sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

NOSSAS PERGUNTAS SINCERAS.

 

Base na Bíblia: João 04: 07-14 “... Uma mulher samaritana veio tirar água, e Jesus lhe disse: Por favor, me dê um pouco de água. (os discípulos de Jesus tinham ido até a cidade comprar comida.) A mulher respondeu: O senhor é judeu, e eu sou samaritana. Então como é que o senhor me pede água? (Ela disse isso porque os judeus não se dão com os samaritanos.) Então Jesus disse: Se você soubesse o que Deus pode dar e quem é que está lhe pedindo água, você pediria, e ele lhe daria a água da vida. Ela respondeu: O Senhor não tem balde para tirar água, e o poço é fundo. Como é que vai conseguir essa água da vida? Nosso antepassado Jacó nos deu este poço. Ele, os seus filhos e os seus animais beberam água daqui. Será que o senhor é mais importante do que Jacó? Então Jesus disse: Quem beber desta água terá sede de novo, mas a pessoa que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Porque a água que eu lhe der se tornará nela uma fonte de água que dará vida eterna. ...”

 

“... Uma mulher de Shomron foi tirar água, e Yeshua lhe disse: ‘Dê-me um pouco de água’. (os talmidim tinham ido à cidade comprar comida.) A mulher de Shomron lhe disse: ‘Como você, judeu, pede água a mim, uma mulher de Shomron?’. (porque os judeus não se relacionam bem com o povo de Shomron.) Yeshua lhe respondeu: ‘Se você conhecesse o dom de Deus, isto é, quem lhe está dizendo ‘Dê-me um pouco de água’, então teria pedido, e ele lhe teria dado água viva’. Ela lhe disse: O senhor não tem balde, e o poço é fundo. Onde conseguiria essa ‘água viva’? Você não é maior do que nosso pai Ya´akov, é? Ele nos deu o poço e bebeu dele, e da mesma forma o fizeram seus filhos e seu gado’. Yeshua respondeu: 'Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede! Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará uma fonte de água em seu interior, jorrando para a vida eterna’. ...”

 

Muitos guardam suas perguntas, outros perguntam tudo sobre qualquer assunto e outros pensam somente nas perguntas depois do acontecimento, essa é uma dentre múltiplas outras das características do seres humanos, que em essência sempre está disposto a aprender algo novo.

Infelizmente dentre os que tudo perguntam existem dentre eles, uma grande quantidade de pessoas que fazem suas perguntas a qualquer oportunidade, interrompendo muitas vezes, agindo por pura inveja, ou para tentar descredenciar aquele que está apresentando algo novo, ou ainda, para mostrar que quer literalmente competir e assim apresentar seu auto conhecimento diante de todos os ouvintes presentes, e sem exceção nesses casos, acabam em sua maioria das vezes, conseguindo ofuscar o brilho do palestrante.

Jesus tinha que passar pela Samaria, afirma João, o escritor, assim junto com seus discípulos chegam em Sicar, Jesus fica descansando perto de um poço e todos seus discípulos unidos, estão indo para a Cidade comprar alimento para eles.

O texto relata que uma mulher samaritana (não define como jovem ou velha) chega no mesmo horário ao poço, com o material para tirar a água, possivelmente um balde e uma corda, pois segundo estudos esse poço poderia ter uma profundidade de 100 (cem) metros, afinal era um deserto e o poço provavelmente ficava entre dois montes.

As palavras do inicio do diálogo partiram do forasteiro para a residente do local, educadamente pedindo-lhe água.

A diferença cultural e o tempo vivido nestas palavras, fogem da maioria da compreensão dos leitores de nossos dias, uma vez que água é escassa e sempre foi, porém de fácil acesso nos dias atuais, mesmo aos que vivem nos mais extremo dos grandes centros urbanos (local onde estão em sua maioria os leitores de nossos dias), mas há os que estão sentido sim sua falta nos locais onde existem bolsões de pobreza no mundo.

A rivalidade nascida pelos meados do ano 700 a.C. só cresceu até os dias de hoje, nesse período haviam em Israel, dois reinos: o do Norte (sede Samaria) e o do Sul (sede Jerusalém), e ambos caíram por seus pecados, porém após o cativeiro um se contaminou (sede Samaria) e o outro se manteve puro (sede Jerusalém).

Por essa razão a mulher se espantou, no sentido possivelmente de ficar muito incomodada, pois além dela ser uma mulher, um judeu lhe dirigiu a palavra e ela em resposta lhe fez a primeira pergunta.

Jesus, o Mestre, o Raboni, apresentou o Pai e ao mesmo tempo quem falava com ela, declarando-lhe que havia água da vida.

Todos sabemos que a água é a razão da existência humana, provavelmente a mulher ouviu, mais uma vez espantada, um judeu conversando com uma samaritana amistosamente, e prestou atenção pois naturalmente de terras áridas (deserto) ela sabia que água no deserto sai de poço, jorra de fonte, ou sai de rocha, mas precisa no mínimo de um balde para retirar e quem estava a lhe falar nada tinha em mãos, assim lhe lança uma segunda pergunta.

E complementa antes de sua resposta, em seguida, com uma nova pergunta sobre o agir do Eterno na vida de Jacó, a quem lhe chama de pai (em algumas versões), questionando-lhe sobre sua autoridade.

As Palavras do Senhor em resposta, ultrapassou o pensamento dessa mulher (e de toda a humanidade) ao declarar que a água e o poço de Jacó, eram somente o meio de sempre retornar para saciar sua sede, porém a agua viva que possuía cessaria completamente a verdadeira sede de todo ser humano.

Esclareceu o Senhor: A todo o que recebe a água viva que Yeshua dá, forma completamente nessa pessoa, não mais um poço com água represada em grande parte pelas chuvas sazonais, porém lembre que essa está parada; e sim, uma fonte que flui (jorra) água limpa e saudável, pois está é a que permanece em constante movimento, a qual levará a vida eterna.

A barreira cultural fora derrubada, os cuidados e preconceitos ruíram e um novo momento foi celebrado a todo aquele que recebe a água da vida, tipificado assim na essência da existência humana, as três dúvidas dessa mulher samaritana, trouxeram enfim a raça humana, o clarear de um novo amanhecer, pois das trevas abriu a opção legítima, determinada pelo Pai, para se chegar à sua maravilhosa Luz.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






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