sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

VOLTANDO PARA O MESTRE.

 

Base na Bíblia: João 04: 27-35 “... Naquele momento chegaram os seus discípulos e ficaram admirados, pois ele estava conversando com uma mulher. Mas nenhum deles perguntou à mulher o que ele queria. E também não perguntaram a Jesus por que motivos ele estava falando com ela. Em seguida, a mulher deixou ali o seu pote, voltou até a cidade e disse a todas as pessoas: Venham ver o homem que disse tudo o que tenho feito. Será que ele é o Messias? Muitas pessoas saíram da cidade e foram para o lugar onde Jesus estava. Enquanto isso, os discípulos pediam a Jesus: Mestre coma alguma coisa! Jesus respondeu Eu tenho para comer uma comida que vocês não conhecem. Então os discípulos começaram a perguntar uns aos outros: Será que alguém já trouxe comida para ele? A minha comida disse Jesus é fazer a vontade daquele que me enviou e terminar o trabalho que ele me deu para fazer. Vocês costumam dizer: ‘Daqui a quatro meses teremos a colheita’. Mas olhem e vejam bem os campos: o que foi plantado já está maduro e pronto para a colheita. ...”

 

“... Naquele momento, os talmidim chegaram. Eles ficaram admirados por Yeshua estar conversando com uma mulher, mas ninguém lhe disse: ‘Que você quer?, ou ‘Por que você está falando com ela?’. Então a mulher deixou o jarro, voltou à cidade e disse às pessoas de lá: ‘Venham, vejam um homem que me disse tudo o que já fiz. Será que ele não é o Messias?’. Então saíram da cidade e partiram ao encontro dele. Enquanto isso, os talmidim insistiam com Yeshua: ‘Rabbi, coma alguma coisa’. Mas ele respondeu: ‘Tenho um alimento para comer que vocês não conhecem’. Então os talmidim perguntaram entre si: ‘Será que alguém lhe trouxe comida?’. Yeshua lhes disse: ‘Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir sua obra. Vocês não dizem: ‘Daqui a quatro meses, haverá colheita’? Bem, o que lhes digo é: abram os olhos e olhem para os campos! Eles estão maduros para a colheita! ...”

 

Os discípulos que foram em grupo, provavelmente de doze, e talvez mais alguns acompanhantes, agora regressam ao Mestre (voltam para o Mestre), eles estão vindo de sua ida a Cidade para comprarem comida e voltam seguros entre si, porém de imediato, ao chegarem perto, notam algo diferente acontecendo diante de seus olhos.

Um judeu conversando naturalmente com um samaritano já seria algo inédito, mas com uma senhora mulher, mais confuso ainda ficaram, porém por serem discípulos se limitaram a ver a cena e mesmo com perguntas em suas mentes decidiram não questionar nem ao Mestre nem a mulher e pouco depois de eles (Jesus e a samaritana) se falarem, a mulher deixa sua ferramenta de trabalho (o pote) e sai de diante da presença de Jesus e de seus discípulos e some de suas vistas.

A parábola denominada de “O filho pródigo”, narra muito bem essa conduta de um filho que resolve sair da presença de seu anfitrião (o pai) e percorrer só sua jornada de vida, na narrativa encontramos bons e maus momentos acontecendo em sua exploração pessoal, mas no desfecho encontramos um filho que retorna e este está resoluto a abdicar de seu direito (que já havia aberto mão, ao pedir sua parte da herança) de filho, para ser tratado como um servente na casa de seu pai.

Muitas pessoas durante sua vida, trazem em sua memória ensinos de seus tutores, que lhes delegaram valores e agregaram caráter em suas condutas de vida e quando não o é possível estar com eles fisicamente, trazem a memória seus ensinos de mestres, para poderem decidir sobre inumeras questões e assim tomarem suas decisões pessoais, isso acontece muito na cultura do oriente, mas também é possível encontrar no ocidente está pratica também de vida.

A mulher chega a cidade e vai a algum ponto, seja praça, ou local de encontro dos cidadãos daquela localidade e começa a anunciar a todos que encontrou uma pessoa que falou tudo o que ela era e os convoca para irem ver se aquele não seria o Messias que todos esperavam; muitos atendem a sua convocação e seguem para onde ela estava.

Os discípulos por sua vez, agora estão ao lado de seu Mestre e como zelosos por ele, estão convidando Yeshua para comer, o que trouxeram, mas sem sucesso, e passam então entre si a se questionarem se alguém lhe havia alimentado enquanto eles estavam fora.

Jesus se volta a eles e declara que a comida que tem para comer está em primeiro lugar em fazer a vontade daquele que o enviou e terminar o trabalho que começou.

Em nossa cultura de consumo nos dias de hoje, seria uma das maneiras de ferir o regimento do trabalho, pois todos tem o direito a uma refeição ou pausa, assim durante a jornada do trabalho será sempre obrigatório definir uma pausa e somente depois retornar as atividades, mas para a cultura da época e oriental em primeiro lugar vem o servir que está além do sacrificar, resumidamente seria: entregar concluído o que lhe foi solicitado.

As palavras de Jesus menciona a eles sobre um ditado popular usado entre eles mesmos, o qual mencionava que em quatro meses viria a colheita, da data em que estavam, agora ele pede para que eles olhem o campo e percebam que já estão os frutos prontos para a colheita (cereal ou fruto) sim já estão maduros para colher.

A volta dos discípulos para o Mestre traz um ensino que ampliou a eles, o modo de avaliarem as circunstâncias a sua volta, e por que quem sabem não seria o fato de Jesus estar apontando para a multidão que estavam vindo em suas direções, chamados pela senhora mulher samaritana, pois ela tinha também voltado ao Senhor.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






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