sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

MOVIMENTO APROPRIADO.

Base na Bíblia: Lucas 6 27-31 ... Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: amem os seus inimigos e façam o bem para os que odeiam vocês. Desejem o bem para aqueles que os amaldiçoam e orem em favor daqueles que maltratam vocês. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também. Se alguém tomar a sua capa, deixe que leve a túnica também. Dê sempre a qualquer um que lhe pedir alguma coisa; e, quando alguém tirar o que é seu, não peça de volta. Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles façam a vocês...”


Sabemos ser difícil aceitar a perda das coisas que estimamos, e aprendemos a conviver, seja por simples empatia, ou aquelas que conquistamos ao longo dos anos, ou mesmo pela simples simpatia, trazemos esse sentimento contido em nossa natureza e buscamos sempre trazer a possibilidade da perda somente em casos em que a troca ou substituição seja muito mais vantajosa, dificilmente por esta razão, troca-se o que se quer bem pelo que sentimos repulsa.

As Palavras de Jesus nesse texto enfatizam o comportamento de aprender a viver com a renúncia de três coisas: a pessoal, a dos que são próximos e a material; destacando claramente o efeito em que devem ser realizadas e a motivação que devem estar por traz, de cada uma delas. Por outro lado, vivemos em uma geração que tem muitos acessos e facilidades a confortos que nossos bisavôs, nem sonhariam ser possíveis, mas juntos com eles podemos estar vivendo, como uma consequência, uma vida regada de exageros e perdas dos valores que se acumulam em nossa jornada na terra.

Desanimados vemos dia a dia o sucesso, mas também a dura dor da perda, a doença, as guerras, os conflitos por sua vez, iniciando em lares, sociedades e atingindo nações e por fim, despertamos para um sentimento de isolamento permanente, limitando a certos grupos, buscando ser assim o movimento apropriado para neutralizar os efeitos dos dias em que vivemos.

As estatísticas também apontam para o aumento do uso de meios para passar a viver o dia a dia como o cigarro, a bebida, o entretenimento e as drogas, porém sempre deixando de admitir o aumento do grau de dependência de seus usuários, que também acham que estão no movimento apropriado para conquistar e alcançar novos desafios, vivendo assim, mas correndo o sério risco de vegetar em suas decisões e vontades, pois somos dependentes de tudo aquilo que nos escraviza e nem nos damos conta.

Muitos estão a ouvir em primeira mão, as Palavras de Jesus e percebem que são diretas sobre seus comportamentos e modos de vida, trazendo junto delas a luz da verdadeira razão que pode abrir os olhos e lançar luz e vida, mesmo ao mais abatido, ao mais caído, ao mais doente (físico, mental e espiritual), ao mais perdido, ao mais sem esperança de dias melhores, apresentando a forma como o amor se estabelece e se firma com suas raízes e confirma a existência do alicerce sólido que resgata os valores éticos, morais de cada criatura, criada a imagem de seu Criador. Uma vez que somos moldados a imagem e semelhança do Criador, temos sim, na Bíblia, os exemplos que devem ser o lastro de nossa conduta.

Amar ao próximo como a si mesmo, perdoar como somos perdoados, orar com amor por aqueles que frontalmente nos odeiam, desejar bem aqueles que nos amaldiçoam, orar sinceramente também pelos que nos maltratam, ter a oportunidade de ser machucado na face e oferecer a outra face ao agressor pelo amor que há em você, também abrir mão da vestimenta e acrescentar outra vestimenta e nem ter o desejo de cobrar de volta. Exclusivamente tudo isso ocorre porque o nosso exemplo maior e único é Jesus Cristo, que assim fez, por amor individual por nós, sem medir a capacidade e o valor de retribuir que há em cada um de nós, pois o Eterno sabe que independente do dia e da hora em que vive a humanidade, em cada um de nós seres humanos, sabemos sim, o que queremos que seja feito por nós, e pela graça da Salvação recebemos acima, do que poderíamos imaginar, seja nessa vida presente ou naquela que já está preparada pelo Senhor, para cada um, e é aplicada aos que aceitam ter um novo momento, uma nova história, uma nova motivação para viver e aos que rejeitam essa verdade.


Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula





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