sexta-feira, 25 de setembro de 2020

NA DÚVIDA PERGUNTE.

 

Base na Bíblia:  João 01: 18-24 “... Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido. Este foi o testemunho de João, quando os judeus de Jerusalém enviaram sacerdotes e levitas para lhe perguntarem quem ele era. Ele confessou e não negou; declarou abertamente: ‘Não sou o Cristo’. Perguntaram-lhe: ‘E então, quem é você? É Elias?’ Ele disse: ‘Não sou’. ‘É o Profeta?' Ele respondeu: ‘Não’. Finalmente perguntaram: ‘Quem é você? Dê-nos uma resposta, para que a levemos àqueles que nos enviaram. Que diz você acerca de si próprio?’ João respondeu com as palavras do profeta Isaías: ‘Eu sou a voz que clama no deserto: Façam um caminho reto para o Senhor’. Alguns fariseus que tinham sido enviados interrogaram-no: Então, por que você batiza, se não é o Cristo, nem Elias, nem o Profeta?...

“... Ninguém jamais viu a Deus; mas seu Filho único, que é idêntico a Deus e esta ao lado do Pai, ele o tornou conhecido. Eis o testemunho de Yochanan: quando os habitantes de Y´hudah enviaram kohanim e I´vi´im, de Yerushalayim, para lhe perguntarem ‘Quem é você?’, ele foi muito sincero e declarou abertamente: ‘Eu não sou o Messias’. ‘Então quem é você’, eles lhe perguntaram. ‘Você é Eliyahu?’, ‘Não’, ele respondeu. Então eles lhe disseram: ‘Quem é você?’ – para que possamos dar uma resposta às pessoas que nos enviaram. Que diz você a respeito de si mesmo?’. Ele respondeu com as palavras de Yesha´yahu, o profeta: ‘Eu sou A voz de alguém clamando: ‘No deserto, façam o caminho reto para ADONAI (Yesha´yahu)’. Algumas das pessoas enviadas eram p´rushim, Eles lhe perguntaram: ‘Se você não é o Messias, nem Eliyahu, nem ´o profeta´, então por que você realiza a imersão de pessoas’. ...”

 

Perguntar é tão legitimo quanto responder, se há uma questão sobre o fato de perguntar, poderia estar em qual o objetivo é feita a pergunta, uma vez que ela pode ter diversos desdobramentos legais bem como legítimos que podem levar a consequências por vezes ruins aos que a respondem.

Assim também vivemos dias em que perguntar é claro que pode ser originado pela ânsia do saber e também com o alvo de desmascarar e assim segue outros motivos e razões, porém também deixar de responder ou responder com uma outra pergunta é um meio de resposta para o bom entendedor, ou melhor a todos que a ouvem ou não.

No presente, muitos devido ao seu auto ego, sempre deixam de questionar para que aos olhos dos que estão também a sua volta (por exemplo em caso de uma palestra), saibam, pensem ou imaginem que ele não tem dúvida, uma vez que o silêncio muitas vezes define o conhecimento claro do assunto apresentado.

Se alguém perguntar agora, terei que mudar este texto, pois as Escrituras declaram, ‘ninguém jamais viu a Deus’, sendo assim Adão, Enoque, Abrão, Jacó, Moisés, Jó, Isaías entre tantos outros, como explicar se viram ou não viram, agora de pronto deixo a questão no ar, por enquanto.

Como explicar Gênesis 32:20, onde Jacó lutou com Deus e disse: “Vi a Deus face a face e minha vida foi salva”, e Êxodo 33:11, onde diz: “Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo”, comparados com João 1:18, onde diz: “Ninguém jamais viu a Deus: o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou?” Afinal, Jacó viu a Deus ou não viu?

O princípio fundamental nesta questão é este: Deus é espírito e, como tal, não pode ser visto, suplico que cada leitor agora se lembrem de que foi bem assim que Jesus declarou a mulher samaritana, porém em verdade, nas Escrituras, está registrado que o Senhor em diversos momentos tomou forma humana e essa forma foi vista por homens.

Um grupo foi destacado para ir conversar com João, o qual ficava as margens do rio Jordão, fora de Jerusalém, e muitas pessoas de todas as regiões ouvindo falar de sua pessoa e de sua mensagem iam até ele e eram imersos nas águas correntes do rio.

A pergunta que levavam era simples, mas ainda assim um grupo inteiro foi destacado para cumprir essa tão simples tarefa.

Ao se defrontarem perguntaram e deram opções e a todas, sua resposta era de que não se enquadrava com o perfil apresentado, enfim uma pergunta contrária é feita, baseado no auto ego do próprio ser humano: que diz de ti mesmo?

Sua resposta remete a pelo menos daquele momento a 600 ou 700 anos para traz na história do povo de Israel, mais ou menos 200 anos antes de Jerusalém ser devastada pela Babilônia, e dizia: “‘Eu sou A voz de alguém clamando: ‘No deserto, façam o caminho reto para ADONAI (Yesha´yahu).”, essas eram as palavras do profeta Isaías, anunciando um intermediário na Vinda do Messias em um momento futuro do povo de Israel.

Pronto perguntaram e ouviram a resposta e assim eles tem material da boca do próprio interrogado, bem como muitas testemunhas para ratificarem que era verdadeiro, porém os da religião dos saduceus que estavam presentes se sentiram incomodados, não com a resposta, mas com a conduta de João.

Um princípio de autoridade agora era questionado, por eles, pois se era só para anunciar e pedir uma conduta digna de receber o Messias, sim era coerente, mas havia um extra, ligado a imersão de homens judeus em água, em sinal de arrependimento, lembrando que só Deus perdoa pecados, e o critério de se arrepender naquela época estava ligado a muitos ritos, dentre eles, colocar roupas de saco ou rasgar as roupas do corpo, e também havia o batismo dos prosélitos pela imersão como meio de purificação.

Notem que eles não perguntaram que novo rito era este, mas sim, porque o faz, essa foi a pergunta, uma vez que pelo seu agir em levar judeus ao arrependimento e concluir com a imersão nas águas, percebam que neste ato estava um modelo, ou o início do princípio que o Senhor Yeshua iria dar seguimento e deixar como um diferencial atrelado ao Espírito Santo, para seus seguidores, pelos séculos dos séculos até sua Volta com Poder e Grande Glória.

A vida de João, o Batista era um diferencial naquelas dias e a elite dominante tinha total interesse em identificar sua razão de ser e de se portar, uma vez que destoava do meio comum, e para isso era necessário perguntar e mesmo perguntando e ouvindo a resposta, jamais conciliaram a possibilidade de legitimamente ser ele o precursor ao Messias cumprindo as palavras contidas nas Sagradas Letras.

Por isso vemos Jesus dando um breve testemunho de João, o Batista ao declarar: “Porquanto veio João, não comendo e não bebendo, e dizem: Tem demônio. Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores. Entretanto a sabedoria é justificada por todos os seus filhos ou pelas suas obras.’

Jesus é o Messias esperado sim, que veio para cumprir tudo que fora anunciado a seu respeito e gerar o tempo de esperança em Sua volta cumprindo plenamente todas as palavras preditas pelos profetas e contidas nas Sagradas Letras.

Aproveito e declaro: se há dúvida pergunte, simplesmente porque o Redentor vive e o é somente de todo aquele que o invocar, mas como temos de fato declarado e vivido esta Verdade, essa é a questão.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula





 





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