia da volta do
Senhor, da mesma maneira como ocorrido no primeiro homem: ‘Mas chamou o Senhor
Deus ao homem, e perguntou-lhe: Onde estás? Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz
no jardim e tiver medo, porque estava nu; e escondi-me.”.
Lembram da árvore da vida? No tempo certo, a Verdade
veio e se apresentou, declarando: “Eu sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida,
ninguém vem ao Pai, senão por mim.”.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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