sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

O DIÁLOGO.

 

Base na Bíblia: João 04:07-26 “... Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Pois seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Disse-lhe então a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (Porque os judeus não se comunicam com os samaritanos.) Respondeu-lhe Jesus: Se tivesses conhecido o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado água viva. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que tirá-la, e o poço é fundo; donde. Pois, tens essa água viva? És tu, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual também ele mesmo bebeu, e os seus filhos, e o seu gado? Replicou-lhe Jesus: Todo o que beber desta água tornará a ter sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la. Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido e vem cá. Respondeu a mulher: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; porque cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me, a hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. Replicou-lhe a mulher: Eu sei que vem o Messias (que se chama o Cristo); quando ele vier, há de nos anunciar todas as coisas. Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo. ...”

 

“... Uma mulher de Shomron foi tirar água, e Yeshua lhe disse: ‘Dê-me um pouco de água’. (Os talmidim tinham ido à cidade comprar comida). A mulher de Shomron lhe disse: ‘Como você, judeu, pede água a mim, uma mulher de Shomron? (Porque os judeus não se relacionam bem com o povo de Shomron.) Yeshua lhe respondeu: ‘Se você conhecesse o dom de Deus, isto é, quem lhe está dizendo: ‘Dê-me um pouco de água’, então teria pedido, e ele lhe teria dado água viva’. Ela lhe disse: ‘O senhor não tem balde, e o poço é fundo. Onde conseguiria essa ‘água viva’? Você não é maior do que nosso pai Ya’akov, é? Ele nos deu o poço e bebeu dele, e da mesma forma o fizeram seus filhos e seu gado’. Yeshua respondeu: ‘Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede! Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará uma fonte de água em seu interior, jorrando para a vida eterna!’. ‘Senhor, dê-me dessa água’, a mulher lhe disse, ‘para que eu não tenha mais sede, nem precise voltar aqui para tirar água’. Ele lhe disse: ‘Vá, chame seu marido e volte’. Ela respondeu: ‘Não tenho marido’. Yeshua lhe disse: ‘Você está certa, porque não tem marido! No passado, você teve cinco maridos e não está casada com o homem com quem vive agora! Você disse a verdade!’. ‘Senhor, posso ver que é um profeta’, a mulher respondeu. ‘Nossos pais adoraram nesta montanha, mas vocês dizem que o lugar onde se deve adorar é Yerushalayim’. Yeshua disse: ‘Senhora, creia em mim, está chegando o tempo em que vocês não adorarão o Pai nem nesta montanha nem em Yerushalayim. Vocês não sabem o que adoram; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas está chegando o tempo – e de fato é agora – em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai de forma espiritual e verdadeira, porque esse é o tipo de gente que o Pai deseja que o adore. Deus é espírito; os adoradores devem adorá-lo de forma espiritual e verdadeira. A mulher respondeu: ‘Sei que o Mashiach está vindo’  (isto é, ‘o ungido’). ‘Quando ele vier, nos dirá tudo’. Yeshua disse a ela: ‘Eu, a pessoa que fala com você, o sou’. ...”

 

O diálogo, pode começar por uma simples saudação e percorrer os mais diversos caminhos e assuntos, pois um bom diálogo é sempre agradável e conduz as pessoas para os mais diversos temas e direções. Sim, que por sua vez, gera em cada uma das partes a certeza de que pode expressar suas ideias e ouvir pensamentos contrários aos seus, mas ainda assim também existem os diálogos que mais parecem monólogos, onde sempre tem a superioridade ou não (pois pode ser intimidação) tomando e fazendo o seu papel no meios daqueles que deles participam, porém, ainda assim, sabemos que a raça humana sempre se colocou para dialogar e por este mecanismo, poder se inteirar de fatos que pareciam muitas vezes improváveis, ou mesmo servem, para simplesmente chegar à conclusão de que tudo, não passou de um momento fugaz onde o cérebro teve a oportunidade de ser utilizado, logo, poder até utilizar-se dele e nada mais.

Jesus, inicia um diálogo com a senhora de Samária, de imediato o espanto veio por parte dela, ficou claro, ao responder ela ao pedido, com uma pergunta direta, para a pessoa que havia iniciado o diálogo, porém, havia uma razão, que poderia passar desapercebida, pelos que não conheceram a história deste lugar e deste povo, pois outrora toda a região em que eles estavam, era de uma única Nação, logo Galiléia, Samária e Judéia estavam unidas desde o tempo em que sobre a liderança de Josué, ele levou o povo descendente de Abrão, Isaque e Jacó a conquistarem toda essa região (identificada então como a terra de Canaã), porém, as muitas guerras e conquistas que aconteceram por outros povos, tiveram uma grande influência sobre os moradores desse local, assim séculos depois e com esse tipo de quadro ocorreu o afastamento de Samária da Galiléia que continuou unificada com a Judéia.

O Messias, responde à pergunta da samaritana de maneira continua, para deixar ela, na certeza de que estavam conversando sim, sem reservas, barreiras, conceitos ou preconceitos, assim, de imediato passa a apresentar a proposta da água viva, como possível a ela, se simplesmente ela assim fizesse como, ele havia feito ao lhe pedir da água do poço que Jacó séculos antes havia cavado neste local.

O diálogo prossegue, agora sem reservas, ela questiona o meio como ele poderia conseguir dessa água, uma vez que nem balde, ou meios para retirar a água do poço ele tinha, sem se esquecer de citar que era fundo o local para acessar a água no poço, e complementa citando que Jacó era o pai deles e Jesus não parecia ser maior, para ocorrer por parte dele este feito citado como ‘água viva´.

A comparação de Jesus era clara ao declarar que ao beber da água do poço, novamente teria sede, mas da água da vida não mais teria sede, pois seria uma fonte a jorrar; ela passa da lógica que vinha apresentando no diálogo, para o sentimento do melhor para ela e assim se interessou e pediu para si, dessa água e para isto mencionou a razão pela qual estava interessada em não ter mais sede e nem ter o trabalho de ir buscar diariamente.

‘Vai e traz seu marido’, ela ouviu; sua resposta foi não tenho marido, e essa verdade é ratificada nas palavras do Messias; desta maneira, ela passa a considerá-lo como Profeta (vidente), e passa a mencionar, agora, sobre o tema adoração citando a diferença da crença que tinham, ela também menciona sobre o Messias, o ungido, citando que eles também o aguardavam, a resposta do Senhor ratificou o meio da adoração, bem como quem seriam os adoradores e completou mencionando quem era o que estava diante dela.

Refletindo podemos ponderar que assim como estamos usando nosso diálogo, reflete como estamos vivendo, nossos dias, e é evidente que cada ser humano tem sua maneira de existir e coexistir dentro do meio em que se encontra, porém, podemos talvez, observar que o melhor pode estar batendo a sua porta e basta você deixar entrar, como está escrito no Livro das Revelações 3:20, “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.”

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






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