Base na Bíblia: João 01: 18-24 “... Ninguém
jamais viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está junto do Pai, o tornou
conhecido. Este foi o testemunho de João, quando os judeus de Jerusalém
enviaram sacerdotes e levitas para lhe perguntarem quem ele era. Ele confessou
e não negou; declarou abertamente: ‘Não sou o Cristo’. Perguntaram-lhe: ‘E
então, quem é você? É Elias?’ Ele disse: ‘Não sou’. ‘É o Profeta?' Ele respondeu:
‘Não’. Finalmente perguntaram: ‘Quem é você? Dê-nos uma resposta, para que a
levemos àqueles que nos enviaram. Que diz você acerca de si próprio?’ João
respondeu com as palavras do profeta Isaías: ‘Eu sou a voz que clama no deserto: Façam um caminho reto para o
Senhor’. Alguns fariseus que tinham sido enviados interrogaram-no: Então, por
que você batiza, se não é o Cristo, nem Elias, nem o Profeta?...”
“... Ninguém jamais viu a Deus; mas seu Filho único, que
é idêntico a Deus e esta ao lado do Pai, ele o tornou conhecido. Eis o
testemunho de Yochanan: quando os habitantes de Y´hudah enviaram kohanim e I´vi´im,
de Yerushalayim, para lhe perguntarem ‘Quem é você?’, ele foi muito sincero e
declarou abertamente: ‘Eu não sou o Messias’. ‘Então quem é você’, eles lhe perguntaram.
‘Você é Eliyahu?’, ‘Não’, ele respondeu. Então eles lhe disseram: ‘Quem é você?’
– para que possamos dar uma resposta às pessoas que nos enviaram. Que diz você a
respeito de si mesmo?’. Ele respondeu com as palavras de Yesha´yahu, o profeta:
‘Eu sou A voz de alguém clamando: ‘No deserto, façam o caminho reto para ADONAI
(Yesha´yahu)’. Algumas das pessoas enviadas eram p´rushim, Eles lhe
perguntaram: ‘Se você não é o Messias, nem Eliyahu, nem ´o profeta´, então por
que você realiza a imersão de pessoas’. ...”
Perguntar é tão legitimo
quanto responder, se há uma questão sobre o fato de perguntar, poderia estar em
qual o objetivo é feita a pergunta, uma vez que ela pode ter diversos
desdobramentos legais bem como legítimos que podem levar a consequências por
vezes ruins aos que a respondem.
Assim também vivemos
dias em que perguntar é claro que pode ser originado pela ânsia do saber e também
com o alvo de desmascarar e assim segue outros motivos e razões, porém também
deixar de responder ou responder com uma outra pergunta é um meio de resposta
para o bom entendedor, ou melhor a todos que a ouvem ou não.
No presente, muitos devido ao seu auto ego, sempre deixam de questionar para que aos olhos dos que estão
também a sua volta (por exemplo em caso de uma palestra), saibam, pensem ou
imaginem que ele não tem dúvida, uma vez que o silêncio muitas vezes define o
conhecimento claro do assunto apresentado.
Se alguém perguntar
agora, terei que mudar este texto, pois as Escrituras declaram, ‘ninguém jamais
viu a Deus’, sendo assim Adão, Enoque, Abrão, Jacó, Moisés, Jó, Isaías entre
tantos outros, como explicar se viram ou não viram, agora de pronto deixo a
questão no ar, por enquanto.
Como explicar Gênesis 32:20,
onde Jacó lutou com Deus e disse: “Vi a Deus face a face e minha vida foi
salva”, e Êxodo 33:11, onde diz: “Falava o Senhor a Moisés face a face, como
qualquer fala a seu amigo”, comparados com João 1:18, onde diz: “Ninguém jamais
viu a Deus: o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou?”
Afinal, Jacó viu a Deus ou não viu?
O princípio fundamental
nesta questão é este: Deus é espírito e, como tal, não pode ser visto, suplico
que cada leitor agora se lembrem de que foi bem assim que Jesus declarou a mulher
samaritana, porém em verdade, nas Escrituras, está registrado que o Senhor em
diversos momentos tomou forma humana e essa forma foi vista por homens.
Um grupo foi destacado
para ir conversar com João, o qual ficava as margens do rio Jordão, fora de
Jerusalém, e muitas pessoas de todas as regiões ouvindo falar de sua pessoa e
de sua mensagem iam até ele e eram imersos nas águas correntes do rio.
A pergunta que levavam era
simples, mas ainda assim um grupo inteiro foi destacado para cumprir essa tão simples
tarefa.
Ao se defrontarem perguntaram
e deram opções e a todas, sua resposta era de que não se enquadrava com o
perfil apresentado, enfim uma pergunta contrária é feita, baseado no auto ego
do próprio ser humano: que diz de ti mesmo?
Sua resposta remete a
pelo menos daquele momento a 600 ou 700 anos para traz na história do povo de
Israel, mais ou menos 200 anos antes de Jerusalém ser devastada pela Babilônia,
e dizia: “‘Eu sou A voz de alguém clamando: ‘No deserto, façam o caminho reto
para ADONAI (Yesha´yahu).”, essas eram as palavras do profeta Isaías,
anunciando um intermediário na Vinda do Messias em um momento futuro do povo de
Israel.
Pronto perguntaram e
ouviram a resposta e assim eles tem material da boca do próprio interrogado,
bem como muitas testemunhas para ratificarem que era verdadeiro, porém os da
religião dos saduceus que estavam presentes se sentiram incomodados, não com a
resposta, mas com a conduta de João.
Um princípio de autoridade
agora era questionado, por eles, pois se era só para anunciar e pedir uma
conduta digna de receber o Messias, sim era coerente, mas havia um extra,
ligado a imersão de homens judeus em água, em sinal de arrependimento,
lembrando que só Deus perdoa pecados, e o critério de se arrepender naquela
época estava ligado a muitos ritos, dentre eles, colocar roupas de saco ou
rasgar as roupas do corpo, e também havia o batismo dos prosélitos pela imersão
como meio de purificação.
Notem que eles não
perguntaram que novo rito era este, mas sim, porque o faz, essa foi a pergunta, uma
vez que pelo seu agir em levar judeus ao arrependimento e concluir com a
imersão nas águas, percebam que neste ato estava um modelo, ou o início do princípio
que o Senhor Yeshua iria dar seguimento e deixar como um diferencial atrelado
ao Espírito Santo, para seus seguidores, pelos séculos dos séculos até sua
Volta com Poder e Grande Glória.
A vida de João, o
Batista era um diferencial naquelas dias e a elite dominante tinha total
interesse em identificar sua razão de ser e de se portar, uma vez que destoava
do meio comum, e para isso era necessário perguntar e mesmo perguntando e
ouvindo a resposta, jamais conciliaram a possibilidade de legitimamente ser ele
o precursor ao Messias cumprindo as palavras contidas nas Sagradas Letras.
Por isso vemos Jesus
dando um breve testemunho de João, o Batista ao declarar: “Porquanto veio João,
não comendo e não bebendo, e dizem: Tem demônio. Veio o Filho do homem, comendo
e bebendo, e dizem: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e
pecadores. Entretanto a sabedoria é justificada por todos os seus filhos ou pelas
suas obras.’
Jesus é o Messias
esperado sim, que veio para cumprir tudo que fora anunciado a seu respeito e gerar
o tempo de esperança em Sua volta cumprindo plenamente todas as palavras
preditas pelos profetas e contidas nas Sagradas Letras.
Aproveito e declaro: se
há dúvida pergunte, simplesmente porque o Redentor vive e o é somente de todo
aquele que o invocar, mas como temos de fato declarado e vivido esta Verdade, essa
é a questão.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula