sexta-feira, 14 de março de 2014

PEDRAS NAS MÃOS.

Base na Bíblia: João 8: 07-10 “...Mas, como insistissem em perguntar-lhe, ergueu-se e disse-lhes: Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que atire uma pedra. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, até os últimos; ficou só Jesus, e a mulher ali em pé. Então erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?...”

O que poderia impedir de atirar as pedras, elas estavam nas mãos, uma vez que eles já se abaixaram para as pegarem e as alojaram na posição de atirar.
A ação natural humana não era para deixar nas mãos um material por natureza rude e ruim de ser segurado, considerando seus potenciais contrários iniciando pelo peso que tem; assim o alvo seria o destino, pois estava sendo exposto e o momento era propicio.
As autoridades eclesiásticas tinham por certo a atitude de honrar a lei, ainda que, fosse uma ação questionável, pois estavam vivendo dias em que a frente das decisões estava o conquistador que era o Império Romano.
Coube a Jesus a decisão final, não por sua inquestionável autoridade, mas sim, pela estratégia da oposição visando identificar algum ponto negativo que o levasse a ser questionado seja então frente a lei civil, a lei moral ou a lei religiosa.
A atitude de Jesus foi mais uma vez direta e colocou a decisão não como uma possibilidade para impedir um apedrejamento e sim uma questão de acusação aos presentes ouvintes e ponderadores dos fatos, da qual todos eram diretamente colocados contra suas consciências.
Deixando claro a todos que sua questão não tinha nada a ver com a maneira vulgar de se dizer: “Todos fazem assim (pecam) porque só ela (mulher) deve pagar?”. Fechando a possibilidade de se abrir um precedente para si próprio e acobertando todos os presentes.
Jesus em momento algum se colocou no mesmo plano se incluindo nessa regra de que o erro (pecado) é comum e sim foi claro como acusador, ou melhor, denunciando sobre cada individuo a sua conduta moral, civil e religiosa.
Para que então pensar desta maneira, quando todos aceitam naturalmente o fato de que resolver o problema, basta atirar as pedras, mas essas voltaram silenciosas ao chão, simplesmente pelo fato de que um grupo de pessoas foram necessariamente corrigidos e ao mesmo tempo questionados quanto aos seus valores como pessoas e seres humanos.
Considero que não houve só uma conversão de uma vida, somente, mas sim, ficou a proposta de conversão coletiva a toda uma sociedade quanto ao seu modo de agir, mas todos estes se foram e só uma ficou.

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula




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