sexta-feira, 21 de agosto de 2020

LIGANDO JESUS.

 

Base na Bíblia:  Marcos 15: 01-07 ... E, logo ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, com os anciões, e os escribas, e todo o Sinédrio, tiveram conselho e, ligando Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos. E Pilatos lhe perguntou: Tu és o Rei dos Judeus? E ele, respondendo, disse-lhe: Tu o dizes. E os principais dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas porém ele nada respondia. E Pilatos o interrogou outra vez, dizendo: Nada respondes? Vê quantas coisas testificam contra ti. Mas Jesus nada mais respondeu, de maneira que Pilatos se maravilhava. Ora, no dia da festa costumava soltar-lhes um preso qualquer que eles pedissem. E havia um chamado Barrabás, que preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte. ...”

Horas são preciosas para quem sabe que está passando em momentos difíceis, bem como no fim de sua estada sobre a face da terra, porém muitos se agarram ao improvável que é a oportunidade de uma sobrevida, como lemos nos Livros de Isaías 38:1-22, II Reis 20:1-11 e II Crônicas 32:24-25, sobre o rei Ezequias, o qual mesmo estando em seu leito mal de saúde e decretado a ele o fim de seus dias, foi surpreendido pelo mover do Eterno e teve uma prolongação de mais ou menos 15 (quinze) anos, mas agora temos Yeshua que tem a Vida Eterna e seus dias que não têm começo nem fim, sendo julgado, porém neste exato momento cumpria como sendo o necessário e único sacrifício vivo, santo e agradável a vontade do Pai.

Provavelmente não era a primeira vez que Jesus conversava com uma autoridade Romana, ou com um gentio, mas ao lermos as Escrituras Sagradas, em cada um dos textos citados nos Evangelhos, bem como em todas as profecias do Messias, notamos que o alvo era a Casa de Israel, ou seja, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, este último que além de seus filhos incluiu para formar as 12 (doze) tribos de Israel, os filhos de José, que eram Manasses e Efraim, pois a tribo de Levi não era contada por serem separados para o sacerdócio e o serviço na Tenda, a princípio e no futuro que também já conhecemos no Templo, que foi destruído pela segunda vez, no primeiro século na contagem da era cristã, assim é pertinente esclarecer que existem muito poucos relatos de diálogo direto com gentios.

Pilatos, pouco sabemos a seu respeito, mas com certeza era um gentio, de origem de parentes Romanos, o qual tinha um cargo de confiança elevado, Governador da Judéia, sujeito somente a Cesárea e a Roma; e pelos historiadores da época sabemos que ele passou ao chegar para tomar posse, por conflitos com o povo local da Judeia, algumas vezes, e aprendeu a entender como o povo pensava e agia nesse tempo em que era governador em um local distante do centro do mundo da época, Roma.

Diante de Pôncio (ponte e pontífice) Pilatos (pilum, uma derivação a qual era a de uma arma mortal de guerra romana), temos diante dele, ligado pelas mãos Yeshua, mas livre em espírito, a ponto de se portar seguramente mais tranquilo do que o seu juiz romano bem como que de seus acusadores do lado de fora (para não se contaminarem na casa de um gentio), e o escolado juiz, com certeza tem todas as informações sobre o réu, porém prefere perguntar qual a razão deste momento, aos que estavam do lado de fora.

Os Escritores de Mateus, Marcos e Lucas, tem pouca diferença da narrativa, porém João tem detalhes, e diálogos, mas em essência todos se complementam, sobre a real situação de um justo, sendo julgado sem uma acusação e bem em um lugar que não era o tribunal formal, onde a decisão do dia, hora e o próprio local era prerrogativa exclusiva do Governador.

Pilatos resolve passar por cima da Lei romana, possivelmente para agradar a maioria, pois é notório que se conhece uma pessoa que causa problema quando se nota o tipo de pessoas que estão contra ela.

Conversa com Jesus, lembrem o Governador é quem tem que ir do lado de fora, ouvir os acusadores, e voltar para dentro e confrontar com o réu, e isto acontecia em um sábado de manhãzinha, comportamento totalmente irregular de uma autoridade absoluta a qual ele era.

Entre seus diálogos com Jesus, cito um, ou melhor só um grupo de palavras que Jesus citou: “... os que são da verdade, ouvem a minha voz...” isso incomodou certamente ao Juiz, pois a muito tempo essa Palavra tinha sumido de sua mente, pois para poder conseguir chegar ao Posto que chegou, tinha que fugir dela, afinal Roma sempre foi um local de tramas e comportamentos que fugiam da verdade, inclusive a Cesar havia não só o título de Imperador, mas de deus também dos romanos e dos povos dominados.

Em resumo, ele ouve e deixa que Jesus também os ouçam, nada é contestado, mas pela Lei romana nada de crime, para uma punição, assim busca ocasião para soltá-lo, mas a apelação de que ele não era amigo de Cesar e que aquele que se faz rei é contra Cesar, texto também citada por João, mostrou mais uma vez a influência de um povo mesmo subjugado diante de Roma e Pilatos não gostaria de perder seu auto cargo.

Agora entendemos que os julgamentos anteriores na casa do Sumo Sacerdote eram pura formalidades, porém eles poderiam executar se quisessem uma pessoa, pois quantos outros sumiram ou foram excluídos da sociedade sumariamente sem que Roma desse conta, pois realmente todos os judeus dessa época na Galiléia ou Judéia eram servidores, dominados de Cesar e com certeza não seria notado a falta de um, e se fosse havia o suborno e outras medidas também para encobrir naquela época.

Porém, a Palavra que Jesus disse, tinha que se cumprir e assim os judeus, Ligando Jesus, o levaram ao, gentio, Pilatos e este contra a Lei romana, executou as Palavras de Jesus, mesmo dizendo que Não havia achado pecado (culpa) nele, e opta por enviar para ser Crucificado, sobre este acontecimento é importante perceber que se tivesse esse caso alguma repercussão, pois com certeza Roma tinha espias em todos os lugares, era mais fácil se defender de uma morte desnecessária do que de uma rebelião ou amotinação de judeus que custaria vidas de soldados romanos e provavelmente seu cargo.

A Verdade é anunciada a cada dia, e quantos não usam do mesmo estratagema usado pelo Governador da Judéia, na época de Yeshua, ouvem, atestam e sabem que é certo, reconhecem que devem tomar ou ter uma atitude de estar junto da verdade, e declaram a todos em auto e bom som que reconhece a verdade, mas na prática executa sua vida nos moldes do mundo sem nada fazer de fato, para mudar sua história de vida, em resumo lavam as mãos.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula






 





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