Base na Bíblia: João 04:23-35 “...Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais
que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o
adorem em espírito e em verdade. Replicou-lhe a mulher: Eu sei que vem o
Messias (que se chama o Cristo); quando ele vier, há de nos anunciar todas as
coisas. Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo. E nisto vieram os seus discípulos,
e se admiraram de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe
perguntou: Que é que procuras? ou: Por que falas com ela? Deixou, pois, a
mulher o seu cântaro, foi a cidade e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem
que me disse tudo quanto eu tenho feito; será este, porventura, o Cristo?
Saíram, pois, da cidade e vinham ter com ele. Entrementes, os seus discípulos lhe
rogavam, dizendo: Rabi, come. Ele, porém, respondeu: Uma comida tenho para
comer que vós não conheceis. Então os discípulos diziam uns aos outros : Acaso
alguém lhe trouxe de comer? Disse-lhe Jesus: A minha comida é fazer a vontade
daquele que me enviou, e completar a sua obra. Não dizeis vós: Ainda há quatro meses
até que venha a ceifa? Ora, eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede os
campos, que já estão brancos para a ceifa. ...”
“... Mas
está chegando o tempo – e de fato é agora – em que os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai de forma espiritual e verdadeira, porque esse é o tipo de gente
que o Pai deseja que o adore. Deus é espírito; os adoradores devem adorá-lo de
forma espiritual e verdadeira. A mulher respondeu: ‘Sei que o Mashiach está vindo’ (isto é, ‘o ungido’). ‘Quando ele vier, nos
dirá tudo’. Yeshua disse a ela: ‘Eu, a pessoa que fala com você, o sou’. Naquele
momento, os talmidim chegaram. Eles ficaram admirados por Yeshua estar conversando
com uma mulher, mas ninguém lhe disse: ‘Que você quer?’, ou ‘Por que você está falando
com ela?’. Então a mulher deixou o jarro, voltou à cidade e disse às pessoas de
lá: ‘Venham, vejam um homem que me disse tudo o que já fiz. Será que ele não é
o Messias?’. Então saíram da cidade e partiram ao encontro dele. Enquanto isso,
os talmidim insistiam com Yeshua: ‘Rabbi, coma alguma coisa’. Mas ele respondeu:
‘Tenho um alimento para comer que vocês não conhecem’. Então os talmidim
perguntaram entre si: ‘ Será que alguém lhe trouxe comida?’. Yeshua lhes disse:
‘Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir sua obra.
Vocês não dizem: ‘Daqui a quatro meses, haverá colheita? Bem, o que lhes digo
é: abram os olhos e olhem para os campos! Eles estão maduros para a colheita! ...”
Somos pessoas criadas com a faculdade de
admirarmos as coisas a nossa volta e delas apreendermos a nos mover e nos posicionar
a cada instante, simplesmente, pelos mais diversos motivos, uma vez que, todos
nós, ou se preferir, cada um de nós (penso que somos indivíduos, mesmo quando
agimos no coletivo), sempre estamos debaixo do mesmo céu e vivendo sob as mesmas
regras de um único meio de existir, mas ainda, assim, cada um pode se admirar
pelos mais diversos motivos e acontecimentos, ou ainda, assim, podemos também encontrar
pessoas como nós que são apáticas a tudo e a todos, e usam de subterfúgios,
para validar seu modo de vida, porém, ainda que seja muito difícil, identificar
aquele que age naturalmente, daquele que se empenha em iludir os que estão à
sua volta, simplesmente para confundir, muito além do que informar que o verdadeiro caminho da
liberdade, bate na porta de cada ser humano, a cada novo amanhã, ou por que não
declarar que a cada despertar, enfim muitos mudaram sua rotina do dia para a
noite.
Os discípulos foram a cidade e nada aconteceu
de relevante junto aos samaritanos, os quais certamente os viram e os serviram em
seus pedidos, mas percebam que uma mulher foi a mesma cidade e a maneira como
dialogou, com seus ouvintes, levou a uma mudança de comportamento, onde o
isolamento e a indiferença, entre pessoas, passam a ser algo que deveria ser
repensado e assim os doze voltaram com eles mesmos e uma mulher voltou, ou
melhor escrevendo, fez com que muitos da cidade caminhassem para conhecer o
Messias.
Uma comida ou um pouco de água, são
coisas que todos entendemos com muita facilidade, porém, para o Senhor, pode
ser muito além do ato físico, que está no plano material, e sim, uma maneira de
homogeneizar os dois lados, demonstrando na prática que é possível, existir dentro
de um mundo espiritual mesmo estando no material, uma vez que, suas palavras
apontavam para o momento certo, em que estava vivendo a mulher, ou ainda, cada
um dos discípulos, onde as ações deveriam ser postas em pratica, deixando o
campo da hipótese ou do ensaio ou mesmo o da teoria e assim estariam executando
suas ações.
Para os discípulos nada além de fatores comuns,
também, mesmo já tendo eles convivido um certo tempo com o Messias, porém, questionavam
a possibilidade entre si, de que ocorreram razões para sua recusa, pois alguém deveria
o ter alimentado, logo, foi como a água, que primeiramente a mulher questionou
o método para poder obter a água viva que ele havia citado e por fim, ela percebeu
que a água seria a diferença (o agente transformador) de sua escuridão de
comportamento para a sua nova direção de vida, que era tão presente e inevitável
o aceitar para o melhor de seu ser.
Ao ler a parábola dos talentos, sinto a
alegria de ver o agir de cada pessoa que veio prestar contas de seu esforço,
para devolver, o valor que foi depositado, pelo dono, ou patrão de todas as
coisas, onde eles serviam ou trabalhavam, cada um tinha sua maneira de
responder suas ações, mas sinto também por parte de cada um deles a
responsabilidade de justificar o resultado de suas ações e pôr fim a resposta
do dono que cuidou de responder a cada um deles ao apresentar sua posição.
Ao pensar nas palavras do Messias, a cada
um de seus discípulos, percebemos que foi estabelecido diante deles a importância
de executar, acima da vontade de apresentar resultados, a quem o havia enviado,
antes de tomar para si, cada acontecimento abrindo a oportunidade de apresentar
o devido cuidado para todos, pois os verdadeiros adoradores adoram o Pai de forma
espiritual e verdadeira.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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