Base na Bíblia: Marcos 01: 35-39 “... De manhã bem cedo, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou, saiu
da cidade, foi para um lugar deserto e ficou ali orando. Simão e os seus companheiros
procuraram Jesus por toda a parte. Quando o encontraram, disseram: Todos estão
procurando o senhor. Jesus respondeu: Vamos aos povoados que ficam perto daqui,
para que eu possa anunciar o evangelho ali também, pois foi para isso que eu
vim. Jesus andava por toda a Galiléia, anunciando o evangelho nas sinagogas e
expulsando demônios...” (NTLH).
Cumprir o Plano de Redenção
estabelecido pelo Eterno, era o que acontecia no agir do Raboni Jesus e seus
quatro seguidores que o acompanhavam de perto observavam a diferença.
Na porta da casa de Simão e André
o povo da cidade de Cafarnaum estavam e o Senhor Jesus curava e libertava os
endemoniados trazidos por eles e no caso dos endemoniados os repreendiam para
que também se calassem pois eles eram os que sabiam quem Ele é.
Jesus depois de despedir o
povo, provavelmente, deve ter ido repousar e logo ao amanhecer desperta antes
do sol nascer, sozinho se levanta e sai para um lugar deserto e nesse lugar
aproveita o momento para ter o tempo de oração (ou reza para outros) onde busca
sempre o dirigir do Pai para o seu agir.
Sua ausência era algo
diferente do agir de outros que buscam a popularidade, quer nos seus dias ou
nos dias atuais e assim notamos ao amanhecer que seus seguidores Simão, André,
Tiago e João passam a o procurar em muitos lugares, mas somente ao saírem da
cidade e procurarem em um lugar deserto o encontram.
Os que o buscam o encontram,
não somente no lugar determinado, pois nossa mente imagina, lugar de popularidade
onde o povo está, mas como nesse texto apresentou à frente da casa de Simão e André
ficou vazia de sua presença, assim esses que o esperavam achar, como o povo que
também o buscava, nada encontraram por se limitarem aos lugares de glamour.
Ao encontrarem o Mestre
declararam o fato de que muitos o buscavam, indiretamente indicando que quem
quer ser conhecido deve estar onde a massa do povo se encontra.
As palavras de Jesus com
certeza surpreenderam a eles, pois aponta para seu objetivo de mostrar ou
melhor fazer conhecido a todos as Boas Novas que o Eterno trazia para seu povo
escolhido e eleito em Abrão, Isaque e Jacob, a menina dos olhos do Altíssimo.
E o convite a eles mais uma
vez busca o anonimato, ou seja, ir onde não era conhecida as Novas do Senhor e
sempre iniciar a apresentação nas sombras para o anunciar da Sua maravilhosa
Luz, declarando as pessoas que o agir do Eterno chegou a todos.
Jesus poderia ter se levantado
cedo, cheio de sucesso em sua mente e coração declarando a si mesmo que estava
no caminho certo, pois o povo concorria a ele, e se preparado para a rotina do
dia em servir aos que já estavam saciados de ouvir sua palavra e ver os sinais
que a acompanhavam, e assim declarar que era um sucesso sua atividade e o
retorno visível a quem quisesse fazer a apuração de sua popularidade.
Optou, no entanto, pelo
ausentar-se e sair da cidade e buscar um lugar, um ponto isolado para orar na
intimidade com o Pai, e assim buscar encher o cálice certo, esvaziando-se e se
mantendo homem, para que a Glória e a Honra estivessem em seu legítimo lugar,
no Criador.
As curas jamais deixaram de
acontecer e seguia onde as Palavras das Boas Novas (evangelho) fossem semeadas,
mas era o solo (ser humano) o grande problema que ao invés de permitir a
germinação em seu corpo (terra), queria viver no melhor dos dois momentos, fato
que é recorrente e se repete continuamente através dos séculos, jamais
permitindo se ausentar das coisas que os olhos cobiçam e permitir que os olhos
da fé vejam a libertação que está sendo oferecida sem igual.
Encerro declarando que Moisés,
pouco antes de chegar perto da terra prometida levando em torno de 2 (dois) milhões
de pessoas, declarou a esse povo: Escolhei hoje a quem servireis as bênçãos ou
as maldições. E ao entrar na terra prometida Josué que levou esse povo para
dentro da terra prometida, também declarou: Escolhei hoje a quem servireis, porém,
eu e minha casa serviremos ao Senhor.
Ausentar-se quando necessário
é o momento único, impar, onde é possível, reconhecer realmente quem somos e
que proposta nos está sendo ofertada e assim tomarmos a melhor decisão que contem
a Vida Eterna.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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