sexta-feira, 16 de julho de 2021

DEBATES SOBRE O UNGIDO.

 

Base na Bíblia: João 07:45-52 “... Os guardas voltaram para o lugar onde estavam os chefes dos sacerdotes e os fariseus, e eles perguntaram: - Por que vocês não trouxeram aquele homem? Eles responderam: - Nunca ninguém falou como ele! Então os fariseus disseram aos guardas: - Será que vocês também foram enganados? Por acaso alguma autoridade ou algum fariseu creu nele? Essa gente que não conhece a Lei está amaldiçoada por Deus. Mas Nicodemos, que era um deles e que certa ocasião havia falado com Jesus, disse: - De acordo com a nossa Lei não podemos condenar um homem sem ouvi-lo primeiro e descobrir o que ele fez. – Por acaso você também é da Galileia? – perguntaram eles. – Estude as Escrituras Sagradas e verá que da Galiléia nunca surgiu nenhum profeta. ...”

 

“... Os guardas voltaram aos principais kohanim e aos p’rushim, que lhes perguntaram: ‘Por que vocês não o trouxeram?’. ‘Os guardas responderam: ‘Ninguém jamais falou da maneira que esse homem fala!’, ‘Isso significa que vocês também foram enganados?’, os p´rushim retrucaram. ‘Alguma das autoridades confiou nele? Ou algum dos p´rushim? Não! Na verdade, esses ‘am-há’aretz o fazem porque não sabem nada a respeito da Torah; eles são malditos!’. Nakdimon, o homem que se encontrara anteriormente com Yeshua, e que era um deles, disse-lhes: ‘Nossa Torah não condena um homem até que ele fale e que se descubra o que ele fez’. Eles responderam: ‘Você também é da Galil? Estude o Tanakh e veja por si mesmo que nenhum profeta procede da Galil’. Então todos foram embora, cada um para sua casa. ...”

 

Sobre a palavra Ego, seguindo a definição no dicionário, significa: ‘na psicologia está dividida em duas partes: a) núcleo da personalidade de uma pessoa; e b) princípio de organização dinâmica, diretor e avaliador que determina as vivências e atos do indivíduo’; notamos que uma ordem foi literalmente contrariada no retorno dos guardas.

Jesus continua no átrio do Templo anunciado suas Palavras sobre a chegada do Reino de Deus enquanto os principais e o escribas, estão com seu ego ferido e agora buscam tentar entender o motivo da falta do cumprimento de uma ordem direta.

As palavras dos guardas surpreendem, ao declarar que “jamais alguém disse ...” como sendo a razão pela qual não concluíram a ordem determinada, e notem que gerou uma reação imediata nos que ouvem essa justificativa.

Com plena certeza, podemos afirmar, que esses guardas muitas vezes ouviram cada um dos principais e dos escribas falarem, e nunca usaram desta maneira de interpretar a palavra dita por cada um deles.

De pronto, em resposta, usaram do critério de pergunta direta, para confirmar se eles também estavam a favor de Jesus, o Messias, o Raboni, porém de imediato deixam claro a cada um dos guardas, que se sim, eles foram enganados.

Usam então do sistema de exceção para justificar a afirmação do engano, declarando que os eruditos, os que lideravam o povo (líderes e fariseus) nenhum deles havia tomado partido a favor de Jesus, porém concluem apresentando que o povo carece de informações das Escrituras e por isso, aceitam as palavras de Jesus, como sendo o Messias, mas diante do Eterno, eles declaram que cada um do povo é maldito.

Temos um debate e pelas palavras de João agora entra Nicodemos e pede a palavra e usando da Lei contida na Torah (Pentateuco), declara a todos os lideres e fariseus presentes que seguindo o princípio contido nas Escrituras, um homem não é condenado sem que primeiro se ouça o que ele fala e assim possam eles descobrir o que ele fez.

Agora, o debate se volta contra Nicodemos, questionando se sua origem familiar vem da Galileia, sugerindo que ele deveria ler o Tanakh (Antiga Aliança, ou Velho Testamento), para que chegue por si só a conclusão de que da Galileia nunca veio nenhum profeta, pois eles o tinham como residente e nascido na Galileia e jamais interpretavam ou buscavam saber dele sua real origem de nascimento, a qual foi na Judeia na Cidade de Belém, terra que veio seu antepassado o rei David.

Quando o ego está ferido, muitas vezes, apresentamos argumentos, somente para massagear nossa própria mente e corpo, porém nesse debate o assunto era se prendeu ou não prendeu e o porquê disso, mas desdobrou de tal maneira que entre eles ficou claro que não havia unidade e sim a lei dos interesses entre dominadores e dominados.

O reino de Deus ao contrário, abriu uma porta, que não havia, permitindo o diálogo e debate sobre o Ungido enviado pelo Pai, para que toda ovelha perdida, estivessem elas aonde estivessem, seriam uma a uma atingidas pelo chamado e apresentado a cada uma delas o caminho estreito que somente por ele, leva a reconciliação com o Criador e chegou até os nossos dias.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






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