sexta-feira, 30 de abril de 2021

INTERESSES NEBULOSOS.

 

Base na Bíblia: João 06:22-33 “... No dia seguinte a multidão que estava no lado leste do lago viu que ali só havia um barco pequeno. Sabiam que Jesus não tinha embarcado com os discípulos, pois estes haviam saído sozinhos. Enquanto isso, outros barcos chegaram da cidade de Tiberíades e encostaram perto do lugar onde a multidão tinha comido pão depois de o Senhor Jesus ter dado graças. Quando viram que Jesus e os seus discípulos não estavam ali, subiram nos barcos e saíram para Cafarnaum a fim de procurá-lo. A multidão encontrou Jesus no lado oeste do lago, e perguntaram a ele: Mestre, quando foi que o senhor chegou aqui? Jesus respondeu: Eu afirmo a vocês, que isto é verdade: vocês estão me procurando porque comeram os pães e ficaram satisfeitos e nem entenderam os meus milagres. Não trabalhem a fim de conseguir a comida que se estraga, mas a fim de conseguir a comida que dura a vida eterna. O Filho do Homem dará essa comida a vocês porque Deus, o Pai, deu provas que ele tem autoridade. O que é que Deus quer que a gente faça? Perguntaram eles. Ele quer que vocês creiam naquele que ele enviou, respondeu Jesus. Eles disseram: Que milagre o senhor vai fazer para a gente ver e crer no senhor? O que é que o senhor pode fazer? Os nossos antepassados comeram o maná no deserto, como dizem as Escrituras Sagradas: ‘Do céu ele deu pão para eles comerem.’ Jesus disse: Eu afirmo a vocês que isto é verdade: não foi Moisés quem deu a vocês o pão do céu, pois quem dá o verdadeiro pão do céu é meu Pai. Porque o pão que Deus dá é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. ...”

“... No dia seguinte a multidão que estivera do outro lado do lago percebeu que apenas um barco tinha estado ali e que Yeshua não entrara nele com os talmidim; eles estavam sozinhos ao partir. Outros barcos, de Tiberíades, pararam perto do lugar onde o povo tinha comido pão depois de o Senhor ter pronunciado a b’rakhah. Quando a multidão percebeu que nem Yeshua nem os talmidim estavam ali, entraram nos barcos e partiram em direção a K’far-Nachum à procura de Yeshua. Assim que o encontraram, do outro lado do lago, perguntaram-lhe: ‘Rabbi, quando chegou aqui?’ Yeshua respondeu: ‘Sim, eu lhes digo que vocês não me estão procurando porque viram os sinais miraculosos, mas apenas porque comeram pães até ficarem satisfeitos! Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem lhes dará. Porque este é aquele em que Deus, o Pai, colocou o selo de aprovação’. Então lhe disseram: ‘O que precisamos fazer a fim de realizar as obras de Deus? Yeshua respondeu: ‘Isto é a obra de Deus: confiar em quem ele enviou!’. Eles disseram: ‘Que milagre você fará a fim de que possamos vê-lo e confiar em você? Nossos pais comeram maná no deserto – como diz o Tanakh: ‘Ele lhes deu pão do céu para comer’’. Yeshua lhes disse: ‘Falo a verdade: não foi Mosheh quem lhes deu pão do céu. Todavia, meu Pai lhes dá o pão genuíno do céu; porque o pão de Deus é quem desceu do céu e dá vida ao mundo’. ...”

 

Os cuidados do Mestre com o povo em anunciar as Boas Novas da chegada do Reino permanece firme, continuamente vive clamando pelo arrependimento do povo e agora encontramos dois grupos distintos, sendo que um deles acabou de chegar em Cafarnaum de modo espantoso, pois o barco parece que criou propulsão própria e venceu os obstáculos do tempo e rapidamente chegou as margens desta Cidade, e o outro grupo está se encontrando de volta no mesmo lugar onde estiveram e eles notam que ficou somente um barco pequeno ali, e a multidão sabia que o Mestre Jesus, não fora embora, porque viram que Ele não havia embarcado com seus discípulos no barco deles quando esses partiram.

Fazem uma varredura no local, chegam também nesse interim, mais barcos de Tiberíades e eles juntos concluem que lá não estava, e assim voltam todos aos seus barcos e vão de leste a oeste, ou seja, para a outra margem, na Cidade de Cafarnaum com o intuito de ali o procurarem.

Não havia qualquer desentendimento entre eles, mas havia agora o interesse de cada um deles acontecendo literalmente sobre Jesus na mente daqueles que o procuravam, pois sabemos que outrora assim fizeram em outros momentos antes da multiplicação dos pães, porém, agora há algo oculto que os leva a ir a Jesus, muito além do ato comum de cada um deles ouvir Suas palavras e presenciar os sinais e maravilhas que diante deles se operavam.

Ao encontrarem o Raboni, educadamente o saúdam perguntando quando Ele ali chegou, a resposta de Jesus, segue para um outro caminho, que a princípio pode parecer ao leitor, uma maneira rude de se expressar, porém era direta e objetiva quanto a razão honesta pela qual todos aqueles que estavam ali o buscavam naquele momento e ele pede para que eles creiam naquele que recebeu o selo de aprovação dado pelo Eterno.

Lembram da mulher que era natural de Samaria, que representa um povo misto, gentio, apartados da linhagem de Israel, ao pedir: Dá-me dessa água, para que eu não precise tornar a beber? Agora estamos diante de um povo da linhagem de Israel, não gentios, que segue o mesmo sentimento e intenção, de pedir, mas agora é somente do pão, para se fartarem e não precisar mais ter que trabalhar para o consumir.

Dois cenários em um mesmo momento, de um lado o povo trabalhando para encontrar o Mestre e se alimentar fisicamente por algum período e na outra extremidade Jesus, o Mestre, apontado para a Grandeza do Criador em enviar e celar com Sua aprovação o Pão da Vida e para esse sim cada um deles deveria crer e trabalhar, pois esse sim daria o pão eterno.

A maioria se não todos os seres humanos, repetem está frase, durante sua vida terrena sobre a face da terra, séculos depois: ‘O que precisamos fazer para realizar as obras do Eterno?’ Ou uma frase mais simples: ‘O que é que o Eterno quer que a gente faça?’ ‘Jesus responde: A obra do Eterno é para que creiam em quem Ele enviou’; ou mais simples: ‘Ele quer que vocês creiam naquele que Ele enviou.’

Os interesses do povo, começa a sair da nevoa, ao perguntarem que Sinal tinha Jesus a apresentar para que eles crescem nele, e citaram o episódio ocorrido na jornada de 40 anos com seus antepassados, quanto ao serem alimentados, pois Ele lhes deu pão do céu a comer.

Jesus responde, primeiro que não foi Moisés quem deu esse pão do céu, mas o Pai, e assim esclarece a todos: meu Pai lhes dá o pão genuíno do céu; porque o pão de Deus é quem desceu do céu e dá vida ao mundo.

O Plano Redentor do Eterno nasce do Amor Pleno do Senhor, aos seus e está estendido a todos quantos o querem aceitar, vem pela graça, que pode ser traduzida, por algo que cada ser humano por si só não a merece, mesmo somando todos seus méritos pessoais, feitos sobre a face da terra; a Proposta direta é que cada um reconheça seus próprios pecados e arrependa-se, ao ouvir a voz do Pastor e assim O aceitar e crer no Filho do Homem enviado pelo Pai, para somente por esta maneira cada um por si possa se reconciliar e passar a viver a vida com seu Criador.

O apóstolo enviado por Jesus, Paulo, de Tarso, escreve inspirado pelo Espírito Santo, um certo texto que pode simplificar o entendimento daqueles homens naquele tempo e que permanecem o mesmo entendimento pelos séculos posteriores e vão até a volta do Messias Salvador: ‘Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.’

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






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