sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

OSCILAÇÃO FINANCEIRA. Parte III.

Base na Bíblia: Lucas 15: 20b-24 “... Quando o rapaz ainda estava longe de casa, o pai o avistou. E, com muita pena do filho, correu, e o abraçou, e beijou. E o filho disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho!’ Mas o pai ordenou aos empregados: ’Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos seus pés. Também tragam e matem o bezerro gordo. Vamos começar a festejar porque este meu filho estava morto e viveu de novo, estava perdido e foi achado.’ E começaram a festa...”


Temos constantemente, como um ciclo, a cada período acontecimentos ocasionados por ordem natural ou provocados pelo próprio homem; os quais tem poder e mudam com seus efeitos, desde o clima afetando inclusive a economia em pequena ou larga escala, não necessariamente sendo somente prejudicial.

Encontramos no procedimento do filho mais jovem rico, citado nessa parábola, o despertar em meio a uma crise, para achar a oportunidade da saída sobre a questão que estava a viver e que fora iniciada com o advento da fome e acelerada devido a péssima remuneração que obtinha de seu trabalho.

Por outro lado, primeiramente ao estudarmos o comportamento em culturas orientais, principalmente do período do oriente antigo, ainda que em muitos lugares permanecem inalterada mesmo nos dias de hoje, jamais um nobre ou uma pessoa de posse seria vista correndo, essa era a função de escravo, servo e empregado, fato que notamos na conduta do pai do filho prodigo.

As atitudes que lemos seja do filho ao reconhecer e assim perceber que poderia ter uma oportunidade, gerando o plano para conseguir sua nova oportunidade de vida; ou a do pai de ficar a aguardar, a cada dia a possibilidade da volta do filho, e o ato de correr diante de servos, empregados e das pessoas de seu povoado, não seria nada usual para aqueles dias.

Tendo em mente este cenário, fica claro como os ouvintes do Mestre Jesus, estavam a interpretar suas palavras e muitos hoje, podem avaliar um ato natural principalmente do pai, mas saibam que era humilhação total do pai, para si e com todos, porém o texto foi claro e cita que ao ver o filho e sua condição, antecipou-se alterando não só ao sofrimento que o filho mais jovem passaria ao entrar no povoado, mas também deixando claro a todos que consentia e ansiava pela volta dele.

Chegando assim rapidamente e calando a boca dos cidadãos do povoado, dos seus empregados também, e notamos que o filho apresentou seu discurso usando inclusive o nome do Eterno para representar seu reconhecimento da atitude errada que havia tomado, mas o pai vai para abraça-lo também e o beijar.

O pai pelo texto, nem respondeu a ele, também não o questionou, ou argumentou, ou fez qualquer exigência. Antes se virou para os seus empregados e diante de todos seus ouvintes, mandou pegar sua melhor roupa, seu anel e seu par de sandálias e determinou que o deixassem em plena dignidade.

Por mais que o filho mais jovem estivesse com fome, uma galinha seria uma boa porção, porém ele pediu para prepararem um boi cevado, para celebrar o acontecimento de poder o ver e o tocar, e com certeza a festa foi para incluir a todos do povoado.

A proposta de Jesus com total certeza chocou a todos que ouviram, pois para todos que o ouviam a cultura da sua época, jamais caminharia para essa solução. Assim mais uma vez, os cuidados do Senhor dos senhores foram apresentados e declarados para apontar o infinito amor de um Deus Criador para com os seus que viviam no vale da sombra e da morte, em trevas, distante do Eterno, sem qualquer esperança e sem vigor, apresentando a todos seus ouvintes, que o Buscar incessante das Ovelhas era certo e o esperar voluntário por seus retornos das trevas e da escuridão era real a todo aquele que em Jesus, o Filho de Deus, crê.

A festa farta com um boi a mesa, muitos convidados, sons festivos, calou a boca de qualquer um daquele lugar, povoado, vila, cidade, que ousasse criticar o comportamento de perdão do pai, para com seu filho mais jovem.

O Correr para encontrar, com o pecador que se arrepende e lhe dar o Abraço e o Beijo continua pelos séculos, até o dia da Volta do Senhor, quando esse tempo ficará no passado e o dia do juízo se achegará a todo homem e mulher nascidos sobre a face da Terra.



Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula





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