Base na Bíblia: Atos dos Apóstolos 12: 01-07
“... Por essa época o rei Herodes começou a perseguir algumas
pessoas da igreja. Ele mandou matar à espada Tiago, o irmão de João. Quando viu
que isso agradou os judeus, mandou também prender a Pedro. Isso aconteceu
durante a Festa dos pães sem Fermento. Depois que prendeu Pedro, Herodes o colocou
na cadeia e pôs quatro grupos de soldados, com quatro em cada grupo, para guarda-lo.
É que Herodes queria apresentá-lo ao povo depois do dia da Páscoa. E assim
Pedro estava preso e era vigiado pelos guardas; mas a igreja continuava a orar
com fervor por ele. Na noite antes do dia em que Herodes ia apresentá-lo ao
povo, Pedro estava dormindo, preso com duas correntes, entre dois soldados; e
havia guardas de vigia no portão da cadeia. De repente, apareceu um anjo do
Senhor, e uma luz brilhou dentro da cela. O anjo tocou no ombro de Pedro,
acordou-o e disse: Levante-se depressa! Então as correntes caíram das mãos
dele. ...”
Esse mês de maio nos presenteou
com 5 (cinco) sextas feiras, faltam 215 (duzentos e quinze dias) desse ano composto
por 365 dias do ano de 2019, para iniciar 2020, outros virão, não é nem nunca será
uma exceção no calendário, contudo podemos aproveitar essa quinta sexta feira e
exaltar ao Senhor, por ter-nos despertado do sono que nos escravizava desde o nascimento,
independentemente de raça, cultura e meios de religiosidades que vivíamos e delas
dependíamos para viver nossos dias.
Liberdade ainda que tardia,
porém, fundamental para aprender a ir buscar a água da vida, na fonte, onde
jamais se esgota, porém está oculta aos olhos dos entendidos, sábios, mestres,
doutores, humildes, ricos, pobres, doentes e fracos que buscam dia a dia
encontrar verdades em seu próprio viver, as quais mesmo quando encontradas, jamais
alteram o vazio que se repete dia a dia em sua alma (meio de expressar o vazio
do corpo), por deixarem de ouvir a voz do Bom Pastor, que liberta completamente
o servo, o escravo, de suas prisões, sem direito nenhum a ser questionado sobre
Sua Legítima Autoridade, somente o próprio ser humano pode persistir e por sua livre
vontade, voltar-se a uma vida sem liberdade.
Esta frase está contida na
Bandeira de um dos Estados no Território Brasileiro, porém foi extraída de um
movimento chamado de Inconfidência Mineira, que a usava em Latim.
Pedro foi preso, pronto para
ser oferecido como espetáculo, mas na noite que antecipava o show que todos gostariam
de ir ver, afinal era grátis, público e só alimentava o poder e a autoridade
dos governos e mais ainda a alegria e satisfação de verem um dos líderes da
seita que pregava sobre um falso Messias que viveu, morreu e ressuscitou de mortos,
ser morto na frente de todos, imaginando assim que enfraqueceria o movimento,
lembrem que Tiago, o irmão de João foi o primeiro e assim ficaram só 10 (dez) apóstolos
dos escolhidos pelo Raboni, pois Judas também já não estava entre eles.
O Estado estava a frente desse
projeto de eliminação de conspiradores, ou levantes, como faziam os chamados de
Zelotes, assim havia uma sentença clara e pronta a ser executada.
Sabemos do impossível acontecendo,
inclusive ao próprio Pedro, que não sabia entender se era real, ou se era uma
visão ou se era um sonho com final alegre, ou seja liberdade real do cárcere.
Mas o que importa para mim, é
uma vez livre, o sentenciado no mundo continua sob a regra da justiça que o
prendeu, mas notamos que Simão, apelidado Pedro, irmão de André, filho de Barjonas foi
absolvido de sua sentença e mesmo sem encontrarmos papeis sobre isso, sabemos
pela Escritura Sagrada que Pedro vivia Livre, e não foragido da justiça pelos
seus dias posteriores.
Ainda que a tradição alegue
que Pedro foi a Roma e de lá espontaneamente não por ser um procurado, mas por
ser um filho de Deus, que andou com os seus irmãos e foi preso e humilhado como
todos os demais que com eles estavam e morto no mesmo princípio que seu mestre
Jesus, somente em posição contrária.
Pães ázimos (sem fermento)
dura 7 (sete) dias antes da páscoa (Êxodo 12:15 e 18) e a Páscoa era a cerimônia
que ocorria no fim da primavera e início do verão (mês de abril), numa noite de
lua cheia, seja esse fato ocorrido um ano depois de Cristo, ou mais anos,
aconteceu com Pedro também.
O início seria dia 10 do mês, a
escolher o cordeiro e sem comer fermento do dia 14 ao dia 21 desse mesmo mês celebrar
o Pesa.
A perseguição aos que faziam menção
do nome do Senhor Jesus tinha iniciado, a princípio por puro ciúmes entre as crenças
da época.
As palavras proferidas pelos apóstolos
de Jesus era clara que apontavam ao cumprimento da Lei e dos Profetas, bem como
quebravam ideias e conceitos ao apontarem para o Messias Jesus que Morreu e Ressuscitou
e é o único nome com poder de perdoar pecados, restaurar vidas e abrir as
portas da Vida Eterna.
O povo começou a velos com
bons olhos, e os respeitarem, mas tinham receio das autoridades religiosas por
verem que prendiam a quem queriam e tinham poder de julgamento.
Herodes, o rei sobre Jerusalém,
ainda que sob o julgo de Roma, por essa ocasião havia prendido e mandado matar
a Tiago irmão de João ao fio da espada e a popularidade dele entre os judeus
aumentou, pronto saltou o interesse político e mandou prender outro, agora é Simão,
filho de Barjonas, apelidado de Pedro, irmão de André.
Situação e Oposição ambas se
unem quando um interesse comum surge, e essa prisão ocorreu dentro da festa dos
pães ázimos, sem fermento, que durava 7 (sete) dias, antes da celebração do
pesa, pascoa e para uma época de leis a prisão foi legitima sem direito a contestação
e quatro grupos de quatro soldados cada um estava de prontidão para manter o presidiário
em cela.
A data da apresentação do
condenado ao povo já era um fato conhecido e divulgado a todos seus súditos,
seria no dia seguinte a celebração da páscoa, por isso o cuidado tão grande
para inibir que simpatizantes tentassem invadir o presidio e resgatar o
encarcerado.
Os seguidores de Jesus por sua
vez, deveriam ter amigos, conhecidos, parentes que poderiam intervir, a favor
de Pedro, porém pelo texto podemos concluir que ninguém tentou ir a Roma e
apelar a Cesar pela vida deste e o que sabemos é somente que em média 5000 (cinco mil) homens
oravam fervorosamente a Deus sobre o assunto.
Nada acontece até a celebração
da Páscoa, mas nesse dia, na noite, enquanto Pedro, acorrentado por 2 (duas)
correntes e ao lado de 2 (dois) soldados dormem, um anjo do Senhor chega, ninguém
percebe sua chegada, Pedro é acordado por esse anjo e as correntes que o
prendiam caem de seu corpo.
O texto seguinte narra que
Pedro é convidado a vestir-se e seguir o anjo e eles saem da prisão do mesmo
jeito que antes ele e os 11 (onze) apóstolos também saíram da prisão decretada
pelos sacerdotes judaicos no Templo.
A prisão era legítima por ter
sido expedida por Herodes, autoridade suprema sobre os judeus, e ainda que
Pedro agora fosse um foragido da justiça, nada consta que houve perseguição a
ele, antes viveu sua vida normalmente até o dia de sua morte.
A liberdade em Cristo, a qual
o Eterno determinou dessa maneira, ainda que tardia a muitos seres humanos, que
optam por viver seus dias em prisões, chegou a todos pelas Boas Novas do
Evangelho.
Pelo texto que lemos, podemos observar
que uma vez liberto do que prendia a cada um, cessa o poder e a autoridade do
deus desse mundo, e uma nova vida se inicia para todo aquele que invocar o nome
do Senhor, reconhecer sua limitação sobre o pecado e se arrepender, pois esse será
salvo.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula