Base na Bíblia: Marcos 15:14-25 “...Disse-lhes Pilatos: Mas que mal fez ele? Ao que eles
clamaram ainda mais: Crucifica-o! Então Pilatos querendo satisfazer a multidão,
soltou-lhe Barrabás; e, tendo mandado açoitar a Jesus, o entregou para ser crucificado.
Os soldados, pois, levaram-no para dentro, ao pátio, que é o pretório, e
convocaram toda a coorte; vestiram-no de púrpura e puseram-lhe na cabeça uma
coroa de espinhos que haviam tecido; e começaram a saudá-lo: Salve, rei dos
judeus! Davam-lhe com uma cana na cabeça, cuspiam nele e, postos de joelhos, o
adoravam. Depois de o terem assim escarnecido, despiram-lhe a púrpura, e lhe
puseram as vestes. Então o levaram para fora, a fim de o crucificarem. E,
obrigando certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava,
vindo do campo, a carregar-lhe a cruz. Levaram-no, pois, ao lugar do Gólgota,
que quer dizer, lugar da Caveira. E ofereciam-lhe vinho misturado com mirra;
mas ele não o tomou. Então o crucificaram, e repartiram entre si as vestes dele,
lançando sortes sobre elas para ver o que cada um levaria. E era a hora
terceira quando o crucificaram. ...”
“... Ele
perguntou: ‘Por quê? Que crime ele cometeu?’. Mas eles gritavam: ‘Execute-o em
uma estaca!’. Pilatos, desejando agradar a multidão, libertou Bar-Abba, mandou
açoitar Yeshua e o entregou para ser executado em uma estaca. Os soldados o
levaram para dentro do palácio (isto é, as dependências do quartel-general)e
chamaram todo o batalhão. Eles o vestiram de púrpura e fizeram uma coroa de espinhos,
que colocaram nele. E começaram a saudá-lo: ‘Viva o rei dos judeus!’. Batiam na
cabeça dele com uma vara, cuspiam nele e se ajoelhavam diante dele como se o
adorassem. Quando acabaram de ridicularizá-lo, tiraram dele a capa púrpura,
vestiram-no com suas roupas e o levaram embora para ser pregado na estaca de
execução. Certo homem de Cirene, Shim’on, pai de Alexandre e Rufo, passava por
ali, chegando do campo, ele foi obrigado a carregar a estaca. Levaram Yeshua ao
lugar chamado Gulgota (que significa ‘lugar da caveira’) e lhe deram vinho
misturado com mirra, mas ele não aceitou. Então o pregaram na estava de
execução; e dividiram as roupas de Yeshua entre si, jogando dados para
determinar com o que cada homem ficaria. Eram nove horas da manhã quando o pregaram
na estaca.”
As surpresas ao olhar de nossa mente humana em sua
maioria tendem a ter uma esfera positiva, envolvendo tudo ao nosso redor, de
fato, isto nos impulsiona a sempre buscarmos novos desafios, pois para cada ser
humano lidar com as surpresas quando favoráveis é agradável e motiva cada um a
continuar peregrinando sobre a face da terra.
Sem considerar as pessoas que lidam com seus
próprios temores e medos, as quais diversas vezes optam por deixar de sonhar ou
buscar viver o melhor de cada dia; outros também são impactados pelas surpresas
desfavoráveis que atingem diretamente seu ser, como foi o exemplo nas
Escrituras Sagradas da pessoa de Jó e sua família.
Pilatos está dialogando com o povo, na condição de
governante supremo daquele local e munido de autoridade para determinar o ato
seguinte para todos, sim, ele questiona, por duas vezes a multidão presente, em
uma sexta-feira pela manhã e ouve deles o veredito sobre aquele que eles haviam
optado por ficar preso em lugar de Barrabás, que era o de ser colocado em um
madeiro.
Para os sacerdotes, escribas, doutores da Lei e
anciões, eles estavam seguros de suas decisões, já o povo estava satisfeito pelo
êxito de seus apelos e a Pilatos possivelmente a surpresa da escolha e o método
usado para o entregarem que em nada era diferente, porém as palavras do Messias
em resposta a uma pergunta do governador e a ação de silencio sobre suas
acusações, esse sim era para ele uma surpresa; agora o governador para agradar a
maioria presente, aceitou a sugestão e o entregou a guarda romana a fim de
cumprir suas ordens.
Leitura e mais leitura por séculos a fim e mesmo no
presente, os textos que apresentam a pessoa do Messias são interpretados com
outro foco e a surpresa viva e presente diante de todos era simplesmente
tratada como um problema a ser regularizado, por simplesmente destoar do padrão
que criaram, pois estavam deixando de observar com mais atenção (sem surpresa),
porém os cuidados do amor pelo Eterno e o amor por si repassado em igual medida
aos semelhantes, foi apresentado, também colocado em prática e assim todos os
que ouvem passam a ler como o cumprimento das profecias e a ver a redenção do
povo (surpresa), vivo e atuante pelos séculos.
Jesus é levado para dentro do quartel general dos
romanos e todos (coorte) são convidados a assistir e mais uma vez continua os
atos de hostilidade e desprezo pela pessoa, mas a hora passa e precisam cumprir
a ordem e para lá caminham com todo o material necessário para um lugar chamado
de Lugar da Caveira, no caminho uma surpresa acontece para uma pessoa que vinha
do campo, ele é constrangido a levar o madeiro, solidariamente em lugar do
Mestre, seu nome era Simão, natural de Cirene (‘era uma cidade que ficava
localizada no norte da África, estava situada na metade do caminho entre
Alexandria e Cartago, numa planície acerca de dezesseis quilômetros do mar
Mediterrâneo. Atualmente essa região fica na Líbia, a oeste do Egito. Estima-se
que foi fundada em 630 a.C. Durante o reinado de Alexandre o Grande, Cirene
esteve debaixo de seu governo. Depois ela ficou sob a jurisdição dos Ptolomeus,
e no primeiro século antes de Cristo passou a pertencer aos romanos, ela chegou
a ser reconhecida como um centro intelectual, em seu auge, acredita-se que
Cirene alcançou uma população de aproximadamente cem mil habitantes.’), pai de Alexandre
e Rufo.
Como o ouvir algo novo e sentir que já lhe é familiar,
assim pode ser pontuado o ato da surpresa de regressar de cada um, ao ouvir as
palavras que queimam seu interior como foi no caminho de Emaús, para todos, afinal,
conhecereis a verdade e a verdade vos libertará, porém os doentes e fracos tendem
a ouvir sua voz, pois os sãos abrem mão da surpresa em sua maioria por não
precisarem de cuidados médicos.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula