Base na Bíblia: Lucas 16: 01-08 “... Jesus disse ao seus discípulos: Havia um homem rico
que tinha um administrador que cuidava dos seus bens. Foram dizer a esse homem
que o administrador estava desperdiçando o dinheiro dele. Por isso ele o chamou
e disse: ‘Eu andei ouvindo umas coisas a respeito de você. Agora preste contas
da sua administração porque você não pode mais continuar como meu
administrador.’ Aí o administrador pensou: ‘O patrão está me despedindo. E, agora,
o que é que eu vou fazer? Não tenho forças para cavar a terra e tenho vergonha
de pedir esmolas. Ah! Já sei o que fazer... Assim, quando for mandado embora,
terei amigos que me receberão nas suas casas.’ Então ele chamou todos os
devedores do patrão e perguntou para o primeiro: ‘Quanto é que você está
devendo para o meu patrão?’ ‘Cem barris (três mil litros) de azeite!’ respondeu
ele. O administrador disse: ‘Aqui está a sua conta. Sente-se e escreva
cinquenta (um mil e quinhentos).’ Para outro ele perguntou: ‘E você, quanto
está devendo?’ ‘Mil medidas (Vinte e cinco mil quilos) de trigo! Respondeu ele.
‘Escreve oitocentas (vinte mil quilos)’ mandou o administrador. E o patrão
desse administrador desonesto o elogiou pela sua esperteza. E Jesus continuou:
As pessoas deste mundo são muito mais espertas(sagazes) (sekhel) nos seus negócios
do que as pessoas que pertencem à luz...”
Jesus cita essas
palavras diretamente aos seus discípulos, e sabemos por outras fontes que muitos
tradutores deste texto, a consideram como sendo uma Parábola sobre um certo
Mordomo Infiel, que foi denunciado ao seu patrão.
No principio Deus criou
os céus e a terra e por seis dias (literais ou períodos de tempo para nós
mortais, não sabemos), temos o processo ativo e criativo do Eterno, incluindo
nesse tempo o surgimento do homem.
De quem são todas as
coisas, gostaria de iniciar imaginando que o Criador é o proprietário de tudo e
que a sua criação, a sua imagem e semelhança, é nada mais, nada menos do que o
mordomo, ou responsável por zelar de maneira a cuidar dos bens de seu Criador.
Estamos tratando semana
a semana no Livro de Marcos, e paramos nesse momento somente, para verificar
quem são os 4 (quatro) Pedro, Tiago, João e André que fizeram a pergunta para
se antecipar aos acontecimentos futuros antes do fim.
Eles são as criaturas
que foram criadas pelo Criador e que tiveram o privilégio de andar com o
próprio Deus, e foram escolhidas dentre outras para serem seus discípulos e
apóstolos.
Todos gostamos sempre de
imaginarmos que somente os que são qualificados com títulos do tipo: bonzinhos,
pacientes, passivos, educados, dentre outros análogos, são portadores dos títulos
daqueles que identificamos previamente no mundo, como cidadãos com direito ao
Céu, e obviamente os que não encaixamos nesses títulos e análogos, vão para o outro
lugar.
Como diz o texto, o
administrador (o mordomo) que servia (trabalhava) para seu senhor, o homem rico,
possivelmente a muitos anos, de alguma forma foi denunciado, e foi apresentado contra
ele que desperdiçava o dinheiro de seu patrão.
Imediatamente foi
chamado, esse administrador e ouviu da boca de seu chefe, que havia ouvido
palavras sobre sua má administração sobre seus bens, e sem direito a nenhuma contra
prova, declarou que ele deveria deixar seu cargo de confiança.
Provavelmente, nos dias
de outrora, todos pediriam o direito de ser confrontado diante de seus
acusadores e assim esclarecer o mal entendido, ou calunia difamatória que lhe
haviam colocado, mas com certeza hoje em dia não seria assim, pois somos mais
esclarecidos e certamente procuraria esse administrador seus direitos.
Porém, seja no passado
ou no presente ou no porvir, esquecemos que o Criador é um só, e dele pertence
todas as coisas, suas Palavras são decisivas e não cabem contestação, simplesmente
a ponderação sempre será quanto ao uso de seus recursos que entregou a cada ser
humano.
O quadro estava ruim,
para o administrador que realmente poderia ser um mal administrador, porém era
consciente de suas limitações e de suas ações e devido o passar dos anos, ele já
não era apto o suficiente para exercer tarefas de trabalhos manuais e nem tinha
psicologia para esmolar o resto de seus dias sobre a face da terra.
Sua atitude do dia a dia
sempre envolvia o cuidar das coisas do homem rico, assim convocou todos os devedores
de seu patrão e um a um renegociou a dívida, que era impagável e a colocou em níveis
toleráveis para seus devedores.
Conseguiu sim a simpatia
de todos, inclusive de seu ex-chefe, pois demonstrou que mesmo sendo indigno ao
cargo, do qual estava sendo retirado, manteve as negociações em ordem e possíveis de
serem saudadas por seus semelhantes, que também o teriam em estima por sua
atitude.
O trabalho dos que vivem
na luz é apresentar essa luz para os que estão vivendo em trevas, acorrentados
presos em suas dividas do pecado e apartados de seu Criador, usando sua mente (sekhel),
com inteligência, sagacidade, esperteza, para livrar seus semelhantes da perda
da graça de viver com seu Criador.
Os bonzinhos, pacientes,
... se acomodam em seus títulos que os homens lhes oferecem e deixam de
apresentar a luz devida a seus semelhantes, pois se auto denominam bons administradores,
enquanto que há muitos que são maus administradores, mas buscam sempre apresentar
a luz a todos, pois a Salvação e o dia do juízo são para todos, e todos os que
ouvirem, cada um por si, optará em querer entrar para a luz, ou se manter em
trevas pelo resto de seus dias.
A pergunta por fim,
seria: Com quem você tem se identificado pelos seus dias vividos sobre a face
da terra, com o homem rico, ou com o administrador, ou com o endividado sem
capacidade de pagar sua dívida, ou com o endividado que tem sua dívida reduzida; uma vez que se enquadre em um destes tipos de cidadãos e por ser um ciclo perfeito, como vai continuar a viver e ser, em seus dias adiante?
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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