Base na Bíblia: João 8: 07-10 “...Mas,
como insistissem em perguntar-lhe, ergueu-se e disse-lhes: Aquele dentre vós
que está sem pecado seja o primeiro que atire uma pedra. E, tornando a
inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto foram saindo um a um, a
começar pelos mais velhos, até os últimos; ficou só Jesus, e a mulher ali em pé. Então erguendo-se
Jesus e não vendo a ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão
aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?...”
O que poderia impedir de
atirar as pedras, elas estavam nas mãos, uma vez que eles já se abaixaram para as
pegarem e as alojaram na posição de atirar.
A ação natural humana não era
para deixar nas mãos um material por natureza rude e ruim de ser segurado,
considerando seus potenciais contrários iniciando pelo peso que tem; assim o
alvo seria o destino, pois estava sendo exposto e o momento era propicio.
As autoridades eclesiásticas tinham
por certo a atitude de honrar a lei, ainda que, fosse uma ação questionável,
pois estavam vivendo dias em que a frente das decisões estava o conquistador
que era o Império Romano.
Coube a Jesus a decisão
final, não por sua inquestionável autoridade, mas sim, pela estratégia da
oposição visando identificar algum ponto negativo que o levasse a ser
questionado seja então frente a lei civil, a lei moral ou a lei religiosa.
A atitude de Jesus foi mais
uma vez direta e colocou a decisão não como uma possibilidade para impedir um
apedrejamento e sim uma questão de acusação aos presentes ouvintes e
ponderadores dos fatos, da qual todos eram diretamente colocados contra suas consciências.
Deixando claro a todos que
sua questão não tinha nada a ver com a maneira vulgar de se dizer: “Todos fazem
assim (pecam) porque só ela (mulher) deve pagar?”. Fechando a possibilidade de
se abrir um precedente para si próprio e acobertando todos os presentes.
Jesus em momento algum se
colocou no mesmo plano se incluindo nessa regra de que o erro (pecado) é comum
e sim foi claro como acusador, ou melhor, denunciando sobre cada individuo a
sua conduta moral, civil e religiosa.
Para que então pensar desta
maneira, quando todos aceitam naturalmente o fato de que resolver o problema,
basta atirar as pedras, mas essas voltaram silenciosas ao chão, simplesmente
pelo fato de que um grupo de pessoas foram necessariamente corrigidos e ao
mesmo tempo questionados quanto aos seus valores como pessoas e seres humanos.
Considero que não houve só
uma conversão de uma vida, somente, mas sim, ficou a proposta de conversão
coletiva a toda uma sociedade quanto ao seu modo de agir, mas todos estes se
foram e só uma ficou.
Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula
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