Base na Bíblia: Marcos 12: 35-40 “... Quando Jesus estava
ensinando no pátio do Templo, perguntou: Como podem os mestres da Lei ensinar
que o Messias é descendente de Davi? Pois Davi, inspirado pelo Espírito Santo,
escreveu: ‘O Senhor Deus disse ao meu Senhor: ‘’Sente-se do meu lado direito, até
que eu ponha os seus inimigos debaixo dos seus pés.’’’ O próprio Davi chama o
Messias de Senhor. Portanto, como é que o Messias pode ser descendente de Davi?
Uma grande multidão escutava com prazer o que Jesus ensinava. Ele dizia ao
povo: Cuidado com os mestres da Lei! Eles gostam de andar para lá e para cá, usando
capas compridas, e gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças;
preferem os lugares de honra nas sinagogas e os melhores lugares nos banquetes.
Exploram as viúvas e roubam os seus bens; e, para disfarçarem, fazem orações compridas.
Portanto, o castigo que eles vão sofrer será pior ainda!...”
Os Evangelhos segundo Mateus
e Lucas também citam essas duas passagens, ora citando que os fariseus foram os
que foram questionados sobre Davi e sua descendência, bem como os cuidados com
os mestres da Lei, ou escribas ou fariseus, para que justamente pudesse se
apresentar a pergunta certa a pessoa certa e a conduta a evitar de determinadas
pessoas, pois já está declarado a muito tempo nas Escrituras Sagradas de que o
Sol nasce dia a dia sobre os maus e os bons.
Todos que tinham acesso
as Escrituras (que eram poucos) e os que a podiam ouvir nas sinagogas, tinham
acesso as informações sobre seu conteúdo e não raramente também ouviam seus educadores
(mestres, profetas, escribas, doutores da Lei, sacerdotes, sumo sacerdotes,
membros do sinédrio, ...) que usavam da Palavra extraída da Escritura, para
apresentar interpretações, leis, ordenanças, mandamentos, costumes, etc...
Jesus, usando da Palavra
contida no Livros dos Salmos, questiona o grupo de educadores presente, sobre o
fato do Messias ser filho de Davi (descendente da linhagem), e cita a parte
onde o Senhor coloca seu Senhor a direita, numa demonstração clara de submissão
do rei Davi ao Messias que viria de sua linhagem, todos ouviram sua pergunta,
mas ninguém tinha como responder, pois usavam da medida humana para entender os
Escritos Sagrados deixando de lado o fato de que a Bíblia (Escritura Sagrada) é
a inspiração do próprio Deus, inspirada sim pelo próprio Espírito Santo, e que
o Messias enviado pelo próprio Deus, o próprio Filho, prometido estava diante
deles.
O Autor de todas as
coisas estava diante deles, o único que tem todo o direito de tudo e sobre
todos, veio sim, mas com toda a aparência de servo, humilde, sofredor, homem de
dores, sua feição era o espelho de pessoa sofrida, servindo sim, anunciando o
Tempo aceitável do Senhor e apascentando o povo que vivia longe e desgarrado do
Seu Senhor, pois todos eles, pobres e ricos, instruídos ou leigos, sabiam de
cor essa frase (mas não a entenderam): Ouve Israel, O Senhor nosso Deus é Deus
único, o único Senhor!
Assim sem resposta, de
nenhum deles, Jesus prosseguiu, declarando agora especificamente ao povo e é
claro aos demais ouvintes (os educadores): Acautelai-vos!
Vaidade de se vestir,
maneiras de alongar seus trajes, modo de se portar, maneira de andar, estar em lugares
onde pessoas passam (praças, por exemplo), ter gosto pelas saudações reverentes,
gostar de estar em reuniões festivas e estar nas melhores posições desses lugares,
tudo isso para enaltecer e viver na Lei da Aparência e mostrar sua ‘natural’ autoridade
e superioridade entre os demais presentes.
Sobre esta última citação,
reflito que deveria ser complicado quando dois ou mais deles estivessem no
mesmo local ou evento, afinal qual seria o mais popular entre eles, a disputa
que travariam, sem deixar de me lembrar que o cargo mais alto era de sumo
sacerdote, mas abaixo todos deveriam passar, conviver ou viver em conflitos de
vaidade constantemente e ético entre si.
Jesus, o próprio Rei, se
esvaziou, tomou a forma de servo, assim profetizado muitos séculos antes esse fato
foi devidamente declarado e registrado, descendente de Davi, nascido em Belém, Galileu,
viveria para servir a Vontade do Pai, e ser o castigo que nos traz a paz, anunciando
e assim como seu antecessor, João, o Batista, que lhe era submisso: ‘Não sou
digno nem de desatar-lhe as sandálias’; assim também o Filho era ao Pai
submisso, essa era a verdadeira Lei da Aparência.
Porém sobre a Lei da falsa
Aparência aponta que seus usuários elevam seu ego e ainda distorcem e oprimem e
fazem fazer o que não fazem, bem como tornam seus seguidores piores pior duas
vezes que eles filhos do inferno, simplesmente por isso: Acautelai-vos!
Jesus falava e o povo o
escutava com prazer suas palavras, porém lembre-se que esse é o mesmo povo, que
podem ser composto de pessoas como eu e muitos que leem, ou escutam agora, que
jogaram suas túnicas ao chão, colocaram folhas ao chão, gritaram Hosanas e o
ouviam com imenso prazer, mas que em outro momento (menos de uma semana) irão dizer
abertamente: Crucifica-o! preferimos Barrabás.
A lei da aparência
jamais deixou de existir, sim Jesus veio como menino, mas cresceu, viveu, por
volta de seus 30 (trinta) e poucos anos, foi levado a morte por Cruz, e
ressuscitou ao terceiro, dia, essa é a verdadeira aparência que nos traz o
perdão do pecado que nos escraviza desde a queda de Adão, enquanto que a outra
aparência se limita a ostentar o que dessa terra nada se vai levar.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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