Base na Bíblia: João
05:30-38 “... Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como
ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não procuro a minha vontade, mas
a vontade daquele que me enviou. Se eu der testemunho de mim mesmo, o meu
testemunho não é verdadeiro. Outro é quem dá testemunho de mim; e sei que o
testemunho que ele dá de mim é verdadeiro. Vós mandastes mensageiros a João, e
ele deu testemunho da verdade: eu, porém, não recebo testemunho de homem; mas
digo isto para que sejais salvos. Ele era a lâmpada que ardia e alumiava; e vós
quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz. Mas o testemunho que
eu tenho é maior do que o de João: porque as obras que o Pai me deu para
realizar, as mesmas obras que faço dão testemunho de mim que o Pai me enviou. E
o Pai que me enviou, ele mesmo tem dado testemunho de mim. Vós nunca ouvistes a
sua voz, nem vistes a sua forma; e a sua palavra não permanece em vós: porque
não credes naquele que me enviou. ...”
“... Não posso fazer nada por mim mesmo. Como ouço, julgo;
e meu julgamento é correto, porque não procuro meu desejo, mas o desejo daquele
que me enviou. ‘Se testifico a meu favor, meu testemunho não é válido. Mas há
outra pessoa que testemunha a meu favor, e sei que seu testemunho a meu
respeito é válido. Vocês enviaram pessoas a Yochanan, e ele deu testemunho da
verdade. Não que eu busque testemunho humano; digo essas coisas para que vocês
possam ser salvos. Ele era uma candeia que queimava e brilhava, e por um curto
período vocês desejaram ser iluminados por essa luz. ‘Mas eu tenho um
testemunho maior que o de Yochanan. Porque as coisas que o Pai me deu para
fazer – o que realizo agora – testemunharam a meu favor, afirmando que o Pai me
enviou. ‘Além disso, o Pai que me enviou foi testemunha a meu favor. Vocês
nunca ouviram sua voz, nem viram sua forma; Ademais, sua palavra não permanece
em vocês, porque não confiam em quem ele enviou. ...”
Difícil momento
para aqueles que ouvem esse discurso que foge de seus controle estabelecido como
regra de vida e conduta, assim para os ouvintes deste discurso, eles esperavam
sim, cada um deles, o dia em que sua Pátria ficasse livre do domínio de outros
povos, e assim tivessem sua independência, como também buscavam agradar ao Criador,
o qual desde o Tempo de Salomão, em que o Templo foi erguido, pela permissão do
Senhor, anteriormente seu modelo fixo surgiu ao Rei Davi, com o desejo que ele havia
colocado em seu coração, para assim fazê-lo, porém a seu filho que o sucedeu no
trono foi quem cumpriu essa tarefa.
Mas ao longo dos
anos, apesar de viverem uma vida sob as palavras da Torá, ou Pentateuco, ou Lei
de Moisés, havia cada vez mais, uma nova maneira de ler e interpretar as
Palavras Escritas, e assim, a maneira como usavam para identificar as promessas
de um libertador, foram cegadas aos seus olhos, garantindo a certeza, de que, se
algo estivesse em desacordo, aos seus princípios, deveria essa ser imediatamente
eliminada ou eliminado.
Neste cenário,
Jesus, logo após realizar, um milagre a um enfermo, simplesmente por sua
conduta ao dizer a maneira como esse homem deveria agir, fora plenamente reprovada
aos que o viam andar com uma esteira e eles então buscavam sua morte, afinal não
somente violava o Sábado, quanto se apresentava semelhante ao Eterno; porém, o
Senhor passa a dialogar e mencionar detalhes sobre sua Vinda e os
acontecimentos que antecederam.
Por esta razão
iniciei mencionando a dificuldade dos ouvintes, em prestar atenção, em um
discurso que para eles, em nada acrescentaria uma melhora nos fatos ocorridos, mas
o Messias, passa a apresentar a relação entre testemunho e sua fonte e a
verdadeira razão de ser um enviado, ou seja, cumprir a vontade daquele que o
envia.
Tudo parece muito
simples de interpretar, nos dias atuais, pois podemos afirmar que foram dias de
outrora e que nada se repete como antes, porém se pararmos para pensar, podemos
identificar semelhanças de condutas, mesmo para o povo de Israel e demais povos
(gentios) dos dias após a ressurreição de Jesus e assim será até o dia da sua
Volta, uma vez que ambos mantém a resistência em aceitar que o Messias veio e
que cumpriu o sacrifício que era impossível aos seres humanos executarem, pois,
sempre será colocada uma dúvida de qualquer tipo de origem (pessoal ou estudada,
racional ou não) para questionar e assim amar mais as Trevas do que se achegar
a sua maravilhosa Luz.
No Éden, no Livro
dos Princípios, foi assim com Eva, ao lhe ser declarada que: “É assim que Deus
disse: Não comereis de toda arvore do jardim?”; de uma pergunta veio a negação
e da negação veio o conceito contrário, sobre quem morreria, logo a palavra
direta foi quebrada e o fruto foi consumido. Eles antes permaneciam sob os
cuidados de seu Criador, mas romperam esse laço e o pecado passou a ter sua
ação até os dias de Jesus, o último Adão, que restabeleceu, pelo preço
necessário, a restauração da nova criatura com seu Criador.
Porém, não
permanece, como Jesus afirma, ainda que muitos busquem se achegar a luz, como
fizeram com João, o Batista, esses ficam somente entre o ir e voltar, nada
avançando, pois criam no Criador, cada um dos que ouviam e ouvem e ouvirão essas
palavras, mas rejeitavam o Enviado do Criador.
Na estrada de
Jericó um homem de origem judaica, foi abordado por malfeitores e deixado quase
à beira da morte, muitos o viram e eram de sua nacionalidade, mas passaram de
largo, então por essa estrada veio um samaritano, que não só parou, como chegou
perto, acudiu e o levou a uma estalagem e pagou antecipado suas despesas, mas
manteve seu caminho e se foi, com a promessa de voltar e pagar ao hospedeiro
qualquer valor extra que pudesse ser necessário para o melhor restabelecimento
dessa pessoa que agora era hospede em sua estalagem.
Sim, somos peregrinos
e nossa terra não está, onde pensamos e sim, ao lado daquele que nos chamou e
nos chama pelo nome, dizendo a cada dia: “Eis que estou a porta e bato, se
ouvir a minha voz, ...”; e somente assim deixaremos de fazer parte daqueles que
foram citados como o que não permanece.
Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula
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