Base na Bíblia: Mateus 18:23-34 “... Por isso o reino dos céus é comparado a um rei que quis tomar contas a
seus servos; e, tendo começado a tomá-las, foi lhe apresentado um que lhe devia
dez mil talentos; mas não tendo ele com que pagar, ordenou seu senhor que
fossem vendidos, ele, sua mulher, seus filhos, e tudo o que tinha, e que
pagasse a dívida. Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo:
Senhor, tem paciência comigo, que tudo te pagarei. O senhor daquele servo, pois
movido de compaixão, soltou-o, e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele
servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem denários; e
segurando-o, o sufocava, dizendo: Paga o que me deves. Então o seu companheiro,
caindo-lhe aos pés, rogava-lhe, dizendo: Tem paciência comigo, que te pagarei.
Ele, porém, não quis; antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
Vendo, pois os seus conservos o que acontecera, contristaram-se grandemente, e
foram revelar tudo isso ao seu senhor. Então o seu senhor, chamando-o à sua
presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei toda aquela dívida, porque me
suplicaste; não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, assim como
eu tive compaixão de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos verdugos,
até que pagasse tudo o que lhe devia...”
Para reverter uma situação muitas vezes requer perícia
e muita habilidade, confiança e domínio próprio, a fim de alterar aquilo que
estava determinado pelas circunstancias diretas e indiretas e que ocorreram ou
estão ocorrendo para cada um de nós. Mas muitas vezes mesmo com toda essa
perseverança natural do ser humano o resultado ainda assim pode ser
desfavorável.
O simples perdão pode parecer algo desnecessário para a
raça humana, que a considera um fruto de mentes de menor capacidade, ou pessoas
fracas, mas as Escrituras classificam como uma posição honrável e digna de toda
a credibilidade, pois caracteriza o reconhecimento do erro e a vontade natural
de nunca mais voltar a querer repetir novamente.
Na parábola que Jesus comentou foram apresentadas
poucas pessoas envolvidas, mas por fim mostra toda a raça humana, pois o
assunto central era dívida, e a soma do valor devido do primeiro homem a ser
julgado era muito elevada. Seu pagamento obrigaria a venda do devedor, sua
esposa seus filhos e todos seus bens.
Ele reverteu essa situação ao pedir perdão e alcançou a
resposta necessária, mas sua ação seguinte quebrou tudo o que fizera, ao
encontrar um conservo que devia 0,000167% da sua divida anterior (60.000.000
denários = 10.000 talentos). Lembro que um denário era o salário por um dia
inteiro de trabalho (sol a sol).
A noticia de sua ação chegou ao seu senhor que ao ouvir,
chamou o mesmo sevo perdoado, e reverteu a sentença. Cabe a pergunta: Será que numa
distração pessoal (nunca intencional) estamos guardando magoas, tristezas, rancor
de anos, ou nutrindo sentimentos de destruição, e esquecendo que o Senhor Jesus,
veio ao Mundo, para ensinar o amor do perdão que trouxe e foi demonstrado na
cruz do calvário, padecendo o justo pelos injustos, uma única vez por todos, e
ressuscitando ao terceiro dia e permanecendo por mais quarenta dias entre nós
mostrando a única maneira de reconciliação com o Criador.
Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula
Nenhum comentário:
Postar um comentário