sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

PROTESTAR É CONFRONTAR.

 

Base na Bíblia: João 02:11-19 “... Assim deu Jesus início aos seus sinais em Cana da Galiléia e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. Depois disso desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias. Estando próxima a pascoa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém. E achou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e também os cambistas ali sentados; e, tendo feito um azorrague de cordas, lançou todos fora do templo, bem como as ovelhas e os bois; e espalhou o dinheiro dos cambistas, e virou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio. Lembraram-se então os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me devorará. Protestaram, pois; os judeus, perguntando-lhe: Que sinal de autoridade nos mostras, uma vez que fazes isto? Respondeu-lhes Jesus: Derribai este santuário, e em três dias o levantarei. ...”

 

“... Este, o primeiro dos sinais miraculosos de Yeshua, foi realizado em Kanah da Galil; ele revelou sua glória, e os talmidim passaram a confiar nele. Depois disso, ele, sua mãe, seus irmãos e seus talmidim se dirigiram a K’far-Nachum e permaneceram ali alguns dias. Já era quase o tempo da festa de Pesach em Y’hudah; portanto, Yeshua subiu a Yerushalayim. Na área do templo, encontrou alguns vendedores de bois, ovelhas e pombas, e outras pessoas assentadas diante das mesas, trocando dinheiro. Ele fez um chicote de cordas e expulsou todos da área do templo, bem como as ovelhas e os bois. Virou as mesas dos cambistas, e disse aos que vendiam pombas: ‘Tirem essas coisas daqui! Como vocês ousam transformar a casa de meu Pai em um mercado?’. (os talmidim se lembraram mais tarde do que o Tanakh diz: ‘O zelo pela tua casa me devora’.) Então os habitantes de Y’hudah o confrontaram, perguntando: ‘Que sinal miraculoso você pode nos mostrar para provar o direito de fazer tudo isso?’. Yeshua lhes respondeu: ‘Destruam este templo, e em três dias eu o levantarei’. ...”

 

O que realmente protestamos pode ser o que a humanidade carece ouvir, para poder de fato parar e ponderar seus atos e de uma maneira natural em sintonia com bases seguras alterar sua maneira de viver e desta forma seria mais fácil se pudesse voltar ao primeiro amor, cada um por si, envolvendo tudo e todos, redefinindo de fora para dentro, o que de melhor floresce em cada ser, logo todos os raciocínios que geram os pensamentos e suas idealizações ou materializações destes raciocínios seguiriam em crenças e/ou surgiriam discursos eloquentes, envolventes que estabelecem, no presente, o perigo de barreiras, ainda maiores do que a que se possa estar vivendo em seu exato tempo atual de vida.

O texto que lemos nos remete ao momento em que o Messias sai de Cafarnaum na região da Galiléia e segue para Jerusalém na região da Judeia, detendo-se em Jerusalém no local onde o templo de Salomão, foi edificado, o qual já havia passado por várias reformas; sobre esse local, havia vários pátios e Jesus está entrando e encontra muitas coisas que o incomodam e em protesto passa a retirar cada uma delas.

Suas palavras ao declarar aos que estão vendo o acontecimento e aos que estão sendo retirados, são focados nos cuidados e zelo pelo lugar que fora dedicado ao Eterno, enfatizando o tempo todo que era para ser chamado por todos, como uma casa de oração aos judeus e também a todos os povos e jamais ser reconhecida como um local de comércio.

Pelas escrituras sabemos que os peregrinos levavam suas mais diversas ofertas, conforme cada um era instruído, mas o caminho era difícil e como meio de facilitar ou dar um maior conforto aos peregrinos, estava nesse local estabelecido um meio de compras e trocas monetárias, pois o templo só usava sua própria moeda.

A questão ao olhos do Messias estava no desvio de objetivos, mas sua exposição, gerou também o confronto (protesto) por parte dos que conviviam pacificamente com aquela cena, no seu cotidiano, e identificavam como um costume normal e necessário para todos.

A resposta do Messias, a pergunta sobre os sinais que fundamentavam sua ação, foi apresentada a todos, mencionando que o templo uma vez destruído em três dias estaria em pé, uma vez que, o Verbo Divino estava diante deles, e o sacrifício era necessário, mas apontaria para a redenção e a um novo e vivo caminho que era o castigo que nos traz a paz, o cumprimento da promessa, a todo aquele que crê.

Os sinais acontecem e mesmo os que presenciam, buscam em sua grande parte identificar justificativas e meios para tentar tirar a credibilidade dos acontecimentos, logo, a cegueira leva muitos a deixarem de protestar sobre o que os escraviza, mas se lembrarmos das crianças podemos refletir em sua maneira de se expressar e assim, aceitar que: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” Romanos 6:23.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






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