sexta-feira, 1 de maio de 2020

OUVIR E TENTAR ENTENDER.


Base na Bíblia:  Marcos 13: 01-07 ... Quando Jesus estava saindo do pátio do Templo, um discípulo disse: Mestre, veja que pedras e edifícios impressionantes! Jesus respondeu: Você está vendo estes enormes edifícios? Pois aqui não ficará uma pedra em cima da outra tudo será destruído! Jesus estava sentado no monte das Oliveiras, olhando para o Templo, quando Pedro, Tiago, João e André lhe perguntaram em particular: Conte para nós quando é que isso vai acontecer. Que sinal haverá para mostrar quando é que todas essas coisas vão começar? Então Jesus começou a ensiná-los. Ele disse: Tomem cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu e dizendo: ‘Eu sou o Messias!’ E enganarão muitas pessoas. Não tenham medo quando ouvirem o barulho de batalhas ou notícias de guerras. Tudo isso vai acontecer, mas ainda não será o fim...”

Sabemos que podemos ouvir uma pergunta de uma pessoa e responder a ela de múltiplas formas, inclusive lançando uma nova pergunta sobre a pergunta, ou por fim, deixando de responder, afinal isso também é uma resposta.

Jesus (Yeshua) ouve um dos seus doze discípulos (talmidim) a fazer para ele uma declaração de que estava impressionado com a dimensão das pedras e os edifícios (construções) magnificas, do Templo, e pedindo a ele (Raboni) que também contemplasse.

Uma das respostas que poderia ser a esse discípulo era a de um simples aceno (positivo) de cabeça e tudo estaria encerrado, ou ainda uma simples frase, de concordância, do tipo: sim; é mesmo; concordo e mais uma vez o assunto estaria encerrado.

Porém, o Senhor dos senhores, optou por dizer a esse discípulo, como Marcos registrou, e esse discípulo ouviu o seguinte: ‘Vê estas enormes construções, nada ficara de pé, logo nenhuma pedra sobre pedra’, pronto o assunto encerrou e seguiram seus caminhos, pois todos eles estavam saindo do Templo e seguindo para o monte das Oliveiras.

No monte das Oliveiras Jesus ficou em uma posição com vista para o Templo e o observava, chegaram perto dele, agora quatro talmidins (discípulos) que também ouviram a conversa de Jesus na saída do Templo e fizeram em particular, uma pergunta.

Sabemos que o orgulho nacional do povo de Israel era o Templo, inaugurado no reinado de Salomão, cheio de Pomba, Honra e Glória ao Eterno, o segundo Templo restaurado não era nada imponente comparado ao primeiro, pois textos da Antiga Aliança mencionavam que eles ficavam tristes ao observar o Templo, agora nesse período de transição para a Nova Aliança, com o terceiro Templo trabalhado estavam diante de uma das maravilhas do Mundo Antigo, cheio de grandiosidade em escalas gigantescas e regado a refinado trabalho de construção, mesmo ainda estando em construção, era magnifico e chamava a atenção.

Os quatro, Pedro, Tiago, João e André, que ouviram dessa nova perda, pedem para serem instruídos antecipadamente de quando isso sucederia com detalhes e aguardam a resposta, Jesus os ouve.

O Mestre inicia falando que surgiriam falsos Messias, em seu lugar, se auto declarando Messias, e era para que eles não se enganassem, pois eram falsos, mas mesmo assim acentua em sua resposta que muitos serão confundidos.

É obvio que os discípulos sabiam quem era Jesus, e sabiam como ele agia e estavam com ele, a mais ou mesmo três anos e meio, assim para eles era simples observar e não se distanciar do Messias, porém, em nossos dias creio que é muito difícil observar essa advertência, por inúmeras razões, dentre elas destaco o esfriamento do amor com o crescente sentido de ego elevado, ‘o eu’ em cada um.

Em dias presente é notório ouvirmos de todos os lados através da mídia escrita e falada muitos se levantando e se auto declarando apóstolos (enviados) entre outros títulos os quais claramente se apresentam como os (falsos) Messias, porém multidões os seguem, cumprindo este tempo, que já acontecia desde o tempo do próprio Senhor Jesus, Messias, o filho do Homem e deve continuar a acontecer antes do fim.

Continuou para que não temessem barulhos de batalhas ou notícias de guerras (lembremos que não precisa ser só barulho de pólvora, pode ser isolamento {fria}, atômica ou viral, ou ...), fatores que eram desconhecidos a maioria dessas, no tempo desses discípulos, mas não nos tempos presente.

E conclui até aqui, no texto que lemos, aos quatro, dizendo: ‘ouçam, mas isso não é o fim’, desta forma respondendo à pergunta deles, com detalhes para que percebessem, que não era uma coisa que seria rapidamente concluída.

Porém, se pensarmos, hoje com a história que conhecemos, poderia ter respondido a eles que em 64 (dC) o Templo ficaria completo e em 70 (dC) seria destruído, não ficando pedra sobre pedra, afinal era isso que eles queriam ter em primeira mão a informação privilegiada.

Jesus apresentava a eles muito mais, começando com o verdadeiro Messias, o Cordeiro Perfeito indo a cruz (estaca de execução), além disso chegando a trajetória dos chamados, entre os seres humanos, mas que fique claro, isto ainda não é o fim.

Quem tem ouvidos para ouvir ouça, pois ouvindo tem a possibilidade de abrir seu coração, reconhecer seus erros (pecados), se arrepender e converter-se a Jesus, aceitando-o como seu Senhor e Salvador e somente desta forma tentar entender o que está acontecendo a cada tempo na trajetória da história do Filho de Deus.


Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula













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