Base na Bíblia: Lucas 09: 10-14 “... E regressando os
apóstolos, contaram-lhe tudo o que tinham feito. E, tomando-os consigo,
retirou-se para um lugar deserto de uma cidade chamada Betsaida. E, sabendo-o a
multidão, o seguiu; e ele os recebeu, e falava-lhes do reino de Deus, e sarava
os que necessitavam de cura. E já o dia começava a declinar, então, chegando-se
a ele os doze, disseram-lhe: Despede a multidão, para que, indo aos lugares e
aldeias em redor, se agasalhem, e achem o que comer; porque aqui estamos em
lugar deserto. Mas ele lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram: Não
temos senão cinco pães e dois peixes, salvo se nós próprios formos comprar
comida para todo este povo. Porquanto estavam ali quase cinco mil homens.
Disse, então, aos seus discípulos: Fazei-os assentar, em ranchos de cinquenta
em cinquenta...”
Jesus recebe os doze discípulos de suas viagens missionárias, e ouve o
relatório de cada um sobre suas impressões e por suas informações percebe a
importância de que os levassem a uma região menos povoada, para que pudessem se
alimentar e descansar. Provavelmente estava cuidando de cada um deles,
demonstrando sua preocupação em manter todos unidos no mesmo propósito de
engrandecer o nome do Eterno, bem como também por ter ouvido as notícias de
João, o Batista.
Sabemos por Lucas que eles voltaram alegres e maravilhados com o agir do
Senhor sobre as aldeias e cidades visitadas, e Jesus explicava a cada um deles
como era possível ocorrer esses sinais e maravilhas, informando que Jesus
estava desde o princípio com o Pai e viu a queda como de um raio, Satanás, cair
do céu, mas o importante era o fato de saberem que seus nomes estavam escritos
nos céus.
A população, o povo, percebeu a manobra de Jesus e os seguiu, a
distância, chegando até eles na região desértica de Betsaida; e a atitude do
Mestre foi de recebe-los e começou a ensinar a eles sobre o Reino de Deus e
curar os necessitados.
Os discípulos, que ainda respiravam o ar do retorno de suas viagens,
devido ao adiantado da hora, foram conversar com Jesus, com o intuito de
chamarem sua atenção, o Rabino, quanto a três fatores:
1 Adiantado da hora, local ermo, frio, sujeito a emboscadas.
2 Necessidade real de alimentação para as cinco mil pessoas (homens
exceto mulheres e crianças) que estavam ali; e
3 Os despedirem para acharem, os cinco mil, acomodações para descansarem.
Jesus os ouviu e os convidou a darem eles mesmos de comer ao povo.
Imediatamente identificaram a quantidade de cinco pães e a quantidade de dois peixes,
o que era totalmente desproporcional, segundo as necessidades mínimas que cada
um necessitaria dos mais de cinco mil apurados pela fome.
Eles se propuseram em ir buscar o necessário, em dinheiro montaram a
quantia de duzentos denários, na certeza de que Jesus reconsideraria sua
proposta, mas como sempre o Eterno faz além do que podemos imaginar e sonhar e
assim pede aos discípulos que façam com que o povo se sente em grupos em média de
cinquenta, logo, cem grupos seriam. Eles obedeceram ao pedido do Mestre.
Os cuidados necessários ao homem, lembra Jesus, citando que os passarinhos
não trabalham e tem alimento, as flores tem exuberância maior que os próprios
reis dessa terra, os quais, não as podem igualar, com seus recursos, e até os
cabelos e a estatura são todas cuidadas e estão no controle do Pai.
Em uma oração, ao Pai, nesse local, nessas condições, em puro
agradecimento Jesus reparte os pães e os peixes, entregando aos discípulos
estes dentro dos grupos e todos se alimentam a quantia necessária e ainda a
sobra de doze cestos, e só nesse momento, alimentados espiritualmente e materialmente
os despede.
O Eterno preparou em sua infinita misericórdia, o plano para resgatar a
humanidade do custo do pecado, ao enviar seu Filho Jesus, apontou para o único
meio dado entre os homens para os cuidados necessários, porém cabe a cada ser humano
em sua história pessoal aceitar ou não este gesto de amor.
Do seu irmão em
Cristo,
Marcos de Paula
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