Base na Bíblia: Marcos 09: 28-32 “... Quando Jesus entrou em
casa, os seus discípulos lhe perguntaram em particular: Por que foi que nós não
pudemos expulsar aquele espírito? Jesus respondeu: Este tipo de espírito só
pode ser expulso com oração. Jesus e os discípulos saíram daquele lugar e
continuaram atravessando a Galiléia. Jesus não queria que ninguém soubesse onde
ele estava porque estava ensinando os discípulos. Ele lhes dizia: O filho do
Homem será entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; mas três dias depois
ele ressuscitará. Eles não entendiam o que Jesus dizia, mas tinham medo de
perguntar...”
O ser humano tem em sua natureza certas maneiras de agir e também de se
portar que podem trazer perdas e atrasos para si próprio, principalmente quando
o assunto está diretamente relacionado ao entendimento de fatos que estão a sua
volta.
Normalmente entendemos que quando estamos ouvindo, sabemos que o alvo de
ali estar atento é para aprender ou entender a mensagem do emissor, exatamente
para saber o que fazer e o quando pôr em prática, tudo o que lhe chega aos
ouvidos.
Jesus entra em uma casa, logo após ter entregue o filho em atitudes
normais, sem convulsionar, ao seu pai, contudo os discípulos que assistiram
juntos a tudo isso, agora perguntam a Jesus, exatamente porque tinham dúvida e
queriam ser esclarecidos, como eles não puderam expulsar o espírito ruim
daquele menino.
As palavras do Mestre dirigidas aos doze, tratam de um zelo, ou
harmonia, na oração (e no jejum), mas lembremos que nos escritos mais antigos não
consta esse texto de jejum, mesmo estando citado em outras versões, Ele estava esclarecendo
qual era a chave para que eles também pudessem fazer como seu Senhor, logo era
um ensino sobre ensino da fé.
Jesus junto com os seus partem de onde estão e há um cuidado diferente
agora, pois o Mestre procura se ocultar para manter o ensino direto aos que o
acompanhavam, em particular os doze.
Enquanto Ele fala de acontecimentos futuros, profetizando a eles,
procura deixar claro passo a passo do que deveria acontecer ao Raboni, lembrando
que era um ensino continuo, em que era repetida as mesmas palavras, como um reforço
para os doze em que cada um deles pudessem ter e estar seguro e plenamente entendido
de cada acontecimento que viria a seguir.
Todos os discípulos ouviam da mesma fonte, no mesmo instante, porém
todos os doze, não entendiam que palavras eram aquelas, mas permaneciam com a aparência
de quem entendia plenamente.
Séculos já passaram, a informação e o conhecimento ao ser humano
continuam sendo abertos, a cada um (a todos), porém quando se trata de Jesus, a
mesma atitude dos doze, se repete entre nós.
Uma vez que eles tinham o Filho do homem, diante deles, o ouviam e
viviam constantemente ao seu lado, mas ainda assim de fato pouco ou quase nada
o conheciam, como se repete nos dias atuais, onde todos declaram que O conhecem
e que estão perto dEle, mas no fundo não entendem o que o Messias é para si
próprios.
O texto de Lucas sobre este mesmo momento relata um detalhe interessante
ao declarar que lhes era oculto, aos doze, no sentido de que lhes era encoberto
para que não compreendessem essas palavras.
Os discípulos pelo medo (temiam interroga-lo a esse respeito) e nós
seres humanos igualmente, pois ouvir as palavras de Boas Novas nos dias atuais
leva ao reconhecimento de nossa vulnerabilidade como mortais e dependência de
um ÚNICO Criador que apresenta um único meio de reconciliação, assim vivemos
nossos dias não entendendo, nas trevas e sem coragem de buscar na fonte que é
Jesus, o qual sempre está pronto para esclarecer a todo aquele que vence a
barreira do medo pela fé.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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