Base na Bíblia: Marcos 14: 22-26 “... Enquanto estavam
comendo, Jesus pegou o pão e deu graças a Deus. Depois partiu o pão e o deu aos
discípulos, dizendo: Peguem; isto é o meu corpo. Em seguida, pegou o cálice de
vinho e agradeceu a Deus. Depois passou o cálice aos discípulos, e todos
beberam do vinho. Então Jesus disse: Isto é o meu sangue, que é derramado em favor
de muitos, o sangue que garante a aliança feita por Deus com o seu povo. Eu
afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês
um vinho novo no Reino de Deus. Então eles cantaram canções de louvor e foram
para o monte das Oliveiras...”
E muito se pergunta
entre pessoas enquanto estão nas rodas de discussão o que é um símbolo e para
que esse símbolo serve e como deve ser usado, período pós período, porém na
medida que o conhecimento humano torna-se mais acessível e forma ideias e vai se
solidificando entre os seres humanos, mais e mais tudo se tenta explicar,
principalmente os fatos do passado, usando-se de todos os elementos seja da química,
da física, da geologia, dos astros e de outros meios para justificar na maioria
das vezes que o inexplicável ou o sobrenatural de outrora era na essência oriundo
dessa origem.
Com esse tipo de pessoas
ou agentes trabalhando para continuamente esclarecer o que se chama então de ignorância
do conhecimento, passam um a um a se distanciar dos símbolos e muito pior vão além,
pois perdem a sua maneira original a essência, para a qual foi efetuada e assim
nos tornamos cada vez mais racional e pouco a pouco dependemos menos do
instinto e dos demais sentidos do corpo humano.
Sobre a Páscoa escrita e
sua origem, pouca referência encontrei enquanto buscando nas bibliotecas
virtuais, porém por similaridade encontrei que o ato de sacrificar um animal ou
um ser humano tem raízes antigas e na sua maioria são para aplacar a ira ou
pedir favor as divindades em que colocavam, os antigos, sua fé; seguindo este
pensamento a Páscoa pré-mosaica é marcada pelo medo do exterminador maxehit (o
maxehit era qualquer evento ruim passível de acontecer com a família ou o
rebanho), pois o ritual tinha algo de "magia" para afugentar os
males.
Exemplos de sacrifícios
antigos, tem vários nas Escrituras Sagradas, destaco no Livro de Jó de animais e
também um no Livro de Gênesis onde encontramos um texto quando Abrão partiu
para atender um pedido do Eterno, levando seu filho Isaque, que a princípio
seria um sacrifício humano.
Sobre a Páscoa, baseada
nas Escrituras Sagradas encontrei que: ‘Os descendentes de Abrão, Isaque e
Jacó, tem calendário próprio, os cristãos ortodoxos utilizam o calendário
juliano, e os católicos e protestantes utilizam o calendário gregoriano; só por
esse dado sabemos que se celebram em datas diferentes.
Resumindo a Pascoa
original contida na Bíblia, era de um povo inicialmente nômade, que vivia da
vida da pecuária, e que foram morar no Egito e ficou depois de um tempo escravizado
e Moisés com Arão a pedido do Eterno preparam a primeira Pesah (passagem) Páscoa,
com regras claras e objetivos simbólicos para separarem os que criam dos que
não criam; a Páscoa anuncia o fim do medo e consequentemente, a confirmação da
confiança em um único Deus.
Durante a jornada no
deserto, então de um povo, que formaram uma Nação, mas continuaram sendo um
povo/nação nômade, celebrando a Pascoa no deserto. Por isso, a celebração da
Páscoa passa a ser prescrita como: Um Páscoa para Javé.
Na terra que mana leite
e mel se tornaram sedentários, acrescentando a nova atividade de agricultores e
mudaram o ritual, mas não a sua essência, ora com a atividade da Páscoa realizada
no Templo, ora não, principalmente depois da queda, com a chegada de outros
povos como Assírios, Babilônicos, Persas, Gregos e no tempo de Jesus, os Romanos.
Notem, por favor, como são
dois pensamentos Judeu, atual sobre o símbolo da Páscoa:
"O valor supremo
que nós destacamos hoje e que mantém a festividade viva, vibrante e com uma
mensagem atual, é o valor da liberdade"; e "Mesmo que tenham se
passado mais de 3.300 anos da saída do Egito, estamos falando de um valor do
qual muitas sociedades carecem hoje", destaca Guershon Kwasniewski. Extrai
este texto grifado de uma Reportagem de Moisés Sbardelotto.
No tempo de Jesus, já
era parte do ritual da Pascoa Judaica, os símbolos do pão e do vinho, e é sobre
este contexto que iniciamos essa pegação que contém o texto que lemos das
Sagradas Escrituras.
Jesus está pronto para
entrar na conclusão da vontade do Pai, no papel de cordeiro pascal, ou seja, o
que seria morto e preparado para trazer a liberdade ao cativo e ao atormentado
na prisão, anunciar o Caminho que leva a Vida e que tem autoridade plena para quebrar
as cadeias e tirar da escuridão das trevas e apresentar o único caminho
estreito para a única Porta igualmente estreita para o pecador.
Durante a Ceia, com
certeza, enquanto todos comiam a volta da mesa, esses símbolos agora estão
prontos, todos já participaram da ceia, mas nesse momento Jesus, toma o pão e
dá Graças a Deus e reparte entre eles e eles comem, dizendo a eles: Este é o
meu corpo; semelhantemente também toma o vinho em um cálice e dá Graças a Deus
e repassa o cálice e todos bebem, dizendo a eles: Este é o meu sangue,
derramado por muitos, que garante a aliança feita por Deus com o seu povo; bem
como nesse momento declara diante deles que ansiava por esse dia e que estava
dando seu corpo e seu sangue.
Yeshua declara que
somente juntos tomarão novamente quando de sua volta, mas como sempre, ninguém o
questionava, ou pensava, no por que queriam aquelas palavras dizer e a que se referiam, pois
o Mestre estava diante deles.
Cantaram hinos, todos
eles, pois no Livro de Hagadá de Pesah, se mantem até hoje essas tradições e símbolos
que ficaram expostos em suas mentes e repassaram a cada novo período de tempo
até nossos dias e ao chegar do Dia de sua volta.
E provavelmente, um dos
discípulos, não participou dessa parte da ceia, com estes símbolos, pois
cantaram e foram para o Monte das Oliveiras e nesse momento com certeza juntos
deles, sabemos por outros Evangelistas que lá não estava Judas Iscariotes.
Podemos fazer parte da
mesa, porém achamos que somos um, porém, achar nunca foi ter certeza ou
convicção de ser um fato, e em algum momento esses símbolos, o pão e o vinho, poderão
ser exatamente os que nos mostrarão que estamos vivendo longe, distante em um
caminho de horror, apartado de fato do perdão do Criador.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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