Base na Bíblia: Lucas 15: 20b-24 “... Quando o
rapaz ainda estava longe de casa, o pai o avistou. E, com muita pena do filho,
correu, e o abraçou, e beijou. E o filho disse: ‘Pai, pequei contra Deus e
contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho!’ Mas o pai ordenou aos
empregados: ’Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no
dedo dele e sandálias nos seus pés. Também tragam e matem o bezerro gordo.
Vamos começar a festejar porque este meu filho estava morto e viveu de novo,
estava perdido e foi achado.’ E começaram a festa...”
Temos constantemente, como um ciclo, a cada período acontecimentos
ocasionados por ordem natural ou provocados pelo próprio homem; os quais tem poder
e mudam com seus efeitos, desde o clima afetando inclusive a economia em
pequena ou larga escala, não necessariamente sendo somente prejudicial.
Encontramos no procedimento do filho mais jovem rico, citado nessa
parábola, o despertar em meio a uma crise, para achar a oportunidade da saída sobre a questão
que estava a viver e que fora iniciada com o advento da fome e acelerada devido
a péssima remuneração que obtinha de seu trabalho.
Por outro lado, primeiramente ao estudarmos o comportamento em culturas orientais,
principalmente do período do oriente antigo, ainda que em muitos lugares
permanecem inalterada mesmo nos dias de hoje, jamais um nobre ou uma pessoa de
posse seria vista correndo, essa era a função de escravo, servo e empregado, fato
que notamos na conduta do pai do filho prodigo.
As atitudes que lemos seja do filho ao reconhecer e assim perceber que
poderia ter uma oportunidade, gerando o plano para conseguir sua nova
oportunidade de vida; ou a do pai de ficar a aguardar, a cada dia a
possibilidade da volta do filho, e o ato de correr diante de servos, empregados
e das pessoas de seu povoado, não seria nada usual para aqueles dias.
Tendo em mente este cenário, fica claro como os ouvintes do Mestre
Jesus, estavam a interpretar suas palavras e muitos hoje, podem avaliar um ato
natural principalmente do pai, mas saibam que era humilhação total do pai, para
si e com todos, porém o texto foi claro e cita que ao ver o filho e sua condição,
antecipou-se alterando não só ao sofrimento que o filho mais jovem passaria ao
entrar no povoado, mas também deixando claro a todos que consentia e ansiava pela volta dele.
Chegando assim rapidamente e calando a boca dos cidadãos do povoado, dos
seus empregados também, e notamos que o filho apresentou seu discurso usando
inclusive o nome do Eterno para representar seu reconhecimento da atitude
errada que havia tomado, mas o pai vai para abraça-lo também e o beijar.
O pai pelo texto, nem respondeu a ele, também não o questionou, ou argumentou,
ou fez qualquer exigência. Antes se virou para os seus empregados e diante de
todos seus ouvintes, mandou pegar sua melhor roupa, seu anel e seu par de
sandálias e determinou que o deixassem em plena dignidade.
Por mais que o filho mais jovem estivesse com fome, uma galinha seria
uma boa porção, porém ele pediu para prepararem um boi cevado, para celebrar o
acontecimento de poder o ver e o tocar, e com certeza a festa foi para incluir
a todos do povoado.
A proposta de Jesus com total certeza chocou a todos que ouviram, pois
para todos que o ouviam a cultura da sua época, jamais caminharia para essa
solução. Assim mais uma vez, os cuidados do Senhor dos senhores foram
apresentados e declarados para apontar o infinito amor de um Deus Criador para
com os seus que viviam no vale da sombra e da morte, em trevas, distante do
Eterno, sem qualquer esperança e sem vigor, apresentando a todos seus ouvintes,
que o Buscar incessante das Ovelhas era certo e o esperar voluntário por seus
retornos das trevas e da escuridão era real a todo aquele que em Jesus, o Filho
de Deus, crê.
A festa farta com um boi a mesa, muitos convidados, sons festivos, calou
a boca de qualquer um daquele lugar, povoado, vila, cidade, que ousasse criticar
o comportamento de perdão do pai, para com seu filho mais jovem.
O Correr para
encontrar, com o pecador que se arrepende e lhe dar o Abraço e o Beijo continua
pelos séculos, até o dia da Volta do Senhor, quando esse tempo ficará no
passado e o dia do juízo se achegará a todo homem e mulher nascidos sobre a
face da Terra.
Do seu irmão em
Cristo,
Marcos de Paula
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