Base na Bíblia: Lucas 6 27-31 “... Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: amem os seus inimigos e façam
o bem para os que odeiam vocês. Desejem o bem para aqueles que os amaldiçoam e
orem em favor daqueles que maltratam vocês. Se alguém lhe der um tapa na cara,
vire o outro lado para ele bater também. Se alguém tomar a sua capa, deixe que
leve a túnica também. Dê sempre a qualquer um que lhe pedir alguma coisa; e,
quando alguém tirar o que é seu, não peça de volta. Façam aos outros a mesma coisa
que querem que eles façam a vocês...”
Sabemos ser difícil aceitar a perda das coisas que estimamos,
e aprendemos a conviver, seja por simples empatia, ou aquelas que conquistamos
ao longo dos anos, ou mesmo pela simples simpatia, trazemos esse sentimento
contido em nossa natureza e buscamos sempre trazer a possibilidade da perda
somente em casos em que a troca ou substituição seja muito mais vantajosa,
dificilmente por esta razão, troca-se o que se quer bem pelo que sentimos
repulsa.
As Palavras de Jesus nesse texto enfatizam o comportamento de
aprender a viver com a renúncia de três coisas: a pessoal, a dos que são próximos e
a material; destacando claramente o efeito em que devem ser realizadas e a
motivação que devem estar por traz, de cada uma delas. Por outro lado, vivemos
em uma geração que tem muitos acessos e facilidades a confortos que nossos
bisavôs, nem sonhariam ser possíveis, mas juntos com eles podemos estar vivendo,
como uma consequência, uma vida regada de exageros e perdas dos valores que se
acumulam em nossa jornada na terra.
Desanimados vemos dia a dia o sucesso, mas também a dura dor da
perda, a doença, as guerras, os conflitos por sua vez, iniciando em lares,
sociedades e atingindo nações e por fim, despertamos para um sentimento de
isolamento permanente, limitando a certos grupos, buscando ser assim o
movimento apropriado para neutralizar os efeitos dos dias em que vivemos.
As estatísticas também apontam para o aumento do uso de meios
para passar a viver o dia a dia como o cigarro, a bebida, o entretenimento e as
drogas, porém sempre deixando de admitir o aumento do grau de dependência de
seus usuários, que também acham que estão no movimento apropriado para
conquistar e alcançar novos desafios, vivendo assim, mas correndo o sério risco
de vegetar em suas decisões e vontades, pois somos dependentes de tudo aquilo
que nos escraviza e nem nos damos conta.
Muitos estão a ouvir em primeira mão, as Palavras de Jesus e percebem
que são diretas sobre seus comportamentos e modos de vida, trazendo junto delas
a luz da verdadeira razão que pode abrir os olhos e lançar luz e vida, mesmo ao
mais abatido, ao mais caído, ao mais doente (físico, mental e espiritual), ao
mais perdido, ao mais sem esperança de dias melhores, apresentando a forma como
o amor se estabelece e se firma com suas raízes e confirma a existência do alicerce
sólido que resgata os valores éticos, morais de cada criatura, criada a imagem de
seu Criador. Uma vez que somos moldados a imagem e semelhança do Criador, temos
sim, na Bíblia, os exemplos que devem ser o lastro de nossa conduta.
Amar ao próximo como a si mesmo, perdoar como somos perdoados,
orar com amor por aqueles que frontalmente nos odeiam, desejar bem aqueles que
nos amaldiçoam, orar sinceramente também pelos que nos maltratam, ter a
oportunidade de ser machucado na face e oferecer a outra face ao agressor pelo
amor que há em você, também abrir mão da vestimenta e acrescentar outra vestimenta e nem ter o desejo de cobrar de volta. Exclusivamente tudo isso ocorre porque o
nosso exemplo maior e único é Jesus Cristo, que assim fez, por amor individual
por nós, sem medir a capacidade e o valor de retribuir que há em cada um de
nós, pois o Eterno sabe que independente do dia e da hora em que vive a
humanidade, em cada um de nós seres humanos, sabemos sim, o que queremos que
seja feito por nós, e pela graça da Salvação recebemos acima, do que poderíamos
imaginar, seja nessa vida presente ou naquela que já está preparada pelo
Senhor, para cada um, e é aplicada aos que aceitam ter um novo momento, uma
nova história, uma nova motivação para viver e aos que rejeitam essa verdade.
Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula
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