sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

A ADMIRAÇÃO.

 

Base na Bíblia: João 04:23-35 “...Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. Replicou-lhe a mulher: Eu sei que vem o Messias (que se chama o Cristo); quando ele vier, há de nos anunciar todas as coisas. Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo. E nisto vieram os seus discípulos, e se admiraram de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe perguntou: Que é que procuras? ou: Por que falas com ela? Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, foi a cidade e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto eu tenho feito; será este, porventura, o Cristo? Saíram, pois, da cidade e vinham ter com ele. Entrementes, os seus discípulos lhe rogavam, dizendo: Rabi, come. Ele, porém, respondeu: Uma comida tenho para comer que vós não conheceis. Então os discípulos diziam uns aos outros : Acaso alguém lhe trouxe de comer? Disse-lhe Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e completar a sua obra. Não dizeis vós: Ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Ora, eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede os campos, que já estão brancos para a ceifa. ...”

 

“... Mas está chegando o tempo – e de fato é agora – em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai de forma espiritual e verdadeira, porque esse é o tipo de gente que o Pai deseja que o adore. Deus é espírito; os adoradores devem adorá-lo de forma espiritual e verdadeira. A mulher respondeu: ‘Sei que o Mashiach está vindo’  (isto é, ‘o ungido’). ‘Quando ele vier, nos dirá tudo’. Yeshua disse a ela: ‘Eu, a pessoa que fala com você, o sou’. Naquele momento, os talmidim chegaram. Eles ficaram admirados por Yeshua estar conversando com uma mulher, mas ninguém lhe disse: ‘Que você quer?’, ou ‘Por que você está falando com ela?’. Então a mulher deixou o jarro, voltou à cidade e disse às pessoas de lá: ‘Venham, vejam um homem que me disse tudo o que já fiz. Será que ele não é o Messias?’. Então saíram da cidade e partiram ao encontro dele. Enquanto isso, os talmidim insistiam com Yeshua: ‘Rabbi, coma alguma coisa’. Mas ele respondeu: ‘Tenho um alimento para comer que vocês não conhecem’. Então os talmidim perguntaram entre si: ‘ Será que alguém lhe trouxe comida?’. Yeshua lhes disse: ‘Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir sua obra. Vocês não dizem: ‘Daqui a quatro meses, haverá colheita? Bem, o que lhes digo é: abram os olhos e olhem para os campos! Eles estão maduros para a colheita! ...”

 

Somos pessoas criadas com a faculdade de admirarmos as coisas a nossa volta e delas apreendermos a nos mover e nos posicionar a cada instante, simplesmente, pelos mais diversos motivos, uma vez que, todos nós, ou se preferir, cada um de nós (penso que somos indivíduos, mesmo quando agimos no coletivo), sempre estamos debaixo do mesmo céu e vivendo sob as mesmas regras de um único meio de existir, mas ainda, assim, cada um pode se admirar pelos mais diversos motivos e acontecimentos, ou ainda, assim, podemos também encontrar pessoas como nós que são apáticas a tudo e a todos, e usam de subterfúgios, para validar seu modo de vida, porém, ainda que seja muito difícil, identificar aquele que age naturalmente, daquele que se empenha em iludir os que estão à sua volta, simplesmente para confundir, muito além do que  informar que o verdadeiro caminho da liberdade, bate na porta de cada ser humano, a cada novo amanhã, ou por que não declarar que a cada despertar, enfim muitos mudaram sua rotina do dia para a noite.

Os discípulos foram a cidade e nada aconteceu de relevante junto aos samaritanos, os quais certamente os viram e os serviram em seus pedidos, mas percebam que uma mulher foi a mesma cidade e a maneira como dialogou, com seus ouvintes, levou a uma mudança de comportamento, onde o isolamento e a indiferença, entre pessoas, passam a ser algo que deveria ser repensado e assim os doze voltaram com eles mesmos e uma mulher voltou, ou melhor escrevendo, fez com que muitos da cidade caminhassem para conhecer o Messias.

Uma comida ou um pouco de água, são coisas que todos entendemos com muita facilidade, porém, para o Senhor, pode ser muito além do ato físico, que está no plano material, e sim, uma maneira de homogeneizar os dois lados, demonstrando na prática que é possível, existir dentro de um mundo espiritual mesmo estando no material, uma vez que, suas palavras apontavam para o momento certo, em que estava vivendo a mulher, ou ainda, cada um dos discípulos, onde as ações deveriam ser postas em pratica, deixando o campo da hipótese ou do ensaio ou mesmo o da teoria e assim estariam executando suas ações.

Para os discípulos nada além de fatores comuns, também, mesmo já tendo eles convivido um certo tempo com o Messias, porém, questionavam a possibilidade entre si, de que ocorreram razões para sua recusa, pois alguém deveria o ter alimentado, logo, foi como a água, que primeiramente a mulher questionou o método para poder obter a água viva que ele havia citado e por fim, ela percebeu que a água seria a diferença (o agente transformador) de sua escuridão de comportamento para a sua nova direção de vida, que era tão presente e inevitável o aceitar para o melhor de seu ser.

Ao ler a parábola dos talentos, sinto a alegria de ver o agir de cada pessoa que veio prestar contas de seu esforço, para devolver, o valor que foi depositado, pelo dono, ou patrão de todas as coisas, onde eles serviam ou trabalhavam, cada um tinha sua maneira de responder suas ações, mas sinto também por parte de cada um deles a responsabilidade de justificar o resultado de suas ações e pôr fim a resposta do dono que cuidou de responder a cada um deles ao apresentar sua posição.

Ao pensar nas palavras do Messias, a cada um de seus discípulos, percebemos que foi estabelecido diante deles a importância de executar, acima da vontade de apresentar resultados, a quem o havia enviado, antes de tomar para si, cada acontecimento abrindo a oportunidade de apresentar o devido cuidado para todos, pois os verdadeiros adoradores adoram o Pai de forma espiritual e verdadeira.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula

 

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