Base na Bíblia: Marcos 15: 08-16 “... A multidão veio e começou a pedir que, como era de
costume, Pilatos soltasse um preso. Então ele perguntou: Vocês querem que eu
solte para vocês o rei dos judeus? Ele sabia muito bem que os chefes dos
sacerdotes tinham inveja de Jesus e que era por isso que o haviam entregado a
ele. Mas os chefes dos sacerdotes atiçaram o povo para que pedisse a Pilatos
que, em vez de soltar Jesus, ele soltasse Barrabás. Pilatos falou outra vez com
o povo. Ele perguntou: O que vocês querem que eu faça com este homem que vocês
chamam de rei dos judeus? E eles gritaram: Crucifica! Que crime ele cometeu?
Perguntou Pilatos. Mas eles gritaram ainda mais alto: Crucifica! Crucifica! Então
Pilatos, querendo agradar o povo, soltou Barrabas, como eles haviam pedido.
Depois mandou chicotear Jesus e o entregou para ser crucificado ...”
Desculpa todos podemos
ter para praticamente todos nossos atos, mas legitimidade na ação, bem poucos
alcançam, afinal os fatos ocorridos sempre são gerados em sua maioria por puro egoísmo,
como declara Tiago, irmão por parte de mãe de Jesus, vejamos: ‘...Cobiçais e
nada tendes; logo matais. Invejais, e não podeis alcançar; logo combateis e
fazeis guerras. Nada tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque
pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Infiéis não sabeis que a
amizade do mundo é inimizade contra Deus?...’
Muitos dos seres humanos
por ação ou mesmo omissão acabam sendo usados por outros homens para atingirem os
objetivos pessoais dessa minoria, a história sempre declarou esse acontecimento
claramente e inclusive até em muitos casos legitimou esse tipo de atitude.
Poncio Pilatos, por sua
vez, não queria ser o culpado da morte de um inocente, que nada tinha de culpa
que o levasse a condenação de morte e ainda mais uma morte do pior tipo para um
judeu, assim está escrito na própria Lei de Moisés, e para um romano nada era além
de um exemplo para que todos ao entrarem na Cidade pudessem ver, pois era um
lugar elevado e soubessem o tipo de punição que aguardava aos que fossem contra
o sistema de governo local.
A multidão busca o cumprimento
de um ritual de boa vontade na Páscoa, ou costume se melhor parecer ao seus
olhos e ouvidos, e o líder oferece aquele que segundo ele o povo declara como
sendo o rei dos judeus, por pura provocação, pois era pessoa instruída nos
fatos sobre Jesus e sabia também que somente o ciúme levaria esse tipo de pessoa
a ser entregue pelos da própria raça.
O povo que ali estava deve
ter parado por um momento, pois talvez pouco soubessem sobre Jesus, mas os
chefes dos sacerdotes, já tinham opinião formada, porém duro é só lembrar que
eles eram constituídos para guardarem e cumprirem a Lei Mosaica e contra a Lei
Mosaica estavam agindo, e incitaram, ou levaram como autoridade que eram o povo
a tomar as palavras deles e formar um uníssono claro citando que Barrabas era
quem queriam, assim o ser humano daquela época foi conduzido.
Mais uma vez o juiz
governador, questiona sobre o que fazer com o que eles não aceitaram de volta
entre eles, mais uma vez certamente por pura provocação, mais uma vez esse povo
são usados pelos chefes dos sacerdotes e repetiam em uníssono, para Crucificar.
Agora o juiz tem a
declaração em alto e bom som de um povo, que rejeitava um dos seus, e mais uma
vez os usa para se isentar de dívidas futuras e com certeza testemunhas é o que
não faltava e mais uma vez, os usa, questionando qual crime, eles não
declararam o crime mas a sentença dobrando a palavra Crucifica.
Sabemos pelo texto que Jesus,
Yeshua, o Cristo, o Messias nada falava, porém sabemos que não era surdo e tudo
ouvia em alto e bom som, e inclusive ao assumirem a responsabilidade do ato
para si; assim temos um povo feliz exaltando o regresso a sociedade de Barrabas,
um exemplo para eles, e consentindo na morte de um justo, que por 3 (três) anos
a 3 (três) anos e meio somente anunciou o perdão, o arrependimento, a reconciliação
da criatura com o seu Criador, e suas palavras seguida de multidões de sinais e
prodígios mas para eles nada havia de especial, como declara o profeta Isaías: ‘...
Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores e experimentado nos
sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e
não fizemos dele caso algum...’ .
Com certeza agora as Palavras
faladas por Jesus, aos discípulos e aos que a sua voltam estavam enquanto as
falava, se cumpriam, mas quem entendeu? Hoje a maioria diria que jamais permitiria
que isso acontecesse, porém Pedro tentou e foi declarado como inimigo do reino,
logo no presente sabemos que deveria ser assim, um acumulo de injustiça de
todos os lados não gentios e gentios contra o Salvador da Humanidade.
Em nossos dias atuais e também
nos vindouros, não somos diferentes de nossos pais, cometemos o mesmo erro e caímos
nas mesmas armadilhas da história da vida, muitos se encantam com as luzes,
encantos e glórias do mundo, ouvindo terceiros ou sendo manipulados e deixam de
olhar para o único Autor e Consumador de nossa fé.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula