sexta-feira, 25 de outubro de 2024

LANÇAR EM ROSTO.

 

Base na Bíblia: Marcos 16:08-20 “... E saindo elas, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de medo e assombro; e não disseram nada a ninguém, porque temiam. {Ora, havendo Jesus ressurgido cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. Foi ela, anunciá-lo aos que haviam andado com ele, os quais estavam tristes e chorando; e, ouvindo eles que vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram. Depois disso, manifestou-se sob outra forma a dois deles que iam de caminho para o campo. Os quais foram anunciá-lo aos outros; mas nem a estes deram crédito. Por último, então, apareceu aos onze, estando eles reclinados à mesa, e lançou lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem dado crédito aos que o tinham visto já ressurgido. E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais acompanharão aos que crerem; em meu nome expulsarão demônios; falarão em novas línguas; Pegarão em serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. Eles, pois, saindo, pregaram por toda a parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam. ...”

 

“... Tremendo, assustadas, elas saíram e fugiram do túmulo. E não disseram nada a ninguém, porque estavam com medo. Quando Yeshua ressuscitou, na madrugada do domingo, apareceu em primeiro lugar a Miryam de Magdalah, de quem expulsou sete demônios. Ela foi contar aos que tinham estado com ele, porque estavam chorando e lamentando. No entanto, quando ouviram que Yeshua estava vivo e que ela o vira, não conseguiram acreditar. Depois disso, Yeshua apareceu em outra forma a dois deles, enquanto caminhavam em direção ao campo. Eles foram e contaram aos outros, que também não acreditaram neles. Mais tarde, Yeshua apareceu aos Onze enquanto estavam comendo, e os repreendeu pela falta de confiança e de sensibilidade espiritual, por não terem crido em quem lhes disse tê-lo visto depois de ressurrecto. E disse: ‘Vão pelo mundo todo, anunciem as boas-novas a toda a criação. Quem confiar e for imerso será salvo, mas quem não confiar será condenado. E estes sinais acompanharão os que confiarem: em meu nome expulsarão demônios, falarão novas línguas, não serão afetados se pegarem em serpentes ou beberem veneno, e curarão doentes impondo as mãos sobre eles’. Depois de lhes ter falado, o Senhor Yeshua foi elevado ao céu e se sentou à direita de Deus. E eles partiram e anunciaram as boas-novas em todos os lugares, e o Senhor cooperava com eles, confirmando a mensagem com os sinais que a acompanhavam. ...”

 

Nota: Os versículos de 09-20 são encontrados em muitos manuscritos gregos antigos, mas não nos dois mais velhos.

 

Dentro da rotina do cotidiano de cada ser humano que vive ou já viveu sobre a face da terra, podemos imaginar que em sua maioria é possível terem vivenciado ou sido protagonista do comportamento de falar suas ideias diretamente sobre outros, sem fazer uso de qualquer filtro, ou preocupação com as repercuções que possa dessa atitude advir, uma vez que muitos usam desta maneira como uma ferramenta ou meio de fuga, pelos que assim agem, e não é incomum ouvir depois de terem assim procedido, (por boa parte desses que assim o fazem), de que é devido ao seu temperamento, ou a sua forma de criação, porém dentre muitas outras maneiras de se justificar, ainda no presente é possível também observar o uso por parte de uma grande parcela da humanidade que deixam de ter qualquer sentimento uma vez que quando desabafam de imediato declaram que esquecem imediatamente o que fizeram, porém por traz da ação de lançar em rosto, pode ocultar muitas coisas para o uso intelectual em seu benefício pessoal, a frente, sim em primeiro lugar (o que chamamos de uso para o seu próprio ego) ou por que não para trazer à tona fatos que estão sendo negligenciados.

O medo é uma ferramenta que se bem adestrada pode ser útil para o melhor do ser, pois pode gerar benefícios para cada tomada de decisão, ainda que o instinto natural sempre tenha seu papel preponderante de início.

Pelo texto mais antigos tudo o que está escrito a partir da saída do Sepulcro não constam, porém, boa parte da narrativa citadas estão em acordo com os demais Evangelhos de Mateus, Lucas e João.

Nas palavras escritas por Marcos, das mulheres que saíram com medo de dentro do Sepulcro, Maria Madalena é mencionada pela segunda vez (no Livro de João está citado) e desta vez, ela se ajusta e toma as medidas para concluir o que lhe fora solicitado, lançando a palavra, porém os discípulos, ao ouvirem, apesar de estarem chorando e lamentando, não conseguem acreditar.

Os dois homens citados que voltaram para dizer também aos onze discípulos, estavam na estrada de Emaús, citado no Livro de Lucas, mas esses declararam, ou melhor lançaram o fato de terem visto o Senhor, mas também na verdade eles ouviram, mas deixaram de acreditar neles, pois algo maior estava incomodando e alguns deles foram tentar constatar, mas em suas buscas (pessoais ou coletivas) não o encontraram.

Seguindo a narrativa o Messias aparece diante deles enquanto eles estavam reunidos para uma refeição e lança lhes em rosto no sentido de repreensão pela falta de confiança e de sensibilidade espiritual.

Prossegue seu ensino e reforça o necessário cuidado de semear e levar o necessário ao perdido e marginalizado perante a sociedade em que faz parte, apresentando sim, a cada um o meio necessário para ser resgatado do pecado, uma vez que, tudo aquilo que domina o ser é sua corrente e o elo não se deixa quebrar facilmente, pois o salário do pecado é a morte.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 18 de outubro de 2024

PREOCUPAÇÃO CONTROLADA.

 

Base na Bíblia: Marcos 15:47-16:01-08 “... E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde fora posto. Ora, passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para irem ungi-lo. E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro muito cedo, ao levantar do sol. E diziam uma às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro? Mas, levantando os olhos, notaram que a pedra, que era muito grande, já estava revolvida; e, entrando no sepulcro, viram um moço sentado à direita, vestido de alvo manto; e ficaram atemorizadas. Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o nazareno, que foi crucificado; ele ressurgiu; não está aqui; eis o lugar onde o puseram. Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse. E saindo elas, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de medo e assombro; e não disseram nada a ninguém, porque temiam. ...”

 

“... Miryam de Magdalah e Miryam, mãe de Yosi, viram onde ele foi colocado. Quando terminou o shabbat, Miryam de Magdalah, Miryam, mãe de Ya’akov, e Shlomit, compraram especiarias para ungir Yeshua. No domingo bem cedo, depois que o sol nasceu, elas foram ao túmulo, perguntando umas às outras: ‘Quem tirará para nós a pedra da entrada do túmulo?’. Então elas olharam e viram que a pedra, apesar de ser muito grande, já havia sido removida. Entrando no túmulo, viram um jovem vestido de roupas brancas assentado à direita, e ficaram amedrontadas. Mas disse ele: ‘Não fiquem surpresas! Vocês estão procurando por Yeshua de Natzeret, que foi executado em uma estaca. Ele ressuscitou: não está aqui! Vejam o lugar onde o haviam posto. Vão e digam aos talmidim, especialmente a Kefa, que ele vai para a Galil antes deles. Lá vocês o verão, como ele lhes disse’. Tremendo, assustadas, elas saíram e fugiram do túmulo. E não disseram nada a ninguém, porque estavam com medo. ...”

 

Todos temos preocupações, porém em níveis diferentes de pessoa para pessoa, uma vez que cada um tem a sua natureza, seu temperamento, sua forma de tratar as adversidades que acontecem e também para com as coisas favoráveis, sim para cada um há uma maneira de receber e tratar os acontecimentos, sem deixar de mencionar que o nível social também tem um fator relevante, na maneira da resposta que será definida para cada preocupação que cada indivíduo pode vir a passar, porém em comum a todos, podemos citar que temos preocupação com a necessidade do ar para se manter vivo sobre a face da terra.

Temos um grupo de mulheres que ao final do período do shabbat estão atentas aos cuidados com um corpo inerte, mas que na visão delas teriam por ele consideração e assim se preparam para os cuidados a fim de concluir um processo de sepultamento comum em seus dias e assim logo após o nascer do sol, elas estão preparadas com o material necessário para ungir o corpo em seu local de descanso.

Durante o caminho, é citado um diálogo entre elas sobre uma preocupação em comum delas, pois tinham visto o local onde fora colocado, porém também notaram que colocaram uma pedra, dificultando/impedindo a entrada, e mesmo sem respostas para essa realidade continuam a se deslocar na direção certa.

Cada passo dado por elas era necessário e ao avistarem o local, perceberam que a pedra que estava na entrada estava retirada, e elas entram no local onde fora depositado o corpo, mas se surpreende ao notarem lá dentro uma só pessoa vestida com roupas brancas, sentado a direita do local onde estivera colocado o corpo e que lhe dirigiu palavras sem que elas houvessem realizado qualquer pergunta.

Sua palavra era de natureza a diminuir a surpresa ou poderíamos até supor que havia o pavor nelas, pois não era isso que elas esperavam encontrar dentro; ele continua a transmitir informações, anunciando o fato da ressurreição e dos próximos acontecimentos que se sucederiam, elas ouvem e são incumbidas de anunciarem essa notícia aos discípulos e ainda ressaltando a pessoa de Simão, apelidado de Pedro, para o local em que seria visto por todos eles.

A preocupação está agora controlada, por elas, seus objetivo comum, deixa de ser necessário, pois todos ouviram do Mestre que assim aconteceria, e são lembradas desta verdade, porém, elas saem do local e nada comentam, pois sabemos que o medo em todos os tempos tem um papel relevante na vida de cada ser humano e sabemos que daquilo que somos vencidos somos reféns, pois onde está o teu tesouro ali está o teu coração.

Elas nada disseram, porém pelos relatos contido nos outros evangelhos (Boas Novas), citam que elas passado o pânico/temor/medo foram e anunciaram aos demais, mas eles não aceitaram como verdadeiro a fala delas, porém outros encontros com o próprio Jesus ocorreram enfatizando que tudo o que estava escrito estava cumprido e um novo e vivo caminho estava diante de todos.

A história registra a pessoa de Jesus (Yeshua) mas a leitura de cada um, pode ser simplificada, desta maneira: os que acham que era um homem somente isso e nada além e os que acham que era o enviado do Criador, mas seja a primeira ou a segunda opinião de cada um de nós, apresento as palavras de Saulo (Paulo) natural de Tarso, sobre um posicionamento sobre a ressurreição que é o pilar da fé dos que são os seguidores do Messias (Jesus, Yeshua, Cristo) que menciona:

I Coríntios 15:12-22 “Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.”

Qual é a preocupação que te alcança, poderia ser a tua preocupação enquanto cada um de nós caminha sobre a face da terra, porém pelo exemplo delas, poderia sim continuar o caminhar na esperança de que a solução ocorrerá.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 11 de outubro de 2024

DETALHES EM AÇÃO.

 

Base na Bíblia: Marcos 15:34-47 “... E, à hora nona, bradou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lama Sabactani? Que traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam: Eis que chama por Elias. Correu um deles, ensopou uma esponja em vinagre e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber, dizendo: Deixai, vejamos se Elias virá tirá-lo. Mas Jesus, dando um grande brado, expirou. Então o véu do santuário se rasgou em dois, de alto a baixo. Ora, o centurião, que estava defronte dele, vendo-o assim expirar, disse: Verdadeiramente este homem era filho de Deus. Também ali estavam algumas mulheres olhando de longe, entre elas Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e Salomé; as quais o seguiam e o serviam quando ele estava na Galiléia; e muitas outras que tinham subido com ele a Jerusalém. Ao cair da tarde, como era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, José de Arimatéia, ilustre membro do sinédrio, que também esperava o reino de Deus, cobrando ânimo, foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Admirou-se Pilatos de que já tivesse morrido; e, chamando o centurião, perguntou-lhe se, de fato, havia morrido. E, depois que o soube do centurião, cedeu o cadáver a José; o qual, tendo comprado um pano de linho, tirou da cruz o corpo, envolveu-o no pano e o depositou num sepulcro aberto em rocha; e rolou uma pedra para a porta do sepulcro. E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde fora posto. ...”

 

“... Por volta dessa hora, Yeshua gritou: ‘Elohi! Elohi! L’mah sh’vaktani?’ (que significa: ‘Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?’). Quando algumas pessoas que estavam por ali ouviram isso, disseram: ‘Vejam! Ele está chamando Eliyahu!’. Alguém correu, mergulhou uma esponja em vinagre, colocou-a em uma vara e a deu a Yeshua para beber. ‘Espere!’ ele disse, ‘vejamos se Eliyahu vem tirá-lo dai’. Mas Yeshua gritou fortemente e entregou o espírito. E a parokhet do templo foi rasgada em duas partes de cima a baixo. Quando o oficial romano, que estava olhando para Yeshua, percebeu que ele entregou o espírito, disse: ’Este homem era mesmo um filho de Deus!’. Algumas mulheres estavam observando de longe; entre elas, estavam Miryam de Magdalah, Miryam, mãe do Ya’akov mais jovem, Yosi e Shlomit. Essas mulheres haviam seguido Yeshua e o ajudaram enquanto estava na Galil. Estavam ali muitas outras mulheres que haviam subido com ele para Yerushalayim. Pelo fato de ser o dia da preparação (isto é, o dia anterior ao shabbat), e o pôr do sol se aproximava. Yosef de Ramatayim, um membro proeminente do Sanhedrin, que também esperava o Reino de Deus, dirigiu-se corajosamente a Pilatos e pediu o corpo de Yeshua. Pilatos ficou surpreso ao ouvir que ele já tinha morrido, chamou o oficial e lhe perguntou se Yeshua estava morto fazia algum tempo. Depois de ter recebido a confirmação de seu oficial de que Yeshua estava morto, entregou o corpo a Yosef. Yosef comprou um lençol de linho e depois de descer o corpo de Yeshua, envolveu-o no lençol, colocou-o em túmulo cavado na rocha, e fez rolar uma pedra sobre a entrada do túmulo. Miryam de Magdalah e Miryam, mãe de Yosi, viram onde ele foi colocado. ...”

 

Os detalhes de cada movimento pessoal que executamos pode nem parecer que é percebido pelos que estão ao nosso derredor, porém jamais poderíamos até definirmos como perfeita essa definição, mas deveríamos sim, sempre lembrar que os que estão a nossa volta e se importam conosco (positivamente ou negativamente) estão a nos observar bem de perto.

O Mestre pelo que lemos está pendurado no alto de um madeiro, sua culpa é exposta é a de ser O REI DOS JUDEUS e depois de algumas horas ao abrir sua boca, gera entre os ouvintes uma definição e a solução por um dos que ouve lhe é apresentada, porém essa solução é formatada na expectativa de que o sobrenatural se materialize diante de seus olhos.

Em resposta Jesus bradou pela segunda vez e entregou seu espírito, a frente dele estava um centurião (oficial romano) que observava os detalhes da cena, ele exclama de forma pouco convencional, ao afirmar que defendia que aquele que ali estava era verdadeiramente um filho de Deus, e também algo inusitado é citado pelo escritor ocorrido no mesmo momento, para muitos coincidência ou até um descuido, afinal o véu que separava o lugar santo do lugar santo dos santos (santíssimo), o qual se rasgou de cima abaixo (fato anormal) e mostrou a todos que a arca da aliança ali não estava, só restava a memória, abrindo uma nova oportunidade a todos (somente o sumo sacerdote uma vez por ano, ali entrava), de se aproximarem de seu Criador.

Neste local também estavam várias mulheres as quais de longe observavam, pelo Livro de João, sabemos que Maria sua mãe ali estava também e o Messias ao perceber sua presença solicitou ao seu discípulo/apostolo João que cuidasse dela (João 19:25-27: “Jesus disse a sua mãe: “Mulher, este é seu filho” e ao discípulo João: “Esta é sua mãe”. A partir daí, João cuidou de Maria pelo resto da sua vida.”).

As horas passam e José natural de Arimatéia, que era uma pessoa proeminente no sinédrio (do hebraico סנהדרין sanhedrîn e συνέδριον synedrion, em grego, ‘assembleia sentada’, donde se tornou "assembleia" que é a associação de 20 ou 23 juízes que a Lei judaica ordena existir em cada cidade. O Grande Sinédrio era uma assembleia de juízes judeus que constituía a corte e legislativo supremos da antiga Israel), toma coragem e vai conversar com o Governador Pilatos e diante dessa autoridade passa a pedir o corpo inerte do Messias.

Pilatos ouve, pondera sobre o pouco tempo e passa a conversar com o centurião, provavelmente o mesmo que estava no momento do ocorrido e sentindo-se seguro, libera para José o corpo, pois ele também esperava o Reino de Deus.

Agora cabe a José a incumbência da retirada do corpo e dos primeiros preparativos para o sepultamento, e assim o retira do madeiro, passa a usar um lençol de linho comprado para o envolver e o leva a uma sepultura esculpida na rocha e a frente dela rola uma pedra para selar a entrada, todas essas etapas ocorreram antes do pôr do sol, provavelmente o tempo que possuía foi iniciado pós 15 horas até próximo das 18 horas.

Todos os detalhes aconteceram diante de um publico que estava vivendo seu dia a dia e mesmo sendo educado desde a mais tenra idade nos textos e ensino deixavam de perceber a grandeza de cada acontecimento, porém é correto afirmar que poucos estavam atentos aos acontecimentos, mesmo sem entender esses se mantinham firmes observando inclusive onde o corpo foi colocado antes do início do Shabbat.

Muitas vezes durante a jornada dos seres humanos sobre a face da terra, acontecem coisas que jamais imaginaríamos ser possível acontecer (boas ou ruins), e em sua maioria quando não são boas cada um busca superar da melhor maneira possível, essa fase ou período muitas vezes parecem que não tem fim, porém aos que perseveram suas possibilidades se multiplicam, mas ainda assim pode não ser o suficiente.

Cito como exemplo, o caso de Lazaro, o qual estava enfermo, usaram de todo o conhecimento da época para buscar reverter e suas irmãs (Maria e Marta) também enviaram a Jesus um aviso e quando chegou este já estava enterrado a quatro dias, chegou e uma delas (Marta) ouviu dele a seguinte frase: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá: e todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto?” (João 11:25-26), milênios já passaram em que estas palavras foram citadas, desta forma cada um por si tem observado todos os detalhes em ação que estão a sua volta, sabemos mesmo instintivamente que sempre irá levar cada um a sua pessoal reação.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 4 de outubro de 2024

OPINAR SOBRE FATOS VIVIDOS.

 

Base na Bíblia: Marcos 15:25-35 “... E era a hora terceira quando o crucificaram. Por cima dele estava escrito o título da sua acusação: O REI DOS JUDEUS. Também, com ele, crucificaram dois salteadores, um à sua direita, e outro à esquerda {E cumpriu-se a Escritura que diz: E com os malfeitores foi contado.} E os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ah! Tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo, descendo da cruz. De igual modo também os principais sacerdotes, com os escribas, escarnecendo-o, diziam entre si: A outros salvou; a si mesmo não pode salvar; desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos. Também os que com ele foram crucificados o injuriavam. E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre a face da terra, até a hora nona. E, à hora nona, bradou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lama Sabactani? Que traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam: Eis que chama por Elias. ...”

 

“... Eram nove horas da manhã quando o pregaram na estaca. Acima de sua cabeça, estava escrito o registro da acusação feita contra ele, onde se lia: O REI DOS JUDEUS. Executaram com ele dois ladrões, um à sua direita e outro à sua esquerda (*). Pessoas que passavam por ali lançavam insultos, balançando a cabeça e dizendo: ‘Então você é capaz de destruir o templo e reconstruí-lo em três dias? Salve-se e desça dessa estaca!’. Da mesma forma, os principais kohanim e os mestres da Torah zombavam dele, dizendo uns aos outros: ‘Ele salvou outras pessoas, mas não é capaz de salvar a si mesmo!’, e: ‘Ele é o Messias, não é? O rei de Yisra’el? Que ele desça da estaca! Se nós o virmos fazer isso, creremos nele!’. Até os homens que estavam sendo executados com ele também o insultavam. Ao meio-dia, trevas cobriram toda a Terra até as três horas da tarde. Por volta dessa hora, Yeshua gritou: ‘Elohi! Elohi! L’mah sh’vaktani?’ (que significa: ‘Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?’). Quando algumas pessoas que estavam por ali ouviram isso, disseram: ‘Vejam! Ele está chamando Eliyahu!’. ...”

 

(*) – Alguns manuscritos incluem o versículo 28: “E cumpriu-se a passagem do Tanakh  que diz: ‘Ele foi contado com os transgressores’” (Yesha’yahu {Is} 53:12).

 

O Salmo 22:1-2 Citam as Palavras que Jesus mencionou enquanto se encontrava em seus momentos finais elevado no madeiro, esse Salmo foi escrito por David e cumprindo as Escrituras citadas pelo Messias em seu sacrifício voluntário, como o Cordeiro Pascal e os que ouviram definiram como sendo um chamado a Elias, porém Davi era claro ao citar o Eterno, assim sempre haverá interpretações e contestação das mais diferentes origens, até mesmo pelo famoso ato pessoal simplesmente de não ou concordar e pronto, no sentido de que não se fala mais do assunto.

Por sua vez Elias segundo os Escritos, é descrito como um homem que procurava levar o povo ao encontro de seu Senhor, consta no Livro de I Reis 18:22-24, ele usou uma maneira que adotou para exemplificar, e assim o fez porque foi provocado pela postura dos seres humanos, assim o versículo anterior 21 declara: “E Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; mas  se Baal, segui-o. O povo, porém, não lhe respondeu nada.”; e sobre ele também somos informados que subiu ao céu num redemoinho.

Para sincronizar o horário dos acontecimentos é bom lembrarmos que o calendário gregoriano e hebraico diverge e muito, assim o gregoriano inicia as 24 horas e o hebraico ao nascer do sol (por volta das 6 horas da manhã), agora o povo que está assistindo ou passando tem acesso ao motivo da acusação que levou a pessoa a estar pendurado e para Jesus é citado O REI DOS JUDEUS, pois havia outros dois sentenciados e executados no mesmo local.

Normalmente guardamos o que nos interessa, essa é uma característica humana e muitas vezes no momento que julgamos propício colocamos diante de pessoas esse arquivo, porém esses fatos sempre seguem com um julgamento; no caso de Jesus notamos que suas palavras sobre o Templo e a reedificação em prazo de três dias era algo que incomodava a mente dos ouvintes e nesse texto eles agora juntam essa fala, com insultos para exigirem que ele saia da situação em que se encontra.

De maneira velada os líderes que estavam presentes dos sacerdotes, entre si, faziam um resumo, afinal sabiam de Lazaro, da filha de Jairo e da viúva na entrada da Cidade de Naim, assim como o motivo da Acusação eles buscam alinhar o pensamento e também definirem uma forma para crer na Verdade que estava diante de seus olhos.

Em comum, fossem os que assistiam, os que passavam, os líderes e os que com ele foram julgados e executados, esses o insultavam, porém, sabemos que nem todos.

As horas passam e por volta da hora sexta o tempo muda, mas isso nada muda no pensar daqueles que estão certos de seus êxitos, e na hora nona, um grito ecoa naquele lugar, vindo do Messias, sim mais uma vez interpretam e definem como sendo uma chamada a Elias e não o momento em que um Plano iniciado antes da fundação do Mundo era executado, seguindo todos os passos necessários para sua conclusão.

Opinar sempre pode ser o meio legitimo para prosseguir a trajetória de cada um, por si, sobre a face da terra, ainda que em colegiado a palavra final sempre será pessoal e determinará a conduta de cada um.

As Boa Novas são anunciadas de dia e de noite e cada um as ouve para si e aprende nelas que existe perdão, por um alto preço pago, estabelecido a todos, porém ao optar o resultado está lançado e a resposta definida no presente de cada vida eterna permanece diante de todos os fatos vividos, afinal de um pé de maçã jamais se espera naturalmente colher laranja.

E o Messias declara: ‘Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.’ Qual sua opção será?

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula