sexta-feira, 17 de maio de 2019

VIVER NO ÓBVIO.


Base na Bíblia: Marcos 05: 25-33 e 34 ... Chegou ali uma mulher que fazia doze anos que estava com uma hemorragia. Havia gastado tudo o que tinha, tratando-se com muitos médicos. Estes a fizeram sofrer muito; mas, em vez de melhorar, ela havia piorado cada vez mais. Ela havia escutado falar de Jesus; então entrou no meio da multidão e, chegando por trás dele, tocou na sua capa, pois pensava assim: ‘Se eu apenas tocar na capa dele, ficarei curada.’ Logo o sangue parou de escorrer, e ela teve certeza de que estava curada. No mesmo instante Jesus sentiu que dele havia saído poder. Então virou-se no meio da multidão e perguntou: Quem foi que tocou na minha capa? Os discípulos responderam: O senhor está vendo como esta gente o está apertando de todos os lados e ainda pergunta isso? Mas Jesus ficou olhando em volta para ver quem tinha feito aquilo. Então a mulher, sabendo o que lhe havia acontecido, atirou-se aos pés dele, tremendo de medo, e contou tudo...” “E Jesus disse: Minha filha, você sarou porque teve fé. Vá em paz; você está livre do seu sofrimento...”

Um grupo de pessoas caminha juntamente com Jairo, o qual está indicando o caminho para sua casa juntamente com Jesus, e nós sabemos que de todos esses, O mestre, era a pessoa pela qual eles foram ver, e por ser ruas estreitas estavam se apertando entre si.

A raça humana séculos após séculos buscam referencias para si, nos mais diversos lugares e normalmente também quando possível em pessoas, para terem um modelo que querem representar, exatamente para tentarem suprir o vazio que procuram ocultar, porém, que há dentro de cada um.

O texto cita uma senhora, sem detalhar idade, nome, origem, porém descreve sobre ela um problema que tinha, o qual ela mesma procurava ocultar e por causa desse problema, além de gastar todos seus recursos tinha sofrido muito tempo nas mãos da medicina de sua época.

Essa mulher de alguma maneira, soube que havia um Raboni o qual ensinava sobre a Vinda do Reino de Deus e curava com sinais e maravilhas os que se achegavam a Ele, e certamente conversando ou ouvindo pessoas conversarem foi informada aonde o poderia encontrar.

Pelo jeito que Marcos narrou as lembranças de Simão, apelidado Pedro, ainda que ela (essa senhora) chegou no mesmo instante que Jesus desceu do barco, foi Jairo quem primeiro foi a Ele, o Messias, ou pode ser que ela chegou quando a multidão já estava caminhando juntamente para a casa de Jairo.

Tudo isso era o óbvio que todos os humanos se limitam a fazer, sempre declarando a quem quiser ouvir que fez a sua parte e que isto basta, para justificar seu próprio ego, sua própria alma, e se resignar declarando a si mesmo e aos que partilham de sua vida que seu esforço foi no limite, mas o que esperava para si não era para ser.

Podemos imaginar essa mulher, indo embora, ao ver o grau de dificuldade, pois o obstáculo para chegar a Jesus e fazer seu pedido era intransponível e sabemos que naturalmente muitas pessoas tem essa mesma real atitude e inclusive pelos próximos que os conhecem esses são até elogiados por tentar e massageados nos egos para tratar de suas frustrações em seus interiores.

O texto declara que essa mulher, ultrapassou a barreira da mesmice (do óbvio), que é o de olhar para suas limitações e com um plano em mente, rompeu os obstáculos reais e assim chegou até onde Jesus estava, ficando próxima o suficiente para tocar sua capa; pronto, afinal ela tinha executado na pratica o plano que estava em sua mente e por completo.

O óbvio do fracasso estava declarado para essa mulher, pois chegou até Jesus e não lhe pediu nada, que é o mesmo que normalmente se declara as pessoas entre si, dizendo: perdeu o tempo dela para nada.

Ela se retira então, mas algo diferente acontece, Jesus para e lança uma pergunta para todos a ouvirem, seus discípulos rapidamente respondem com o obvio humano, porém Jesus completa a razão de sua pergunta.

Busca Jesus, com seu olhar identificar a pessoa, mas essa mulher sentiu o milagre, a cura, em seu ser e rompe seu anonimato e dialoga com o Mestre.

Ao dialogar explica todo o acontecimento passado e o presente na redenção que obteve em Jesus, que ficaram na mente de Simão, e sabemos que a resposta de Jesus, sobre a explicação, estava carregada de sentimentos de um Pai que cuida dos seus e ratifica a ela que a sensação de cura não era momentânea mas perene pelos seus dias por vir.

Muitos, como notamos vivem suas vidas no óbvio, por acharem que estão seguros e sempre prontos para estar entre a multidão, porém há um número infinitamente menor que também está na multidão, mas buscam romper essa vida de óbvio e passam a viver seus dias no sobrenatural do Eterno, Senhor e Salvador Jesus, o Cristo, o Raboni que veio para dar vida e vida em abundância a todo aquele que crê.


Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula







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