Base na Bíblia: João 07: 11-20 “... Ora, os judeus o procuravam na festa, e perguntavam:
Onde está ele? E era grande a murmuração a respeito dele entre as multidões.
Diziam alguns: Ele é bom. Mas outros diziam: Não, antes engana o povo. Todavia
ninguém falava dele abertamente, por medo dos judeus. Estando, pois, a festa já
em meio, subiu Jesus ao templo e começou a ensinar. Então os judeus se
admiravam, dizendo: Como sabe este letras, sem ter estudado? Respondeu-lhe
Jesus: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser
fazer a vontade de Deus, há de saber se a doutrina é dele, ou se eu falo por
mim mesmo. Quem fala por si mesmo busca a sua própria glória; mas o que busca a
glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça. Não
vos deu Moisés a lei? No entanto nenhum de vós cumpre a lei. Por que procurais
matar-me? Respondeu a multidão: Tens demônio; quem procura matar-te? ...”
“...Durante
a festa, os habitantes de Y´hudah estavam procurando por ele. ‘Onde ele está?’,
perguntaram. Em meio a multidão, havia muitos boatos a respeito dele. Alguns
diziam: ‘Ele é um bom homem’; mas outros afirmavam: ‘Não, ele está enganando as
massas’. Entretanto, ninguém falava abertamente a respeito dele, por medo dos
habitantes daquela região. Só depois que metade da festa tinha passado, Yeshua
subiu à área do templo e começou a ensinar. Os moradores de Y´hudah ficaram surpresos:
‘Como este homem sabe tanto sem ter estudado?’, eles perguntaram. Então Yeshua
lhes deu uma resposta: ‘Meu ensino não é meu; procede de quem me enviou. Se
alguém quer fazer a vontade dele, saberá se meu ensino procede de Deus ou se
falo por mim mesmo. A pessoa que fala por si mesma busca o louvor próprio, mas
a pessoa que busca o louvor de quem a enviou é honesta, e não há falsidade
nela. Mosheh não lhes deu a Torah? Contudo, nenhum de vocês obedece à Torah!
Por que vocês querem me matar? ‘Você é um demônio!’, a multidão respondeu. ‘Quem
está querendo matá-lo?’. ...”
Jesus sabia da chegada do tempo das Festas das
Cabanas, a qual é comemorada entre os meses de setembro e outubro, devido ao
calendário lunar, que é usado para a contagem das datas para as festas judaicas,
e seus irmãos estavam encorajando-o a ir a essa Festa, porém, Ele menciona a
eles que ainda não era o tempo dele, porém, sim de seus irmãos; assim falando,
a princípio definiu que ficaria, porém sabemos que de forma velada, ou oculta,
ou discreta subiu para Jerusalém, pois o Messias estava na Galiléia onde era um
regime cuidado por Herodes, enquanto na Judeia tinha Roma, com Poncio Pilatos e
os judeus buscavam matar a Jesus possivelmente por causa de uma cura ocorrida a
um coxo de 38 (trinta e oito) anos de vida, junto a fonte de Bethesda em um
sábado.
A festa em Jerusalém corria normalmente e dentro das
multidões dos presentes nela, havia um comentário acontecendo entre eles, que se
resumiria em se Jesus viria a está festa; e dentro das multidões, existia uma
divisão entre as pessoas. sobre o que pensavam a respeito de Jesus.
Uma parte deles o identificavam como um homem bom,
enquanto uma outra parte o definia como uma pessoa que somente enganava os
ouvintes (o povo, a massa).
Assim como em nossos dias as opiniões divergem entre
muitos, porém todos falavam do mesmo Jesus, e só por ser sobre o Messias que
falavam havia um certo receio de se falar abertamente, uma vez que o povo local
e podemos considerar a liderança local não o via com bons olhos.
Conforme as Escrituras menciona que a festa dos
Tabernáculos é a terceira das grandes festas anuais, dos judeus (Levítico
23:33-43), e é também chamada de “festa da colheita” (Êxodo 23:16; e Deuteronômio
16:13). Era celebrada imediatamente após a colheita, no mês de Tisri
(setembro-outubro), e a celebração durava oito dias (Levítico 23:33-43), sendo
sete dias sem trabalho servil algum e no oitavo dia uma santa convocação.
Durante esse período as pessoas deixariam suas casas e viveriam em cabanas
feitas de ramos de árvores, mas de material simples ou não a edificação das
paredes, somente o teto, este sim era elaborado com ramos de árvores.
Por volta do quarto dia, que era o meio da Festa,
aparece Jesus e é localizado na área do templo e passa a ensinar e os moradores
de Jerusalém ficam admirados com o seu ensino.
A admiração poderia ser por muitos motivos, mas João
destaca, o fato de que eles sabiam que assim como seus discípulos, Jesus não
havia feito nenhum tipo de aprendizado com seus ensinadores destacados de sua
época.
As palavras do Messias, agora apontam para a
necessidade de todos ouvirem, qual seria o local da origem dos ensinos que
apresentava ao povo, e Jesus informa a todos, claramente que vem do Pai.
Ele não somente ouve, mas ouve e respeita aquele que
o enviou para ensinar, dando a este toda glória e honra devida, logo ao que
assim procede é o honesto.
E em contraste menciona que os que buscam honrar ao
Pai, também testificam que suas palavras são verdadeiras, enquanto os que
buscam honra para si mesmo, falam por si mesmo e nada tem do Pai em suas vidas.
O Messias cita o nome de Moisés e a Torah que foi
dada por ele ao povo, mas de forma clara menciona que mesmo o povo tendo
recebido a ordenança para a cumprir, porém, na pratica nenhum deles o faz.
As palavras do Messias estão usando o tempo, de
forma coerente, uma vez que o povo estava nestes dias vivendo em cabanas, com um
teto de folhas ou galhos de árvores, assumindo que dependiam do Eterno e para Ele
se reuniam a fim de demonstrar a sua gratidão pelo tempo que seus pais passaram
no deserto e foram cuidados pelo Criador e agora reconhecem que permanecem
confiando da mesma forma na proteção e provisão do Senhor.
Jesus estava entre eles, anunciava as Palavras do
Pai e os exortava a viverem debaixo da autoridade do Criador, e enfatiza a
todos que era chegado o Reino do Céus, um momento necessário em que o vinho
novo não seria deitado sobre o odre velho e sim, agora legitimamente tratado em
odre novo para se cumprir a vontade do Senhor, que é o único que deve ser
adorado.
O povo ouve suas palavras e deveriam naturalmente como
acontece em nossos dias ficarem todos incomodados, uma parte voltado para o
desprezo e no ato claro de deixar de lado essas palavras, trocando- as pelos
acontecimentos materiais de seus dias, enquanto para alguns, essas palavras
encaminham para o arrependimento definido pelo Eterno, desde antes da fundação
do Mundo.
O Tempo está presente e não se toca, mas se vive, logo
remir os dias e buscar a melhor parte, estão contidas nessas ações individuais,
que devem ocorrer por cada ser humano, pois em Revelações 03:20, permanece
citado: ‘Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a
porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.’.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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