sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

PROTESTAR É CONFRONTAR.

 

Base na Bíblia: João 02:11-19 “... Assim deu Jesus início aos seus sinais em Cana da Galiléia e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. Depois disso desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias. Estando próxima a pascoa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém. E achou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e também os cambistas ali sentados; e, tendo feito um azorrague de cordas, lançou todos fora do templo, bem como as ovelhas e os bois; e espalhou o dinheiro dos cambistas, e virou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio. Lembraram-se então os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me devorará. Protestaram, pois; os judeus, perguntando-lhe: Que sinal de autoridade nos mostras, uma vez que fazes isto? Respondeu-lhes Jesus: Derribai este santuário, e em três dias o levantarei. ...”

 

“... Este, o primeiro dos sinais miraculosos de Yeshua, foi realizado em Kanah da Galil; ele revelou sua glória, e os talmidim passaram a confiar nele. Depois disso, ele, sua mãe, seus irmãos e seus talmidim se dirigiram a K’far-Nachum e permaneceram ali alguns dias. Já era quase o tempo da festa de Pesach em Y’hudah; portanto, Yeshua subiu a Yerushalayim. Na área do templo, encontrou alguns vendedores de bois, ovelhas e pombas, e outras pessoas assentadas diante das mesas, trocando dinheiro. Ele fez um chicote de cordas e expulsou todos da área do templo, bem como as ovelhas e os bois. Virou as mesas dos cambistas, e disse aos que vendiam pombas: ‘Tirem essas coisas daqui! Como vocês ousam transformar a casa de meu Pai em um mercado?’. (os talmidim se lembraram mais tarde do que o Tanakh diz: ‘O zelo pela tua casa me devora’.) Então os habitantes de Y’hudah o confrontaram, perguntando: ‘Que sinal miraculoso você pode nos mostrar para provar o direito de fazer tudo isso?’. Yeshua lhes respondeu: ‘Destruam este templo, e em três dias eu o levantarei’. ...”

 

O que realmente protestamos pode ser o que a humanidade carece ouvir, para poder de fato parar e ponderar seus atos e de uma maneira natural em sintonia com bases seguras alterar sua maneira de viver e desta forma seria mais fácil se pudesse voltar ao primeiro amor, cada um por si, envolvendo tudo e todos, redefinindo de fora para dentro, o que de melhor floresce em cada ser, logo todos os raciocínios que geram os pensamentos e suas idealizações ou materializações destes raciocínios seguiriam em crenças e/ou surgiriam discursos eloquentes, envolventes que estabelecem, no presente, o perigo de barreiras, ainda maiores do que a que se possa estar vivendo em seu exato tempo atual de vida.

O texto que lemos nos remete ao momento em que o Messias sai de Cafarnaum na região da Galiléia e segue para Jerusalém na região da Judeia, detendo-se em Jerusalém no local onde o templo de Salomão, foi edificado, o qual já havia passado por várias reformas; sobre esse local, havia vários pátios e Jesus está entrando e encontra muitas coisas que o incomodam e em protesto passa a retirar cada uma delas.

Suas palavras ao declarar aos que estão vendo o acontecimento e aos que estão sendo retirados, são focados nos cuidados e zelo pelo lugar que fora dedicado ao Eterno, enfatizando o tempo todo que era para ser chamado por todos, como uma casa de oração aos judeus e também a todos os povos e jamais ser reconhecida como um local de comércio.

Pelas escrituras sabemos que os peregrinos levavam suas mais diversas ofertas, conforme cada um era instruído, mas o caminho era difícil e como meio de facilitar ou dar um maior conforto aos peregrinos, estava nesse local estabelecido um meio de compras e trocas monetárias, pois o templo só usava sua própria moeda.

A questão ao olhos do Messias estava no desvio de objetivos, mas sua exposição, gerou também o confronto (protesto) por parte dos que conviviam pacificamente com aquela cena, no seu cotidiano, e identificavam como um costume normal e necessário para todos.

A resposta do Messias, a pergunta sobre os sinais que fundamentavam sua ação, foi apresentada a todos, mencionando que o templo uma vez destruído em três dias estaria em pé, uma vez que, o Verbo Divino estava diante deles, e o sacrifício era necessário, mas apontaria para a redenção e a um novo e vivo caminho que era o castigo que nos traz a paz, o cumprimento da promessa, a todo aquele que crê.

Os sinais acontecem e mesmo os que presenciam, buscam em sua grande parte identificar justificativas e meios para tentar tirar a credibilidade dos acontecimentos, logo, a cegueira leva muitos a deixarem de protestar sobre o que os escraviza, mas se lembrarmos das crianças podemos refletir em sua maneira de se expressar e assim, aceitar que: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” Romanos 6:23.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






RELEITURA

 

 

Quantas vezes lemos um texto, ou voltamos a leitura de um livro, ou mesmo de um assunto e encontramos informações que passaram desapercebidas, seja do nosso pensamento, ou cérebro, ou o momento ora vivido que deixam passar, mas ao buscarmos razões para ser melhor ao seu próximo, necessitamos fazer uma releitura detalhada e apurada de si, uma vez que, para se importar legitimamente com o seu próximo, inegavelmente, eu e você, deve se amar a si mesmo.

 

Natal e Ano Novo, marcam suas festividades, cada uma delas defendem seus motivos, sem dúvida foram editados pelos seres humanos, assim como livros e informações verbais que são passadas de geração a geração, porém, se passarmos a meditar sobre cada um deles, mesmo sem levar tudo para o espiritual ou mesmo também sem levar tudo para o materialismo, podemos identificar pontos de valores que agregam, possibilidades melhores e razões sinceras que podem levar a uma nova tomada de decisão pessoal de cada um de nós.

 

O Presente ao Mundo foi enviado, pelo Pai, no tempo especifico que era apontado, muitos o viram, mas sabemos que poucos o receberam, semelhante podemos imaginar, ao medo de cada um de ser transparente e fiel aos seus princípios em função do meio que exerce sua força definidora de padrões, os quais por sua vez levam a se desviar da essência que vive em cada ser humano, o qual podemos chamar de sopro de vida, o qual sempre foi e continuará sendo pessoal e intransferível.

Se ADONAI não tivesse sido por nós – que Yisra’el o repita - , se ADONAI não tivesse sido por nós quando os povos se ergueram para nos atacar, então, quando sua ira se acendeu contra nós, eles nos teriam tragado vivos! Então as águas nos teriam submergido, e a torrente nos teria varrido. Sim, as águas correntes teriam passado exatamente sobre nós. Bendito seja ADONAI, que não nos deixou ser uma presa para seus dentes! Escapamos como um pássaro da armadilha do caçador; a armadilha se quebrou, e nós escapamos.

Salmos 124.

Temos o papel e temos a caneta, como a conhecemos, assim buscar escrever cada folha, pode ser o melhor esboço que cada mortal, poderia tomar para si e acrescentar os meios para fazer de sua existência, o melhor motivo para se aproximar de seu ser e dos seus, jamais revelando a pura aparência, ou a eterna busca de justificar com o passado os atos do presente, uma vez que o presente é o hoje simplesmente e para ele existir em nossas vidas, basta permitir a si mesmo dar o passo de continuar a respirar e manter-se ativo em cada um de seus movimentos e somente desta forma passar do rascunho para sua verdadeira arte final.

Conhecemos as Escrituras, ou deveríamos, sim, afinal é a carta escrita de um Pai para todos os seus, mas os fascínios desta geração e do mundo em que existimos, levam nosso corpo, alma e espírito a se voltar para diversos outros focos e deles fazerem o seu motivo mais importante para existir e despretensiosamente cada um por si passa a deixar seu coração onde deposita seu tesouro e nada percebemos pois é sutil as artimanhas e sutilezas que operam e quando se percebe é o tempo de libertação dos grilhões, porém a porta é estreita e o caminho também é estreito que conduz para a vida eterna com o Criador.

Sim, findo essas poucas frases, desejando Boas Festas, e o melhor de todos os presentes esteja contigo, pois a ti te declaro, as palavras do Salvador: ”Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” Sim, o Senhor Voltará!

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula

 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

OS PASSOS SEGUIDOS.

 

Base na Bíblia: João 02:01-12 “... Três dias depois, houve um casamento em Cana da Galiléia, e estava ali a mãe de Jesus; e foi também convidado Jesus com seus discípulos para o casamento. E tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm vinho. Respondeu-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. Disse então sua mãe aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser. Ora, estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam duas ou três metretas. Ordenou-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima. Então lhes disse: Tirai agora e levai ao mestre-sala. E ele o fizeram. Quando o mestre-sala provou a água tornada em vinho, não sabendo donde era, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água, chamou o mestre-sala ao noivo e lhe disse: Todo homem põe primeiro o vinho bom, e quando já tem bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho. Assim deu Jesus início aos seus sinais em Cana da Galiléia e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. Depois disso desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias. ...”

 

“... Dois dias depois, houve um casamento em Kanah da Galil; a mãe de Yeshua estava ali. Yeshua e os talmidim também haviam sido convidados para o casamento. O vinho acabou, e a mãe de Yeshua lhe disse: ‘Eles não têm mais vinho’. Yeshua respondeu: ‘Mãe, por que eu deveria me preocupar com isso? Ou você? Minha hora ainda não chegou’. Sua mãe disse aos servos: ‘Façam tudo o que ele lhes disser’. Havia seis potes de pedra para as purificações cerimoniais judaicas; cada pote continha 75 a 114 litros. Yeshua lhes disse: ‘Encham os potes com água’; e eles os encheram até a borda. Ele disse: ‘Agora tirem um pouco e levem ao homem encarregado da festa’; e eles o levaram. O encarregado da festa provou a água; ela havia sido transformada em vinho! Ele não sabia de onde esse viera, embora os servos que haviam tirado a água o soubessem. Então chamou o noivo e lhe disse: ‘Todas as outras pessoas servem o melhor vinho em primeiro lugar, e o vinho de qualidade inferior só é servido depois de as pessoas terem bebido à vontade; mas você guardou o melhor vinho até agora!’. Este, o primeiro dos sinais miraculosos de Yeshua, foi realizado em Kanah da Galil; ele revelou sua glória, e os talmidim passaram a confiar nele. Depois disso, ele, sua mãe, seus irmãos e seus talmidim se dirigiram a K’far-Nachum e permaneceram ali alguns dias. ...”

 

Podemos lembrar que em todas as festas, principalmente de casamento, em sua grande maioria, existem pessoas responsáveis pelos cuidados, uma vez que é um momento importante e que exige o cuidado para receber a todos os que foram convidados e normalmente os noivos não são os responsáveis por esses cuidados.

Sabemos pelo texto escrito por João, que aconteceu uma festa de casamento e naturalmente imaginamos que pessoas foram convidadas, na  leitura é citado que estavam a mãe de Jesus, Jesus e seus discípulos dentre os demais convidados.

Uma festa de casamento no Oriente pode ser diferente de uma no Ocidente, uma vez que, podem durar uma semana ou mais, segundo os pesquisadores, a festa de casamento em Caná da Galiléia durou três dias, pois na cultura judaica, os casamentos são vistos como um evento sagrado e um símbolo de compromisso e união.

Em determinado momento a mãe de Jesus é citada ao ser informada ou perceber que o vinho havia cessado e ela menciona o fato descoberto a Jesus, sabemos pelo texto a resposta de Jesus a sua mãe, uma vez que a responsabilidade era do organizador da festa.

A ação da mãe de Jesus, ao ouvir a resposta de Jesus, foi a de solicitar aos que serviam, afinal pelo texto podemos imaginar que cada um desses servos também deveria saber do acontecimento, e ela pede a eles para atenderem as palavras do Senhor e assim o fizeram.

Perceber, informar e solicitar assim aconteceu, o mestre-sala também deveria ser um dos informados, mas, ao lermos o texto sabemos que Jesus define o meio para a solução, utilizando 6 (seis) potes de pedra, de 75 (setenta e cinco) a 114 (cento e quatorze) litros cada, enchendo-os até a boca de água.

Uma vez cheio, uma nova informação é repassada aos que serviam, eles deveriam levar um pouco da água ao encarregado da festa (mestre-sala) e assim o fizeram e o encarregado, por sua vez, recebeu e bebeu dessa água e de imediato mandou chamar o noivo da festa.

Em contato com o noivo, ele passa a explicar os procedimentos usados por responsáveis por eventos em festas e se mostra impressionado por identificar que o melhor ainda estava por ser servido, contrariando os conceitos e demonstrando que a festa seria a melhor, uma vez que, estavam em uma situação de difícil solução, talvez pelos cálculos subestimados que ocorreram.

Aos que sabiam da realidade dos acontecimentos, atestavam que era algo sobrenatural e não uma adega reservada oculta, e os discípulos de Jesus passaram a confiar nele, pois segundo João, esse foi o primeiro sinal realizado pelo Messias.

Cada passo seguido tem seu resultado, ainda que possamos considerar os efeitos da Parábola do homem que produziu o seu campo com abundância, e este para armazenar com excelência construiu celeiros novos e declarou sua satisfação, mas para si era seu fim.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

OS CHAMADOS.

 

Base na Bíblia: João 01:42-51 “... E o levou a Jesus. Jesus, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro). No dia seguinte, Jesus resolveu partir para a Galiléia e, achando a Filipe, disse-lhe: Segue-me. Ora, Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro. Filipe achou a Natanael e disse-lhe: Acabamos de achar aquele de quem escreveram Moisés na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José. Perguntou-lhe Natanael: Pode haver coisa boa vinda de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem e vê. Jesus, vendo Natanael aproximar-se dele, disse a seu respeito: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo! Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu-lhe Jesus: Antes que Filipe te chamasse, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira. Respondeu-lhe Natanael: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és rei de Israel. Ao que lhe disse Jesus: Por que te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás. E acrescentou: Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem. ...”

 

“... Ele o levou a Yeshua. Olhando para ele, Yeshua disse: ‘Você é Shim’on Bar-Yochanan, e será conhecido por Kefa’. (Esse nome significa ‘pedra’’.). No dia seguinte, Yeshua decidiu partir para a Galil. Encontrou Filipe e lhe disse: ‘Siga-me!’. Filipe era de Beit-Tzaidah, a cidade onde André e Kefa moravam. Filipe encontrou Natan’el e lhe disse: ‘Achamos aquele sobre quem Mosheh escreveu na Torah, e também os Profetas: Yeshua Ben-Yosef, de Natzeret!’. Natan’el perguntou: ‘Natzeret? Pode vir alguma coisa boa de lá?’. ‘Venha e veja’, disse-lhe Filipe. Aí está um verdadeiro filho de Yisra’el – não há falsidade nele’. Natan’el lhe disse: ‘De onde você me conhece?’. Yeshua respondeu: ‘Antes de Filipe chamar você, quando estava debaixo da figueira, eu o vi’. Natan’el disse: ‘Rabbi, você é o Filho de Deus! Você é o Rei de Yisra’el!’. Yeshua lhe respondeu: ‘Você crê em tudo isso só por eu ter dito que o vi debaixo da figueira? Você verá coisas maiores que essa!’. Então ele lhe disse: ‘Sim, é verdade! Eu lhes digo que verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem!’. ...”

 

O preconceito nasce de acontecimentos e comportamentos de pessoas que geram uma certa regra informal utilizada pelos demais moradores sejam de perto ou os de longe, pois a mensagem é clara e o sistema de dissimulação não ocorre uma vez que a rede de informações é rápida e nem sempre mesmo não sendo exata, exerce grande influência naqueles que ouvem.

No livro de João encontramos a visão descrita de como aconteceram os primeiros chamados de Jesus, para serem seus discípulos, nos demais livros (Marcos, Mateus e Lucas) sabemos outros detalhes que acrescentam mais dados aos acontecimentos daqueles dias.

João, André, Cefas, Filipe e Natanael, cada um chegou ao Messias de maneiras diferentes, mas em comum, sabemos pela leitura dos Livros que permaneceram, todos os seus dias, por encontrarem algo que tratava suas feridas e apresentava o conforto e consolo necessário para uma vida digna, como cidadão peregrino sobre a face da terra,

André e João o seguem, Pedro é levado por André, agora lemos sobre Filipe que é encontrado e convidado a segui-lo, em seguida Natanael que é levado por Filipe; e neste encontro Jesus menciona alguns atributos que cabiam aos descentes de Abrão, Isaque e Jacó, o qual não é questionada pelo próprio Natanael.

Porém, Natanael por desconhecer a pessoa do Messias, e sabendo seu nome, filiação e local de origem, questiona o caráter e meio de vida de todos os nascidos e viventes daquela região, porém notamos que para Filipe era de menor importância a questão do local de moradia e mantem reforçado eu convite para o conhecer.

Jesus o trata como uma pessoa normal e focada na sua forma de viver, e ao mesmo tempo, causa certa estranheza em Natanael, pois não se conheciam, por isso, veio a pergunta de como ele sabia o que estava a falar a seu respeito.

Os cuidados do Salvador e o respeito a vida de cada ser humano sobre a face da terra é igual, pois o Sol e a Lua (dia e noite) acontecem a todos sejam os do mal ou os do bem, bem como em qual proporção houverem, pois a liberdade do pecado é para todos (ricos e pobres, fortes e fracos, doentes e sadios), mas sabemos que os saudáveis não precisam de médicos, porém não invalida o direito dos cuidados também para si, seja da sua alma, do seu espírito ou do seu corpo.

Natanael ouve do Senhor, um acontecimento recente passado, certo tempo antes de Filipe o convidar, podemos afirmar que de alguma forma era algo pessoal pelo jeito, mas o efeito dessas palavras levou-o a reconhecer quem estava diante dele.

Jesus o escuta e responde sobre os acontecimentos que se seguiriam, ao manterem seus dias, o seguinte como discípulos e apóstolos ao lado dele, o Messias; e cita um texto atribuído a Jacó, no Livro dos Princípios, quando ele dormia sobre uma pedra, enquanto estava indo para a terra de seus tios, a pedido de seus pais.

Há um texto que se encontra em Mateus 22:14 que declara: “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.”, citado em uma parábola sobre ‘As bodas’, a qual reflete, os convites que são para os convidados e mesmo aos que são forçados a entrar são os convidados, porém os que desdenham ou rejeitam e no último instante mudam de posição, podem ser incluídos nos excluídos.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula






 






sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

O ATO DE SEGUIR.

 

Base na Bíblia: João 01:36-42 “... e, olhando para Jesus, que passava, disse: Eis o Cordeiro de Deus! Aqueles dois discípulos ouviram-no dizer isto e seguiram a Jesus. Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que buscais? Disseram eles: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde pousas? Respondeu-lhes: Vinde, e vereis. Foram, pois, e viram onde pousava; e passaram o dia com ele; era cerca da hora décima. André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João falar e que seguiram a Jesus. Ele achou primeiro a seu irmão Simão e disse-lhe: Havemos achado o Messias (que, traduzido, quer dizer Cristo). E o levou a Jesus. Jesus, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro). ...”

 

“... Ao ver Yeshua passando, disse: ‘Vejam! É o Cordeiro de Deus!’. Os dois talmidim ouviram o que disse e seguiram Yeshua. Yeshua virou-se e viu que os dois o seguiam, e lhes perguntou: ‘O que vocês estão procurando?’. Eles disseram: ‘Rabbi’ (que significa ‘mestre’), ‘onde você está hospedado?’. Ele lhes disse: ‘Venham e vejam’, Então foram e viram onde ele estava, e permaneceram com ele o resto do dia – isso aconteceu por volta das quatro horas da tarde. Um deles, que ouviu Yochanan e seguiu a Yeshua era André, irmão de Shim’on Kefa. A primeira coisa que ele fez foi encontrar seu irmão Shim’on e lhe dizer: ‘Achamos o Mashiach!’. (Essa palavra significa ‘o ungido’.) Ele o levou a Yeshua. Olhando para ele, Yeshua disse: ‘Você é Shim’on Bar-Yochanan, e será conhecido por Kefa’. (Esse nome significa ‘pedra’’.). ...”

 

Como entender o nome que nos é atribuído por nossos ancestrais, uma vez que, mesmo oriundos de origens diversas e com o passar dos anos os nomes foram dados por algum motivo e no presente existe a tendência de serem definidos por motivos subjetivos de cada um; ao lermos encontramos nas Escrituras Sagradas um texto que declara que cada um de nós recebera um novo nome, fato este que para muitos pode ser uma redenção, por múltiplos motivos, mas nesse ponto, gostaria de dizer, que cada nome tem um significado, assim como definimos cada elemento, exatamente para que juntos ou isolados fosse possível cada um por si, entender do que se fala, ou do que se escreve, mas ainda assim muitos, ou melhor pensando e imaginando a maioria (talvez por não julgarem relevante) não sabem o que significa seu nome, ou o porquê de seu nome ser aquele que tem.

As regras de cada Nação, também reforçam essa verdade e mesmo na atualidade, podemos identificar tendências de mudanças para que o ser criado, possa no tempo de seu juízo, decidir, logo definir como quer ser chamado, isso transcende o que conhecemos como nome artístico.

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer darei do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece, senão aquele que o recebe.” Revelações (Apocalipse) 02:17.

João, o Batista, andando com dois de seus discípulos (um era André), nota a passagem de Jesus e declara aos seus, que era o Cordeiro de Deus, passando por eles, esses opor sua vez, cada um por si, ouvem suas palavras e passam a seguir aquele de quem, seu mestre, os haviam informado.

Enquanto o seguiam, aparentemente a certa distância, são surpreendidos pelo Mestre, que para e lhes perguntam, o porquê de o seguirem, em resposta eles querem saber onde ele estava hospedado, segue um convite a eles, que aceitam e descobrem, o lugar e ali são convidados a permanecer; esses ficam pelo resto do dia, por volta de duas horas, uma vez que era por volta das 16 horas esse relato.

A certeza da identificação do horário, revela o provável segundo discípulo que estava com André, possivelmente o autor do Livro que estamos estudando, suas páginas, e ambos por serem discípulos estavam agora diante de um novo Mestre e eles o ouvem.

Sabemos que André foi a procura de seu irmão Simão ambos eram filhos de João e surpreendentemente lhe faz uma apresentação de uma descoberta que era a esperança viva de todo o povo de Israel, o Messias, ou melhor, o Ungido, apresentado nas Escrituras como o Redentor que viria seguindo a linhagem de Davi; e que também para eles significava que ele era aquele que fora citado por Moisés, o qual o sucederia e ainda mais, do qual João, o Batista, endossava que era o Enviado que todos aguardavam, pois os sinais que ele (João) esperava ver, ocorreram nele (Jesus), diante de seus olhos.

André convenceu a Simão, afinal o levou a conhecer o Messias e esse ao ser apresentado, ouviu do Messias uma declaração sobre si mesmo, mencionando que ele era Simão, o filho de João, porém a partir daquele momento, em diante, seria chamado de Pedro (uma lasca de pedra) e sabemos pelos textos que de alguma forma, Pedro que era pescador de profissão, aceitou essas palavras e o passou a seguir.

João, o Batista, era aquele que clamava como dizia a profecia do profeta Isaías no capítulo 40 no versículo 3, sobre o Tempo aceitável do Senhor, que estava diante de todos; sabemos também que dois de seus discípulos passam a seguir o Raboni e aos poucos como declara o Livro de Atos 02:47, dia a dia chegavam e continuavam sendo acrescentados ao grupo, os que são chamados (o ato de seguir): “louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam  sendo salvos.”.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sábado, 30 de novembro de 2024

MUDANÇA PESSOAL EXISTE.

 

Base na Bíblia: João 01:28-37 “... Estas coisas aconteceram em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando. No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Este é aquele de quem eu disse: Depois de mim vem um varão que passou adiante de mim, porque antes de mim ele já existia. Eu não o conhecia; mas, para que ele fosse manifestado a Israel, é que vim batizando em água. E João deu testemunho, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e repousar sobre ele. Eu não o conhecia; mas o que me enviou a batizar em água, esse me disse: Aquele sobre quem vires descer o Espírito e sobre ele permanecer, esse é o que batiza no Espírito Santo. Eu mesmo vi e já dei testemunho de que este é o Filho de Deus. No dia seguinte, João estava outra vez ali, com dois dos seus discípulos e, olhando para Jesus, que passava, disse: Eis o Cordeiro de Deus! Aqueles dois discípulos ouviram-no dizer isto e seguiram a Jesus. ...”

 

“... Tudo isso aconteceu em Beit-Anyhah, a leste do Yaden, onde Yochanan estava imergindo. No dia seguinte, Yochanan viu Yeshua vindo em sua direção e disse: ‘Vejam! O Cordeiro de Deus! Aquele que tira o pecado do mundo! Este é o homem a respeito de quem eu falava, ao dizer: ‘Depois de mim, vem alguém que precisa passar à minha frente, porque já existia antes de mim’. Eu mesmo não sabia quem ele era, mas a razão para eu ter realizado as imersões em água é para que ele pudesse ser conhecido em Yisra’el’. Então Yochanan deu este testemunho: ‘Eu vi o Espírito descendo do céu como uma pomba e permanecer sobre ele. Eu mesmo não sabia quem ele era, mas aquele que me enviou para imergir em água me disse: ‘Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que imerge no Ruach HaKodesh’. Eu vi e testifico que este é o Filho de Deus’. No dia seguinte, Yochanan estava novamente com dois talmidim. Ao ver Yeshua passando disse: ‘Vejam! É o Cordeiro de Deus!’. Os dois talmidim ouviram o que disse e seguiram Yeshua. ...”

 

Toda mudança reflete o resultado de algo que trouxe uma nova oportunidade para ser verificada e dela cada um por si se apropria e passa a viver, pois muitas vezes temos que colocar nossa alma a confiar e esperar no Senhor, afinal muitas vezes deixamos de viver somente o lógico e o material, uma vez que, cada um por si, por melhor que se viva permanece em si, um vazio ou um espaço ou uma lacuna que nada a faz se sentir suprida de suas necessidades.

João, o Batista, veio para apresentar um acontecimento, ao povo de Israel, porém inicia sua jornada na esperança de confiar e esperar, uma vez que não tinha a certeza, de quem essa pessoa era ou estava, mas somente sinais que eram diferentes de acontecimentos naturais e normais ao conforto humano, para sua tomada de decisão.

Seguiu seus dias servindo e trazendo o testemunho dia a dia, até que certo dia, pode fazer seu oficio e um dos que estavam  presente,  participou de todos aqueles momentos e foi ao rio para ali, cumprir o que João, o Batista, da imersão, porém algo surpreendente aconteceu, um sinal do céu, ao descer, algo fora do padrão, era um elemento parecido com uma pomba, porém pousou sobre a pessoa de Jesus, e ali permaneceu.

Sabemos também pelos outros três evangelhos, que o próprio Senhor estava presente, e sua voz foi ouvida, semelhante ao som de um trovão, que ratificava o Eu Sou que é o ser presente e estava unido, razão pela qual chamamos de Trindade, ou seja, três em um, logo, um único Deus.

O projeto de seu ministério estava diante dele e ele foi humilde ao reconhecer e declarar a todos que estavam a sua volta, sobre sua autoridade, e a certeza de que o Cordeiro de Deus, o único capaz de tirar o pecado do mundo, estava entre nós e não findou, uma mudança aconteceu, e ele se manteve testemunhando dessas verdade que vivenciou.

No dia seguinte conforme o texto apresenta, ratifica mais uma vez a dois de seus discípulos, que ali estava o Cordeiro de Deus e uma atitude gerou a esses que somente eles poderiam executar, deixando de lado seus alvos e buscaram uma nova oportunidade.

Somos o que somos debaixo daquilo que servimos, ainda que possamos viver, dia a dia desta maneira, e até parecer que é o limite, de nossa singular vida, deveríamos sim, despertar para a realidade de que o maior pode ser o menor, mas ainda que possamos imaginar que somos esquecidos de todos, a um Senhor que bate à sua porta dia a dia, aguarda o seu convite para entrar e assim viver essa mudança.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula

 






sexta-feira, 22 de novembro de 2024

FALAR DE SI MESMO.

 

Base na Bíblia: João 01:21-28 “... Ao que lhe perguntaram: Pois quê? És tu Elias? Respondeu ele: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não. Disseram-lhe, pois: Quem és? Para podermos dar resposta aos que nos enviaram; que dizes de ti mesmo? Respondeu ele: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. E os que tinham sido enviados eram dos fariseus. Então lhe perguntaram: Por que batizas, pois, se tu não és o Cristo. nem Elias, nem o profeta? Respondeu-lhes João: Eu batizo em água; no meio de vós está um a quem vós não conheceis. Aquele que vem depois de mim, de quem eu não sou digno de desatar  a correia da alparca. Estas coisas aconteceram em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando. ...”

 

“... ‘Então quem é você?’, eles lhe perguntaram. ‘Você é Eliyahu?’. ‘Não, não sou’, ele disse. ‘Você é ‘o profeta’, aquele por quem esperamos?’. ‘Não’, ele respondeu. Então eles lhe disseram: ‘Quem é você?’ – para que possamos dar uma resposta às pessoas que nos enviaram. Que diz você de si mesmo? Ele respondeu com as palavras de Yesha’yahu, o profeta: ‘Eu sou

A voz de alguém clamando:

‘No deserto, façam o caminho reto para ADONAI’ ‘.

Algumas das pessoas enviadas eram p’rushim. Eles lhe perguntaram: ‘Se você não é o Messias, nem Eliyahu, nem ‘o profeta’, então por que você realiza a imersão de pessoas?’. Respondeu-lhes Yochanan: ‘Eu realizo a imersão de pessoas em água, mas entre vocês está alguém a quem não conhecem. Ele é o que vem depois de mim – não sou bom o suficiente nem para desamarrar sua sandália!’. Tudo isso aconteceu em Beit-Anyhah, a leste do Yaden, onde Yochanan estava imergindo. ...”

 

Popularidade é algo muito desejado pela maioria dos seres humanos, afinal, passa a permitir a evidência, os olhares, a atenção, sim, a impressão ao redor que leva a convicção pessoal de que suas palavras fazem a diferença, ou mesmo ações, logo, imaginam esses que suas palavras são escutadas e seguidas à risca, sim tudo isso eleva o moral interior desse ser humano, em particular, chamado também simplesmente de ego; podemos imaginar que cada um que envereda por esse caminho, pode encontrar seu preço, o qual pode ser elevado, mas com certeza, para esta pessoa que assim age, jamais será um esquecido enquanto estiver na ativa, e certamente esse consegue superar a muitos e desta forma agindo pode até ser que suas palavras perpetuem, na boca de outros bem como muito de seus legados, possam passar a ser visto por outros, adaptados e aprimorados, quando necessário, para o cenário da vida de cada ser humano, por si mesmo.

O inverso (sem popularidade) também existe e também é significativo entre os seres humanos, uma vez que, esses em sua maioria são marginalizados, excluídos do seu meio, esquecido de serem convidados para os eventos, ou mencionados somente se não houver outra opção, ou ainda, simplesmente são conhecidos como massa de manobra em momentos oportunos. Concluindo existe também os apáticos que se julgam como o meio da balança, que flutuam nos dois meios sem sentir qualquer dificuldade, ou frustração seja qual for o resultado que venha a obter de suas ações, mas afirmo que trata-se de uma exceção e como toda exceção seu tratamento é a parte, porém existe sim efeitos que podem se acumular e somente tomar corpo, muito tempo depois, afinal o equilíbrio humano é o alvo de todos, porém notamos pelas estatísticas que poucos atingem essa plenitude ao falar de si mesmo.

João, mantinha sua base em Betânia no local próximo do Rio Jordão, para realizar sua peregrinação, anunciando a Vinda do Messias e imergindo as pessoas que para lá se dirigiam, voluntariamente assim iam, ele mesmo sem ter acesso à mídia como a conhecemos em nossos dias (imaginem no futuro próximo, como será!), e não somente ouviam, mas atendiam as suas palavras, logo seus cérebros eram inundados com dados que uma vez processados e analisados eram definidos como legítimos de serem acatados.

Como em toda a multidão, temos todos os tipos de pessoas formando-a, nesse grupo não era diferente e dentre eles lá estavam os espiões, os olheiros, os observadores, e em particular, João identifica os enviados pelos líderes de sua época, com uma missão para executar.

João, o Batista, passa a ser interrogado pelos que foram enviados, e de forma natural, passa a apresentar-se a eles, exatamente para que ao ouvirem dele, tivessem o material necessário, para  concluir sua pesquisa de campo, e iniciam suas perguntas.

Nas palavras de João, o Batista é importante relatar que ele estava falando sobre ele e de seu comportamento em apresentar alguém acima do que ele podia imaginar, porém que cumpriria, o que o povo ouvinte, conhecia desde a sua tenra infância, que era a promessa da Vinda do Messias.

Pensando um pouco agora, se eles que conheciam essas palavras desde a saída do Egito e a aplicavam por gerações de pai para filho, como outros que nada souberam, poderiam chegar a ter o mesmo entendimento, para o que estava acontecendo?

A cada pergunta direta a resposta foi direta sem floreio ou ato prolixo, simplesmente demonstrando que sabia realmente quem ele era e ao ser questionado sobre ser a pessoa que anunciava, mais uma vez ratificou sua convicção ratificando o que pensava de si mesmo.

Lisonjeio pode alcançar a todos os que estão propensos a essa forma de aguçar o interior, pois apesar de parecer inofensivo (até pode ser na entrada {início}), leva a um grau elevado de intoxicação a todos que aceitam viver daquilo que aparenta, porém jamais é ou está a ser a sua real essência.

Sim, existe um só Messias, um só Caminho, uma só Fé, uma só Verdade e por sua razão viemos a existir, cada um por si, passa seus dias peregrinando sobre a terra, da qual de seu pó viemos e para seu pó retornaremos, pois assim está Escrito e aguardamos a Segunda Vinda, pois sabemos falar cada um por si, de si mesmo.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 15 de novembro de 2024

DECLARAR AO SER INTERROGADO.

 

Base na Bíblia: João 01:15-21 “... João deu testemunho dele, e clamou, dizendo: Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou adiante de mim; porque antes de mim ele já existia. Pois todos nós recebemos da sua plenitude e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse deu a conhecer. E este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu? Ele, pois, confessou e não negou; sim, confessou: Eu não sou o Cristo. Ao que lhe perguntaram: Pois quê? És tu Elias? Respondeu ele: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não. ...”

 

“... Yochanan testemunhou a respeito dele, ao exclamar: ‘Este é o homem de quem falei, ao dizer: ‘Aquele que vem depois de mim tem de tomar posição à minha frente, porque existia antes de mim’’.

Todos nós recebemos de sua plenitude,

graça sobre graça.

Porque a Torah foi dada por intermédio de Mosheh;

a graça e a verdade vieram por intermédio de Yeshua, o Messias.

Ninguém jamais viu a Deus; mas seu Filho único, que é idêntico a Deus e está ao lado do Pai, ele o tornou conhecido.

Eis o testemunho de Yochanan: quando os habitantes de Y’hudah enviaram kohanim e I’vi’im, de Yerushalayim, para lhe perguntarem: ‘Quem é você?’, ele foi muito sincero e declarou abertamente: ‘Eu não sou o Messias’. ‘Então quem é você?’, eles lhe perguntaram. ‘Você é Eliyahu?’. ‘Não, não sou’, ele disse. ‘Você é ‘o profeta’, aquele por quem esperamos?’. ‘Não’, ele respondeu. ...”

 

O interrogatório remete cada ser humano a conviver com situações que levam ao stress, ao desanimo, ou muitas vezes a renúncia de valores que adotam, simplesmente porque quem executa o interrogatório sempre está em busca de acontecimentos, logo são os detalhes que atendam aos seus interesses, e sempre adotam os meios que venham a identificar como necessário para chegar aos seus propósitos.

Por mais que tenhamos convivido com situações reais, ou mesmo as fictícias que podemos encontrar em uma leitura, ou em um áudio, ou em um vídeo, as impressões que ficam podem ser difíceis de controlar no pós tomar conhecimento do dia a dia de cada um.

Porém, somente na resposta podemos estar seguro dos efeitos causados somado à maneira do comportamento que ocorrem para cada ser humano sobre a face da terra, afinal imaginar é diferente de conviver presencialmente, porém atualmente é possível encontrar muros tão elevados pós interrogatório que parecem intransponíveis, pela sua magnitude, mas se formos mais atentos, notaremos uma saída ou porta com o meio para transpor.

João declarava através de suas palavras a Vinda do Redentor e para tanto propunha o ato voluntário de pedir perdão pelos pecados e cada um, por si, ser batizado como confirmação nas águas corrente do Rio Jordão; o interessante que podemos perceber é que em sua explanação, a mídia pessoal era atingida e afluíam para o local onde ele estava pessoas de toda a redondeza.

Dentre esses que ouviram, a mídia, um destacamento especial foi enviado da Capital Jerusalém, para questionarem (interrogarem) a conduta desse homem e para tanto lemos três perguntas, posteriormente veremos uma quarta pergunta, mas nessas três, percebemos que apesar da honra pessoal que cada um dos enviados detinha, no ranking da sociedade da época, o precursor simplesmente foi claro é enfático em cada uma de suas respostas.

O propósito daquele que batizava, no Rio Jordão, era maior que as autoridades que estavam diante deles, pois apresenta o próprio Messias presente diante de todos e o Senhor cita em suas palavras a conduta necessária nestes momentos, de interrogatórios, simplesmente é mencionado para não estar solicito (preocupado) de como haveis ou do que haveis de responder. (Lucas 12:11).

Para uma significativa parcela da humanidade essas Palavras declaradas por João, o Batista, deixam de ter o valor devido na vida de cada um, afinal o dia a dia tem seu preço, o trabalho ceifa horas da vida e o lazer fica relegado em sua maioria para um segundo e quase esquecido lugar, pois o desanimo, opta por deixar para o amanhã, porém é claro que sempre cobra sua parte na vida de cada um de nós.

João, o Batista, apresentou o Messias, aos seus, definiu sua real participação e cuidou de zelar para que os ouvintes, pudessem ter a informação de que a Lei dada por Moisés, estava englobada na graça e sobre graça e verdade dados pelo Messias.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula













sexta-feira, 8 de novembro de 2024

DESCREVER O TEMPO.

 

Base na Bíblia: João 01:08-14 “... Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo. Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai. ...”

 

“... Ele próprio não era a luz; não, ele veio como para dar testemunho a respeito da luz.

Esta era a luz verdadeira,

que ilumina todos os homens que entram no mundo.

Ele estava no mundo – o mundo foi feito por meio dele –

entretanto o mundo não o conheceu.

Ele veio para sua terra natal;

mas seu povo não o recebeu.

No entanto, a todos que o receberam, aos que depositaram confiança na pessoa e no poder dele, ele lhes deu o direito de se tornarem filhos de Deus, não por causa de linhagem, impulso físico, nem por vontade humana, mas por causa de Deus.

A Palavra se tornou um ser humano e viveu entre nós,

e vimos sua Sh’kinah,

a Sh’kanah do Filho único do Pai,

repleto de graça e verdade.

 ...”

 

As Boas Novas sobre Yeshua (Jesus, Cristo, Rabôni, Mestre, Pastor, ...), o Messias, contadas por João, podemos pensar assim como descrever, ou melhor como justificar o que somente a mente pode imaginar e assim, ele, vencendo essa barreira, passa a tornar em palavras para o que lê e ao que ouve poderem ter a possibilidade da sensibilidade de entender com seus próprios olhos (sentidos), o que lhe é apresentado, assim temos nós, sim a todos que leem, o inicio do Livro atribuído a João, o qual era um dos doze discípulos e posteriormente um dos apóstolos escolhidos pelo Messias, após uma noite de oração dentre muitos candidatos.

Aproximadamente entre os anos 40 e 140, (ainda em discussão entre os estudiosos) é provável que foi escrito este Livro, que é diferente dos outros três (chamados de sinóticos) pois esse trata do princípio e principalmente dos acontecimentos dos últimos dias para cumprir a vontade do Pai, pelo Messias.

Sendo a nossa meta, escrever uma história vivida real, como seria baseado o alicerce para executar esse desafio, em buscar mencionar a um povo que estava aberto ao gnosticismo (O gnosticismo designa um conjunto de crenças de natureza filosófica e religiosa cujo princípio básico assenta na ideia de que há em cada homem uma essência imortal {demiurgo} que transcende o próprio homem, assim estes consideram a existência humana neste mundo como não natural, por estar submetida a diversos sofrimentos); entre outras linhas de pensamentos das demais culturas gregas, helenistas, romanas, etc...

O cuidado se manifesta apresentando uma visão sobre a convicção do autor e a certeza dos acontecimentos, afinal estamos vivendo nessa leitura essa sensação, onde o cuidado do Senhor em resgatar o perdido se mantem ativo e constante, podemos chamar também de preciso, uma vez que para solucionar qualquer situação a cada momento, devemos estar aptos a usar a ferramenta mais eficiente para a ocasião, logo, percebemos que o tempo presente está sendo descrito e apresentado a cada um.

Descuidar de perceber o que está a volta, o escritor menciona, pois o Criador enviou seu único Filho, sim o Verbo estava presente, a Palavra que tem a fonte da vida eterna, o Caminho estreito, a Porta estreita, a Verdade estava presente diante dos seus, como cita o profeta Isaias (53:5-6) ‘o resgate pelo castigo que nos traz a Paz, estava sobre Ele, (sim como relata as escrituras) e por suas chagas, recebemos cada um por si, o perdão do pecado que nos escravizava’, mas mesmo vivendo assim, não foi recebido.

João, o Batista, apresentou o Messias e afirmou que não era o Messias e sim o precursor, porém o coração, a mente do ouvinte estava como a vista de um cego, nada enxergavam, logo nada viram, porém a todos que o receberam, esses foram enxertados, sim, passaram de criatura para filhos, uma vez que o equilíbrio perdido nos tempos de Adão foi restabelecido, abrindo pelo Messias, o meio como está escrito: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6).

Percebemos, enfim, os cuidados do Criador e sua graça e glória que estava diante de todos, pois a Palavra estava materializada diante de cada um de nós, continuamente atuante, vivendo como homem, dentro dos padrões de sua época, pois assim era rotulado: ‘Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!’ Lucas 07:34.

Um maneira de descrever o tempo é do uso de dispensação, onde cada período passa a ser conhecido pelos feitos, no presente é chamada de Dispensação da Graça, onde a proposta é clara ao afirmar que não é pelo mérito ou merecimento e sim pela misericórdia e o olhar Divino que permite o pagamento que cancela a dívida que era contra nós (iniciada no Eden e encerrada na Oferta no Calvário), afinal, o tempo descrito se resume ao Amor único do Eterno que usou dos meios, moldados e existente em cada uma das Dispensações que antecederam, para reatar o elo partido, na história.

Somos protagonistas de cada uma de nossas pessoais histórias, o relógio teve seu início, nas Escrituras no Livro de Salmos, declaram que todos nossos dias já estão registrados, antes do nascimento, logo, como estamos usando desse privilégio dado a cada novo amanhecer é exatamente o que temos como descrever o tempo que nos cerca.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula