“...
Então todos foram embora, cada um para sua casa. Yeshua, porém, foi para o
monte das Oliveiras. Ao amanhecer, ele apareceu outra vez no pátio do templo,
onde as pessoas se reuniram em torno dele, e ele se sentou para ensiná-las. Os
mestres da Torah e os p´rushim trouxeram uma mulher pega cometendo adultério e
a colocaram em pé no centro do grupo. Então disseram a Yeshua: ‘Rabbi, esta
mulher foi pega cometendo adultério. Na nossa Torah, Mosheh ordenou que esse tipo
de mulher seja apedrejada até a morte. Que você nos diz a respeito disso?’. Eles
disseram isso para pegá-lo em uma armadilha, a fim de terem uma base de
acusação; mas Yeshua se inclinou e começou a escrever no chão com o dedo. Eles
continuaram a lhe fazer perguntas, Yeshua endireitou o corpo e disse: ‘Aquele de
vocês que está sem pecado deve ser o primeiro a atirar pedras nela’. Então ele
se inclinou e escreveu no chão novamente. Ao ouvir isso, eles começaram a sair,
um a um, começando pelos mais velhos, até não sobrar ninguém, apenas a mulher.
Pondo-se em pé, Yeshua lhe disse: ‘Onde estão eles? Ninguém a condenou?’. Ela
disse: Ninguém, senhor’. Yeshua falou: ‘Nem eu a
condeno. Agora vá e não peque mais’. ...”
Muito comum é nos dias
atuais, o que vou mencionar a seguir, mas tenho certeza que outrora também
ocorria, me refiro a atitude humana de agir pelo sentimento do momento, pelo
que nos é apresentado, por pessoas, e assim estabelecemos regras e condutas
centradas na emoção e muitas vezes podemos gerar conflitos e confusão ou
passarmos a distorcer a realidade dos fatos que genuinamente estão acontecendo
diante de nossos olhos e assim provocarmos discórdia e ações que são contrárias
a amar o seu próximo como se ama a si mesmo.
Por sua vez a Palavra
adultério nas Sagradas Escrituras, tem a conotação, que é a de violar o texto
de Êxodo 20:14 ‘Não adulterarás’; e talvez pensando nos diferentes comportamentos
humanos, Jesus traz uma profundidade nunca antes vista a respeito do que
realmente significava adultério diante de Deus: “Eu, porém, vos digo: que todo
aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração, cometeu
adultério com ela.” Mateus 5:28. O simples fato de ser tentado na mente não era
pecado, mas quando fantasias sexuais mentais fossem estimuladas com alguém que
não era a esposa, Jesus (O Filho na Trindade) considera como um adultério.
Porém, notem que é amplo
o uso dessa palavra no dicionário da língua portuguesa vejam que encontramos as
seguintes conotações (Etimologia, origem da palavra adultério: do latim
adulterium.):
Infidelidade conjugal;
traição de um dos cônjuges: divórcio por adultério. Traição que se efetiva
quando alguém tem relações sexuais com outra pessoa com a qual não está casado.
Junção de elementos que se diferem, se contradizem. Ato de falsificar, de
alterar algo (falsificação; adulteração).
A lei citada que Moisés
escreveu está em Hebraico escrito no Pentateuco nos Livros de Levítico 20:10 e
Deuteronômio 22:22, e declaram que:
‘O homem que adulterar
com a mulher de outro, sim, aquele que adulterar com a mulher do seu próximo,
certamente será morto, tanto o adúltero, como a adúltera.’; e
‘Se um homem for
encontrado deitado com a mulher que tenha marido, morrerão ambos o homem que se
tiver deitado com a mulher, e a mulher. Assim exterminarás o mal de Israel.’
Em que pese este texto que
lemos ser ou não escrito originalmente pelo evangelista João, e sim por seus seguidores,
sua base concentra em ações que lembram o agir e conduta do Raboni em seu dia a
dia enfatizando o fato de ser Ele aquele que veio para trazer a notícia do
Arrependimento ao ser humano, pois o Messias declarava: ‘O tempo está cumprido,
e é chegado o Reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho.’
No pátio dos homens uma
mulher é levada e colocada em pé, no centro deles, seus acusadores apresentam o
testemunho do que aconteceu e questionaram de Jesus, uma posição a respeito de
como proceder.
Jesus, ouve, ele já
estava sentado e como estava ficou, começou a escrever e nada respondeu, seu
silencio gerou o incomodo dos acusadores que o questionaram com perguntas, mas
lembrem que havia uma razão para esperarem uma resposta do Messias, a qual era
a de acharem argumentos para criarem um meio para o acusar.
Jesus se coloca em pé e
responde a todos, os que a acusaram e todos seus ouvintes a volta o ouviram
certamente também, declarando ser legitimo atirar pedras se começasse por
aquele que nenhum pecado tivesse.
Todos ouviram sem dúvida
e de alguma forma ao pensarem nas palavras que ouviram de Jesus, suas consciências
foram tocadas a tal ponto que todos esses responderam saindo do local sem
lançar uma única pedra.
Somente ficou a mulher e
nenhum de seus acusadores, e também Jesus que havia se abaixado para continuar
a escrever no chão e possivelmente seus ouvintes, Jesus se levanta e faz perguntas
a mulher, sobre o paradeiro de seus acusadores que a condenaram, a resposta foi
que ninguém deles ficou ali com eles.
Vários séculos depois vivemos
cada um de nossos dias bons, porém outros difíceis, mas todos permitido pelo Criador
de todas as coisas, e podemos a cada dia ouvir, pensar e responder, como foi
proposto pelo Messias a essa mulher: “Yeshua falou: ‘Nem eu a condeno. Agora vá
e não peque mais’, pois Jesus veio pela vontade do Pai para que tenhamos vida e
a tenhamos em abundância.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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