sexta-feira, 22 de novembro de 2024

FALAR DE SI MESMO.

 

Base na Bíblia: João 01:21-28 “... Ao que lhe perguntaram: Pois quê? És tu Elias? Respondeu ele: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não. Disseram-lhe, pois: Quem és? Para podermos dar resposta aos que nos enviaram; que dizes de ti mesmo? Respondeu ele: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. E os que tinham sido enviados eram dos fariseus. Então lhe perguntaram: Por que batizas, pois, se tu não és o Cristo. nem Elias, nem o profeta? Respondeu-lhes João: Eu batizo em água; no meio de vós está um a quem vós não conheceis. Aquele que vem depois de mim, de quem eu não sou digno de desatar  a correia da alparca. Estas coisas aconteceram em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando. ...”

 

“... ‘Então quem é você?’, eles lhe perguntaram. ‘Você é Eliyahu?’. ‘Não, não sou’, ele disse. ‘Você é ‘o profeta’, aquele por quem esperamos?’. ‘Não’, ele respondeu. Então eles lhe disseram: ‘Quem é você?’ – para que possamos dar uma resposta às pessoas que nos enviaram. Que diz você de si mesmo? Ele respondeu com as palavras de Yesha’yahu, o profeta: ‘Eu sou

A voz de alguém clamando:

‘No deserto, façam o caminho reto para ADONAI’ ‘.

Algumas das pessoas enviadas eram p’rushim. Eles lhe perguntaram: ‘Se você não é o Messias, nem Eliyahu, nem ‘o profeta’, então por que você realiza a imersão de pessoas?’. Respondeu-lhes Yochanan: ‘Eu realizo a imersão de pessoas em água, mas entre vocês está alguém a quem não conhecem. Ele é o que vem depois de mim – não sou bom o suficiente nem para desamarrar sua sandália!’. Tudo isso aconteceu em Beit-Anyhah, a leste do Yaden, onde Yochanan estava imergindo. ...”

 

Popularidade é algo muito desejado pela maioria dos seres humanos, afinal, passa a permitir a evidência, os olhares, a atenção, sim, a impressão ao redor que leva a convicção pessoal de que suas palavras fazem a diferença, ou mesmo ações, logo, imaginam esses que suas palavras são escutadas e seguidas à risca, sim tudo isso eleva o moral interior desse ser humano, em particular, chamado também simplesmente de ego; podemos imaginar que cada um que envereda por esse caminho, pode encontrar seu preço, o qual pode ser elevado, mas com certeza, para esta pessoa que assim age, jamais será um esquecido enquanto estiver na ativa, e certamente esse consegue superar a muitos e desta forma agindo pode até ser que suas palavras perpetuem, na boca de outros bem como muito de seus legados, possam passar a ser visto por outros, adaptados e aprimorados, quando necessário, para o cenário da vida de cada ser humano, por si mesmo.

O inverso (sem popularidade) também existe e também é significativo entre os seres humanos, uma vez que, esses em sua maioria são marginalizados, excluídos do seu meio, esquecido de serem convidados para os eventos, ou mencionados somente se não houver outra opção, ou ainda, simplesmente são conhecidos como massa de manobra em momentos oportunos. Concluindo existe também os apáticos que se julgam como o meio da balança, que flutuam nos dois meios sem sentir qualquer dificuldade, ou frustração seja qual for o resultado que venha a obter de suas ações, mas afirmo que trata-se de uma exceção e como toda exceção seu tratamento é a parte, porém existe sim efeitos que podem se acumular e somente tomar corpo, muito tempo depois, afinal o equilíbrio humano é o alvo de todos, porém notamos pelas estatísticas que poucos atingem essa plenitude ao falar de si mesmo.

João, mantinha sua base em Betânia no local próximo do Rio Jordão, para realizar sua peregrinação, anunciando a Vinda do Messias e imergindo as pessoas que para lá se dirigiam, voluntariamente assim iam, ele mesmo sem ter acesso à mídia como a conhecemos em nossos dias (imaginem no futuro próximo, como será!), e não somente ouviam, mas atendiam as suas palavras, logo seus cérebros eram inundados com dados que uma vez processados e analisados eram definidos como legítimos de serem acatados.

Como em toda a multidão, temos todos os tipos de pessoas formando-a, nesse grupo não era diferente e dentre eles lá estavam os espiões, os olheiros, os observadores, e em particular, João identifica os enviados pelos líderes de sua época, com uma missão para executar.

João, o Batista, passa a ser interrogado pelos que foram enviados, e de forma natural, passa a apresentar-se a eles, exatamente para que ao ouvirem dele, tivessem o material necessário, para  concluir sua pesquisa de campo, e iniciam suas perguntas.

Nas palavras de João, o Batista é importante relatar que ele estava falando sobre ele e de seu comportamento em apresentar alguém acima do que ele podia imaginar, porém que cumpriria, o que o povo ouvinte, conhecia desde a sua tenra infância, que era a promessa da Vinda do Messias.

Pensando um pouco agora, se eles que conheciam essas palavras desde a saída do Egito e a aplicavam por gerações de pai para filho, como outros que nada souberam, poderiam chegar a ter o mesmo entendimento, para o que estava acontecendo?

A cada pergunta direta a resposta foi direta sem floreio ou ato prolixo, simplesmente demonstrando que sabia realmente quem ele era e ao ser questionado sobre ser a pessoa que anunciava, mais uma vez ratificou sua convicção ratificando o que pensava de si mesmo.

Lisonjeio pode alcançar a todos os que estão propensos a essa forma de aguçar o interior, pois apesar de parecer inofensivo (até pode ser na entrada {início}), leva a um grau elevado de intoxicação a todos que aceitam viver daquilo que aparenta, porém jamais é ou está a ser a sua real essência.

Sim, existe um só Messias, um só Caminho, uma só Fé, uma só Verdade e por sua razão viemos a existir, cada um por si, passa seus dias peregrinando sobre a terra, da qual de seu pó viemos e para seu pó retornaremos, pois assim está Escrito e aguardamos a Segunda Vinda, pois sabemos falar cada um por si, de si mesmo.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






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