sexta-feira, 22 de julho de 2022

O CÁLICE DADO.

 

Base na Bíblia: João 18:09-17 “... Jesus disse isso para que se cumprisse o que ele tinha dito antes: ‘Pai, de todos aqueles que me deste, nenhum se perdeu.’ Aí Simão Pedro tirou a espada, atacou um empregado do Grande Sacerdote e cortou a orelha direita dele. O nome do empregado era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: - Guarde a sua espada! Por acaso você pensa que eu não vou beber o cálice de sofrimento que o Pai me deu? Em seguida os soldados, o comandante e os guardas do Templo prenderam Jesus e o amarraram. Então o levaram primeiro até a casa de Anás. Anás era o sogro de Caifás, que naquele ano era o Grande Sacerdote. Caifás era quem tinha dito aos líderes judeus que era melhor para eles que morresse apenas um homem pelo povo. Simão Pedro foi seguindo Jesus, junto com outro discípulo. Esse discípulo era conhecido do Grande Sacerdote e por isso conseguiu entrar no pátio da casa dele junto com Jesus. Mas Pedro ficou do lado de fora, perto da porta. O outro discípulo que era conhecido do Grande Sacerdote, saiu e falou com a empregada que tomava conta da porta. Então ela deixou Pedro entrar e lhe perguntou: - Você não é um dos seguidores daquele homem? – Eu, não! – respondeu ele. ...”

 

“... Isso aconteceu para cumprir o que ele dissera: ‘Não perdi nenhum dos que me deste’. Então Shim’on Kefa, que tinha consigo uma espada, desembainhou-a e alvejou o escravo do kohen hagadol, decepando-lhe a orelha direita; o nome do escravo era Melekh. Yeshua disse a Kefa: ‘Embainhe a espada! Este é o cálice que o Pai me deu; não devo beber dele? Assim, o destacamento de soldados romanos e seu capitão, com os guardas do templo e os habitantes de Y’hudad prenderam Yeshua, amarram-no e o levaram em primeiro lugar a ‘Anan, sogro de Kayafa, o kohen gadol daquele ano fatídico. (Kayafa foi quem disse aos habitantes de Y’hudad que seria bom um homem morrer a favor de todo o povo.) Shim’on Kefa e outro talmid seguiram Yeshua. Por ser conhecido do kohen hagadol o segundo talmid entrou com Yeshua no pátio da casa do kohen hagadol, mas Kefa ficou do lado de fora do portão. Portanto, o outro talmid, que conhecia o kohen hagadol, voltou e falou com a moça encarregada do portão, trazendo Kefa para dentro. A mulher junto ao portão perguntou a Kefa: ‘Você não é um dos talmidim desse homem?’. Ele respondeu: ‘Não, não sou’. ...”

 

Usos e costumes sempre fazem parte do dia a dia de cada ser humano, alguns deles muitas vezes acontecem tão naturalmente e são até involuntários aos atos de cada um, que nem se percebe e são estes que formam ou estão presentes no caráter de cada ser humano, bem como em outros no dia a dia só se manifestam quando nossos sentimentos são solicitados e eles se expressam naturalmente, porém, com resultados nem sempre aceitáveis para os que estão a volta, e nem mesmo a cada um que o expressa.

João, menciona muitos detalhes sobre o acontecimento que estamos lendo nas Escrituras Sagradas, citando cada momento que antecedeu a chegada dos que o buscavam, bem como durante o tempo em que estavam prontos para concluir a ordem que vieram executar.

O Messias, separa os seus, os quais o Próprio Pai o enviara e cumpre as Palavras das Escrituras, mas mesmo livres de uma provável e certa prisão, porém cada um deles tem sua própria opinião, notamos a estratégia de Simão bar Jonas, mesmo sendo pescador de profissão e pescador de homens já a quase três anos e meio, seu instinto toma a frente e seu ato fica evidente.

Diante dele estava nada menos que o destacamento de soldados romanos e seu capitão, com os guardas do templo, mas nada impede dele desembainhar sua espada e de ir e acertar um servo do Sumo Sacerdote daquele ano.

João, não descreve, neste texto que lemos como Simão escapou desse ato, mas pelos Evangelhos Sinóticos todos citam esse momento também, mas somente Lucas menciona; “Mas Jesus disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou.”; sim, provavelmente um tumulto estava formado, mas somente pela ação plena de misericórdia e compaixão pode reverter de imediato a situação, complicada não só a Pedro, mas a todos os demais seguidores do Messias.

Está amarrado o Mestre! E está sendo levado para aqueles que definiram o mandado de prisão, notamos no texto que a certa distância seguem dois discípulos, Pedro e João, em puro anonimato, mas continuam seguindo seu Mestre, para onde Ele é levado.

João, por ser conhecido do Sumo Sacerdote, tem acesso ao pátio da casa onde Jesus se encontra, porém, Pedro mesmo andando junto com João, fica isolado do lado de fora do portão.

Após uma conversa com a pessoa responsável pelo portão, João consegue com que o Portão se abra e Pedro pode também entrar no Pátio da casa, logo de novo Mestre e discípulos estão juntos no mesmo ambiente.

Jesus havia citado aos seus discípulos que a vontade do Pai, tinha que se cumprir, foi para isso que o Filho veio, e o desejo tinha diversas situações que poderiam parecer aos olhos naturais desnecessárias ou que poderiam ser superadas ou deixadas de lado, contudo para se saber como proceder teria que ser semelhante a um cálice (recipiente contendo algum tipo de produto) que só se sabe o que está dentro dele, no momento quando se é servido.

Uma pessoa a porta (talvez a própria porteira que abriu para ele entrar), olhando para Pedro lhe faz uma pergunta direta e que exigia dele uma resposta imediata, pronto todos sabemos qual foi a resposta.

As palavras de Jesus, mais uma vez estavam se cumprindo e mesmo que nos pareça uma coisa desnecessária ou sem valor, pois Pedro era legitimamente escolhido após uma noite de oração pelo Mestre, mas, para ele Simão tinha muito significado, uma vez que havia previamente ouvido que isto ocorreria.

Uma nova criatura é a proposta das Boas Novas, onde as coisas velhas passam e tudo se faz novo, para as ovelhas perdidas e enviadas a ouvir a voz do Pastor e tocadas pelo Espírito Santo a reconhecer sua real situação de vida pecaminosa destituída da Presença do Criador ao genuíno arrependimento pelo agir único do sangue derramado do Cordeiro que tira o pecado do mundo.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






Nenhum comentário:

Postar um comentário