sexta-feira, 15 de novembro de 2019

OUVIR E NÃO ENTENDER.


Base na Bíblia:  Marcos 09: 28-32 ... Quando Jesus entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram em particular: Por que foi que nós não pudemos expulsar aquele espírito? Jesus respondeu: Este tipo de espírito só pode ser expulso com oração. Jesus e os discípulos saíram daquele lugar e continuaram atravessando a Galiléia. Jesus não queria que ninguém soubesse onde ele estava porque estava ensinando os discípulos. Ele lhes dizia: O filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; mas três dias depois ele ressuscitará. Eles não entendiam o que Jesus dizia, mas tinham medo de perguntar...”

O ser humano tem em sua natureza certas maneiras de agir e também de se portar que podem trazer perdas e atrasos para si próprio, principalmente quando o assunto está diretamente relacionado ao entendimento de fatos que estão a sua volta.

Normalmente entendemos que quando estamos ouvindo, sabemos que o alvo de ali estar atento é para aprender ou entender a mensagem do emissor, exatamente para saber o que fazer e o quando pôr em prática, tudo o que lhe chega aos ouvidos.

Jesus entra em uma casa, logo após ter entregue o filho em atitudes normais, sem convulsionar, ao seu pai, contudo os discípulos que assistiram juntos a tudo isso, agora perguntam a Jesus, exatamente porque tinham dúvida e queriam ser esclarecidos, como eles não puderam expulsar o espírito ruim daquele menino.

As palavras do Mestre dirigidas aos doze, tratam de um zelo, ou harmonia, na oração (e no jejum), mas lembremos que nos escritos mais antigos não consta esse texto de jejum, mesmo estando citado em outras versões, Ele estava esclarecendo qual era a chave para que eles também pudessem fazer como seu Senhor, logo era um ensino sobre ensino da fé.

Jesus junto com os seus partem de onde estão e há um cuidado diferente agora, pois o Mestre procura se ocultar para manter o ensino direto aos que o acompanhavam, em particular os doze.

Enquanto Ele fala de acontecimentos futuros, profetizando a eles, procura deixar claro passo a passo do que deveria acontecer ao Raboni, lembrando que era um ensino continuo, em que era repetida as mesmas palavras, como um reforço para os doze em que cada um deles pudessem ter e estar seguro e plenamente entendido de cada acontecimento que viria a seguir.

Todos os discípulos ouviam da mesma fonte, no mesmo instante, porém todos os doze, não entendiam que palavras eram aquelas, mas permaneciam com a aparência de quem entendia plenamente.

Séculos já passaram, a informação e o conhecimento ao ser humano continuam sendo abertos, a cada um (a todos), porém quando se trata de Jesus, a mesma atitude dos doze, se repete entre nós.

Uma vez que eles tinham o Filho do homem, diante deles, o ouviam e viviam constantemente ao seu lado, mas ainda assim de fato pouco ou quase nada o conheciam, como se repete nos dias atuais, onde todos declaram que O conhecem e que estão perto dEle, mas no fundo não entendem o que o Messias é para si próprios.

O texto de Lucas sobre este mesmo momento relata um detalhe interessante ao declarar que lhes era oculto, aos doze, no sentido de que lhes era encoberto para que não compreendessem essas palavras.

Os discípulos pelo medo (temiam interroga-lo a esse respeito) e nós seres humanos igualmente, pois ouvir as palavras de Boas Novas nos dias atuais leva ao reconhecimento de nossa vulnerabilidade como mortais e dependência de um ÚNICO Criador que apresenta um único meio de reconciliação, assim vivemos nossos dias não entendendo, nas trevas e sem coragem de buscar na fonte que é Jesus, o qual sempre está pronto para esclarecer a todo aquele que vence a barreira do medo pela fé.


Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula












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