sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

TODOS À PORTA.


Base na Bíblia: Marcos 01: 29-33 ... Logo depois, Jesus, Simão, André, Tiago e João saíram da Sinagoga e foram até a casa de Simão e de André. A sogra de Simão estava de cama, com febre. Assim que Jesus chegou, contaram a ele que ela estava doente. Ele chegou perto dela, segurou a mão dela e ajudou-a a se levantar. A febre saiu da mulher, e ela começou a cuidar deles. À tarde, depois do pôr do sol, levaram até Jesus todos os doentes e as pessoas que estavam dominadas por demônios. Todo o povo da cidade se reuniu em frente da casa...” (NTLH).

Que impressionante os fatos narrados por Marcos, pois apresenta a pessoa de Simão, ainda sem citar seu apelido e como houve uma revolução no agir das pessoas da Cidade de Cafarnaum, após ouvirem as Palavras do Messias, o Mestre.

Jesus com Simão, André, Tiago e João se dirige ao sair da Sinagoga para a casa de André e de Simão, como sabemos pelos costumes de propriedade judaico, deveriam dividir o mesmo terreno e conviver juntos.

Ao chegar a casa deles, Jesus é informado de que a sogra de Simão estava enferma acamada, pelo que podemos observar não foram André, ou mesmo Simão quem o informaram do mal-estar de um familiar da casa e assim o convidaram para ir a sua casa.

Sabemos que o Mestre Jesus sabe todas as coisas, porém observamos que ainda que seja Onipotente, Onisciente e Onipresente, o próprio Deus, ouve os acontecimentos e somente ao ser informado se dirige a enferma.

Ao entrar em contato com a sogra de Simão, Jesus a toca segurando-a na mão e a ajuda a se levantar, um gesto comum, mas não usual para com um doente, pois temos sempre a informação de que se encontrarmos alguém doente, devemos chamar um especialista sem tocar ou procurar mover, uma vez que pode agravar o quadro, mas para o Médico dos médicos sua ação foi exatamente o antidoto necessário.

O tocar nas mãos e o ajudar a se levantar para a sogra de Simão foi a solução para que o mal que a acometia, fosse mandado embora e o vigor do corpo restaurado e a disposição retomasse o seu lugar devido, pois pelo texto encontramos também a citação de que ela passou a servir a todos eles.

O agir do Eterno jamais muda, ou tem sombra de variação, como muitos podem supor e até imaginar o contrário, pois sempre que algo não termina como a mente e o desejo pessoal de cada ser humano acontece, a culpa e o apelo de achar justificação sempre opta por identificar culpados e quando o próprio ser humano voltasse para si mesmo, aponta então para o fato de não ser merecedor e assim indiretamente volta a direcionar o resultado ao Eterno.

O Senhor veio e quer salvar a todos e assim agiu e completou todo o processo para cumprir a lei e as regras sacrificiais, completando assim a vontade do Criador; esse lado foi completo e de uma única vez, bastou para celebrar as Boas Novas; agora temos o outro lado que é exatamente o do homem filho de Adão que amou mais aos pertences dessa terra que aquele que o gerou e mesmo ouvindo o apelo das Boas Novas para se acertar se reabilitar, preferiu ignorar definitivamente ou postergar para repensar nos momentos sombrios da vida.

Uma cidade ouve as Palavras do Messias e no cair da tarde, todos da cidade que são, tem parentes ou conhecidos que estão adoentados ou se portando de maneira diferente da normal, são levados para à porta da casa de Simão e de André.

As Palavras de Jesus não passam e não mudam e todos os que a ouvem deveriam agir como no exemplo dos habitantes de Cafarnaum, ao levarem e se apresentarem diante de Jesus, pois seus corações, almas, espíritos e suas mentes foram tocadas pelo Criador e criaram no seu agir, um despertar que os motivou assim a deixarem sua rotina, com tudo o que os prendiam e se libertaram ao ouvirem e verem e se sentirem no agir Eterno.

A sociedade tida como moderna busca suas portas de saídas para cada acontecimento individual ou coletivo, demonstrando que há uma preocupação em constantemente estar agindo para abrir a porta certa e dessa porta sempre esperar que essa seja a que traga a solução definitiva, porém poucos são os que identificam a possibilidade de que as Palavras de Jesus, são para o ontem, o hoje e para o amanhã e que se voluntariamente forem à Porta que é o Senhor, encontram os pastos verdejantes e o sossego que só em Cristo se pode encontrar.

Mais uma vez temos a realidade de cada ser humano declarada nas Boas Novas do Evangelho pois são para todos, porém todos devem e ouvem e mesmo assim poucos a seguem, ainda que seja uma proposta de reconciliação onde simbolicamente a mão está estendida da parte do Criador aguardando somente a outra mão: minha, sua e de todos os que leem, enfim todos os que nascerem sobre a face da terra, afinal todos podem e devem estar à porta mas nem todos entrarão por essa razão.


Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula







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