sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

VOLTANDO PARA O MESTRE.

 

Base na Bíblia: João 04: 27-35 “... Naquele momento chegaram os seus discípulos e ficaram admirados, pois ele estava conversando com uma mulher. Mas nenhum deles perguntou à mulher o que ele queria. E também não perguntaram a Jesus por que motivos ele estava falando com ela. Em seguida, a mulher deixou ali o seu pote, voltou até a cidade e disse a todas as pessoas: Venham ver o homem que disse tudo o que tenho feito. Será que ele é o Messias? Muitas pessoas saíram da cidade e foram para o lugar onde Jesus estava. Enquanto isso, os discípulos pediam a Jesus: Mestre coma alguma coisa! Jesus respondeu Eu tenho para comer uma comida que vocês não conhecem. Então os discípulos começaram a perguntar uns aos outros: Será que alguém já trouxe comida para ele? A minha comida disse Jesus é fazer a vontade daquele que me enviou e terminar o trabalho que ele me deu para fazer. Vocês costumam dizer: ‘Daqui a quatro meses teremos a colheita’. Mas olhem e vejam bem os campos: o que foi plantado já está maduro e pronto para a colheita. ...”

 

“... Naquele momento, os talmidim chegaram. Eles ficaram admirados por Yeshua estar conversando com uma mulher, mas ninguém lhe disse: ‘Que você quer?, ou ‘Por que você está falando com ela?’. Então a mulher deixou o jarro, voltou à cidade e disse às pessoas de lá: ‘Venham, vejam um homem que me disse tudo o que já fiz. Será que ele não é o Messias?’. Então saíram da cidade e partiram ao encontro dele. Enquanto isso, os talmidim insistiam com Yeshua: ‘Rabbi, coma alguma coisa’. Mas ele respondeu: ‘Tenho um alimento para comer que vocês não conhecem’. Então os talmidim perguntaram entre si: ‘Será que alguém lhe trouxe comida?’. Yeshua lhes disse: ‘Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir sua obra. Vocês não dizem: ‘Daqui a quatro meses, haverá colheita’? Bem, o que lhes digo é: abram os olhos e olhem para os campos! Eles estão maduros para a colheita! ...”

 

Os discípulos que foram em grupo, provavelmente de doze, e talvez mais alguns acompanhantes, agora regressam ao Mestre (voltam para o Mestre), eles estão vindo de sua ida a Cidade para comprarem comida e voltam seguros entre si, porém de imediato, ao chegarem perto, notam algo diferente acontecendo diante de seus olhos.

Um judeu conversando naturalmente com um samaritano já seria algo inédito, mas com uma senhora mulher, mais confuso ainda ficaram, porém por serem discípulos se limitaram a ver a cena e mesmo com perguntas em suas mentes decidiram não questionar nem ao Mestre nem a mulher e pouco depois de eles (Jesus e a samaritana) se falarem, a mulher deixa sua ferramenta de trabalho (o pote) e sai de diante da presença de Jesus e de seus discípulos e some de suas vistas.

A parábola denominada de “O filho pródigo”, narra muito bem essa conduta de um filho que resolve sair da presença de seu anfitrião (o pai) e percorrer só sua jornada de vida, na narrativa encontramos bons e maus momentos acontecendo em sua exploração pessoal, mas no desfecho encontramos um filho que retorna e este está resoluto a abdicar de seu direito (que já havia aberto mão, ao pedir sua parte da herança) de filho, para ser tratado como um servente na casa de seu pai.

Muitas pessoas durante sua vida, trazem em sua memória ensinos de seus tutores, que lhes delegaram valores e agregaram caráter em suas condutas de vida e quando não o é possível estar com eles fisicamente, trazem a memória seus ensinos de mestres, para poderem decidir sobre inumeras questões e assim tomarem suas decisões pessoais, isso acontece muito na cultura do oriente, mas também é possível encontrar no ocidente está pratica também de vida.

A mulher chega a cidade e vai a algum ponto, seja praça, ou local de encontro dos cidadãos daquela localidade e começa a anunciar a todos que encontrou uma pessoa que falou tudo o que ela era e os convoca para irem ver se aquele não seria o Messias que todos esperavam; muitos atendem a sua convocação e seguem para onde ela estava.

Os discípulos por sua vez, agora estão ao lado de seu Mestre e como zelosos por ele, estão convidando Yeshua para comer, o que trouxeram, mas sem sucesso, e passam então entre si a se questionarem se alguém lhe havia alimentado enquanto eles estavam fora.

Jesus se volta a eles e declara que a comida que tem para comer está em primeiro lugar em fazer a vontade daquele que o enviou e terminar o trabalho que começou.

Em nossa cultura de consumo nos dias de hoje, seria uma das maneiras de ferir o regimento do trabalho, pois todos tem o direito a uma refeição ou pausa, assim durante a jornada do trabalho será sempre obrigatório definir uma pausa e somente depois retornar as atividades, mas para a cultura da época e oriental em primeiro lugar vem o servir que está além do sacrificar, resumidamente seria: entregar concluído o que lhe foi solicitado.

As palavras de Jesus menciona a eles sobre um ditado popular usado entre eles mesmos, o qual mencionava que em quatro meses viria a colheita, da data em que estavam, agora ele pede para que eles olhem o campo e percebam que já estão os frutos prontos para a colheita (cereal ou fruto) sim já estão maduros para colher.

A volta dos discípulos para o Mestre traz um ensino que ampliou a eles, o modo de avaliarem as circunstâncias a sua volta, e por que quem sabem não seria o fato de Jesus estar apontando para a multidão que estavam vindo em suas direções, chamados pela senhora mulher samaritana, pois ela tinha também voltado ao Senhor.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

O PASSO SEGUINTE.

 

Base na Bíblia: João 04: 15-26 “... Então a mulher lhe pediu: Por favor, me dê dessa água! Assim eu nunca mais terei sede e não precisarei mais vir aqui buscar água. - Vá chamar o seu marido e volte aqui! – ordenou Jesus. – Eu não tenho marido! – respondeu a mulher. Então Jesus disse: - Você está certa ao dizer que não tem marido, pois já teve cinco, e este que você tem agora não é, de fato, seu marido. Sim, você falou a verdade. A mulher lhe respondeu: - Agora eu sei que o senhor é um profeta! Os nossos antepassados adoravam a Deus neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o lugar onde devemos adorá-lo. Jesus disse: - Mulher, creia no que eu digo: chegará o tempo em que ninguém vai adorar a Deus nem neste monte nem em Jerusalém. Vocês samaritanos, não sabem o que adoram, mas nós sabemos o que adoramos porque a salvação vem dos judeus. Mas virá o tempo, e, de fato, já chegou, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e em verdade. Pois são esses que o Pai quer que o adorem. Deus é espírito, e por isso os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade. A mulher respondeu: - Eu sei que o Messias, chamado Cristo, tem de vir. E, quando ele vier, vai explicar tudo para nós. Então Jesus afirmou: - Pois eu, que estou falando com você, sou o Messias. ...”

 

“... ‘Senhor, dê-me dessa água’, a mulher lhe disse, ‘para que eu não tenha mais sede, nem precise voltar aqui para tirar água’. Ele lhe disse ‘Vá, chame seu marido e volte’. Ela respondeu: ‘Não tenho marido’. Yeshua lhe disse: ‘Você está certa, porque não tem marido! No passado, você teve cinco maridos e não está casada com o homem com quem vive agora! Você disse a verdade!. ’Senhor, posso ver que é um profeta’, a mulher respondeu. Nossos pais adoraram nesta montanha, mas vocês dizem que o lugar onde se deve adorar é Yerushalayim’. Yeshua disse: ‘Senhora, creia em mim, está chegando o tempo em que vocês não adorarão o Pai nem nesta montanha nem em Yerushalayim. Vocês não sabem o que adoram; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas está chegando o tempo – e de fato é agora ´em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai de forma espiritual e verdadeira, porque esse é o tipo de gente que o Pai deseja que o adore. Deus é espírito; os adoradores devem adorá-lo de forma espiritual e verdadeira’. A mulher respondeu: ‘Sei que o Mashiach está vindo’ (isto é, ‘o ungido’). ‘Quando vier, nos dirá tudo’. Yeshua disse a ela: ‘Eu, a pessoa que fala com você, o sou’. ...”

 

Quantas pessoas sempre se mostram disponíveis para ajudar a terceiros, uns pela remuneração outros pela amizade, outros por satisfação pessoal (própria), mas também há os que o fazem por divida ou por obrigação, porém somente uma parte dos que se dispõem a ajudar completam o serviço.

Em grande parte, das desistências está a incidência da rotina repetitiva que vai cansando aquele que se dispõe a executar o serviço, outros por verem outros a sua volta desistirem, outros por não se acharem aptos a tarefa e por ai caminha uma inumerável quantidade de motivos para deixar de fazer o que se propuseram.

Evidentemente que todos tem conhecimento do que se dispõe a fazer, porém cada um segue conforme as circunstância ao redor de si e vão se moldando, por esta razão quando o assunto é Salvação, temos um versículo nas Escrituras Sagradas que declaram: ‘Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos’.

A senhora mulher samaritana, ouve atentamente o judeu sentado a beira do poço e agora ela está pedindo para receber dessa água que ele está oferecendo a quem a pedir, e ela igualmente cita suas razões pessoais para aceitar querer receber desta água da vida.

Em outra passagem das Escrituras, Jesus menciona sobre um Pai que pede ajuda a seus filhos na vinha: Ambos ouvem o pedido, o mais velho diz sim, mas não foi e o mais novo diz Não quero, mas depois, se arrependendo vai e faz o serviço; qual desses dois fez a vontade do Pai, essa é a pergunta do Messias.

Essa mulher, entendeu que ela era de uma cultura onde a presença do homem era importante, mas diante de sua pergunta, declarou ela que não podia atender a ordem do homem sentado a boca do poço de Sicar.

Um momento, poucos passos para receber o que pedia, porém agora ela fracassa, e Jesus, declara sua história de vida, ainda que muitos a rotulem com certos títulos, nada está registrado sobre o motivo de sua conduta, uma vez que um samaritano conhecia a lei da sucessão como o judeu.

Por dizer a verdade, diante da Verdade, ela reconhece que o homem sentado era um Profeta e declara seu conhecimento pessoal sobre a arte da adoração ao Senhor, a qual se tornara diferente entre eles, sim pela divisão histórica, Samaria com 10 (dez) tribos tinha seu lugar de adoração, desde a separação das 12 (doze) tribos, diferente daqueles das 2 (duas) tribos que permaneceram na Judéia com sede em Jerusalém e depois da queda de ambas, ainda assim mais forte ficou essa diferenciação do local de adoração, em especial para os que viviam na região da Samaria.

Jesus apresenta o passo seguinte, ao responder a essa senhora mulher samaritana, com suas palavras, declarando algo impensável aos judeus e a todos os povos, línguas e nações, que se faria presente com o advento do Messias, quanto a Adoração ao Pai.

Ela também conhecia a profecia do Messias, o ungido e o ensino que esse traria ao mundo, quando viesse e disso ela faz menção, notem que desde o primeiro dialogo entre eles o serviço (o ato de ajudar) está sempre acontecendo levando de dialogo a dialogo até o passo seguinte e nesse momento Yeshua se faz apresentar a ela.

As Boas Novas permanecem no passo seguinte definido por Jesus, mencionado após sua morte e ressurreição e antes de sua Ascenção aos céus, assim a cada homem, mulher e criança são anunciados e apresentado o meio para a água da vida eterna, mas, Jesus também menciona: ‘Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus.’

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

NOSSAS PERGUNTAS SINCERAS.

 

Base na Bíblia: João 04: 07-14 “... Uma mulher samaritana veio tirar água, e Jesus lhe disse: Por favor, me dê um pouco de água. (os discípulos de Jesus tinham ido até a cidade comprar comida.) A mulher respondeu: O senhor é judeu, e eu sou samaritana. Então como é que o senhor me pede água? (Ela disse isso porque os judeus não se dão com os samaritanos.) Então Jesus disse: Se você soubesse o que Deus pode dar e quem é que está lhe pedindo água, você pediria, e ele lhe daria a água da vida. Ela respondeu: O Senhor não tem balde para tirar água, e o poço é fundo. Como é que vai conseguir essa água da vida? Nosso antepassado Jacó nos deu este poço. Ele, os seus filhos e os seus animais beberam água daqui. Será que o senhor é mais importante do que Jacó? Então Jesus disse: Quem beber desta água terá sede de novo, mas a pessoa que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Porque a água que eu lhe der se tornará nela uma fonte de água que dará vida eterna. ...”

 

“... Uma mulher de Shomron foi tirar água, e Yeshua lhe disse: ‘Dê-me um pouco de água’. (os talmidim tinham ido à cidade comprar comida.) A mulher de Shomron lhe disse: ‘Como você, judeu, pede água a mim, uma mulher de Shomron?’. (porque os judeus não se relacionam bem com o povo de Shomron.) Yeshua lhe respondeu: ‘Se você conhecesse o dom de Deus, isto é, quem lhe está dizendo ‘Dê-me um pouco de água’, então teria pedido, e ele lhe teria dado água viva’. Ela lhe disse: O senhor não tem balde, e o poço é fundo. Onde conseguiria essa ‘água viva’? Você não é maior do que nosso pai Ya´akov, é? Ele nos deu o poço e bebeu dele, e da mesma forma o fizeram seus filhos e seu gado’. Yeshua respondeu: 'Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede! Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará uma fonte de água em seu interior, jorrando para a vida eterna’. ...”

 

Muitos guardam suas perguntas, outros perguntam tudo sobre qualquer assunto e outros pensam somente nas perguntas depois do acontecimento, essa é uma dentre múltiplas outras das características do seres humanos, que em essência sempre está disposto a aprender algo novo.

Infelizmente dentre os que tudo perguntam existem dentre eles, uma grande quantidade de pessoas que fazem suas perguntas a qualquer oportunidade, interrompendo muitas vezes, agindo por pura inveja, ou para tentar descredenciar aquele que está apresentando algo novo, ou ainda, para mostrar que quer literalmente competir e assim apresentar seu auto conhecimento diante de todos os ouvintes presentes, e sem exceção nesses casos, acabam em sua maioria das vezes, conseguindo ofuscar o brilho do palestrante.

Jesus tinha que passar pela Samaria, afirma João, o escritor, assim junto com seus discípulos chegam em Sicar, Jesus fica descansando perto de um poço e todos seus discípulos unidos, estão indo para a Cidade comprar alimento para eles.

O texto relata que uma mulher samaritana (não define como jovem ou velha) chega no mesmo horário ao poço, com o material para tirar a água, possivelmente um balde e uma corda, pois segundo estudos esse poço poderia ter uma profundidade de 100 (cem) metros, afinal era um deserto e o poço provavelmente ficava entre dois montes.

As palavras do inicio do diálogo partiram do forasteiro para a residente do local, educadamente pedindo-lhe água.

A diferença cultural e o tempo vivido nestas palavras, fogem da maioria da compreensão dos leitores de nossos dias, uma vez que água é escassa e sempre foi, porém de fácil acesso nos dias atuais, mesmo aos que vivem nos mais extremo dos grandes centros urbanos (local onde estão em sua maioria os leitores de nossos dias), mas há os que estão sentido sim sua falta nos locais onde existem bolsões de pobreza no mundo.

A rivalidade nascida pelos meados do ano 700 a.C. só cresceu até os dias de hoje, nesse período haviam em Israel, dois reinos: o do Norte (sede Samaria) e o do Sul (sede Jerusalém), e ambos caíram por seus pecados, porém após o cativeiro um se contaminou (sede Samaria) e o outro se manteve puro (sede Jerusalém).

Por essa razão a mulher se espantou, no sentido possivelmente de ficar muito incomodada, pois além dela ser uma mulher, um judeu lhe dirigiu a palavra e ela em resposta lhe fez a primeira pergunta.

Jesus, o Mestre, o Raboni, apresentou o Pai e ao mesmo tempo quem falava com ela, declarando-lhe que havia água da vida.

Todos sabemos que a água é a razão da existência humana, provavelmente a mulher ouviu, mais uma vez espantada, um judeu conversando com uma samaritana amistosamente, e prestou atenção pois naturalmente de terras áridas (deserto) ela sabia que água no deserto sai de poço, jorra de fonte, ou sai de rocha, mas precisa no mínimo de um balde para retirar e quem estava a lhe falar nada tinha em mãos, assim lhe lança uma segunda pergunta.

E complementa antes de sua resposta, em seguida, com uma nova pergunta sobre o agir do Eterno na vida de Jacó, a quem lhe chama de pai (em algumas versões), questionando-lhe sobre sua autoridade.

As Palavras do Senhor em resposta, ultrapassou o pensamento dessa mulher (e de toda a humanidade) ao declarar que a água e o poço de Jacó, eram somente o meio de sempre retornar para saciar sua sede, porém a agua viva que possuía cessaria completamente a verdadeira sede de todo ser humano.

Esclareceu o Senhor: A todo o que recebe a água viva que Yeshua dá, forma completamente nessa pessoa, não mais um poço com água represada em grande parte pelas chuvas sazonais, porém lembre que essa está parada; e sim, uma fonte que flui (jorra) água limpa e saudável, pois está é a que permanece em constante movimento, a qual levará a vida eterna.

A barreira cultural fora derrubada, os cuidados e preconceitos ruíram e um novo momento foi celebrado a todo aquele que recebe a água da vida, tipificado assim na essência da existência humana, as três dúvidas dessa mulher samaritana, trouxeram enfim a raça humana, o clarear de um novo amanhecer, pois das trevas abriu a opção legítima, determinada pelo Pai, para se chegar à sua maravilhosa Luz.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

O PROCRASTINAR DE CADA DIA.

 

Base na Bíblia: João 04: 01-06 “... Os fariseus ouviram dizer que Jesus estava ganhando mais discípulos e batizava mais pessoas do que João. (De fato, não era Jesus quem batizava, e sim os seus discípulos.) Quando Jesus ficou sabendo disso, saiu da Judéia e voltou para a Galiléia. No caminho ele tinha de passar pela região da Samaria. Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado a seu filho José. Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou menos meio-dia quando Jesus, cansado da viagem, sentou-se perto do poço. ...”

 

“... Quando Yeshua ficou sabendo que os p´rushim ouviram falar que ele fazia mais talmidim que Yochanan, e os imergia (embora não fosse o próprio Yeshua quem realizava a imersão, mas os talmidim), Yeshua partiu de Y´rudah e voltou uma vez mais à Galil. Isso significava que ele deveria atravessar a região de Shomron. Chegou a uma cidade de Shomron, chamada Sh´khem, perto do campo que Yaákov dera a seu filho Yosef. O poço de Yaákov ficava ali; então Yeshua, cansado da viagem, sentou-se ao lado do poço; era quase meio-dia. ...”

 

Vivemos no presente, sonhamos com o futuro e bem como temos lembranças do passado, algumas de muita euforia e outras ao contrário e a cada uma dessas devemos dar um destino, sim, pois o que deveríamos fazer em continuo é o que esta contido nas Escrituras Sagradas no livro de Lamentações de Jeremias na Antiga Aliança: “Torno a trazer à mente, portanto tenho esperança. A benignidade do Senhor jamais acaba, as suas misericórdias não tem fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele.”

O ato de procrastinar, se repete em cada um, dia a dia, com maior ou menor ênfase, pois todos sem pensar passam por esse tipo de maneira de viver, o que deveríamos todos entender é que viver dessa maneira pode trazer um problema de difícil solução, pois somos como seres humanos, indivíduos pessimistas, otimistas, indiferentes ou realistas, e todos tem uma tendência maior para uma dessas maneiras de viver, o que vivemos enfim é o que molda o que somos primeiramente a nós mesmos e em consequência aos que estão a nossa volta.

Procrastinar (Latim ‘pro’ à frente, ‘crastinatus’ de amanhã) é deixar para amanhã o que se pode fazer hoje, logo é a protelação do ato, e em pesquisa por levantamentos recentes, chegou-se ao número de um em cada cinco indivíduos é procrastinador crônico.

A Palestina, nos tempos do Senhor Jesus, estava dividida em três províncias: Galiléia, ao norte, Judéia, ao sul, e Samaria, entre as duas. Uma viagem, da Judéia à Galiléia, poderia durar três dias, se o viajante passasse pela Samaria; ou seis dias se, evitando a passagem pela Samaria, cruzasse o rio Jordão, seguindo pela margem oriental, cruzando novamente o rio ao norte da Samaria, chegando, assim à Galiléia.

Isso acontecia devido à inimizade entre os judeus e os samaritanos, assim muitos judeus usavam a rota mais longa para evitar a passagem pela Samaria.

O texto apresenta que eram terras dadas por Jacó a José, em Siquem (Gên. 33:18-20, Gên. 48:22 e Josué 24:32), desta maneira para um Samaritano nos bons tempos com os judeus, esses se declaravam descendentes de José.

Essa inimizade tem suas raízes nos anos 720 a.C., quando o rei da Assíria derrotou Samaria, deportou os israelitas para a Assíria (II Reis 17.6), e trouxe pessoas da Babilônia e de outros países pagãos, estabelecendo-os nas cidades da então Capital Samaria, para desalojar os Israelitas (II Reis 17.24). O casamento entre esses estrangeiros e os israelitas que haviam escapado do exílio, contribuiu para as tensões entre samaritanos e israelitas.

Mais tarde, sob a liderança de Esdras e Neemias, quando os israelitas regressaram do exílio, os samaritanos quiseram participar da reedificação do templo de Jerusalém; porém, como eram odiados, sua oferta foi veementemente rechaçada. Essa inimizade aumentou quando, em 450 a.C, o filho de Eliasibe, o sumo sacerdote, se casou com a filha de Sambalat, o heronita (Neemias 13.28) e, ao negar divorciar-se de sua esposa estrangeira, foi proibido aproximar-se do templo do Senhor em Jerusalém. Além disso, foi induzido por Sambalat a construir um templo especial para os samaritanos sobre o Monte Gerizim.

Desde então, os Samaritanos, adoraram em seu próprio monte, e isso levou a mais desprezo da parte dos judeus. A religião samaritana se assemelhava ao judaísmo, mas nos pontos chaves haviam tomado seu próprio caminho. Aceitavam somente os primeiros cinco livros da Torá, e insistiam que o Monte Gerizim, não Jerusalém, era o lugar apropriado para adorar a Deus.

Afirmavam, também, que Deus havia pedido a Abraão que sacrificasse seu filho Isaque no Monte Gerizim e não no monte na terra de Moriá, como está mencionado em Gênesis 22.2.

Os samaritanos insistiram que poderiam adorar ao Deus único em Samaria; os judeus mantiveram que isso somente poderia realizar-se no templo de Jerusalém. Logo, nesse momento, Jesus, como judeu, está em uma região em conflito com judeus e isolado deles. Por causa das leis acerca da pureza ritual e da comida kosher (limpa) os samaritanos e os judeus não estavam comendo juntos. Considerando todo esse breve relato, podemos imaginar que esses fatores desempenharam um papel no diálogo posterior entre Jesus e a mulher samaritana.

Sobre o Horário do acontecimento: hora sexta. Isto é seis horas da tarde (seguindo a mesma referência de João, em João 1:39 que inicialmente usou o calendário romano), mas parece ser mais provável no calendário judaico que seria meio dia.

Yeshua cansado está sentado perto do poço ou fonte de Jacó, na região de Samaria, no deserto em um lugar que no passado Jacó havia comprado e dado a José, sabemos que sua decisão de estar ali e de ter se ausentado da Judéia era movida por ouvir sobre os fariseus que foram informados dos batismos por imersão de Jesus pelos seus discípulos.

Suas medidas evitavam possível confronto de vaidades que iria desencadear, pois todos queriam adorar ao Verdadeiro e Único Eterno, e assim buscou chegar a Galiléia para continuar seu ministério.

Notamos que Samaria era incluído nos Tempos de Josué às terras de Israel, porém fatores externos moldaram um cenário com atitudes de distanciamentos entre eles, resumindo uma viajem de 3 dias de um judeu, passava para 6 dias pois era comum atos de hostilidades das duas partes.

Jesus opta por três dias, definindo que tinha que passar, junto com seus discípulos, sua decisão levava direto a um conflito eminente, pois estavam em uma zona perigosa para cada um deles.

Sua atitude deixou claro que não estava para deixar de lado (procrastinar) o fato de que eram pessoas, viviam ali e eram também esses os perdidos da Casa de Israel, e mesmo cansado, exausto, seja no maior calor do dia ou no final de um dia, ali está o Senhor pronto para servir ao necessitado que não tarda a chegar.

O Senhor da Criação vem e chama os seus, insistentemente a todas as suas ovelhas, enquanto que muitas ou muitos vivem a deixar a decisão para o Dia Seguinte, porém note o que o Eterno declara: ‘... Pelo que diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureceis os vossos corações ...’

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

O QUE ESPERO OUVIR.

 

Base na Bíblia: João 03: 29-36 “... Num casamento, o noivo é aquele a quem a noiva pertence. O amigo do noivo está ali, e o escuta, e se alegra quando ouve a voz dele. Assim também o que está acontecendo com Jesus me faz ficar completamente alegre. Ele tem de ficar cada vez mais importante, e eu, menos importante. Aquele que vem de cima é o mais importante de todos, e quem vem da terra é da terra e fala das coisas terrenas. Quem vem do céu é o mais importante de todos. Ele fala daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita a sua mensagem. Quem aceita a sua mensagem dá prova de que o que Deus diz é verdade. Aquele que Deus enviou diz as palavras de Deus porque Deus dá do seu Espírito sem medida. O Pai ama o Filho e pôs tudo nas mãos dele. Por isso quem crê no Filho tem a vida eterna; porém quem desobedece ao Filho nunca terá a vida eterna, mas sofrerá para sempre o castigo de Deus. ...”

 

“... O noivo é o possuidor da noiva; porém o amigo do noivo, que o atende e ouve, enche-se de alegria ao som da voz do noivo, e eu menos. ‘Quem vem do alto está acima de todos. Quem é da terra pertence à terra e fala com uma conceituação terrena. Aquele que vem do céu está acima de todos. Ele testifica sobre o que realmente viu e ouviu, contudo ninguém aceita o que ele diz! Toda pessoa que aceita o que ele diz coloca seu selo de aprovação sobre o fato de que Deus é verdadeiro, porque o enviado por Deus fala as palavras de Deus. Pois Deus não dá o Espírito em grau limitado – o Pai ama o Filho e colocou todas as coisas em suas mãos. Quem crê no Filho possui a vida eterna. Mas quem desobedece o Filho não verá a vida, e permanece sujeito à ira de Deus’. ...”

 

Notem as palavras de conclusão de João, o Batista aos seus discípulos, os quais lhe haviam feito uma pergunta sobre o agir do homem que estava com João, além do Jordão.

Em suas palavras a graça e a misericórdia do Eterno é apresentada por ter enviado seu Filho ao mundo, para todos os ouvintes nas terras da Palestina (na época que compreendia a Judéia, Galiléia e em certo sentido Samaria para os Romanos), e deixar a escolha pessoal de cada um destes fluir naturalmente.

Os discípulos de João, poderiam esperar ouvir em resposta, um ataque direto a ação e e/ou da pessoa de Jesus, por estar tomando a frente e deixando de dar respeito ao brilho do ministério de seu Mestre, o inverso foi o que notamos e identificamos legitimas e como sinceras suas conclusões.

Em nossos dias atuais, na maioria dos grandes centros ou polos no Mundo, existe a preocupação de continuamente estarem se modernizando, e em paralelo, preservando seu acervo histórico, ambos com o intuito de investimentos para o aumento da renda e pela expansão do turismo.

Esse conjunto de medidas podem em algum momento conflitar entre si, e nesse momento entra em cena a engenharia humana que sempre busca alternativas para gerar o menor atrito entre as partes.

Jesus está cumprindo o querer do Pai, falando e apresentando a Chegada do Reino dos Céus, batizando, curando, sarando feridas e libertando os oprimidos, mostrando que há valores maiores ao ser humano do que viver somente seu dia a dia na base do comer e beber.

Mas, os discípulos de João não queriam ouvir isto, eles não estavam preparados para perceber que somente o noivo é quem tem a noiva, uma brilhante comparação desse Mestre, pois na nova Aliança essas Palavras são apresentadas para declarar que o Noivo é a cabeça e o Corpo é a noiva, e essa noiva é quem Yeshua, o noivo, virá buscar, no tempo determinado pelo Pai.

O Mestre João se coloca agora na postura de amigo do noivo que se alegra e se sente feliz pelo noivo e pelos acontecimentos enquanto ouve a sua voz, ele sabia qual era o seu lugar e nele permaneceu, sem apresentar rivalidade, ou competição numérica por exemplo, assim agiu exatamente ao avesso do comportamento humano, pois entendia o tempo que vivia.

Anos antes, Simeão, uma pessoa com certa idade, morava em Jerusalém, e ouviu a possíveis 30 (trinta) anos antes, desse acontecimento que lemos, e ele ouviu que ele viria o Messias, o Redentor de Israel, o Yeshua, antes de sua morte.

“E lhe fora revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor.,” Lucas 02:26.

E o Espírito Santo estava sobre ele (Simeão) vejamos o que ele declarou para os pais de Jesus:

“E Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este é posto para queda e para levantamento de muitos em Israel, e para levantamento de contradição, sim, e uma espada traspassará a tua própria alma, para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Lucas 02:34-35.

Sim, todos os nascidos sobre a face da terra, podem viver suas vidas e sempre com a expectativa de ouvir coisas que lhes agradam, porém as Boas Novas, tem como característica principal apontar o pecado e o preço do pecado e apontar definindo que pelo arrependimento é a maneira para acessar o caminho que conduz a Vida Eterna.

Assim João declarou que os que param e ouvem e refletem tomam a decisão por si, uns a recusar ou estender para tempos futuros ou nem querer mais ouvir (lembrem-se das palavras também de Simeão) e alguns poucos outros, ouvem e atestam que são verdade e vida.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula