sábado, 25 de dezembro de 2021

O RESSOAR DO NATAL.

 

Base na Bíblia: Lucas 02:06-18 “... e aconteceu que, enquanto se achavam em Belém, chegou o tempo de a criança nascer. Então Maria deu à luz o seu primeiro filho. Enrolou o menino em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pensão. Naquela região havia pastores que estavam passando a noite nos campos, tomando conta dos rebanhos de ovelhas. Então um anjo do Senhor apareceu, e a luz gloriosa do Senhor brilhou por cima dos pastores. Eles ficaram com muito medo, mas o anjo disse: - Não tenham medo! Estou aqui a fim de trazer uma boa notícia para vocês, e ela será motivo de grande alegria também para todo o povo! Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês – o Messias, o Senhor! Esta será a prova: vocês encontrarão uma criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura. No mesmo instante apareceu junto com o anjo uma multidão de outros anjos, como se fosse um exército celestial. Eles cantavam hinos de louvor a Deus, dizendo: - Glória a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem! Quando os anjos voltaram para o céu, os pastores disseram uns aos outros: - Vamos até Belém para ver o que aconteceu; vamos ver aquilo que o Senhor nos contou. Eles foram depressa e encontraram Maria e José, e viram o menino deitado na manjedoura. Então contaram o que os anjos tinham dito a respeito dele. Todos os que ouviram o que os pastores disseram ficaram muito admirados. ... ”

 

“... No campo ali perto, pastores passavam a noite guardando os rebanhos, quando um anjo de ADONAI lhes apareceu, e a Sh’khinah de ADONAI resplandeceu ao redor deles. Eles ficaram aterrorizados; mas o anjo lhes disse: ‘Não tenham medo: estou aqui para lhes anunciar boas notícias que darão grande alegria a todo o povo. Neste mesmo dia, na Cidade de David, nasceu o Libertador, que é o Messias, o Senhor. Vocês o reconhecerão desta forma: encontrarão um bebê envolto em panos e deitado em um cocho’. De repente, com o anjo, surgiu uma grande multidão do exército celestial louvando a Deus: ‘Nos mais altos céus, glória a Deus! E, na terra, paz entre as pessoas de boa vontade!’. Assim que os anjos os deixaram e voltaram para o céu, os pastores disseram uns aos outros: ‘Vamos a Beit-Lechem e vejamos o acontecido, mencionado por ADONAI’. Então correram para lá e encontraram Miryam, Yosef e o bebê deitado no cocho. Vendo-o, divulgaram o que lhes fora dito a respeito dessa criança; e todos os que ouviram ficaram admirados com o que os pastores diziam. ...”

 

Ressoar é um verbo o qual em essência se pode entender como: soar com força; retumbar, ecoar, vejamos:

1 ressoavam as trombetas (fazer soar; cantar, retumbar, entoar);

2 um cântico ressoou pelas alamedas (mais no sentido de repetir ou reproduzir os sons, logo repercutir e ecoar); e

3 a grande concha ressoava o som dos tambores, (por exemplo: este sino ressoa melodiosamente).

Assim o significado de ressoar, seria ‘Soar com força’, com intensidade; retumbar, ecoar: ressoavam os sinos, logo fazer ouvir; repercutir: por exemplo: os boatos ainda ressoavam entre o povo; e também o ato de produzir som; soar, cantar, entoar, como exemplo: ressoar um cântico aos deuses; sua voz ressoava.

No tempo passado ressoar por exemplo me remete nos idos em que um sino de uma Igreja ecoava em seus horários para simplesmente lembrar que algo estava acontecendo, desde a hora cheia, a meia hora, uma convocação, ...; e de longe, muito longe se podia ouvir e identificar com toda certeza seu som.

Com o progresso, veio o avanço em todas as áreas e uma delas foi a da construção, que começou a ocupar os espaços para a urbanização, e assim aos poucos o som do badalar de um sino ficou restrito a poucos metros de onde se inicia, limitando assim sua capacidade de se propagar, esse foi o preço que hoje é substituído pelo som tecnológico que mantem informado um a um no tempo mais próximo possível de todos os acontecimentos próximos ou distantes em além-mar.

Quantas palavras e pensamentos ressoam em nossa mente, e sabemos que somos escravos de quem nos domina, sejam esses oriundos de ensinos, de ideais ou pensamentos que geramos ou construímos em nossa maneira de nos portar frente aos nossos pares.

Estabelecer limites ou padrões são confortos que buscamos, afinal sem esses deixamos de estabelecer a conexão segura com o mundo a nossa volta.

Por isso passo a refletir sobre um acontecimento, de outrora, que influência em todo o tempo passado, presente e por vir, e para alguns é o único meio para se estabelecer uma maneira de viver em meio aos seres humanos e não simplesmente ser levada por ela.

Belém da Judeia distante de Jerusalém e na época do nascimento (local e data indefinidos e há controvérsias) era uma vila situada no alto de uma colina, logo um lugar de refúgio, privilegiada para os moradores daquele lugar, desde antes dos dias do patriarca Jacó.

Seguindo as Escrituras Sagradas o improvável ocorreu, pois o Centro da religião e domínio dos escritos hebraicos estava com toda a sua efervescência em Jerusalém, mas em um local apagado dos holofotes veio a ocorrer o nascimento de uma criança, dentre tantas outras, porém está estava mencionada das demais.

Um grupo de pastores, exercendo suas atividades de acordo com os protocolos que tinham para cuidar de seus rebanhos, presenciam um acontecimento único e destinado somente para eles.

Boas Novas são anunciadas a eles por um anjo, que seriam para todo o povo e ele descreve como seria identificado essa criança e um espetáculo segue envolvendo multidão de anjos a entoar cânticos ao Eterno de gratidão e reconhecimento do cumprir de sua palavra.

Sabemos que o som propaga e podemos imaginar que foram tão cativantes que os pastores, ao término deste evento, ao invés de ficarem quietos e contemplativos, passaram a mudar suas logísticas e buscarem meios para encontrar a criança que pelo anjo de ADONAI e por eles foram cantadas, e a eles mencionado.

Com certeza apesar de estar cheio o lugar, eles foram perseverantes e alcançaram ver no mesmo dia, talvez em fração de horas, o acontecido, e tinham convicção pessoal cada um deles de que era uma promessa do Senhor ADONAI acontecendo diante de seus olhos.

Ressoaram então com palavras e com seus pulmões cheios sobre os acontecimentos que presenciaram, a todos que encontraram e descreveram esses quem encontraram e como o encontraram nas condições que previamente lhes foram informadas; bem como as palavras que sobre a criança lhes foram ditas, com certeza o povo de Belém e os viajantes, ouvia e ao ouvir ficaram admirados com os pastores.

É impressionante pensar que as coisas débeis acontecem para confundir aos sábios, pois esses pastores deveriam ir a Sinagoga e ao menos uma vez por ano a Jerusalém ao Templo, mas eram bem menos esclarecidos que os líderes de sua época e dos mestres e dos escribas e dos fariseus, mas aprouve ao Eterno desta maneira se manifestar entre os homens.

Esse tempo descrito na Antiga Aliança e concretizado na Nova Aliança, não a eliminou e sim a adicionou para apresentar ao ser humano o Plano de Resgate necessário para se reencontrar com o seu Criador, e somente assim seu som hoje podemos identificar como o Ressoar do Natal, para muitos povos, línguas e nações.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






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