Base na Bíblia: João 18:09-17 “... Jesus disse isso para que se cumprisse o que ele tinha
dito antes: ‘Pai, de todos aqueles que me deste, nenhum se perdeu.’ Aí Simão
Pedro tirou a espada, atacou um empregado do Grande Sacerdote e cortou a orelha
direita dele. O nome do empregado era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: - Guarde
a sua espada! Por acaso você pensa que eu não vou beber o cálice de sofrimento
que o Pai me deu? Em seguida os soldados, o comandante e os guardas do Templo
prenderam Jesus e o amarraram. Então o levaram primeiro até a casa de Anás.
Anás era o sogro de Caifás, que naquele ano era o Grande Sacerdote. Caifás era
quem tinha dito aos líderes judeus que era melhor para eles que morresse apenas
um homem pelo povo. Simão Pedro foi seguindo Jesus, junto com outro discípulo.
Esse discípulo era conhecido do Grande Sacerdote e por isso conseguiu entrar no
pátio da casa dele junto com Jesus. Mas Pedro ficou do lado de fora, perto da
porta. O outro discípulo que era conhecido do Grande Sacerdote, saiu e falou
com a empregada que tomava conta da porta. Então ela deixou Pedro entrar e lhe
perguntou: - Você não é um dos seguidores daquele homem? – Eu, não! – respondeu
ele. ...”
“... Isso
aconteceu para cumprir o que ele dissera: ‘Não perdi nenhum dos que me deste’. Então
Shim’on Kefa, que tinha consigo uma espada, desembainhou-a e alvejou o escravo
do kohen hagadol, decepando-lhe a orelha direita; o nome do escravo era Melekh.
Yeshua disse a Kefa: ‘Embainhe a espada! Este é o cálice que o Pai me deu; não
devo beber dele? Assim, o destacamento de soldados romanos e seu capitão, com
os guardas do templo e os habitantes de Y’hudad prenderam Yeshua, amarram-no e
o levaram em primeiro lugar a ‘Anan, sogro de Kayafa, o kohen gadol daquele ano
fatídico. (Kayafa foi quem disse aos habitantes de Y’hudad que seria bom um
homem morrer a favor de todo o povo.) Shim’on Kefa e outro talmid seguiram
Yeshua. Por ser conhecido do kohen hagadol o segundo talmid entrou com Yeshua
no pátio da casa do kohen hagadol, mas Kefa ficou do lado de fora do portão.
Portanto, o outro talmid, que conhecia o kohen hagadol, voltou e falou com a
moça encarregada do portão, trazendo Kefa para dentro. A mulher junto ao portão
perguntou a Kefa: ‘Você não é um dos talmidim desse homem?’. Ele respondeu:
‘Não, não sou’. ...”
Usos e costumes sempre fazem parte do dia a dia de
cada ser humano, alguns deles muitas vezes acontecem tão naturalmente e são até
involuntários aos atos de cada um, que nem se percebe e são estes que formam ou
estão presentes no caráter de cada ser humano, bem como em outros no dia a dia
só se manifestam quando nossos sentimentos são solicitados e eles se expressam naturalmente,
porém, com resultados nem sempre aceitáveis para os que estão a volta, e nem
mesmo a cada um que o expressa.
João, menciona muitos detalhes sobre o acontecimento
que estamos lendo nas Escrituras Sagradas, citando cada momento que antecedeu a
chegada dos que o buscavam, bem como durante o tempo em que estavam prontos
para concluir a ordem que vieram executar.
O Messias, separa os seus, os quais o Próprio Pai o
enviara e cumpre as Palavras das Escrituras, mas mesmo livres de uma provável e
certa prisão, porém cada um deles tem sua própria opinião, notamos a estratégia
de Simão bar Jonas, mesmo sendo pescador de profissão e pescador de homens já a
quase três anos e meio, seu instinto toma a frente e seu ato fica evidente.
Diante dele estava nada menos que o destacamento de
soldados romanos e seu capitão, com os guardas do templo, mas nada impede dele desembainhar
sua espada e de ir e acertar um servo do Sumo Sacerdote daquele ano.
João, não descreve, neste texto que lemos como Simão
escapou desse ato, mas pelos Evangelhos Sinóticos todos citam esse momento
também, mas somente Lucas menciona; “Mas Jesus disse: Deixai-os; basta. E,
tocando-lhe a orelha, o curou.”; sim, provavelmente um tumulto estava formado,
mas somente pela ação plena de misericórdia e compaixão pode reverter de
imediato a situação, complicada não só a Pedro, mas a todos os demais
seguidores do Messias.
Está amarrado o Mestre! E está sendo levado para aqueles
que definiram o mandado de prisão, notamos no texto que a certa distância seguem
dois discípulos, Pedro e João, em puro anonimato, mas continuam seguindo seu
Mestre, para onde Ele é levado.
João, por ser conhecido do Sumo Sacerdote, tem
acesso ao pátio da casa onde Jesus se encontra, porém, Pedro mesmo andando
junto com João, fica isolado do lado de fora do portão.
Após uma conversa com a pessoa responsável pelo
portão, João consegue com que o Portão se abra e Pedro pode também entrar no Pátio
da casa, logo de novo Mestre e discípulos estão juntos no mesmo ambiente.
Jesus havia citado aos seus discípulos que a vontade
do Pai, tinha que se cumprir, foi para isso que o Filho veio, e o desejo tinha
diversas situações que poderiam parecer aos olhos naturais desnecessárias ou
que poderiam ser superadas ou deixadas de lado, contudo para se saber como
proceder teria que ser semelhante a um cálice (recipiente contendo algum tipo
de produto) que só se sabe o que está dentro dele, no momento quando se é
servido.
Uma pessoa a porta (talvez a própria porteira que abriu
para ele entrar), olhando para Pedro lhe faz uma pergunta direta e que exigia dele
uma resposta imediata, pronto todos sabemos qual foi a resposta.
As palavras de Jesus, mais uma vez estavam se
cumprindo e mesmo que nos pareça uma coisa desnecessária ou sem valor, pois
Pedro era legitimamente escolhido após uma noite de oração pelo Mestre, mas,
para ele Simão tinha muito significado, uma vez que havia previamente ouvido que
isto ocorreria.
Uma nova criatura é a proposta das Boas Novas, onde as
coisas velhas passam e tudo se faz novo, para as ovelhas perdidas e enviadas a
ouvir a voz do Pastor e tocadas pelo Espírito Santo a reconhecer sua real
situação de vida pecaminosa destituída da Presença do Criador ao genuíno arrependimento
pelo agir único do sangue derramado do Cordeiro que tira o pecado do mundo.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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