sexta-feira, 25 de abril de 2025

NÃO PERMANECE.

 

Base na Bíblia: João 05:30-38 “... Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não procuro a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. Se eu der testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Outro é quem dá testemunho de mim; e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro. Vós mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade: eu, porém, não recebo testemunho de homem; mas digo isto para que sejais salvos. Ele era a lâmpada que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz. Mas o testemunho que eu tenho é maior do que o de João: porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que faço dão testemunho de mim que o Pai me enviou. E o Pai que me enviou, ele mesmo tem dado testemunho de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua forma; e a sua palavra não permanece em vós: porque não credes naquele que me enviou. ...”

 

“... Não posso fazer nada por mim mesmo. Como ouço, julgo; e meu julgamento é correto, porque não procuro meu desejo, mas o desejo daquele que me enviou. ‘Se testifico a meu favor, meu testemunho não é válido. Mas há outra pessoa que testemunha a meu favor, e sei que seu testemunho a meu respeito é válido. Vocês enviaram pessoas a Yochanan, e ele deu testemunho da verdade. Não que eu busque testemunho humano; digo essas coisas para que vocês possam ser salvos. Ele era uma candeia que queimava e brilhava, e por um curto período vocês desejaram ser iluminados por essa luz. ‘Mas eu tenho um testemunho maior que o de Yochanan. Porque as coisas que o Pai me deu para fazer – o que realizo agora – testemunharam a meu favor, afirmando que o Pai me enviou. ‘Além disso, o Pai que me enviou foi testemunha a meu favor. Vocês nunca ouviram sua voz, nem viram sua forma; Ademais, sua palavra não permanece em vocês, porque não confiam em quem ele enviou. ...”

 

Difícil momento para aqueles que ouvem esse discurso que foge de seus controle estabelecido como regra de vida e conduta, assim para os ouvintes deste discurso, eles esperavam sim, cada um deles, o dia em que sua Pátria ficasse livre do domínio de outros povos, e assim tivessem sua independência, como também buscavam agradar ao Criador, o qual desde o Tempo de Salomão, em que o Templo foi erguido, pela permissão do Senhor, anteriormente seu modelo fixo surgiu ao Rei Davi, com o desejo que ele havia colocado em seu coração, para assim fazê-lo, porém a seu filho que o sucedeu no trono foi quem cumpriu essa tarefa.

Mas ao longo dos anos, apesar de viverem uma vida sob as palavras da Torá, ou Pentateuco, ou Lei de Moisés, havia cada vez mais, uma nova maneira de ler e interpretar as Palavras Escritas, e assim, a maneira como usavam para identificar as promessas de um libertador, foram cegadas aos seus olhos, garantindo a certeza, de que, se algo estivesse em desacordo, aos seus princípios, deveria essa ser imediatamente eliminada ou eliminado.

Neste cenário, Jesus, logo após realizar, um milagre a um enfermo, simplesmente por sua conduta ao dizer a maneira como esse homem deveria agir, fora plenamente reprovada aos que o viam andar com uma esteira e eles então buscavam sua morte, afinal não somente violava o Sábado, quanto se apresentava semelhante ao Eterno; porém, o Senhor passa a dialogar e mencionar detalhes sobre sua Vinda e os acontecimentos que antecederam.

Por esta razão iniciei mencionando a dificuldade dos ouvintes, em prestar atenção, em um discurso que para eles, em nada acrescentaria uma melhora nos fatos ocorridos, mas o Messias, passa a apresentar a relação entre testemunho e sua fonte e a verdadeira razão de ser um enviado, ou seja, cumprir a vontade daquele que o envia.

Tudo parece muito simples de interpretar, nos dias atuais, pois podemos afirmar que foram dias de outrora e que nada se repete como antes, porém se pararmos para pensar, podemos identificar semelhanças de condutas, mesmo para o povo de Israel e demais povos (gentios) dos dias após a ressurreição de Jesus e assim será até o dia da sua Volta, uma vez que ambos mantém a resistência em aceitar que o Messias veio e que cumpriu o sacrifício que era impossível aos seres humanos executarem, pois, sempre será colocada uma dúvida de qualquer tipo de origem (pessoal ou estudada, racional ou não) para questionar e assim amar mais as Trevas do que se achegar a sua maravilhosa Luz.

No Éden, no Livro dos Princípios, foi assim com Eva, ao lhe ser declarada que: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda arvore do jardim?”; de uma pergunta veio a negação e da negação veio o conceito contrário, sobre quem morreria, logo a palavra direta foi quebrada e o fruto foi consumido. Eles antes permaneciam sob os cuidados de seu Criador, mas romperam esse laço e o pecado passou a ter sua ação até os dias de Jesus, o último Adão, que restabeleceu, pelo preço necessário, a restauração da nova criatura com seu Criador.

Porém, não permanece, como Jesus afirma, ainda que muitos busquem se achegar a luz, como fizeram com João, o Batista, esses ficam somente entre o ir e voltar, nada avançando, pois criam no Criador, cada um dos que ouviam e ouvem e ouvirão essas palavras, mas rejeitavam o Enviado do Criador.

Na estrada de Jericó um homem de origem judaica, foi abordado por malfeitores e deixado quase à beira da morte, muitos o viram e eram de sua nacionalidade, mas passaram de largo, então por essa estrada veio um samaritano, que não só parou, como chegou perto, acudiu e o levou a uma estalagem e pagou antecipado suas despesas, mas manteve seu caminho e se foi, com a promessa de voltar e pagar ao hospedeiro qualquer valor extra que pudesse ser necessário para o melhor restabelecimento dessa pessoa que agora era hospede em sua estalagem.

Sim, somos peregrinos e nossa terra não está, onde pensamos e sim, ao lado daquele que nos chamou e nos chama pelo nome, dizendo a cada dia: “Eis que estou a porta e bato, se ouvir a minha voz, ...”; e somente assim deixaremos de fazer parte daqueles que foram citados como o que não permanece.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula












 

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