Base na Bíblia: João 12:50 a 13:01-10 “... E eu sei que o seu mandamento dá a vida eterna. O que
eu digo é justamente aquilo que o Pai me mandou dizer. Faltava somente um dia
para a Festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a hora de deixar este
mundo e ir para o Pai. Ele sempre havia amado os seus que estavam neste mundo e
os amou até o fim. Jesus e os seus discípulos estavam jantando. O Diabo já havia
posto na cabeça de Judas, filho de Simão Iscariotes, a ideia de trair Jesus.
Jesus sabia que o Pai lhe tinha dado todo poder. E sabia também que tinha vindo
de Deus e ia para Deus. Então se levantou, tirou a sua capa, pegou uma toalha e
amarrou na cintura. Em seguida pôs água numa bacia e começou a lavar os pés dos
discípulos e a enxugá-los com a tolha. Quando chegou perto de Simão Pedro, este
lhe perguntou: - Vai lavar os meus pés, Senhor? Jesus respondeu: - Agora você
não entende o que estou fazendo, porém mais tarde vai entender! - O senhor
nunca lavará os meus pés! – disse Pedro. – Se eu não lavar, você não será mais
meu discípulo! – respondeu Jesus. – Então, Senhor, não lave somente os meus
pés; lave também as minhas mãos e a minha cabeça! – pediu Simão Pedro. Aí Jesus
disse: - Quem já tomou banho está completamente limpo e precisa lavar somente
os pés. Vocês todos estão limpos, isto é, todos menos um. ...”
“... Sei
que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, digo simplesmente o que o Pai me
mandou dizer’. Um pouco antes da festa de Pesach, Yeshua sabia que havia
chegado o tempo em que passaria deste mundo para o Pai. Tendo amado seu povo
que estava no mundo, ele os amou até o fim. Eles estavam no jantar, e o
Adversário já havia colocado o desejo de trair Yeshua no coração de Y’hudah Ben-Shim’on,
de K’riot. Yeshua estava ciente de que o Pai havia colocado todas as coisas
debaixo do seu poder, e que ele viera de Deus e estava voltando para Deus.
Então se levantou da mesa, tirou algumas peças de roupa e amarrou uma toalha em
volta da cintura. A seguir, colocou água em uma bacia e começou a lavar os pés
dos talmidim, enxugando-os com a toalha amarrada à volta da cintura. Ele se
aproximou de Shim’on Kefa, que lhe disse: ‘Senhor, você vai lavar meus pés?’.
Yeshua respondeu: ‘Você ainda não entende o que estou lhe fazendo; porém, com o
tempo entenderá’. ‘Não’, Kefa disse, ‘você nunca lavará meus pés!’. Yeshua
respondeu: ‘Se eu não os lavar, você não tem parte comigo’. ‘Senhor’, respondeu
Shim’on Kefa, ‘não apenas meus pés, mas as mãos e a cabeça também!’. Yeshua lhe
disse: ‘O homem que se banhou precisa lavar apenas os pés; todo o corpo está
limpo. Vocês estão limpos, mas nem todos’. ...”
Ouvir e cumprir é mais relevante no reino dos Céus
do que se achar o mais importante dos demais a sua volta, Jesus ao conversar
com Simão Barjonas, deixou claro que seguir e atender ao Mestre é o que faz ser
ou deixar de ser um discípulo.
A ação de Jesus à véspera do início do evento que
era celebrado anualmente, instituído pelo Eterno e com sua data de início de
preparo ao 10º dia antes do entardecer do 14º dia (ceia ou celebração inicial)
até ao entardecer do 21º dia do mês de Abibe que corresponde, mais ou menos ao
mês de Abril, a festa do Pesach (Páscoa), para entender na atualidade seria entre
os 15º e 23º dias de Nissan, equivalente a março ou abril no calendário
tradicional; relembrando ano a ano a função que o povo exerceu nos dias que
antecederam a saída da terra do Egito, segundo agora este texto que lemos das
palavras inspiradas de João, narram as atitudes de Jesus sabendo o que o
aguardava e confirmando que sabia de onde vinha e para onde ia, ele por sua vez
buscou servir aos seus, ou melhor como disse João, amou os seus até o fim.
Jesus estava em um momento de ceia, nas palavras de
João e consciente dos acontecimentos, inclusive daquilo que cada um deles
tinham de planos em suas mentes, por sua vez, tomou a iniciativa de se preparar
para lavar os pés de um a um de seus discípulos, não sabemos a ordem que isso
aconteceu, no sentido de quem foi o primeiro, mas o que sabemos é que ao chegar
em Pedro, ouve um diálogo muito interessante entre eles que João registrou.
Seja ele, Pedro, o primeiro ou um dos que estavam
sendo banhados os pés, ao se aproximar dele, suas palavras são de confirmação
sobre a decisão que Jesus estava para lhe fazer e Jesus prontamente apresenta
uma resposta, que nos surpreende, pois não era para aquele momento a ação de
Jesus, mas para o futuro que ele passaria a entender.
Jesus não somente lavava os pés, mas também de um a
um os enxugava, logo, seu amor para com cada um deles era imenso, completo e
está era uma forma ou uma maneira visível de expressar a cada um deles, o
imenso Amor do Criador para com as suas criaturas.
Em outra passagem, tratando do assunto amor, notem o
que Jesus declara: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim
como eu vos amei.”; notem que Jesus estabeleceu um padrão, acima do que normalmente
mencionamos que é o de amar o seu próximo como a si mesmo.
Pedro de pronto, define seu ponto de vista e vontade
pessoal, no sentido de ser contrário a vontade do Mestre que tinha para com ele;
Jesus ouve e não descarta a sua opinião, porém estabelece um padrão que todos
conheciam, entre o Mestre e seus discípulos, que é o de estar ao lado para
aprender ou ser ensinado ou ser instruído e assim, fica claro que a rejeição de
Pedro seria a de estar fora (excluído) do ensino de seu Mestre.
Raciocinando sobre a perda provável, as palavras de
Pedro agora, apresentam o desejo de não só os pés (usamos para fazer nosso caminho)
mas as mãos (meios de se comunicar e de executar atividades) e a cabeça (livre
para servir a vontade do Senhor), com certeza mostrando a Ele submissão plena ao
seu Mestre e para os demais presentes que o ouvissem, ficou claro como para nós
também agora que ouvimos.
O Ungido foi de um a um, lembrando que não era um
ato simbólico, e sim uma ação pessoal do Filho do Homem, para cada um dos 12
(doze) discípulos, ou quem sabe, poderia haver mais pessoas presentes, pois no
primeiro envio foram 12 (doze) apóstolos (enviados) e depois 70 (setenta)
apóstolos (enviados), mas sempre que lemos lembramos dos 12 (doze) escolhidos
por Jesus, pelos nomes, uma vez que o texto não especifica.
As Palavras de Jesus agora citadas a Simão,
Barjonas, apelidado de Pedro são para o fato de que a limpeza completa só é
devida aos que necessitam banhar-se e no caso deles não era necessário, porém,
percebam que claramente, o Senhor define que eles estavam limpos, porém que um
deles não estava totalmente limpo.
A vida com Cristo envolve a fé plena em que o
Enviado veio, viveu entre nós, morreu por nossos pecados e ao terceiro dia
ressuscitou e Vai voltar quando cumprir o tempo do propósito do Eterno.
Ao ouvir sua voz (suas Palavras) a nos chamar, agimos
pela fé e acreditamos em seu plano redentor, e passamos a confiar e viver nos
passos do Messias e a esperar, o que não entendemos pelo raciocínio natural,
mas acreditamos, que será o dia da sua volta, quando então ressuscitaremos com
Ele.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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