sexta-feira, 3 de julho de 2020

DOIS SÍMBOLOS.


Base na Bíblia:  Marcos 14: 22-26 ... Enquanto estavam comendo, Jesus pegou o pão e deu graças a Deus. Depois partiu o pão e o deu aos discípulos, dizendo: Peguem; isto é o meu corpo. Em seguida, pegou o cálice de vinho e agradeceu a Deus. Depois passou o cálice aos discípulos, e todos beberam do vinho. Então Jesus disse: Isto é o meu sangue, que é derramado em favor de muitos, o sangue que garante a aliança feita por Deus com o seu povo. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei  deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus. Então eles cantaram canções de louvor e foram para o monte das Oliveiras...”

E muito se pergunta entre pessoas enquanto estão nas rodas de discussão o que é um símbolo e para que esse símbolo serve e como deve ser usado, período pós período, porém na medida que o conhecimento humano torna-se mais acessível e forma ideias e vai se solidificando entre os seres humanos, mais e mais tudo se tenta explicar, principalmente os fatos do passado, usando-se de todos os elementos seja da química, da física, da geologia, dos astros e de outros meios para justificar na maioria das vezes que o inexplicável ou o sobrenatural de outrora era na essência oriundo dessa origem.

Com esse tipo de pessoas ou agentes trabalhando para continuamente esclarecer o que se chama então de ignorância do conhecimento, passam um a um a se distanciar dos símbolos e muito pior vão além, pois perdem a sua maneira original a essência, para a qual foi efetuada e assim nos tornamos cada vez mais racional e pouco a pouco dependemos menos do instinto e dos demais sentidos do corpo humano.

Sobre a Páscoa escrita e sua origem, pouca referência encontrei enquanto buscando nas bibliotecas virtuais, porém por similaridade encontrei que o ato de sacrificar um animal ou um ser humano tem raízes antigas e na sua maioria são para aplacar a ira ou pedir favor as divindades em que colocavam, os antigos, sua fé; seguindo este pensamento a Páscoa pré-mosaica é marcada pelo medo do exterminador maxehit (o maxehit era qualquer evento ruim passível de acontecer com a família ou o rebanho), pois o ritual tinha algo de "magia" para afugentar os males.

Exemplos de sacrifícios antigos, tem vários nas Escrituras Sagradas, destaco no Livro de Jó de animais e também um no Livro de Gênesis onde encontramos um texto quando Abrão partiu para atender um pedido do Eterno, levando seu filho Isaque, que a princípio seria um sacrifício humano.

Sobre a Páscoa, baseada nas Escrituras Sagradas encontrei que: ‘Os descendentes de Abrão, Isaque e Jacó, tem calendário próprio, os cristãos ortodoxos utilizam o calendário juliano, e os católicos e protestantes utilizam o calendário gregoriano; só por esse dado sabemos que se celebram em datas diferentes.

Resumindo a Pascoa original contida na Bíblia, era de um povo inicialmente nômade, que vivia da vida da pecuária, e que foram morar no Egito e ficou depois de um tempo escravizado e Moisés com Arão a pedido do Eterno preparam a primeira Pesah (passagem) Páscoa, com regras claras e objetivos simbólicos para separarem os que criam dos que não criam; a Páscoa anuncia o fim do medo e consequentemente, a confirmação da confiança em um único Deus.

Durante a jornada no deserto, então de um povo, que formaram uma Nação, mas continuaram sendo um povo/nação nômade, celebrando a Pascoa no deserto. Por isso, a celebração da Páscoa passa a ser prescrita como: Um Páscoa para Javé.

Na terra que mana leite e mel se tornaram sedentários, acrescentando a nova atividade de agricultores e mudaram o ritual, mas não a sua essência, ora com a atividade da Páscoa realizada no Templo, ora não, principalmente depois da queda, com a chegada de outros povos como Assírios, Babilônicos, Persas, Gregos e no tempo de Jesus, os Romanos.

Notem, por favor, como são dois pensamentos Judeu, atual sobre o símbolo da Páscoa:
"O valor supremo que nós destacamos hoje e que mantém a festividade viva, vibrante e com uma mensagem atual, é o valor da liberdade"; e "Mesmo que tenham se passado mais de 3.300 anos da saída do Egito, estamos falando de um valor do qual muitas sociedades carecem hoje", destaca Guershon Kwasniewski. Extrai este texto grifado de uma Reportagem de Moisés Sbardelotto.

No tempo de Jesus, já era parte do ritual da Pascoa Judaica, os símbolos do pão e do vinho, e é sobre este contexto que iniciamos essa pegação que contém o texto que lemos das Sagradas Escrituras.

Jesus está pronto para entrar na conclusão da vontade do Pai, no papel de cordeiro pascal, ou seja, o que seria morto e preparado para trazer a liberdade ao cativo e ao atormentado na prisão, anunciar o Caminho que leva a Vida e que tem autoridade plena para quebrar as cadeias e tirar da escuridão das trevas e apresentar o único caminho estreito para a única Porta igualmente estreita para o pecador.

Durante a Ceia, com certeza, enquanto todos comiam a volta da mesa, esses símbolos agora estão prontos, todos já participaram da ceia, mas nesse momento Jesus, toma o pão e dá Graças a Deus e reparte entre eles e eles comem, dizendo a eles: Este é o meu corpo; semelhantemente também toma o vinho em um cálice e dá Graças a Deus e repassa o cálice e todos bebem, dizendo a eles: Este é o meu sangue, derramado por muitos, que garante a aliança feita por Deus com o seu povo; bem como nesse momento declara diante deles que ansiava por esse dia e que estava dando seu corpo e seu sangue.

Yeshua declara que somente juntos tomarão novamente quando de sua volta, mas como sempre, ninguém o questionava, ou pensava, no por que queriam aquelas palavras dizer e a  que se referiam, pois o Mestre estava diante deles.

Cantaram hinos, todos eles, pois no Livro de Hagadá de Pesah, se mantem até hoje essas tradições e símbolos que ficaram expostos em suas mentes e repassaram a cada novo período de tempo até nossos dias e ao chegar do Dia de sua volta.

E provavelmente, um dos discípulos, não participou dessa parte da ceia, com estes símbolos, pois cantaram e foram para o Monte das Oliveiras e nesse momento com certeza juntos deles, sabemos por outros Evangelistas que lá não estava Judas Iscariotes.

Podemos fazer parte da mesa, porém achamos que somos um, porém, achar nunca foi ter certeza ou convicção de ser um fato, e em algum momento esses símbolos, o pão e o vinho, poderão ser exatamente os que nos mostrarão que estamos vivendo longe, distante em um caminho de horror, apartado de fato do perdão do Criador.


Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula







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