Base na Bíblia: Lucas 13: 10-14 “... Certo
sábado, Jesus estava ensinando numa sinagoga. E chegou ali uma mulher que fazia
dezoito anos que estava doente, por causa de um espírito mau. Ela andava
encurvada e não conseguia se endireitar. Quando Jesus a viu, ele a chamou e
disse: Mulher, você está curada. Aí pôs as mãos sobre ela, e ela logo se
endireitou e começou a louvar a Deus. Mas o chefe da sinagoga ficou zangado
porque Jesus havia feito uma cura no sábado. Por isso disse ao povo: Há seis dias
para trabalhar. Pois venham nesses dias para serem curados, mas, no sábado, não!...”
Seja como for sabemos que para o chefe dessa sinagoga, essa mulher que a
18 (dezoito) anos caminhava pelas ruas e por dentro da sinagoga era conhecida,
mesmo provavelmente para Jesus, salvo se fosse a primeira vez que ele estava
nesta localidade, nesta sinagoga e/ou que eles (Jesus e a mulher) se viram,
salvo também para ambos se ela fosse recém-chegada a cidade.
Algumas características dessa mulher foram apresentadas, porém não
menciona o nome, sua idade, ou estado civil, somente faz referência a sua
maneira de andar encurvada por estar doente a 18 (dezoito) anos e declara a
origem desse mal, nessa situação e por esta razão não podia ficar ereta
naturalmente como os demais seres humanos.
Poderíamos imaginar que se tratava de um problema desde o nascimento,
mas também imaginar que foi adquirido com o avanço da idade, pois só a vimos a
partir desse relato, não a conhecemos; sempre podemos ter ideias e fazer
julgamentos ou pré-julgamento sobre tudo e todos que estão a nossa volta, bem
como daqueles que tomamos conhecimento, porém em nada com esse nosso
comportamento natural humano, estamos mudando, ou demonstrando nosso sentimento,
como foram os que viviam a volta dela, seja de empatia, pela situação que essa
mulher realmente carregava a 18 (dezoito) anos.
Na sinagoga, nessa localidade, Jesus, estava ensinando e anunciando as
Boas Novas do Senhor, Deus e Pai aos filhos de Abraão, como de costume, a
reunião era em um sábado, era público esse acontecimento, logo todos tinham
acesso, não era restrito ou particular.
Em meio aos participantes surge essa mulher, e sabemos pelo texto, que
Jesus, ao notar sua presença, não a ignorou, ou a considerou como mais um em
meio ao público ouvinte, que estavam ali presentes, somente para ouvir do amor
de Deus para com os seus filhos.
O Mestre foi na direção da mulher e lhe lançou uma frase, clara e
objetiva, ao perceber sua maneira de ver o mundo. Sabemos que cada fase de
nossas vidas olhamos o mundo por uma ótica e é assim que o compreendemos pela
perspectiva que nos permite perceber sua realidade.
Essa mulher via o mundo por 18 (dezoito) anos olhando-o somente para baixo,
inclusive ao conversar com pessoas a sua volta, logo tinha uma visão reduzida
do que havia a sua volta, e pelas Escrituras Sagradas sabemos que o inimigo vem
para matar, roubar e destruir, e era essa a vida vivida desta mulher por todos
esses anos, roubada da possibilidade de ver todas as opções a sua volta.
Sabemos que com um tocar do Senhor Jesus, por milagre, o corpo desta
mulher se endireita e ela passa a Louvar a Deus em gratidão, ao poder recebido
e passa a enxergar plenamente a criação que o Eterno criou aos seus filhos e pode
se sentir liberta da opressão que a tornava presa, encarcerada em seu mundo
limitado.
O chefe da sinagoga, deve ter se alegrado também pelo sinal ocorrido,
porém sua alegria encerrou quando se lembrou que era dia de sábado, o dia que o
Senhor Deus, descansou de toda a obra de sua criação e Ele nos ensina a também
descansar e ter um dia de reflexão, meditação e agradecimento por essa verdade
do Criador.
As palavras do chefe da sinagoga, são dirigidas a todos que o podem
ouvir, com certeza incluindo, esta mulher, Jesus e os presentes. Exortando que
os doentes e necessitados (mental, físico e espiritual) procurassem nos outros
6 (seis) dias da semana sua cura, o seu milagre e nunca no dia de sábado.
Sua declaração demonstrava o quanto podemos estar perto e longe de Deus
ao mesmo tempo, pois muitos vivem sem entender que o Criador criou o homem a
sua imagem e semelhança e o dotou de discernimento para separar o que é justo do
que vem do interior humano e também do que é oriundo somente da aparência
exterior.
Do seu irmão em
Cristo,
Marcos de Paula
Nenhum comentário:
Postar um comentário